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História A República - Provocação


Escrita por: Byanca96 e Edylove

Notas do Autor


Oie amoress!!! Desculpem a demoraa!!!
Minha faculdade voltou, meu curso voltou, tudo voltou kkkk
Minha vida está tensa, mas conseguimos preparar esse cap cheio de coisas pra vocês!
Espero que gostem! <3

Capítulo 50 - Provocação


Yuzuriha esperou que seu pai chegasse do trabalho para colocar seu plano em ação. Se sentou no sofá da sala ao ouvir o carro dele estacionar na garagem. Passou um pouco de batom vermelho na ponta de seu nariz para parecer que tinha chorado. Recolheu suas pernas entre os braços e abaixou a cabeça entre elas. Hakurei entrou em casa e se deparou com Yuzu aparentemente chateada. 

 

_Filha? Ainda acordada? - se sentou ao lado da loira no sofá branco – O que houve? - desde o término com Shion, ela lhe parecia abatida. 

 

_Ah, pai... Estou muito chateada com algo que vi hoje – deixou uma lágrima rolar pelo rosto alvo. 

 

_Com o que? - se preocupou e abraçou a filha. 

 

_Pai, acho que está sendo enganado – suspirou – Vi Melissa e Sorento aos beijos hoje! Pai eu...- fungou entre as lágrimas - Ela disse...- voltou a respirar fundo. 

 

_O que ela disse? - a esse ponto, seu coração estava do tamanho de uma cereja. Não podia ser verdade! Como e por que ela fingiria dessa forma? 

 

_Disse que o filho é dele – chorou copiosamente abraçada a ele, que apenas mirava o vazio. 

Não era homem de tomar atitudes precipitadas, mas não fazia ideia do que pensar, de como agir. Nunca se sentiu tão perdido em toda a vida.  

 

_Olhe só! - ela abriu a tela do celular e mostrou as fotos. Havia um abraço apertado e um sorriso no rosto de Mel. Na outra, realmente, um beijo.  

 

_Eu não... Não consigo acreditar – tapou seu rosto com as mãos. Sabia que Yuzu não era muito a favor de seu casamento, mas recebeu a notícia da gravidez de uma forma tão calma e até feliz. Ela era sua filha, jamais faria algo contra ele. Era o que pensava.  

 

_Me desculpe, pai... Eu não podia deixar que fosse enganado dessa forma – voltou a abraçá-lo – Ai, me desculpa... 

 

_Tudo bem – se desvencilhou dos braços da filha e andou calmamente até seu quarto. Não queria acreditar que aquilo era verdade. Ela era a mulher de sua vida! Não faria isso nunca! Mas Yuzuriha era sua filha. Ouviu uma notificação de mensagem. Era de Mel. "Me avise quando chegar. Amo você!". Suspirou cansado. Enviou uma mensagem simples avisando que chegou e dormiu. Não tinha cabeça para pensar em nada mais. 

 

________xx________ 

 

O dia mal clareou e Asmita se levantou. Precisava ir rápido para o centro de Anatomia Integrada. Se levantou com cautela para não acordar Shaka, que além de ainda ter alguns minutos para dormir, se ele levantasse junto de si, acabariam arrumando confusão para ver quem tomava banho primeiro. Com sempre. 

 

Andou até o banheiro esfregando os olhos e seu coração quase saltou pela boca quando acendeu a luz do banheiro. 

 

_Meu Deus! - passou a alisar seus cabelos desesperadamente e conferiu que ainda estavam em sua cabeça - Que susto – respirou fundo e colocou a mão direita sobre o peito, como se tivesse ressuscitado - Ué? - tocou seu queixo, tentando entender o que estava havendo ali. Se aqueles cabelos loiros não eram os seus, então... Shaka?!  

 

Andou até a cama do outro após se arrumar, e viu que os cabelos dele não estavam apenas curtos, como completamente irregulares. Podia jurar que viu uma parte do couro cabeludo exposta. Mas o que diabos aconteceu ali? - Shaka? - apertou o ombro dele – Shaka? - viu que ele abriu os olhos azuis calmamente. 

