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História A República - Um churrasco... Desastroso?


Escrita por: Byanca96 e Edylove

Notas do Autor


Oie amoreeesss!!!! Desculpem a demora!!
Tivemos uns probleminhas técnicos aí, mas já está tudo resolvido e chegamos com mais um cap bem divertido ^^

Capítulo 45 - Um churrasco... Desastroso?


Fanfic / Fanfiction A República - Um churrasco... Desastroso?

O sábado chegou preguiçosamente na casa da família Albuquerque. Isa, quando a noite chegou, correu para o quarto do amado na madrugada.  Tentou ir para o seu quando o sol começou a brilhar do lado de fora. Os braços de Saga eram tão calorosos e aconchegantes que seria uma tortura ter que sair dali. Queria permanecer pra sempre naquele abraço. Teria que ir como das outras vezes antes que seus pais acordassem e os pegassem no flagra.  

_Saga Brito – fez menção ao autor do quadro que roubou atenção do namorado no dia que chegaram  

_Hum?  

_Acorda, amor, já estou indo – distribuía beijinhos no rosto do namorado – Painho daqui a pouco acorda e nós precisamos buscar o Kanon na rodoviária hoje, lembra?  

_Só mais cinco minutinhos...  

Saga pulou da cama, assustado com algumas batidas insistentes na porta e as vozes que escutou do lado de fora do quarto. Olhou para Isa com os olhos arregalados engolindo seco e respirando fundo muitas vezes. Estava com o coração na boca, pulsava acelerado.  

_O que pensa que esta fazendo, Heitor?  

_Chamando o príncipe para tomar café com a família real, Alice - usou o tom mais irônico que pode. Bateu na porta - Garanhão!? 

_Heitor! 

_Você viu, nossa filha não estava no quarto dela, Alice! – bateu novamente na porta – GARANHÃO SE VOCÊ NÃO ABRIR POR BEM, ESSA PORTA VAI A BAIXO! 

......  

_Isadora, o que eu faço? Seus pais estão ai fora! – Saga sussurrava, passando as mãos pelos cabelos. 

_Abre a porta então, garanhão – sorriu mordendo o lábio, se levantou da cama e andou até a janela.  

_É serio, Isa! - seguiu a namorada.   

_Vem me ajudar a abrir a janela.  

_Vai me deixar aqui sozinho? Ele sabe que você não estava no seu quarto, Isadora! Ouviu ele falar! – falou exasperando, mas ainda assim ajudou a morena abrir a janela.  

_Deixa comigo, príncipe é só manter a calma, já volto! – Isa pulou a janela, deu um beijinho no namorado e foi embora deixando um Saga em nervos para trás.  

O gêmeo mais velho olhou para a porta, escutando algumas batidas e seu sogro lhe chamando, e pelo tom, parecia estar irritado. “Mantenha a calma. Mantenha a calma” respirou fundo caminhou até a porta e abriu dando de cara com um Heitor com cara de poucos amigos.  

_Bom-dia – saga cumprimentou os sogros esfregando os olhos mostrando que tinha acabado de acordar, sendo ignorado por Heitor que adentrou o quarto olhando de um lado para o outro.  

_Bom dia, Saga, perdoe os modos do... – Alice não conseguia acreditar no que seus olhos viam, seu marido praticamente deitado no chão,  olhando em baixo da cama – HEITOR!  

_O que foi? – olhou para a esposa com a maior cara inocente.  

_SAI JÁ DAI, HOMEM! QUE COISA RIDICULA, HEITOR!  

_O que é ridículo, Alice? Estou apenas preocupado com meu genro. Vai que ele é alérgico a poeira essas coisas, sabem? É melhor prevenir que remediar – deu de ombros – Ei, garanhão onde está sua mala?  

_Heitor, sua filha NÃO é contorcionista pra caber numa mala, sabia? – Saga olhava de um para o outro sem acreditar muito no que estava acontecendo ali.  

