História A República - Despedida "de Solteira"

Era quinta-feira, Alice viajou até a república para auxiliar nos preparativos do casamento de Mel, enquanto Jonas iria junto da filha e de Isa para escolherem juntos o vestido da ruiva.  

Na sexta-feira, seria o dia da viagem que Mani faria junto de  Sage para os Estados Unidos, e também o feriado de páscoa, então precisavam pensar emalgo para a despedida de Mel da República, já que em dua semanas, ela se casaria e moraria com Hakurei.  

_Macacada, estava pensando em uma despedida bem animada pra Mel! - estava em seu quarto, terminava de organizar sua mala enquanto conversava com Dohko, Saga e Kanon.  

_Mesmo que a Mel fosse fazer uma despedida, Mani, o que eu acho pouco provável, ela não convidaria a gente, pamonha! Despedidas de solteira de garotas só tem garotas. Ou você acha que deveríamos ir de go go boys? - cruzou os braços.  

_Claro que não, pastel! - se sentou ao lado de Dohko – Eu disse DESPEDIDA, não despedida de solteira – sorriu de canto – Uma despedida maneira, que todo mundo podia participar... Algo mais a cara dela, sabe? Uma coisa mais infantil e divertida! - tocou o queixo, tentando pensar em algo, mas nada lhe vinha à cabeça. 

_Já sei! - Kanon deu um pulo da cama ao ter uma ideia genial – Convoca os cueca da macacada no grupo aí! Já sei algo que seria MUITO a cara da Mel! - explicou seu plano para os demais, que riram e amaram a ideia do gêmeo. Às vezes suas ideias malucas prestavam para algo! 

_______xx_______ 

As madrinhas ainda se encontravam enroladas com seus vestidos, maquiagens e cabelos que fariam no dia do casamento. Nunca pensaram que ser madrinha daria tanto trabalho em tão pouco tempo.  

Ana, de longe, era a única que já estava em dia com tudo. Já escolhera a cor de seu vestido, o penteado e maquiagem que faria. As meninas, além de organizarem suas roupas, faziam o mesmo para os meninos, que ao serem questionados sobre o que trajariam, disseram quase em um uníssono, um "tanto faz".  

Enquanto as meninas faziam as provas, Alice saíra junto de Hakurei para escolherem os preparativos, já que Mel se julgava "por fora" de detalhes de festa, confiando a seu marido e sua segunda mãe a escolha destes, pois eles conheciam bem os seus gostos.  

Estavam almoçando no restaurante favorito dele. Ao meio-dia, já tinham organizado metade da festa, por sorte, já que ele teria de voltar ao trabalho às duas da tarde.  

_Hakurei, e o detalhe da lua-de-mel? Já resolveram algo?  

_Bem – suspirou e se lembrou da ideia maluca que Mel lhe sugeriu – Na verdade, estamos em um impasse, já que Mel bateu o pé dizendo que queria que fosse na Disney – suspirou em desistência - E não há viva alma que a fez desistir... Alice, talvez ela te escute, não?  

_Eu não acredito! - disse em meio à gargalhadas. Não sabia como não previu que a filha teria uma ideia dessas – Minha Melzinha não tem juízo! Eu vou conversar com ela, pode deixar. 

_Olha, espero que você saia vencedora desta batalha, por que não foram poucas pessoas que já tentaram convencê-la a tirar essa ideia maluca da cabeça! Eu, Isa, os amigos e amigas dela já tentaram, e nada – disse com um riso contido. A ideia de passar a lua-de-mel na Disney não era bem o que tinha planejado.  

_Vou tentar, vou tentar – voltou a sorrir. Era incrível como sua Mel seria mãe, mas ainda permanecia com o mesmo tino infantil de anos atrás.  

________xx________ 

Mel e Isa chegaram da prova do vestido de noiva, e foram direto para o quarto para se encontrarem com as outras meninas. Os pais de Isa e Mel ficaram gentilmente hospedados na casa de Hakurei enquanto dos preparativos.  

_E aí, conseguiram encontrar o vestido? - as meninas questionavam ao mesmo tempo, todas curiosas. 

_Sim! É tão lindo! - a ruiva dizia de forma abobada. 

_Aposto que é igual ao da Cinderela – Ana disse, conclusiva. Conhecia bem o jeito da amiga. 

_Ah, é lindo – Isa disse, fechando o assunto, caso contrário, a história da lua-de-mel da Disney voltaria à tona. Voltaram a conversar sobre as provas do vestido, a qual Isa seria a última a fazer, já que seu objetivo era realizar o sonho de sua amiga de se casar como uma princesa – Gente, alguém viu os meninos por aí? Não vi nem sombra deles quando cheguei. 

_Eles foram para o campo de futebol da Educação Física - Aninha respondeu sorrindo. 

_Tá por dentro, hein!  

_Claro! Eu sei de todos os passos do que me pertence – respondeu com naturalidade. Os escorpianos eram realmente amedrontadores quando queriam.  

_Então tá né! Poderosa! - as meninas brincaram. Em poucos minutos, receberam mensagens no grupo da macacada, convocando todos os que não estavam no campinho para irem para lá. 

_Mas eu sabia que eles estavam aprontando algo. Um monte de homem junto num campo de futebol – Isa deu um tapa em sua testa.  

Saíram andando em direção ao campo, e quando chegaram, quase morreram de rir do que se tratava. O gramado estava tomado por uma lona azul coberta de água e sabão.  

_AEEEEE! - os meninos correram em direção às meninas e deram um abraço coletivo na ruiva, que quase chorou. Era uma despedida para ela.  

_Ai gente, vocês querem me matar do coração! - dizia, sorrindo e chorando ao mesmo tempo.    