 

_O que foi? Que horas são? - disse, se sentando sobre o colchão e viu um riso contido nos lábios de Asmita, que tapava a boca com a mão para não rir – O que foi, inferno? Pra que me acordou? - falou com seu típico mau-humor.  

 

_Bem... O que fez com seu cabelo? Por que os cortou... Assim? - ressaltou a última palavra. Matinha uma sobrancelha erguida e um meio sorriso na face. 

 

_Assim? Eu não cortei meus... Ai meu Deus – se levantou e correu desesperadamente até o espelho do banheiro e sentiu seu coração falhar uma batida. Uma não, sentia que sofreria um infarto a qualquer minuto – ISADORAAAAAAA! - berrou aos quatro ventos, segurando seus cabelos com força. Mataria aquela garota com toda a certeza! - Asmita, anda, me ajuda aqui! EU MATO ESSA GAROTA! 

 

_Eu te ajudar? Você pirou, né? - disse, pegando um último livro em sua mesa de cabeceira – Você corta seu cabelo igual um doente mental e eu que tenho que ajudar?  

 

_EU? VOCÊ ACHA QUE EU CORTEI A PORRA DO MEU CABELO ASSIM? EU SOU VIRGINIANO! POR QUE EU FARIA UMA MERDA DESSAS NO MEU CABELO? MEU CABELO QUE AMO MAIS QUE TUDO? - deu seu típico piti sob o olhar de descaso do outro loiro. Segurava seus cabelos com força, quase arrancando os que ainda restavam em sua cabeça. 

 

_Bem, se não foi você, foi um fantasma, por que você foi dormir com os cabelos inteiros e acordou parecendo um espantalho de roça. Mas enfim, estou atrasado. Se vira! Fui! - bateu a porta e deixou um loiro completamente atônito e raivoso. Podia jurar que ouviu um vidro se espatifando contra a porta pesadamente. 

 

Shaka andava de um lado para o outro dentro do quarto, a qualquer minuto abriria um buraco no chão se não parasse. Não conseguia se olhar no espelho. Viu um bilhete amarelo ao lado de sua cama, sobre seu criado. "Não foda comigo". Era tudo o que faltava. Maldita Isadora! Fez uma atrocidade dessas por vingancinha!? Tudo bem, acertaria as contas com ela DE NOVO! Se ela queria guerra, guerra ela teria! 

 

Se colocou à frente do espelho para tentar dar um jeito naquela maldição, pois pelo visto ninguém o ajudaria. Asmita só voltaria à noite e esta aula era indispensável ao projeto. Mas nada funcionava. Se prendia de um lado, soltava do outro. Alguns fios estavam tão irregulares que nem mesmo eram alcançados pela borrachinha. INFERNO! Vestiu a única blusa de frio que tinha e colocou o capuz para tentar esconder aquela porcaria que fizeram. Isa e Asmita lhe pagariam!  

 

Bateu à porta da sala, visivelmente atrasado. Entrou sob os olhares curiosos dos outros estudantes e piadinhas de outros, que não estavam entendendo o por que daquele casaco de frio. Se sentou sobre a cadeira com uma força desnecessária.  

 

_Shaka, está doente? - o professor Lucas lhe questionou, visivelmente preocupado. 

 

_Não - respondeu seco, nem mesmo olhava para seus "amigos" e seu "namorado". 

 

_Dormiu comigo, loiro? Não fala mais com os pobres, não? - Isa brincou. Sabia que para ele ter chegado ao ponto de ir vestido como um esquimó em pleno sol do Nordeste, o trabalho tinha ficado bem feito. Não conseguiu segurar alguns risinhos. Precisava ver aquilo! 

 

_Não falo com gente babaca, Isadora – disse sem se virar.  

 

_Então você não deve falar muito consigo mesmo, né amado? - sorriu sarcástica e o viu se virar para trás, pronto para lhe dar uma resposta. 

 

_Está tudo bem aí, meninos? - o professor interveio na briga.  

 

_Sim. Olha a minha cara de quem está bem! – o loiro respondeu em tom azedo ao professor.  

 

_Alguém acordou de TPM hoje, hein. E não foi uma menina! – brincou e se sentiu fuzilado pelo olhar do loiro – Daremos seguimento à aula! 