_O que está acontecendo, mãe? – Isa acabara de chegar ao quarto. Estava enrolada numa toalha e com os cabelos molhados, fingindo não saber o que acontecia ali – O que o senhor está fazendo pai?  

_Filha – se levantou de onde estava e abraçou Isa – Onde estava? Fui ao seu quarto te dar um beijo de bom dia e não te encontrei!  

_Então o senhor achou que me encontraria embaixo da cama do Saga? – sorriu da cara desconcertada do pai - Estava no banheiro de visitas fui tomar um banho, a noite foi muito quente e acordei toda suada – olhou de soslaio para Saga que a olhava desnorteado com a tamanha facilidade que ela tinha de contornar situações adversas ao seu favor.  

_No seu quarto tem banheiro, mocinha – cruzou os braços. 

_Pai, o senhor sabe que o chuveiro do meu quarto está quebrado – encostou-se à parede com o rosto sereno.  

_Tudo bem – o mais velho respirou aliviado, abraçando filha.  

_Mãe, que tal fazermos um churrasco e chamar a Mel, o namorado dela e o tio Jonas? Faz tempo que não nós reunimos – falava ainda abraçada ao pai, que lançava um olhar ameaçador para Saga.  

_A Leona também filha!  

_É, ela também – não escondeu o desagrado na sua voz e revirou os olhos.  

_Sendo assim, acho ótimo!  

_Vou ligar pra Mel – soltou o pai – Príncipe, vai se arrumar que temos que buscar o Kanon – deu um selinho no namorado, que ainda tentava digerir tudo aquilo e foi para seu quarto se arrumar.  

O café da manhã transcorreu bem, mesmo com a implicância de Heitor com o genro. Isa e Saga foram buscar Kanon na rodoviária assim que terminaram de comer, e logo o encontraram. Saga deu um abraço apertado no irmão. Era incrível como ele o enlouquecia em segundos, mas como era doloroso ficar longe dele por muito tempo.  

_Que saudade, coisinha feia – apertou a bochecha do gêmeo. Tinha uma mala digna de uma viajem internacional.  

_Coisinha feia? – Isa cruzou os braços. Como podia dizer que Saga era feio? Estava se chamando de feio automaticamente? – Se você não sabe Kanon, se Saga é feio, você TAMBÉM É! E onde você acha que vai com essa bagagem de madame? – olhava o tempo todo para as malas do cunhado. Ele parecia uma mulher!  

_Todo mundo sabe que sempre fui mais bonito que ele, né Saga? – voltou a apertar a bochecha do irmão. Definitivamente a saudade passou! – Quanto às malas, sou uma pessoa de necessidades! Preciso estar preparado para tudo!  

_Pra onde pensa que esta indo, Sr. À prova de tudo? – a menina voltou a questionar o cunhado – Acha que vai cair neve em pleno Nordeste?  

_Vai que! Enfim, vamo? To desmaiando de fome! – deu três batidinhas na sua barriga.  

_Ai! Melissa 2! – a loira esbravejou e entraram no carro, que a contra gosto de Heitor, Alice deixou que Saga dirigisse. A mãe de Isa era uma figura. “Heitor o carro é MEU! E meu genro vai dirigir sim! E se você tentar algo fica uma semana SEM!” ela nem precisou completar a frase e o marido devolveu a chave em silencio e com um sorriso gentil nos lábios.  

..........  

Mel recebeu a mensagem de sua cabrita, se animando rapidamente. Era muito bom sim estar em casa com seu pai e mais ainda com Hakurei ao seu lado, mas sua mãe não colaborava muito para manter a paz no lar. Sempre que tinha chance, soltava farpas e piadinhas preconceituosas para seu amado, que educadamente as ignorava, deixando Leona muito mais irritada.  

_PAI, AMOR – correu para varanda onde os dois homens da sua vida estavam sentados conversando e degustando uma dose de whisky cada. Sentou no colo do namorado.  

