História A República - Party - 2

         Asmita ainda estava sentado sobre a calçada. Não passara uma viva alma naquela rua com pretensão de ir embora, quanto menos um táxi. Estava esperando a cerca de dez minutos. Sentia ódio de Regulus. Continha sua raiva a todo momento, mas estava difícil. Cada vez que se lembrava daquelas palavras, seu sangue fervia. Sentiu uma mão leve sobre seu ombro e se assustou. Se virou para trás e viu um garoto que parecia ter seus quinze anos. Tinha uma face doce, porém firme. Era o irmão de Mu.  

_O que foi? Veio rir de mim, também? - revirou os olhos. 

_Ei, calma! Eu só vim ver se estava tudo bem!

_Oh, eu estou ótimo! Olha a minha cara de quem está bem! – ironizou. Estava sem paciência. Como sempre.

_Tudo bem, me desculpe – deu ombros e andou alguns passos na direção da casa. 

_Ei, não precisa.... Me desculpe, eu estou muito nervoso – suspirou.

_Eu sei que está e entendo suas razões – se sentou ao lado do loiro na calçada – Mas daí a ficar descontando nos outros... Isso é errado, sabia? 

_A essas alturas todo mundo deve estar falando de mim naquela porcaria de festa! – grunhiu com raiva – Que ódio do Aspros!

_Está com ódio por que ele te traiu ou por que ele te fez passar vergonha? – perguntou conclusivo.

_Mas que pergunta é essa, garoto? 

_Não me chame de garoto, eu tenho nome! E eu acho que você está se colocando acima dos outros... E eu tenho a impressão de que é assim sempre! Ou pelo menos, em todas as vezes em que te vi conversando com Mu! 

_Você nem me conhece para ficar falando essas coisas! Se você veio ver como eu estava, pronto, já viu, agora da pra me deixar em paz? – esbravejou.

_Eu não vou te deixar em paz por que acho que você deve ouvir algumas verdades e melhorar essa sua personalidade! Você devia para com essa soberba! Isso afasta as pessoas. 

_E desde quando eu ligo para as pessoas se aproximarem ou não de mim?

_Acho que é exatamente isso que quer. Que as pessoas te reconheçam como o cara legal e inteligente que é, mas se uma coisinha pequena foge ao seu perfeccionismo, vai tudo a baixo... Não precisa carregar esse peso nas costas desse jeito, não precisa parecer que tem cem anos de idade para mostrar seriedade! Meu pai que tem quarenta é muito mais jovem que você... – viu que o loiro escutava a leitura de sua alma com cabeça menos fechada que o normal.

Atla, apesar de jovem, era uma pessoa sensata e humana. Ganhou muito disso pelo repúdio que tinha à maioria das pessoas que ele conhecia, na tentativa de ser o contrário delas. Regulus era uma dessas pessoas. Se não fosse por Seiya e Shun, seus melhores e únicos amigos naquela escola, ele não estaria naquela festa. Permaneceu tentando convencer o loiro, assim como consolá-lo de sua tristeza, que apesar de não aparente, estava lá.

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Isa e Milo procuraram Mel por toda a festa. Queriam saber se ela iria embora com eles. No fundo, gostariam que não, pois o quarto das meninas estava vazio, diferente do de Milo, já que Camus e Shura estavam lá. Acharam-na sentada no sofá junto de Mu – parecia bem desnorteada, na verdade.

_Cabrita! Dá licença, vou ter que atrapalhar – se sentou ao meio da amiga e do garoto, se aproximando do ouvido da ruiva – Eu queria ir com o Milo lá para a República, o nosso quarto está vazio, você quer ir com a gente mesmo assim?

_Eu não sei, Isadora! O que vão fazer lá? - cruzou os braços. 

_O que você acha? - sorriu maldosa - Bem, se quiser ir agora, te deixamos lá e iremos para outro lugar. 

_Não, pode deixar, eu vou embora na hora que o resto do pessoal for... Mu, você vai que horas para a república?

