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História A República - Não se pode caminhar pelos outros. Nem tropeçar pelos outros


Escrita por: Byanca96 e Edylove

Notas do Autor


Oie amoresss!!!!!
Não sei nem como, mas consegui terminar o cap antes de domingo!
É PRA GLORIFICAR DE PÉ!!!!
Espero que gostem <3

Capítulo 59 - Não se pode caminhar pelos outros. Nem tropeçar pelos outros


Aninha saiu correndo atrás de Lua sem responder. Estava muito nervosa. Após pegar a gatinha nos braços, se voltou para Gio. Sorria frouxo e mantinha os olhos baixos.  

 

_Gio... Eu... 

 

_Você? - estalava os dedos sem parar. Não se considerava um cara "apegado", e pela primeira vez, levava alguém verdadeiramente a sério.  

 

_É claro que eu aceito, seu idiota! - o abraçou pelo pescoço e deu-lhe um beijo carinhoso - Você achou mesmo que eu ia dizer "não"? - riu com gosto – Eu gosto de você, Giovane – beijou-lhe na ponta do nariz.  

 

_Eu também, minha Aninha – olhava apaixonado para a pequena. Como ela era linda! - Eu também - tinha  muita sorte por tê-la.  

 

_______xx_______ 

 

Milo estava na boate Grey's. Após o conturbado término dos pais, via a mãe cada vez mais depressiva. Sabia que uma parte disso era o sofrimento por ter visto o homem que amou por tanto tempo se tornar um monstro. A outra, era por não ter certeza sobre sua vida dali em diante. Ela passou  os últimos dezoito anos dedicando sua vida a Lucio e a si mesmo. Precisava fazer algo para ajudá-la. Sua avó a recepcionou, porém a aposentadoria da senhora não seria capaz de dar uma vida plena às duas.  

 

Estava na boate. Mentiu para Camus, dizendo que seu emprego era o de vigia noturno. Camyu não o perdoaria se soubesse que ele estava trabalhando em uma boate.  

 

_Um sex on the beach, por favor – uma ruiva linda, que ele reconheceu tê-la visto algumas vezes na República, estava acompanhada de uma morena de cabelos curtos, mas que parecia infeliz por estar naquele lugar. Estava encostada sobre o balcão com um sorriso maroto entre os lábios - Vem cá, você mora na Beta? - perguntou ao moreno em tom alto, devido à musica alta, que atrapalhava a comunicação, que tinha de ser feita aos berros, praticamente. 

 

_Sim – respondeu em tom seco. Estava cansado. O dia inteiro de estudos e prática em laboratório. Além de cansado, se sentia mal por estar mentindo para Camyu. Nada contribuía para um bom humor pleno - Aqui, seu drink.   

 

_Obrigada – a ruiva pegou o copo da mão do lindo moreno e sugou um gole no canudo vermelho - Tá cansado? - levou uma cotovelada sucinta da amiga. 

 

_É, estou – sorriu amarelo. Eram seus primeiros dias de trabalho. Não podia ser mal educado com os clientes.  

 

_Quer uma "bala"? - ofereceu uma pílula na direção de Milo, que arqueou a sobrancelha – Vai, eu sei que você está precisando! 

 

_Não, não estou – se virou para os outros jovens à beira do balcão preto. Aquilo era... Ecstasy? Essa garota estava vendendo drogas? Não sabia qual postura tomar. Ela provavelmente era alguma riquinha. Não se intrometeria.  

 

_Uma hora ele vai precisar – a ruivinha sorriu de canto e comentou com a amiga, se sentando em um dos bancos altos em frente ao balcão. Comia aquele moreno com os olhos. Se Albafica não era seu, aquele moreno seria. Ah, se seria! 

 

___________xx__________ 

 

O dia amanheceu. Sísifo não sentia a menor vontade de dividir a mesa do café com seu irmão. Ele nem sequer havia perguntado por Regs ontem. 

 

_Então...- o mais velho levou a xícara à boca – Encontrou seu sobrinho?  

 

_Encontrei o SEU FILHO, sim, Ilias – apertou o copo com uma força desnecessária - Ele está no Morro do Galo junto com a Seika. Isso quer dizer alguma coisa pra você? - o mirou com expressão irônica. 

 

_Quer dizer que o que eu disse é a verdade, que se ele está numa favela, logo logo ele se cansa de não ter casa boa, comida boa e roupa lavada e volta pra casa. Sísifo, quem nasceu criado a pão de ló, jamais apreciará pão com mortadela. Até mais – se levantou e saiu pela porta. 

