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História A República - Mudaram as estações... Nada mudou?


Escrita por: Byanca96 e Edylove

Notas do Autor


Oie amoresssss!!!!!!!
Que saudade de vocêsss
Espero que tenham tido um bom Ano Novo ^^
Mais um capitulozinho maroto pra vocês!
Enfim, espero que gostem

Capítulo 39 - Mudaram as estações... Nada mudou?


Fanfic / Fanfiction A República - Mudaram as estações... Nada mudou?

O corpo médico da ambulância fez amizade com o pessoal da festa, já que era a segunda vez que voltavam lá. Brincaram com a agitação da festa.

_Vai com Deus, “pastel de flango”! – Defteros brincou com o amigo, fazendo menção à sua descendência chinesa, recebendo como resposta um dedo do meio vindo da mão de Dohko que ainda podia se mover.

_GEISTY! Ô GEISTY! – gritou para a amiga, que andou até a maca e sorriu para ele, que queria provocar Defteros – Amor, será que dá pra pegar a matéria que eu perder? Meu braço realmente está quebrado – fez beicinho e teve seus cabelos lisos acariciados pela morena, fazendo o gêmeo espumar de raiva.

_Claro, bebê – estudavam na mesma turma e eram bem amigos. Querendo chatear Defteros, Dohko nem percebeu que Shion não estava lá com a cara mais alegre do mundo. Revirou os olhos. Teria a vida inteira para se explicar para aquele ariano nervosinho.

Ao chegar no hospital, Hakurei mostrou para ele as fraturas. Dohko olhava com a típica expressão de quem está assistindo a uma palestra em alemão: parecia entender tudo, mas no fundo, não fazia ideia do que estava desenhado naquela foto.

_Olha, tio, na real, eu só tô vendo um monte de mancha branca – coçou os cabelos com o braço saudável – AI – movimentou sem querer o braço quebrado, causando uma dor latejante.

_Eu sei disso – riu – Só quero que veja o que aconteceu com você... E olha, você conseguiu quebrar a clavícula – suspirou – Vai levar um tempo no gesso, mas você supera – sorriu.

_Não acredito nisso! – fez beicinho – Mas tudo bem, não vai faltar cuidado pra mim – sorriu de canto.

_Shion não vai gostar nada de ouvir isso – sorriu, fazendo Dohko ruborizar.

_Eh... Você não ficou chateado pela Yuzuriha, ficou? Ai, Dohko é claro que ficou! É a filha dele!

_Honestamente não – se sentou – Eu não vejo um futuro saudável para esses dois, se quer saber... Espero que você e Shion se deem bem, assim como quero mais que tudo que Yuzu encontre alguém especial – sorriu de volta para o menino – Enfim, vou te deixar por hora, daqui a pouco será transferido para a sala em que vão colocar o gesso. Até mais e se cuide, Dohko!

Saiu da sala e voltou para a festa, que já estava por terminar quando chegou. Finalmente viu um semblante feliz nos rostos de Mu e Atla. Pareciam pairar em outro planeta. Ah, o amor! Apenas Yuzu parecia chateada. Olhou para a paisagem durante todo o caminho e se trancou em seu quarto assim que chegaram. Pela primeira vez, a presença de Mel não parecia ser o que mais a incomodou. Sabia que a convivência entre eles ficaria mais difícil nesses dias. Deixou Mel o esperando no quarto e foi conversar com a filha.

Atla bateu na porta do quarto do pai, onde Mel lia um livro.

_Mel? – entrou.

_Oi Atla – fechou o livro e sorriu – O que houve?

_Eu queria conversar com você – sorriu tímido – Meu pai não está no quarto, certo?

_Não, ele está com a sua irmã... Pode falar – se sentou na beira da cama e o viu fazer o mesmo.

_É que... Bem...- ruborizou – Eu sei que você vai me ouvir e pode me ajudar com meu pai quando eu precisar – suspirou – Eu estou gostando do Asmita, Mel... Eu...- sorriu.

_E isso não é maravilhoso?

_Na verdade tenho medo do que meu pai vai dizer... Mel, somos homens – sorriu fraco.

_E você acha que seu pai é esse tipo de homem? Preconceituoso e intolerante?

_Não, mas ainda assim tenho medo de que ele se chateie comigo.