_Mel, eu não moro lá, lembra? – se sentiu constrangido – Mas posso pedir para o meu pai te deixar lá, ele está vindo daqui a uma hora mais ou menos para buscar a mim e ao meu irmão. Se quiser, eu peço a ele para te levar até lá. 

_Ah, mas eu não quero te dar trabalho!

_Não é trabalho nenhum, Mel... É um prazer – sorriu.

_Sob protestos, eu aceito – puxou Isa para baixo – Juízo!

_Tenho pra dar e vender! – mandou um beijo para a amiga e saiu andando até a porta. Entraram no carro e se dirigiram para a República.

O quarto das meninas estava vazio e sem previsão de retorno. Passaram pela porta aos beijos, havendo tempo de somente trancar a fechadura e Milo a prensou na parede, segurando seus braços acima da cabeça.

_To louco por você – colou a boca no lóbulo da orelha da garota, beijando-o. Subiram o pequeno lance de escadas ainda se beijando e ele foi atirado sobre a cama, vendo Isa se sentar sobre suas pernas – Quer me matar? – ele a viu acenar sensualmente um “sim” com cabeça. Pousou sua mão no fecho do vestido preto e o abriu, acariciando as costas macias. Desceu a parte de cima do vestido e descobriu seus seios lindos.

_Quero muitas coisas, Milo – sorriu sensualmente e se levantou do colo dele e o empurrou de volta na cama. Abriu a blusa vermelha botão por botão, exibindo o abdômen perfeito do moreno. Passou a língua por toda a sua extensão. Aquele corpo era um paraíso. Abriu o fecho da calça, retirando o membro extremamente desperto de dentro dela. Mordeu os lábios e abocanhou o membro sem cerimônia, subindo e descendo os lábios nele, ouvindo gemidos altos vindos de Milo, que agarrou os cabelos pretos com força.

_Gostosa... – indicava os movimentos dela com sua mão. Quase chegou ao êxtase, mas não se permitiu. Ainda segurando a garota pelos cabelos, mas com delicadeza a encostou na mesa de estudos de frente para si e se encaixou entre suas pernas. Passou o dedo médio sobre a calcinha vermelha e a acariciou lentamente – Acho que ela precisa de um beijo – sorriu, se ajoelhou à frente de Isa, puxou sua calcinha para o lado, e sem nenhuma pressa passou a língua pela intimidade dela, que arqueou o corpo com o toque. Abriu mais as pernas da garota para aumentar o ritmo, a chupava com velocidade, unido à uma masturbação frenética, causando longos gemidos de prazer nela.

       Se levantou e voltou a se encaixar entre suas pernas, porém desta vez, introduzindo-se por completo nela, que cravou suas unhas nas costas dele, o estimulando a continuar. Ela estava absurdamente molhada, era fácil se movimentar. A mesa se chocava contra a parede, fazendo um barulho alto, que no mínimo quem passasse embaixo da janela escutaria. Ele a estocava com força e velocidade, não ligavam nem um pouco para o barulho.

_Fica de quatro pra mim – falou em seu ouvido, e rapidamente ela se virou de bruços na mesa, e se sentiu preenchida por aquele membro delicioso. Milo deu tapas estalados nas nadegas, que deixaram marcas precisas de sua mão, enquanto entrava e saia freneticamente de dentro dela. Não demorou muito para que ela explodisse de prazer, com um gemido alto ao pé do ouvido do parceiro, logo seguida por ele, que derramou o líquido entre os seios dela, com um sorriso malicioso e provocante. Convidativo para outro round. 

Foram se banhar juntos e repetiram a transa. Aquela noite estava sendo realmente proveitosa e estava longe de acabar. 

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Saori estava desolada com o que acontecu há pouco. Jamais imaginara que Régulus gostava de homens. Não podia ser verdade! Sentou-se em um dos bancos que adornavam o jardim da frente, queria ficar sozinha. Não estava bem. Viu um garoto se aproximar. Ele não!