 

_O que diabos você se tornou, meu irmão? O que essa vagabunda fez com você? - pensava alto. Não se conformava por ver aquele Ilias que sempre fora seu pai, seu irmão mais velho que cuidava de si como um bibelô, desaparecer diante dos seus olhos, pouco a pouco. Mas somente ele poderia mudar a si próprio. Quando o outro não quer enxergar seus erros, não há quem o faça ver.  

 

Dirigiu até a Universidade e encontrou a macacada reunida na típica mesa quilométrica. Ainda faltavam vinte minutos para o início das aulas.  

 

_Macacada, ainda bem que está todo mundo aqui – chegou ofegante – Eu estava pensando em uma coisa e queria perguntar o que vocês acham da ideia – se sentou ao lado de Aspros.  

 

_Pode falar – Mani disse, ainda comendo um pedaço de pão. Foi atingido por uma bolinha de papel jogada por Hasgard – AI PORRA! - Ah é, ele detestava que falassem de boca cheia.  

 

_Bem, como vocês sabem, meu sobrinho Regulus é um serumaninho de outro planeta, e ele DE NOVO aprontou uma com a gente – suspirou – Ele se meteu no Morro do Galo – viu olhos arregalados – Calma, está tudo bem com ele, ele foi para a casa da nossa antiga empregada por causa de um rolo que aconteceu lá em casa... Enfim, eu e Aspros vimos que lá tem uma espécie de galpão em que funciona uma ONG que ajuda as crianças carentes do Morro do Galo e a gente estava pensando se alguns de vocês estão interessados em participar da ONG como voluntários.  

 

_Eu acho uma ótima ideia! - Isa se manifestou – Eu amo crianças - sorriu – Vamos, príncipe? Vamos gente! Imagina que legal vai ser! 

 

_Por mim, ok! Acho muito maneiro essa ideia de ajudar as crianças que não podem ter o que a gente tem – Albafica respondeu positivamente.  

 

_Por mim também! 

 

Aos poucos, a maioria da turma resolveu ir. Alguns combinaram de ajudar "por fora", como foi o caso de Mel, que devido à gravidez, não podia subir e descer escadas e morros com habitualidade, e Dite, que se comprometeu a ajudar Mel com as arrecadações de alimentos em mercados e quitandas, bem como patrocínios em dinheiro para ajudar na causa.  

 

_Então mais tarde da pra a gente dar um pulo lá pra resolver isso?  

 

_Show – todos se dispersaram e foram para suas turmas após resolverem a questão da ONG. Estavam bem animados para conversar com a responsável por lá. Seria um trabalho incrível.  

 

___________xx___________ 

 

Mel estava terminando o trabalho em dupla junto de Saga, já que Kanon e Oros só faziam conversar e brincar. 

 

_Vocês dois não vão terminar o trabalho? Vocês tem vinte minutos para me entregar! - disse o severo professor de Antropologia Jurídica.  

 

Os dois apressaram o punho e cutucavam a dupla da frente para conseguir as respostas da forma mais "fácil". 

 

_Dá pra desfazer o bololô aí? O quarteto fantástico aí! - apontou pra Mel, Saga, Kanon e Oros - Que parte de "dupla" vocês não entenderam?  

 

_Se a gente perder o ponto por culpa de vocês, eu te dou uma porrada! - o gêmeo deu um cascudo no cocuruto do irmão e entregou o trabalho ao professor, saindo da sala acompanhado da amiga. Eles eram os mais inteligentes e dedicados da turma. Não que Kan e Oros não fossem, mas era preguiçosos demais para se empenharem.  

 

_Nossa, mas que saco! - a ruiva tirou o celular de dentro da bolsa, já que o mesmo vibrava insistentemente. Sabia que não era Hakurei, pois ele estava no Hospital a uma hora dessas – Quem é o chato que...- arregalou os olhos ao ver dez mensagens de Sorento, avisando que estava na porta da Universidade 

 

_O que esse merda quer com você? - Saga apertou os punhos. Sabia que o ex namorado de Mel havia tentado beijá-la à força e isso fez seu sangue ferver – Você vai encontrar ele? 

 

_Não sei, Saga... Ele está dizendo aqui que... Quer conversar – seu coração disparou. Não queria ver Sorento tão cedo depois do que ele fez.  

 

_Se quiser ir, eu vou com você. Não vou te deixar sozinha com aquele babaca! Quero ver ele fazer graça perto de mim. 