 

O belo doutor continuou com sua aula. Notava que o loiro estava ainda mais emburrado no dia de hoje que nos demais dias. Respirava fundo e pesadamente como se quisesse matar alguém. Só esperava que esse "alguém" não fosse Isa.  

 

A aula chegou ao fim e Shaka correu para fora como se não houvesse amanhã, mas foi pego de surpresa pela presença de Ana no refeitório. Como sempre, estava acompanhada de quase toda a galera. 

 

_E aí, gostou do novo visual? - sorriu com deboche.  

 

_Eu? Você... FOI VOCÊ, SUA LOUCA? - aumentou o tom de voz e viu que ela se levantou da cadeira e ficou cara a cara consigo. 

 

_Louca é a mãe! E reze, mas reze MUITO para que da próxima vez que fizer graça com um amigo meu, meu canivete não seja passado na sua GARGANTA – cutucou bem forte no peito dele, que pendeu para trás. 

 

_O QUE VOCÊ TINHA A VER COM ISSO, SEU DEMÔNIO? - tentou partir para cima dela, mas foi segurado pelos meninos. 

 

_Ih galera, relaxa, deixa ele vir – se sentou calmamente em sua cadeira, sendo censurada por Albafica. Mantinha um olhar debochado sobre ele o tempo todo - Não tenho medo de otário não! - cruzou os braços. 

 

_EU VOU MATAR VOCÊ! 

 

_TENTA! - com destreza absoluta, retirou seu canivete de dentro do bolso e o apontou ameaçadoramente para ele – Seu merda!  

 

_Vem, Shaka, vamos te levar para a república – Kanon e Manigold tentavam acalmar os ânimos naquela mesa antes que Mel passasse mal novamente com toda essa confusão. Conduziram-no com muito custo até seu quarto. Ele tremia como uma vara. Ofereceram um pouco de agua para ele e se certificaram de que ele não voltaria para lá novamente. Ouviu algumas batidas na porta e perguntou quem era antes de abrir. A verdade é que não queria ver ninguém. Exceto ele. 

 

_Oi – disse de maneira tímida e cedeu passagem para o namorado. Se ainda é que podia chamá-lo assim.  

 

_O que houve? - o outro questionou, se sentando sobre a cama do loiro de braços cruzados. 

 

_Você ainda pergunta? - retirou o capuz e expôs a situação no mínimo cômica em que seu cabelo se encontrava. Jamais queria que Mu lhe visse desse jeito. Feio. Horroroso – Foi a Ana quem fez isso – suspirou. 

 

_Ok, Shaka – respirou fundo - Não vou dizer que não foi merecido, mas mesmo assim, talvez ela tenha pego pesado... Mas espero que agora você aprenda a parar de bancar o otário! 

 

_Talvez? Olha o que ela fez comigo? Ela podou o meu cabelo! - segurava as mexas loiras que sobraram em sua cabeça e mostrava o estrago ao namorado – Olha isso! O que eu faço agora?  

 

_O jeito é cortar – disse calmamente. 

 

_Eu não vou em salão de beleza nenhum! Ninguém vai me ver desse jeito! - esperneava enquanto chorava com birra. 

 

_Então fique assim... Até que caiu bem – sorriu e viu que o loiro apertou os olhos em sua direção - Amor, vem aqui – o abraçou. Nem se Shaka fosse careca conseguiria ficar feio – Promete pra mim que você vai parar de fazer essas coisas com a Isa? Não só com ela, mas parar de criticar os outros dessa forma... Você sabe que as pessoas não são obrigadas a se comportar à maneira que os outros pensam ser a melhor. Deixa ela em paz, eu sei que ela não fez nada do que você disse e fiquei muito puto com isso. 

 

_Eu sei, mas... 

 

_Não tem "mas" nem meio "mas"! Quer criticar? Critique nos seus pensamentos! E se você voltar a fazer algo assim, eu juro que termino com você onde estiver! Vem aqui, deixa eu arrumar esse cabelo pra você. 

 

_Você ainda me acha bonito? Tive tanto medo de você me deixar – suspirou. 