_Atla – segurou as mãos menores – Pode ser que ele se surpreenda, ou que não se sinta feliz de imediato, o que é normal para os pais... Mas ele te ama de qualquer jeito... É o seu pai independentemente de qualquer escolha que faça em sua vida – sorriu – Pode ter certeza que te ajudarei se precisar.

_Obrigado, Mel – a abraçou – Você é incrível... Pode ter certeza que eu também sempre vou te ajudar... Sempre que precisar – deu um beijo na bochecha da “madrasta” e saiu do quarto. Estava se sentindo mais leve. Queria ter a certeza de que alguém estaria a seu favor se um dia precisasse.

Sentia o gosto daquele loiro em sua boca até agora. Tocava seus lábios e sorria. Esperou tanto por essa chance! Nunca a deixaria escapar. Nunca deixaria Asmita escapar de si. Seria dele e ele seu. Pelo tempo que durasse.

____xx_____

Isa não estava adaptada a ficar sem Mel naquele quarto. Era estranho se virar para o lado e não a ver. Chamou Saga para dar uma volta no gramado.

_O que há, pequena? – estava de mãos dadas com a namorada, tinha uma casquinha de sorvete na mão esquerda.

_Sei lá, não estou acostumada a ficar sem Mel... Sabe, príncipe, eu adoro o Hakurei e fico muito feliz que ela esteja feliz com ele, mas mesmo assim, não consigo deixar de pensar que ele tirou algo de mim...

_Isa, você está sendo egoísta, não acha? Você não é assim!

_Mas não é por querer, Saga. É só um vazio, acho que é medo de ficar longe dela pra sempre...- sorriu – Ela é meu porto seguro aqui – se sentaram em um dos bancos e Isa olhou para o lado ligeiramente, vendo uma cena no mínimo previsível: Aninha estava literalmente atracada com Gio – Meu deus – sussurrou. Estava sem força pra falar absolutamente nada.

_Coitado do Shura...- Saga estava tão boquiaberto quanto Isa. Seu sorvete pingava e derretia em sua mão enquanto ele observava atônito aquela cena, digna de um filme proibido.

A menina estava sentada no colo do outro, tinha uma perna de cada lado do corpo de Giovane, se encaixando perfeitamente no beijo. Ele estava sem camisa, expondo suas várias tatuagens e seu corpo perfeitamente esculpido. Aninha estava com a blusa de botões meio aberta também, dando entender que algo a mais já havia rolado ali.

_Vamos embora daqui, príncipe? – Isa foi empurrando o namorado pra fora do banco com medo de que o casal os visse e quebrasse o clima, apesar de que sua vontade era ficar ali e observar os detalhes. Então a Aninha de santa não tinha nada! Saga foi empurrado até que caiu do banco.

_Ai Isadora! – falou mais alto, atraindo a atenção do casalzinho. Ana puxou sua blusa e a fechou num único movimento, mas ele parecia descontraído – Desculpa aí, gente! – dizia ele batendo a grama da calça, enquanto Isa não parava de rir.

_Que nada, Saga – Gio parecia muito confortável e até meio bêbado. Nem notou que sua calça deixava à mostra o volume da sua “alegria”.

_Vamos, Isadora! – Saga tinha ódio de assumir que aquele cara era perigoso demais. Não queria que Isa reparasse o que ele viu. Puxou a namorada pela mão, mas viu que ela relutava em bisbilhotar o casal – DÁ PRA PARAR? ABELHUDA!

_Eu quero ver, príncipe! – ainda tentava colocar a cabeça para o outro lado da parede, mas foi puxada por Saga.

_Sei! Quer ver aquele gibi sem camisa, né? – cruzou os braços.

_Claro que não, meu príncipe! – enlaçou o pescoço do namorado – Eu só tenho olhos pra você! Sabe que eles me deram uma ideia? – sussurrou no ouvido de Saga, que fingiu não se importar.

_Qual ideia? – virou o rosto, mas logo o teve segurado e foi vorazmente beijado. Ela o prensou na parede, mostrando que ele não sabia com quem estava lidando.

No banquinho, Aninha perdeu um pouco do clima pelo susto, mas logo recuperou o “fogo”, já que o rapaz não era de brincadeira. A colocou de volta em seu colo e voltou a beijá-la com fome.