_Que afobação toda é essa, filha? – Jonas ria  

_A Isa está nos chamando para um churrasco na casa dela – sorriu. O que mais queria era estar num lugar neutro onde pudesse ficar em paz com Hakurei.  

_Agora entendi o motivo da afobação, tem comida no meio – Jonas comentou sorrido da filha que fez uma careta pra ele, foi seguido pelo amigo que abraçava a ruiva – Mas falando sério, eu acho ótimo. Faz tempo que não vejo meus amigos. O que acha Hakurei?  

_Acho esse convite providencial!  

_Então vamos!  

Depois de quase um ano Jonas se reencontraria com os amigos. Saiu cedo com Leona, Mel e Hakurei. Jonas e Heitor eram amigos de longa data, mas em virtude de seus trabalhos corridos, só conseguiam se encontrar quando as filhas armavam esses encontros esporádicos.  

......  

Saga dirigiu por alguns minutos ate a casa de Isa. Enquanto ele entrou amuado, Kanon entrou como se estivesse em casa.  

_Entrem! – Isa cedeu passagem para o quintal, onde Alice organizava as mesinhas ao som de Wesley Safadão.  

_AGORA ASSISTA AI DE CAMAROTE – a mulher já estava com a parte de cima do seu biquíni branco à mostra quanto em baixo usava um short jeans estilo despojado, que deixava suas curvas lindas a mostra. Alice era uma mulher bem conservada para sua idade. Adorava se cuidar, além da necessidade, por ser dona de uma rede de lojas de marca, precisava manter sua aparência impecável, o que foi reparado por Kanon, que abriu a boca e ficou parado como uma estatua de jardim.  

_Essa é sua mãe? – disse ainda boquiaberto, em direção a Isa.  

_Sim... Linda né? – a loira sorriu. Admirava sua mãe de uma forma impensável – MÃE! Vem conhecer meu cunhado!  

_É, Saga, sabe aquele ditado: “Se quer saber como será sua esposa no futuro, olhe para mãe dela!” Já sabe que foi abençoado pelos deuses! Olha essa mulher, ai papai – sussurrava para o irmão, ouvindo a todo tempo que calasse a boca, pois o pai de Isa já era louco por causa da filha, imagina com a esposa.  

_Espera só pra ver o marido dela!  

_O marido de quem garanhão? – Heitor chegou sorrateiro por trás do genro, passando os braços ao redor dois com um facão de churrasco nas mãos. Os dois respiraram fundo e engoliram seco.  

_Oi Sr. Heitor, esse é meu irmão, Kanon – sorriu amarelo, empurrando Kanon na direção do homem. Ele definitivamente era assustador!  

_Então você é o garanhão “número 2”! Bom saber – limpou a faca no pano sobre seu antebraço, de forma lenta e ameaçadora, aos olhos deles – Aquela mulher maravilhosa ali – apontou para o local com a faca, envolvendo o pescoço de Kanon com um braço e sussurrou no seu ouvido – É minha esposa, Alice. Você vai ADORAR conhecê-la!  

_Heitor, mas já começou? – Alice levantou os braços, se aproximando dos rapazes – Filhinho, você deve ser o irmão do meu genrinho! – sorriu amorosa e o abraçou – Sou Alice, mãe de Isa – abraçou a filha. Kanon percebeu de pronto que a personalidade da cunhada oscilava da mãe para o pai em segundos. Felizmente ela se parecia mais com a mãe. Em todos os aspectos! – Não preste atenção em Heitor, ele é assim mesmo – sorriu – Um velho reclamão e rabugento! – disse na direção do marido e apertou os olhos para ele, se aproximando de seu ouvido – Que jeito é esse de tratar as visitas?  

_Tinha que ver como ele “falou" de você – fechou a cara numa expressão ciumenta. Era muito protetor e ciumento – sim, muito ciumento – com sua mulher e filha – elas eram tudo o que tinha.  

_E daí? Meu marido é você – sussurrou e deu uma mordida discreta no lóbulo da orelha do marido, que sorriu de canto. “Eu amo essa mulher!” – Isa acho que Mel chegou! Pode ir lá atender a porta, por favor, filha?  