 

_Tudo bem, prefiro que você vá, então... Será que a Isa já saiu?  

 

_Vou ligar para ela – telefonou para a namorada, que já havia sido liberada e andou em passos largos até onde os dois estavam.  

 

Os três se dirigiram até o portão e ele de fato estava lá. Mas para a infeliz surpresa de Mel e Isa, não estava sozinho. Bian, seu insuportável amigo, que era colega das duas desde o ensino médio, estava junto dele.  

 

_Olha, não é que a Ratata veio!? - o moreno disse aos risos na direção de Mel, que apenas sorriu amarelo e começou a se arrepender de ter ido. Bian sempre foi o melhor amigo de Sorento durante o ensino médio e criou uma picuinha com ela quando começaram a namorar, alegando que ele "abandonou" os amigos por sua culpa. Ele era uma pessoa metida à engraçada e debochada, que deu esse apelido para Mel pois sabia que ela tinha os dentes avantajados e detestava esse fato, procurando sorrir o mínimo para que ninguém notasse.  

 

_O que você quer, Sorento? - cruzou os braços. Viu um olhar pesaroso dele e direção à Isa, que apenas afirmou com a cabeça, confirmando que não havia contado à ruiva sobre a armação dele e de Yuzu.  

 

_Mel, eu... Eu queria te pedir perdão pelo que fiz naquele dia... Me desculpa, eu não sei o que deu em mim! 

 

_Deu um "vale a pena ver de novo", né não, Sore? - o moreno disse aos risos. 

 

_Cala a boca, Bian! Enfim, você me desculpa? Eu quero que você saiba que te quero feliz com o cara que você gosta... 

 

_Mentiroso – Bian disse em tom melodioso e debochado. 

 

_BIAN CALA A BOCA! - Isa não aguentou. Será possível que em três anos essa mala não havia mudado nada? Continuava o mesmo bobo imaturo de sempre?  

 

_Desculpa, dona Isa – levantou os braços num sinal de paz.  

 

_Enfim, Sorento, você já falou o que tinha pra falar, agora tchau! Nós temos muita coisa pra fazer hoje! - a loira afastou o outro de perto da ruiva, que fez um "sim" com a cabeça. Sua missão estava cumprida. Não queria passar o resto da vida se culpando por ter armado um plano tão horrível para uma pessoa boa como Mel.  

 

_Sore, olha só aquela GATA! - Bian apontou para uma loira que passava pelo portão, de mãos dadas com outra garota – Hm, ainda tem uma amiguinha pra você pegar – deu três tapinhas no ombro do amigo, que apenas revirou os olhos – Mano, você vai dar um jeito de voltar a frequentar esse lugar! O Albafica mora na República agora, não mora? - viu um aceno positivo - Pois é, você vai se reaproximar dele! Eu quero e vou pegar essa loira...- sorriu de canto. Não havia quem o fizesse mudar de ideia quando cismava com algo ou, nesse caso, alguém. Aquela garota linda seria sua de uma forma ou de outra.  

 

________xx________ 

 

 Pela tarde, os cinco foram até a sede da ONG no Morro do Galo para tentar conversar com o responsável. Ao chegarem na entrada, foram abordados pelos mesmos "vigias" de ontem, que reconheceram dois deles e mandaram chamar Geki, pois ele era quem controlava a entrada de estranhos no Morro.  

 

_Manda subir! - respondeu pelo celular e desceu até encontrar os meninos sendo "gentilmente acompanhados" pelos vigilantes da entrada – O que vocês querem agora?  

 

_Bem, é que nós vimos que existe um galpão onde funciona uma ONG aqui na comunidade, certo? - Sísifo se pronunciou. 

 

_Tá, e aí? 

 

_Nós queremos ajudar. A nossa ideia era virmos aqui como voluntários para ajudar em projetos sociais de todos os tipos para as crianças e jovens da comunidade...- a loira se explicou.  

 

_Hm – arqueou uma das grossas sobrancelhas – E o que os riquinhos ganham com isso? De onde saiu isso? - estava relutante. Não era qualquer um que simplesmente entrava no seu Morro assim. 

 

_Na verdade nós ganhamos a possibilidade de ajudar as pessoas... Pense bem, nós estaremos ajudando o povo da sua comunidade! Não é isso que vocês prezam? O bem da sua comunidade? 

 

_É. 

 

_Então! Por favor, deixe que a gente prossiga e converse com a responsável! Nós prometemos que jamais faremos algo para prejudicar os moradores daqui! 