_Estava louco pra fazer isso – falou baixinho enquanto mordia o lóbulo da orelha da menina, que se arrepiou e rebolou sobre o membro, que estava duro sob a calça. Sentiu sua intimidade molhar.

_Gio...- continuava rebolando sobre ele. Estava maravilhoso. Ele era tudo o que esperava e um pouco mais. Quando voltaram a se beijar, sua língua tocou no piercing dele, causando ainda mais tesão nela, se é que fosse possível. Começou a imaginar como seria aquele pedacinho de metal tocando em outros lugares. “Ana, para já! Olha o que você está pensando!”. Se repreendeu mentalmente, mas sentir aquelas mãos grandes apertando seu corpo inteiro estava enlouquecedor – Para, por favor... Me leva pro quarto? – dizia ofegante. Se desse mais um passo, perderia o controle ali mesmo, e era tudo o que não queria.

_Tudo bem, minha noivinha cadáver – disse e ela se levantou do colo dele, levando mais um apertão na bunda – Gostosa – a abraçou por trás e foram andando assim até a porta do quarto, onde ele se despediu dela e andou em direção à área dos meninos. Dormiu como um anjo naquela noite. Estava louco por Aninha desde que a vira e agora conquistou o que queria. Apesar de sua aparência diferente, era uma pessoa carinhosa e amável com quem estava. Daria o mundo àquela menina se ela lhe fizesse feliz.

____xx____

O domingo amanheceu calmo, até o momento em que Aninha viu uma mensagem nem um pouco discreta de Kanon no grupo do Watsapp.

Kanon: Macacada, acho que a festa teve boa pra Aninha e pro Gibi! (emotion pervertido)

Dohko: Eita conta aí! XD

Kanon: Ué, eles tavam no maior agarro ontem! E por falar nisso, o que você ta fazendo aqui, capeta? Pensei que tava de repouso!

Dohko: Repouso na cadeia, rapá! Voltei ontem mesmo a tempo de passar debaixo da cordinha! kkkk... Mas voltando ao casal: gosto! 

Defteros: kkkkkk Até que enfim, carai! O/

Kanon: a festa foi bem produtiva, hein Aninha! Kkkk

Sísifo: Mas tava na cara mesmo! Felicidades, casal <3

Mani: O seus bosta! Parem de falar carai!!!!

Kanon: IIIIHHH olha o recalcado! Kkkk

Mani: mano, cala a boca, tem gente nesse grupo que não quer ler isso! (emotion de raiva)

Todos: Putz! (emotion envergonhado)

Aninha: Parem de falar da minha vida, caralho! Vcs não tem nada com isso! E parem de falar merda! (emotion de raiva)

Kanon: vish, deu ruim L

Em poucos minutos, Mel enviou uma foto da bandeja de salgadinhos que estava comendo. Tinha acabado de acordar e não acompanhou a bagunça. Na verdade nem sabia que Gio e Aninha tinham ficado. Não sabia nem que ela e Shura tinham terminado. Teve respostas tímidas, pois o pessoal ficou mal por não terem prestado atenção no fato de Shura estar no grupo.

Telefonou para Isa, que estava uma pilha de nervos. Se Kanon chateasse Shura com sua língua que não cabia na boca, ela mesma se encarregaria de mata-lo. Desligou o telefone rapidamente e ligou para Kanon, que demorou a atender. Ela ligou quatro vezes até conseguir.

_Seu FILHO DA PUTA! – foi direta e sem rodeios. Jamais queria que alguém magoasse Shura.

_Calma, Isa! – Kanon estava com a voz embargada.

_Calma? Calma o caralho! Olha o que você fez! Tudo por que não sabe segurar essa língua dentro da boca! – estava possessa com a criancice do cunhado. Não eram mais adolescentes para ficarem de fofoquinha pelos cantos.

_Isa, eu esqueci! Caralho, me escuta! Não foi de maldade!

_Esqueceu? De ser BABACA você não esquece, né!

_Isa, o Saga tá ai? Ele pelo menos é mais calmo! – notou que ela passou o telefone para o irmão e se tranquilizou – Irmão, fala pra louca da sua namorada que não fiz isso de propósito! Segura ela, ela quer me matar! – seria cômico se não fosse trágico.