 

_Afe, Shaka, você até parece que não me conhece! Desde quando essa besteira de cabelo é importante pra mim? Eu namoro seus cabelos, por acaso? - sorriu e deu um beijo na ponta do nariz do outro. Sabia que Shaka estava errado, mas precisava vencê-lo. Mas não podia ser com arrogância, pois nesse quesito, ninguém superava a desse loiro teimoso. Então seria pelo amor - Então! O que me faz ver você feio é esse tipo de atitude – suspirou. 

 

_Ai, Mu! - revirou os olhos. Estava farto de sermões. Seu namorado também era bem chato quando queria!  

 

_Ai nada! É verdade! As pessoas não gostam de gente arrogante, implicante! Você até parece que não recebe carinho! Vai ser mal-humorado assim lá na China! - o abraçou por trás após receber um sorriso amarelo como resposta - Vem, vou cortar pra você... Bem, vou fazer o que posso pra ficar menos tenso e depois você vai ao salão acertar o corte – riu. Na verdade, aquilo estava muito engraçado.  

 

_QUER PARAR DE RIR, CACETE? - jogou uma almofada no namorado. O outro conteve os risos e cortou como pôde os cabelos de Shaka. Nunca pensou vê-lo assim, mas aos seus olhos, continuava lindo.  

 

_________xx_________ 

 

Isa e Saga almoçaram na mesma mesa em respeito aos amigos, mas não se falaram. Nem sequer se olharam. Ambos estavam magoados um com o outro, mas por razões diferentes. Isa por que Saga se deixou levar por qualquer comentário maldoso e não acreditou nela. Ele por achar que Isa estava de fato, dando bola para o tal professor. De fato, um clima estranho se estendeu, visto que era um dos casais mais amados pela macacada e era inadmissível que eles brigassem.  

 

Após quase todos saírem da mesa, os dois foram falar com Mel ao mesmo tempo, preocupados com o bebê e com a saúde dela. Aquilo estava insuportável! Ficar entre os dois e eles não se falarem e fingirem que o outro não está ali. Resolveu acabar com essa palhaçada. 

 

_Escuta aqui vocês dois! - se levantou da cadeira e se colocou de frente para os dois, que arregalaram os olhos quase que ao mesmo tempo – Vocês vão parar com essa infantilidade e vão conversar AGORA! Ou vocês querem deixar meu bebê sem padrinhos? É isso? Vocês querem me matar? Se for isso, tá bem, continuem brigados! - fez seu típico drama, fingindo um choro inexistente. 

 

_Mel, por favor, não precisa ficar assim – Saga a confortou. 

 

_Ah, não? Fico entre vocês como se estivesse assistindo a um jogo de tênis! De um lado pro outro, de um lado pro outro! Olha, eu não sei como vocês vão se resolver, só sei que VÃO SE RESOLVER! - inflou as bochechas já redondinhas, dando um aspecto absurdamente fofo à sua face.  

 

_Own, cabrita, não faz assim – os dois a abraçaram ao mesmo tempo – Pode deixar. Por VOCÊ eu vou conversar com esse troglodita! - apertou os olhos na direção do namorado, que fez o mesmo gesto.  

 

_Troglodita? Eu?  

 

_AIAIAI! Olha vocês de novo! - cruzou os braços, ainda com as bochechas cheias de ar. 

 

_Tá bem – a amiga respondeu e viu Mel puxar os dois pela mão e caminhou com eles até a República. No quarto de Saga, eles se sentaram de costas um para o outro e demoraram mais de dez minutos para começarem a conversa – Ainda não sei por que você está revoltado comigo. 

 

_Ah, não? Será que é por que aquele professorzinho galã veio falar com você daquele jeito, todo... Todo... 

 

_Todo o quê, Saga? Todo o que? - se levantou e cruzou os braços, batendo a ponta do pé esquerdo no chão num único ritmo. Não obteve resposta - Está vendo? Nem você sabe por que está puto! Você se deixou levar por um comentário ridículo de alguém que você SABE que me ODEIA sem nem mesmo deixar eu me defender! Se alguém tinha que está puto aqui, essa pessoa sou EU! 