 

_Vamo ver o que dá pra fazer... Sobe aí! - ele gesticulou com a cabeça e após intermináveis degraus de escadaria, chegaram até o precário galpão onde "funcionava" a ONG. Era realmente precário. Não havia no que o estabelecimento pudesse ajudar no estado em que estava. Faltava comida, água. Faltava quase tudo.  

 

Sob os olhos atentos do sub chefe do Morro, os meninos conseguiram explicar seus planos para Janice, a cansada diretora da ONG. Detalharam quais eram os projetos a serem desenvolvidos e como isso podia ajudar na diminuição da violência e estímulo à educação na comunidade. 

 

Voltaram extremamente felizes para a República, fazendo uma pequena reunião para designar as tarefas que cada um cumpriria. Isa daria aulas de música e violão para as crianças, enquanto Sísifo e Aspros se responsabilizaram por aulas extensivas de português e leitura, Hasgard e Debas ficaram com a parte dos esportes, o que era a saída que muitas crianças encontravam para fugir da dificuldade da vida, Albafica se responsabilizou pelo plantio de uma horta comunitária junto das crianças, que fariam a atividade junto dele. Shina se responsabilizou pela preparação dos alimentos, visto que seria servido almoço e lanche da tarde com os alimentos arrecadados por Mel e Dite nas doações. Gio quis ajudar na parte da arte, dando aulas de desenho para as crianças.  

 

Estavam definitivamente animados pelo que escolheram fazer.  

 

________xx________ 

 

Milo terminava seu exercício com os olhos praticamente fechados. Não estava conseguindo se manter acordado e daqui a algumas horas, teria de ir para o trabalho novamente.  

 

Camus o observava sentado na cama. Tinha os olhos atentos. Não concordou com a escolha de Milo em trabalhar em um emprego noturno, mas diante da necessidade da mãe, entendeu que talvez fosse necessário. Via a constante nuance que a cabeça dele fazia, tentando se manter acordado. 

 

_Milo, você não acha que esse trabalho está pesado demais para você? - se sentou na beirada da cama de Milo. Mantinha o olhar sério - Eu sei que sua mãe está passando por uma fase difícil, mas você não pode se matar por isso... 

 

_Camyu, eu não tenho escolha! Minha mãe não vai morrer de fome por minha culpa! 

 

_Sua culpa? A culpa é do seu pai, que é um homem intolerante que nunca respeitou sua mãe! Essa hora tinha de chegar um dia, Milo! Ou você ia preferir que ela continuasse apanhando calada?  

 

_É óbvio que não! Mas se meu pai não é homem para ela, eu sou! E eu vou ajudar a minha mãe de um jeito ou de outro...- colou sua testa na de Camus e olhou em seus olhos – Me perdoa – se sentia sujo por não poder contá-lo sobre seu verdadeiro emprego. Camyu sempre foi uma pessoa exigente, e se soubesse onde era seu trabalho, não aceitaria. Achava que boates eram lugares perigosos demais. Mal sabia ele que Camyu estava certo.  

 

_________xx_________ 

 

 Shion estava na República junto de Dohko. Dormiria lá por alguns dias. Parecia que o único lugar que lhe trazia a paz, agora era o que mais lhe tirava a paz. Sua mãe estava fazendo de sua vida um inferno. A todo o momento se fazia de vítima das circunstâncias e não entendia que ele não acreditava nela. 

 

Sentia o vento que entrava na janela. Estava encostado na cabeceira da cama de Dohko, e ele entre suas pernas. Apenas conversavam.  

 

_Eu não aguento mais isso... Dohko, será que a Isabelle não entende que eu não sou idiota?  

 

_Shion, ela é sua mãe, você querendo ou não.. Ela errou com você? Errou, mas agora está tentando consertar. 

 

_Ela não está! A única coisa que ela quer é voltar com o meu pai e quer me usar de marionete – viu Manigold sair do banho no momento em que disse tal frase. O rosto do amigo se fechou consideravelmente – Bem, o fato é que eu não me importo com a presença dela. É tudo falsidade!  

 

_Eu sei, Shi... Fica calmo, você está quase em tempo de apresentar seu TCC, não pode se irritar... Deixe sua mãe pra lá! Se ela pensar que você ainda tem dezoito anos, deixe que ela pense. A opinião dela nunca fez diferença na sua vida, fez? 