_COM CERTEZA – foi correndo ate a porta e a abriu, agarrando a amiga assim que a viu. Ficarem mesmo que um dia sem se ver, era uma afronta à amizade das duas – O minha cabrita – continuava a apertando entre seus braços – TIO JONAS! – abraçou o “tio” com gosto. Ele era seu segundo pai. Fato que para Leona era detestável! Não gostava da forma como a menina “agarrava” o seu marido, a seu ver – CUNHADO! AAAH QUE FELIZ, VOCE VEIO! - não demonstrou o menor entusiasmo ao ver a mãe da amiga – Oi, Leona – sorriu fraco e foi respondida com um aceno de cabeça – Entra galera! – fez um sinal para que entrassem e viu os dois homens carregarem algumas sacolas. Sempre que dava, faziam uma festa “americana”. Andaram para os fundos da casa encontrando uma piscina algumas mesas e uma churrasqueira. Os gêmeos viram a expressão de Heitor modificar completamente com a presença dos recém-chegados.  

_Jonas, meu velho! – deu um largo sorriso, sendo retribuído da mesma forma – Quanto tempo! Ô, Melzinha – abraçou a “sobrinha” com amor. Ela também era uma segunda filha sua.  

_Oi tio – sorriu  

_Nego véio, esse é o Hakurei, meu genro – apresentou-o para Heitor, que pareceu surpreso.  

_Essa palavra não entra no meu vocabulário tão fácil – riu e foi acompanhado pelos dois – Não é mesmo, garanhão? - apertou a mão  do outro – Muito prazer, você também é meu genro de certa forma – sorriu. 

Saga sorriu sem graça para o sogro, que parecia outra pessoa perto dos amigos. "Pobre Hakurei"  

_Dona Alice quanto tempo comadre! - Jonas abraçou Alice.  

_É mesmo! Nossas meninas já estão adultas e nem nos demos conta! – sorriu para Jonas e viu que Leona ainda mantinha a expressão fechada – Como vai, Leona?  

_Estou ótima – respondeu seco.  

_Só se foi a sua, Jonas, por que a minha Isa ainda é um bebê! MEU bebê! – apertou os olhos em direção a Saga, que respirou fundo. Estava definitivamente feliz por ainda estar vivo.  

_Bebê, sei! – Leona resmungou se afastando dos demais, não queria estar ali mesmo. Sentou numa mesa e passou a mexer no seu tablet.  

Heitor se sentou com seus convidados numa das mesinhas depois de colocar a carne na churrasqueira. Serviu os copos de cerveja e brindaram.  

_Então quer dizer que vocês se dão bem? – olhou para Hakurei e Jonas  

_Sim, nós somos amigos há anos! – Jonas respondeu sorridente – E agora minha Mel me veio com essa novidade – parecia bastante satisfeito com o namoro da filha – E você meu amigo não se dá bem com o seu genro?  

_Ele parece ser um bom rapaz, mas não gosto do fato dele ser namorado da minha filha – falou olhando a filha abraçada ao garanhão dentro da piscina. Fez uma careta de desagrado.  

_Perdoe-me a intromissão Heitor, mas infelizmente não criamos os filhos pra gente, criamos para o mundo – Hakurei deu sua opinião. Já havia escutado Mel falar muito bem do cunhado e ele parecia ser tudo o que a ruiva falou – Eu também tenho uma menina e sei do que está falando, mas temos que nos acostumar, a vida deles segue em frente – sorriu. 

_É pode ser – Heitor fez um bico digno de uma criança contrariada.  

_Isso tudo é ciúmes da filha, Hakurei – Jonas ria sendo acompanhado do genro.  

....  

Alice se sentou com Mel na beira da piscina a ruiva tinha os pés dentro da agua olhando os gêmeos e Isa se divertirem. Mel olhou na direção da mãe mexendo no seu tablet sem falar com ninguém. Talvez fosse melhor assim.  