 

_Mesmo assim, vai negar que aquele cara tá interessado em você? 

 

_Não, eu não vou negar, Saga, mas que eu saiba, o problema não está em quem olha para a sua namorada, o problema é se ela olha de volta! E não foi isso que fiz! Não estou nem aí para o Lucas! Eu gosto de você, seu estúpido!  

 

_Ok, então você sabe e admite que ele fica de olho espichado pra você na aula?  

 

_Você é surdo? - perdeu a paciência - Já disse que sim e já disse que NÃO ME IMPORTO!  

 

_Não tem só que não se importar – se levantou e andou até ela, puxando-a pelo braço de uma forma sexy – Tem é que mostrar que você tem DONO! - a puxou para si, colando seu corpo ao dele, puxando seus cabelos pela nuca – Tem que mostrar que você é MINHA – disse rente ao ouvido dela, ainda apertando aquele corpo contra o seu, deixando-a arrepiada – E é isso que você vai fazer – sussurrou. 

 

_Senão o que? - mordeu os lábios e entrou na brincadeira. 

 

_Senão eu vou te punir, Isadora – mordeu o lóbulo da orelha adornada por três brincos – De uma forma que você não vai esquecer nunca!

 

_Acho que vou pagar pra ver – sorriu.

 

_Não brinca comigo, Isadora – apertou seu sexo contra a coxa dela, que sentiu um prazer indescritível com o toque - Você não conhece o namorado que tem! 

 

_E você parece que também não - o empurrou sobre a cama e se sentou sobre as pernas dele – E parece que não sabe que quem vai te castigar sou EU – se levantou, mas foi pega de volta – Isso mesmo, príncipe - lambeu os lábios carnudos – HOJE NÃO - o empurrou com um dedo e saiu de dentro do quarto. Queria deixar Saga enlouquecido! E parece que conseguiu. Sorriu triunfante e voltou para seu quarto. Não via a hora de contar a Mel que fizera as pazes com seu príncipe! 

 

________xx________ 

 

Selinsa estava saindo do campus junto de Agathia, quando viu o homem com quem saiu há alguns dias. Conversava com um rapaz muito bonito, que pelo visto, deveria ser o filho dele. Vestia o uniforme da Fisioterapia.  

 

Após se afastarem, ela apertou o passo para tentar falar com ele. Estava louca por aquele homem. Tanto que seria capaz de foder com ele sem que ele lhe desse nada. Nunca sentiu isso antes. Fosse tesão, fosse paixão, estava gostando desse sentimento. 

 

_Lúcio? - tocou no ombro dele, que se virou para ela com um olhar de indiferença. 

 

_O que quer? - reconheceu ser a tal vadia com quem saiu uma noite dessas.  

 

_Como assim, o que quero? Queria falar com você! - sorriu. 

 

_Por que? Faltou dinheiro? - suspendeu uma sobrancelha. Não era nada discreto – Se não, eu não tenho assunto nenhum com uma puta como você! 

 

_Lúcio... Eu pensei que... 

 

_Pensou o que, garota? Pensou que eu ia me casar com você? Só por que meti com você, que a propósito é uma vagabunda qualquer, uma ÚNICA vez, não significa NADA!  

 

_Não é nada disso! - estava incrédula por escutar tais palavras de um homem que julgava ser diferente – Por favor, não fale tão alto assim! 

 

_Não? Seus amiguinhos não sabe o que você é? - gargalhou – Pois bem, vadia – se aproximou de seu rosto – O fato é que não quero ser visto do seu lado. Se está tentando me seduzir para ganhar mais grana, muito bem, quando eu quiser meter com você eu te ligo e te pago – se afastou – Mas caso contrário, não olhe na minha cara, piranha! tenho um nome a zelar.

 

_O que está dizendo aí? - viu um rapaz corpulento se colocar entre ele e Selinsa - Pode repetir, por favor? 

 

_E você quem é? É um cliente "VIP" dessa daí? - apontou para a garota, que estava chorosa. Um pequeno grupo de curiosos se formou ao redor deles. 