 

_Acho que há muito tempo já fez – sorriu fraco – Mas o que ela fez comigo não tem volta... Mas enfim, não quero ficar aqui falando de coisas ruins – esperou Mani sair do quarto para ficar à sós com seu pastel – Quero fazer coisa melhor – virou o rosto de olhos puxados para si e o beijou. Sentia falta daqueles lábios nos seus – Te adoro, pastel – levou uma mordida no lábio inferior – AI!  

 

_Parou com essa merda de pastel! - cruzou os braços e se fez emburrado. 

 

_Ai meu pastelzinho, não faz essa carinha pra mim – jogou seu corpo sobre o dele e voltou a beijá-lo com paixão. Dohko era a única coisa que lhe trazia paz ultimamente.  

 

________xx________ 

 

Atla estava uma verdadeira pilha de nervos. Precisava contar ao pai sobre Asmita. O loiro lhe telefonou ontem e se resolveram. Buscou entender o nervosismo do outro. Ele mesmo estava muito tenso com toda a excitação do momento que tiveram. Não conseguia sentir raiva daquele loiro besta! 

 

Esperou seu pai chegar. Ele buscaria Mel na República após o trabalho. A ruiva levava aos poucos suas coisas para a sua futura casa. No próximo mês seria seu grande dia, e isso estava deixando a si mesma e Isa com os cabelos em pé. Não sabia como a amiga conseguia fazer tantas coisas ao mesmo tempo: estudo integral, seminários, agora, voluntária na ONG e organizar o casamento da amiga. Ela parecia carregada no 220 Volts.  

 

Ele chegou acompanhado da noiva e subiram para o quarto, visto que já haviam jantado. Atla deu mil voltas antes de bater na porta do quarto do pai. 

 

_Entra! - ouviu a autorização do pai – Eu gosto desse... Mas Mel... Oi, filho – sorriu para o menino que entrou e viu uma anarquia sobre a cama do pai. Várias fotos de Igrejas, decorações de festa e bolos de casamento. 

 

_Oi pai. Oi Mel – deu um beijo em cada um e se sentou sobre a poltrona macia ao lado da cama – Pai, desculpa por te incomodar, mas preciso conversar com você - respirou fundo e olhou para Mel, que entendeu qual era o conteúdo da conversa. 

 

_Pode falar, filho – juntou todas as fotos e revistas e colocou sobre o criado-mudo - Não está atrapalhando – sorriu.  

 

_Eu... Pai - coçou a nuca. Parece que sua coragem, que já estava a zero, ficou abaixo de zero – Eu estou gostando de uma pessoa – respirou fundo. 

 

_Que bom, meu filho... Esse nervoso todo deve ser por que é uma menina ótima - riu. 

 

_Então, pai, é esse o "problema"... É que essa pessoa é... É um...  

 

_Um...? Um garoto, você quer dizer?  

 

_Pai, como!? 

 

_Atla, eu conheço você e seus irmãos como a palma da minha mão. Conheço até a respiração de vocês - sorriu - Não precisa esconder de mim... É aquele seu amigo, certo? Asmita? 

 

_Pai – ruborizou. Será que deu tanta bandeira assim? - Me perdoa por isso... Eu não sei como aconteceu, mas - lágrimas vieram aos seus olhos. 

 

_Ei, se acalma – colocou o rosto do filho entre suas mãos - Está tudo bem, meu filho... Eu só quero que você esteja feliz, quero que ele faça você feliz – sorriu – Quem faz meus filhos felizes, me faz feliz também. Você gosta muito dele, sim? 

 

_Eu... Eu amo – sorriu fraco. 

 

_Eu sei. Só quero que seja cuidadoso, Atla... O mundo é cruel – suspirou. De fato, não era a melhor notícia do mundo, mas já sabia. Sabia desde o começo. Se pudesse proteger o filho de todas as maldades do mundo, protegeria. Mas não podia. Talvez há alguns anos, não aceitaria a notícia da mesma forma. Mas hoje, o que tinha a fazer era deixar que os três caminhassem com as próprias pernas. Os erros ensinam a viver. Atla era jovem, sim, e era essa a idade do aprendizado – Traga o rapaz aqui... Quero conhecer melhor o novo membro da família - sorriu e beijou os cabelos do filho. 

 

Atla estava maravilhado. Nunca pensou que o pai pudesse ter tamanha compreensão. Sorriu para Mel antes de sair do quarto. Nunca estivera tão feliz em toda a vida.  

 

Continua 


Notas Finais


E aí, amores? Espero que tenham gostado do cap!!
E se preparem para a despedida de solteira de Mel hehehhehe
Vai ser um pouco "diferente" do normal kkkk


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