_Melzinha, você esta bem, filha? – Alice viu que a ruiva estava abatida desde que chegou. Parecia mais branca que o normal.  

_Estou, tia – sorriu fraco – É só minha mãe que não ajuda pras coisas serem mais fáceis...  

Alice se levantou da borda da piscina se afastou um pouco, levando Mel para dentro e se sentou com ela no sofá da sala.  

_Minha filha, você sabe que sua mãe não é uma pessoa fácil, tente entender o que ela pensa – suspirou. Não conseguia entender esse mau humor crônico de Leona. Ela tinha um bom emprego, um marido maravilhoso e uma filha que só dava orgulho. O que mais ela queria pra ser feliz?  

_Mas não dá, tia! Ela maltratou o Hakurei só por ser mais velho que eu!  

_Amor – suspirou – Não estou dizendo que a atitude dela foi correta, mas é preocupação de mãe... Eu sou mãe e sei o que elas pensam... Acredite, ela não faz por que quer seu mal – afagou o rosto de sardinhas.  

_Às vezes parece que é isso que ela quer...  

_Mel, não é! Ela é sua mãe. Nós não somos perfeitas, mas fazemos o que podemos. Talvez ela tenha ficado com medo pelo o que aconteceu com Isa... – respirou fundo, lembrar-se dessa historia trágica que aconteceu com sua filha era sempre dolorosa.  

_Mas isso não se compara! Tia, por Deus!  

_Meu amor, você o conhece, mas ela não... Dê um credito para ela, só dessa vez?  

_Vou tentar...  

_Faz isso pela sua segunda mãe aqui! – abraçou a ruiva. Alice era um remédio para sua tristeza.  

Alice e Mel voltaram para fora abraçadas demonstrando o carinho que uma nutria pela outra, viram Isa se aproximar e abraçar as duas para depois arrastar a ruiva para ver o pé de morango que elas haviam plantado no ano passado que agora estava grande e com alguns frutos. Alice sorriu olhando as duas se afastarem. Era bom ter suas duas filhas em casa novamente. Mudou seu campo de visão em uma mesa com guarda - sol estava Leona como sempre deslocada, andou em direção a ela.  

_Ocupada? – ignorou o semblante fechado da mulher  

_É o que parece, não é – mais uma vez, Alice ignorou, ela era a anfitriã da festa e não queria ninguém posto de lado.  

_Então Leona, o que achou do Hakurei?  

_O achei velho, o que mais poderia achar?  

_Bem, eu o achei muito agradável e simpático e pelo que vejo, tem uma boa conversa. Parece-me gostar muito da Mel. É nítido o brilho no alhar dele quando olha pra ela – sorriu estava feliz pela ruiva ter encontrado alguém especial.  

_Quer saber mesmo que acho, Alice? – fitou a morena – Eu acho, não, eu tenho certeza que era pra Melissa arrumar um namorado da idade dela e não um homem que tenha idade de ser o pai dela. 

_Idade é algo subjetivo para duas pessoas que se gostam, Leona! – respondeu com tranquilidade na voz.  

_Querida Alice - o sarcasmo pode ser sentido no tom de voz da ruiva – Por falta de atenção, para não dizer irresponsabilidade de alguns pais, não temos uma boa experiência quando o assunto é namoro com homens mais velhos. Veja o que aconteceu com a bebê de vocês, ou já se esqueceu do ocorrido? – encarou a mais nova com um sorriso triunfante de quem sabia que cutucou no local certo.  

_Coisas ruins acontecem com todo mundo o tempo todo. De forma alguma estou me isentando da culpa que sei que tenho, também não nego que tudo poderia ter sido evitado, mas infelizmente não foi. No entanto, olhe com bastante atenção Leona – apontou para onde Isa conversava e gesticulava animada com o namorado, Mel e o cunhado – Apesar de tudo que aconteceu, ela seguiu sua vida e está feliz. Muito mais feliz do que você foi sua vida inteira, sabe o porquê? – voltou a encarar a ruiva - Por que Isadora não é uma frustrada que joga a culpa em todos quando a culpada é inegavelmente você, por ser incapaz – Alice viu a fúria no olhar da outra e sorriu satisfeita – Passar bem! – saiu deixando uma Leona irritada para trás. 