_E eu queria era deixar ela te matar mesmo! Porra, Kanon, não tem defesa pra você! Agora vê se para com essa babaquice! Ainda vai pagar de traidor! Ontem mesmo tava cheio de papinho com o Shura e hoje faz essa palhaçada? Tem mais é que se fuder mesmo! – desligou o celular e o devolveu para Isa. Queriam procurar por Shura. Queriam pedir desculpas por Kanon. Por Aninha. Por todos. Ele era a última pessoa que merecia sofrer.

_____xx______

Shura foi andar depois de ler toda aquela balbúrdia em torno da ficada de Ana com  Giovane. Reconhecia que já não estava mais com ela e que ela era livre pra fazer o que quisesse, mas não pensou que fosse tão insignificante a ponto de ela ficar com outro no mesmo dia, como se quisesse se livrar de si há tempos. Encostou a cabeça na árvore e suspirou. Em seu íntimo, estava com vontade de chorar. Na verdade, algumas lágrimas escorreram por seu rosto.

Como Kanon podia ser tão duas caras? Ontem mesmo estava cheio de amizade para seu lado. Óbvio, era interesse. Queria mesmo era tirar Giovane da reta pra ficar com a loira e nada mais. Todo aquele papinho de “ele vai pegar sua mina” era falsidade. Mesmo com tantas coisas que já viu, era inacreditável o quão o ser humano podia ser baixo. Ruim. Interesseiro.

Estava com os olhos fechados. Tentava ficar calmo, mas não conseguia. Sentiu algo atingir seu pé com violência e logo em seguida, ouviu um estrondo. Viu uma garota estatelada no chão e seus livros para o outro lado. Se prontificou em levantá-la, mas teve uma surpresa: era um garoto. Tinha os cabelos azuis e uma pintinha singela abaixo dos olhos oceânicos.

_Ah meu Deus, me desculpa! – o menino batia a sujeira da calça branca, e ao tentar buscar seu livro, o chutou para mais longe ainda – Droga!

_Deixa que eu pego...- sorriu fraco e pegou o livro: arquitetura europeia. Sim, era bem a cara dele. Feminino. Delicado. Lindo.

_Obrigado – colocou uma mexa dos fios azuis atrás da orelha, ruborizando ao ver que seu salvador era um homem lindo – Sou muito desastrado! – riu sem jeito. Seu rosto transparecia inocência e ingenuidade.

_Que nada... Essas coisas acontecem o tempo todo.

_Comigo acontecem o dobro do tempo todo – gargalhou – Mas você parece meio aborrecido – mudou bruscamente o assunto ao ver que suas histórias de trapalhadas não o levariam a lugar nenhum. Se sentou ao lado dele – Se quiser conversar – sorriu.

_Eu... Eu acho que não tenho muita sorte no amor, sabe... Sempre me apaixono pela garota errada...

_A gente sempre erra muito antes de acertar, meu pai dizia – brincava com a mexa de cabelo sedoso – E eu concordo... Às vezes você se enganou. E depois se enganou de novo. Tem gente que se engana a vida toda – sorriu – Não perca seu tempo remoendo o que te fizeram.

_Mas... É que é difícil, sabe. Quando eu penso que arranjei a menina certa, ela vai e me... Ela se apaixonou por outro – suspirou.

_E o que você pode fazer? Ela não tem culpa de se apaixonar por outra pessoa – se virou para ele – O que ela pode ter feito de errado, talvez tenha sido o jeito que manifestou isso – sua voz era calma. Parecia feita para acalentar – E quanto à isso, realmente machuca...

_Alguém já te machucou?

_Muitas vezes – sorriu fraco – Eu sou bobo demais... Mas o que posso fazer? Sou um romântico incurável – sorriu – E vou continuar sendo, até por que eu acredito no amor... – se levantou – E vou continuar acreditando. Eu... Eu já vou indo! – sorriu e mostrou suas covinhas – Até mais! – se despediu e saiu dando pulinhos. Como podia uma pessoa ser um conselheiro sério, e em um minuto depois, se tornar um anjo delicado? Esse menino era surpreendente. Acabou de se lembrar: não sabia o nome dele.

Continua 


Notas Finais


E aí, amores? *-*
Tadinho do Shushu!! (vacilo, hein Aninha >.<)
PS: música de Aninha e Gio: Wanna Play (RBD)
É isso amados!!! <3
Espero que tenham gostado ^^


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