_O que quer, Ogawara? – revirou os olhos. Queria estar menos feliz com a aproximação de Seiya.

_Quero conversar com você... Vi que depois da confusão do Asmita você saiu e veio para cá – estava preocupado. Não gostava do jeito de Saori, mas sempre fora apaixonado por aquela patricinha. Em seu íntimo, sabia que ela era apenas fruto do meio em que vivia.

_Se eu vim para cá era por que NÃO QUERIA FALAR COM NINGUÉM! MUITO MENOS COM VOCÊ! NA VERDADE EU NEM SEI O QUE ESTÁ FAZENDO AQUI! – esbravejou. Tentava a todo custo tirá-lo de sua frente e de sua cabeça. O que suas amigas diriam se ela assumisse namoro com ele?! 

_Eu fui tão convidado quanto você! Estou fazendo o mesmo que você! Estou tentando me divertir! Estou tentando conversar com você numa boa! Eu... Saori... Eu – olhou nos olhos da moça. Seus olhos estavam trêmulos. Seus corações estavam a ponto de saltar do peito – Eu gosto de você... Sempre gostei... Sei que não tenho dinheiro, nem sou do seu nível social, mas posso te fazer feliz – segurou a mão de Saori, mas ela se desvencilhou e se colocou à frente de Seiya. Desenhou em seu rosto a face mais soberba possível.

_Sabe que você podia ser comediante? É, por que eu nunca ouvi piadas tão engraçadas – gargalhou – Primeiro, queridinho, você devia se sentir honrado por estar FALANDO comigo, de eu ter escutado esse seu papinho ridículo! Eu vou esquecer que me disse isso e sair daqui, por que você nunca vai poder me fazer feliz! E sabe por que? – se aproximou dele – Por que meu pai não me criou como uma rainha para eu morar no quartinho da faxina! Entendeu? Ou quer que eu repita? Você é POBRE! EU NUNCA VOU FICAR COM VOCÊ!

Seiya não sabia o que dizer. Não sabia como reagir perante essa humilhação. A troco de quê? Por que Saori insistia em ser tão intransigente? Sabia que ela sentia o mesmo que ele! Se levantou com algumas lágrimas contidas e saiu de perto dela.

_Quem você pensa que é, Saori Kido? – um rapaz de longos cabelos pretos se colocou à frente da garota, saindo das sombras dos pequenos arbustos mal-iluminados – Quem pensa que é pra dizer essas coisas?

_Ai me poupe, Shiryu... Viu o insuportável do seu amiguinho me perturbando?

_Eu vi o SEIYA conversando com você! Você é louca? Ou é só uma patricinha irritante que acha que é alguma coisa só por que o papai tem dinheiro? Será que tanto dinheiro assim te faz feliz? Tão feliz assim? Não é o que parece! Sabe o que eu vejo quando olho para você? Vejo uma menina infeliz, arrogante e sem amor!

_Cala a boca!

_Não calo, não! Não calo por que eu não vou ver você pisando no meu melhor amigo a troco de nada e ficar quieto! Ele é a melhor pessoa que você ia conhecer nessa sua vidinha vazia! Ele tem amor, mesmo que não tenha dinheiro, ele tem amigos de VERDADE, que o defenderiam de tudo e todos! E sabe como sei isso? Eu vi sua irmãzinha levando um banho de vinho na piscina, e aonde vocês estavam? Não sabe, não é? Não sabe por que vocês não são amigas de VERDADE! Não tem amigas de VERDADE! Agora para e pensa no que fez e disse para o Seiya e se eu fosse você, pediria desculpas a ele!

_Eu... Nunca vou fazer isso! Sai da minha frente! – deu um esbarrão em Shiryu e foi procurar Sasha. Não conseguia raciocinar bem. Aquelas palavras foram cortantes. Duvidava de suas amigas, e até de si mesma. Precisava conversar com ela. Será mesmo que Seiya gostava dela como gostava dele?

Continua