Alice caminhou até onde estava a churrasqueira, vendo que o fogo havia apagado, procurou o marido sem sinal dele, nem de Jonas e de Hakurei. “Mas onde esses três se meteram?”. Viu Kanon saindo do vestiário que tinha perto da piscina. O reconheceu por causa da bermuda que usava, que tinha uma cor diferente do irmão, acenou pra que ele viesse lhe ajudar.  

_Filhinho, você pode me ajudar a acender a churrasqueira novamente?  

_Claro, dona Alice! – sorriu gentil – Só vou precisar de um pouco de óleo e papel toalha.  

_Claro, já trago – Alice entrou na casa pegou o que foi pedido pelo jovem e levou até ele.  

Kanon pegou as folhas de papel e enrolou em forma de cone colocou no meio do carvão que já havia na churrasqueira, que a seu ver, era pouco. Quando foi colocar o óleo, para variar, se distraiu olhando o busto da mãe de sua cunhada, que também estava distraída procurando algo ou alguém. Os seios eram lindos e bem feitos “Benza Deus” pensou sem perceber que já havia despejado quase todo o litro de óleo no local, não se preocupou. Um pouquinho a mais, um pouquinho a menos, não ia fazer diferença. Colocou a garrafa com o restinho do líquido na mesa ao lado, pegou o fósforo e acendeu, pondo fogo nas bordas do papel. Alguns segundos depois, aconteceu algo que ninguém ali esperava. As chamas que se formaram eram tão altas que passava do telhado da casa.  

_ MAS QUE MERDA O KANON FEZ!? – Saga levou às mãos aos cabelos, apertando-os, incrédulo com o que via.  

_Puta que pariu! – Isa levou às mãos a boca. Mas logo pegou o celular para filmar. Não deixaria isso passar em branco! Iria compartilhar no grupo da macacada mais tarde.  

_Fudeu! – Mel balançava a cabeça de um lado para o outro. Leona ergueu o olhar para ver o que acontecia, mas como nada era do seu interesse, voltou sua atenção para o tablet.  

Alice deu um grito assustada se afastando em seguida, Kanon desesperado com o que via, correu e  pegou uma mangueira, logo em seguida abriu a torneira.  

_Se afasta, dona Alice.  

_KANON, NÃO FAZ... – Alice tentou impedir, mas já era tarde.  

Kanon fez a proeza de jogar água no óleo quente, piorando a situação. O fogo aumentou consideravelmente, incendiando a toalha de uma mesa próxima, o que deixou o jovem ainda mais assustado. Em outro ato impensado derrubou a churrasqueira pensando assim que diminuiria o fogo. Grande engano. O infeliz só fez espalhar o óleo quente no chão aumentando assim as chamas.  

_Kanon, seu idiota, o que você fez? - Saga se aproximou do local, exasperado. O sogro já não ia com as suas fuças, imagina agora com seu irmão incendiando a casa dele?! Para a tristeza e desespero do pobre coitado, Heitor acabara de chegar com Jonas e Hakurei, que saíram justamente para comprar mais carvão.  

_QUE PORRA É ESSA? – Heitor gritou, correndo em seguida, fazendo Saga engolir seco e um calafrio subir pela espinha de Kanon – O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO?– olhou para Kanon com ganas de matar o menino  

_Calma, Heitor! – Alice tentava amenizar a situação.  

_O que esses meninos fizeram? – Jonas correu tentando segurar o amigo, que já estava vermelho de raiva – Hakurei, pega o extintor lá na cozinha.  

Hakurei saiu em direção ao local e quando voltou, estancou com o que viu. Uma cena no mínimo cômica. Jonas corria atrás de Heitor, que corria atrás de Kanon, que gritava pelo irmão pedindo ajuda, dando voltas na piscina.  