 

_Não, não sou cliente. Sou um amigo e um homem decente, coisa que você não faz ideia do que seja! - se aproximava do mais velho, visando intimidá-lo - Peça desculpas para a moça! 

 

_E você vai fazer o que?  

 

_Posso resolver as coisas como homem – estalou os dedos ameaçadoramente - Se não quiser pedir desculpas a ela – viu um sorriso irônico no rosto do homem e desferiu um soco certeiro em sua face direita, o derrubando sobre a calçada. Se ajoelhou ao lado dele – Fique longe dela! - se levantou e bateu a sujeira dos joelhos - Estão olhando o quê? Acabou a festa! - passou os braços pelos ombros de Selinsa e a levou até seu quarto no alojamento – Por que estava metida com esse tipo de homem? - estava ajoelhado à frente da moça. 

 

_Por que se importa? - mirava o vazio – Como ele disse, sou uma puta... Quem se importa com uma puta? - sorriu fraco. 

 

_Eu me importo! - a fez olhar para si – Selinsa, por favor, eu preciso entender o por quê disso! Você não precisa disso! Você é linda e inteligente! 

 

_Não é tão simples – suspirou. Ele não sabia da mísera metade. Nem podia saber. 

 

_Então me explique!  

 

_Não! Me deixa em paz, Hasgard! Eu nem sei por que me defendeu!  

 

_Por que já disse que me importo com você, garota! - segurou seus ombros e a sacodiu de leve – E se você não sabe, sou um cara muito teimoso e não vou sair de perto de você! Pelo menos enquanto você não me der uma razão boa o suficiente para isso – sorriu. 

 

_Sou puta. Isso não é bom o suficiente? Procure uma garota de família que seja para namorar e se importe com ela – se levantou – Eu sou um caso perdido... 

 

_E de que adiantaria se a garota que quero não é a garota de família? - a segurou e a fez olhar em seus olhos verdes. Ele sentiu que ela tremulou quando disse o que disse.  

 

_Então dê um jeito de querer essa garota – se desvencilhou dos braços fortes e saiu do quarto. Jamais poderia envolver um cara legal como Hasgard em sua vida suja. Em sua realidade desgraçada. Ao entrar em seu quarto, se recostou sobre a porta e chorou. Não era digna de ter o amor de ninguém. Muito menos o dele. Estava condenada à sua realidade.  

 

______xx______ 

 

Ana deu um jeito de despistar Albafica e uniu Aninha e Shura no mesmo lugar pela primeira vez depois de todo aquele tumulto entre os dois. Mas seu objetivo era maior que uma picuinha. Estavam sentados sobre os bancos compridos do refeitório.  

 

_Então, Ana, o que está rolando? - Shura questionou. Não ficava à vontade em estar junto de Aninha. 

 

_Está rolando que vocês vão tirar seus companheiros de quarto de lá por cinco horas no MÍNIMO! - sorriu maliciosa. Tinha planos MUITO sórdidos para seu namorado amado. 

 

_Podemos saber por que? - a menina perguntou de forma aparentemente inocente. 

 

_Ai, vocês são lerdos ou quer que eu desenhe? - revirou os olhos escarlate – Quero meter, cacete! - foi direta até demais, deixando os dois atônitos - E não se ATREVAM a deixar aqueles dois voltarem! Sabem como eu sou, não é? - sorriu de forma amedrontadora. 

 

_Temos de levar Yuki também? - Aninha questionou com um meio sorriso. 

 

_Não! Ele vai ficar com a Isa... Ela me deve um favor – sorriu de canto – Se quiser, o Gio pode deixar o Satanás com ela também, já que vocês juntos são um perigo – mordeu os lábios - Enfim, o fato é esse. Vocês vão manter Gio e Afrodite longe daquele quarto por bastante tempo. Estamos conversados?  

 

_Sim!  

 

_Tudo bem – Shura respondeu.  

 

Ana estava muito feliz pelos amigos compreensíveis que tinha. Sorriu. Seu plano pervertido com Albafica seria o melhor de toda a sua vida! Ele nunca mais seria o mesmo depois disso! 

 

Continua 


Notas Finais


E aí, momores? Espero que tenham gostado!!!
Beijíneos <3


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