_ SAGAAAAA SOCORROOOO. DESCULPA-ME SEU HEITOR, EU SÓ QUERIA AJUDAR!  

_EU VOU TE MATAR, SEU MOLEQUE!  

_HEITOR, MEU AMIGO SE ACALMA!  

O medico ainda incrédulo com a cena que seguia saiu de sua consternação ao escutar Mel gritar por ele, voltou à atenção a ela vendo Saga tentando apagar o fogo sem muito sucesso. Correu tirou a trava do extintor e jogou o conteúdo em cima das labaredas que pouco a pouco reduziam até serem totalmente apagadas.  

_HEITOR, PARA JÁ COM ISSO. AGORA! – Alice aumentou o tom de voz o que foi suficiente para o marido parar de correr atrás de Kanon que agradeceu aos céus por esse milagre, e Jonas também, já que estava ofegante – O fogo já foi controlado amor - amaciou a voz.  

_Mas Alice, ele queria por fogo na nossa casa!  

_Não foi ele, Heitor, fui eu. Tentei acender novamente a churrasqueira, mas você sabe que não sou boa com isso e não te encontrei em lugar nenhum. Então eu tentei. Ele só queria ajudar - Heitor olhou desconfiado para Kanon que sorria aliviado. Resolveu acreditar no que a esposa falava.  

Isa, que até então estava num canto calada sem dar sinal de vida se pôs a rir. Mel, que estava próxima dela, olhou para o celular na mão da morena por alguns segundos, rindo em seguida deixando todos curiosos com o conteúdo que as viam. Isa correu para uma TV que tinha na área pegou um cabo e conectou no seu celular. Minutos depois todos estavam rindo. Isa tinha filmado desde o momento que Kanon tentou apagar o fogo até o momento que seu pai perseguia seu cunhado e Jonas tentando acalmar a situação.  

_É meu amigo, você me deu uma canseira – Jonas ria ainda do vídeo – Faz tempo que não corro tanto.  

_Esta em plena forma, Jonas – Hakurei comentou sorrindo. Como médico, poucas vezes viu pessoas com mais de quarenta anos com tanto fôlego – Na verdade você também está, Heitor!  

_Tio, você é muito engraçado – Mel abraçou seu segundo pai – Me divirto muito com você! 

Heitor já sorria tanto que até esqueceu que sua casa quase pegou fogo. Olhou de lado, vendo Mel abraçada com Hakurei. Gostou muito dele, era simpático e muito divertido. Mudou a direção do seu olhar, vendo saga abraçar sua filha por trás e falar alguma coisa no ouvido dela, fazendo-a rir. Era difícil aceitar, mas sua filha tinha crescido, tinha se tornado uma mulher e agora estava com um namorado que nem sob tortura iria confessar ter gostado dele.  

_Ei garanhão? – Saga já olhou desconfiado para o sogro, esperando alguma gracinha – Me ajuda a trazer algumas cervejas. Vamos comemorar! – Saga sorriu se afastou da namorada e teve seu pescoço envolvido pelo braço do sogro, saíram em direção ao freezer.  

Mel sorriu para amiga, sabia que ela estava feliz, olhou seu tio se afastar com o cunhado. Heitor era uma figura e nunca ia confessar ter gostado de Saga, mas suas atitudes já eram o suficiente para provar justamente o contrário, quem o conhecia a mais tempo, sabia que Heitor tinha, mesmo que em pouco tempo, se afeiçoado ao genro. Aquele churrasco não estava de todo perdido.

Continua


Notas Finais


E aí, amores? O que acharam de mais uma festa que acaba em desastre? kkkkk
Mas dessa vez foi um desastre DAQUELES NÉ >.<
Socorro!!! Esperamos que tenham gostado
PS: esse cap foi escrito pela Edilene/ Isa, então é obvio que vocês iam rir muito
Beijíneos,a amados <3


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