_Claro que não, abelhinha! A gente só queria te dar uma despedida do jeito que você merece – Mani disse, entusiasmado.  

_Vocês não existem! - sorria a todo tempo. Via aquela pista ensaboada e sabia que aquilo ia render belas video cacetadas. 

_Aê, macacada, vamos jogar! - Dohko e Kanon convocava os rapazes e as meninas para formarem os times de futebol – Quem perder vai dançar a dança da mãozinha no sabão hein! 

_Pastel tá querendo quebrar o braço DE NOVO! - Defteros brincou, dando um tapa na cabeça do chinesinho, que foi correspondido na mesma intensidade – Foi mal, pastel! Tô zuando com você, moçoila!  

_Então, meu povo, quem falta chegar? Vai ficar seis pra cada lado? - Saga tentava colocar ordem naquela bagunça. 

Os meninos jogariam futebol, e as meninas, queimada. Os times ficaram em "com camisa" e "sem camisa". Obviamente os meninos comprometidos ficaram com camisa, ou suas damas lhes dariam uma gentil surra. Os sem camisa eram Mani, Hasgard, Sísifo, Debas, Dohko e Shion, sendo que o pastel ficaria no gol. Os com camisa eram Saga, Kan, Albafica, Gio, Defteros e Oros. Os outros meninos preferiram usar o pretexto de ficar na "reserva" só para poderem rir dos amigos.  

Isa ficou sendo a juíza, visto que, como uma boa geminiana, era curiosa por um pouco de tudo, e se os meninos deixassem, jogaria futebol com eles. A loira apitou e o jogo começou. Era humanamente impossível ficar de pé naquele sabão todo. Eles não conseguiam dar um passo sem catar cavaco ou patinar no sabão.  

_Tinha que ser ideia do  Pastel! - Oros dizia, estendendo os braços antes de escorregar e cair de bunda e levar Kanon consigo, caindo por cima do amigo.  

_PORRA OROS!  

_QUE ISSO SUPER OROS! FOI FALTA ISSO AÍ HEIN! - Isa correu em socorro ao cunhado, que não conseguia parar de rir, e nem sair de cima do sagitariano. Tentou levantar o mais novo, que a puxou pelo braço, derrubando-a com uma cambalhota, não sabendo como ela não se machucou – SEU FILHO DE UMA ÉGUA! 

_Nem vem xingar a minha mãe, não! Quer levantar daí, vocês três? - Saga estava a ponto de matar os três, pois nenhum deles conseguia parar de rir e se levantar. 

_To indo! - tentaram se levantar e acabaram caindo um por cima do outro novamente, até que Saga, Sísifo tiveram que arrastar os três pelas pernas até onde terminava o campo ensaboado.  

_Macacada, já que assim está impossível, vamos mudar a estratégia! Vamos bater pênaltis por times e quem perder vai pagar o micão!  

_Finalmente alguém inteligente aqui! - Hasgard dizia, também com dificuldades para se manter de pé, ainda mais ao ver Selinsa se aproximar junto de Agathia. Sorriu bobo e se sentiu empurrado por Defteros, quem carregou junto para o chão, causando mais gargalhadas naquele furdúncio.   

A única maneira de resolver aquele jogo realmente seriam as penalidades. 

Primeiro, Dohko foi para o gol e os meninos do time adversário cobraram os pênaltis. Apenas Saga e Gio acertaram, não deixando, no entanto, de levarem tombos feios.  

_DOIS A ZERO, MACACADA! FAÇAM SUAS APOSTAS! - Regs estava se sentindo um "ring-boy", passando com uma placa feita de folhas de caderno. Apenas algo assim para fazê-lo sair do Morro onde estava "morando".  

As meninas estavam sobre a arquibancada, bancando as líderes de torcida.  

Albafica foi para a posição de goleiro e fez um coração com as mãos na direção de Ana. Dessa vez, apenas Hasgard acertou o gol, e seu time perdeu de 2 x 1.  

Todos começaram a rir apenas pela hipótese de ver aqueles meninos dançando. Como foi combinado, colocaram a música "Dança da Mãozinha" em alto e bom som, para que as filmagens ficassem o melhor possível. Não que a "torcida" não estivesse filmando todo o jogo e as quedas, mas essa dança seria épica.   

Os seis se alinharam da forma que foi possível e tentavam dançar, mas Kanon e Oros, no momento em que eles faziam a coreografia, jogaram um balde cheio de água e sabão nos pés deles, causando um efeito dominó, quando um caiu por cima do outro. Dohko se estirou no chão, pois Hasgard caiu sobre suas pernas.   

_AAAAAHHHHH UMA AMBULÂNCIA PELO AMOR DE DEUS! PARECE QUE FUI ATROPELADO POR UM DINOSSAURO! SOCOROOOO!   

_Para de graça, pastel de flango! - o taurino usou a mesma técnica e arrastou Dohko pelas pernas até o fim do gramado – AGORA EU QUERO VER AS MENINAS, HEIN! - saiu correndo em direção à arquibancada, vendo que deu tempo de a mãe de Isa chegar para jogar com as meninas. 

Ana quase surtou ao ver Agathia correr na direção de Albafica, tentando abraçá-lo. Parou ao ver que ele respondeu meias palavras e deixou-a para trás. Uma ótima ideia veio à sua cabeça. Essa vaca ia pagar por suas gracinhas. Ah, se ia! 

Convocou as meninas para jogarem a queimada. Apenas Mel ficou de fora, por conta da gravidez. Jamais se perdoariam se acontecesse algo a ela por causa de uma brincadeira.  

Foram para o campo, que estava menos escorregadio que antes. Jogavam pacificamente, até que Ana segurou a bola que Agathia jogou em sua direção. Era agora ou nunca! Concentrou tanta força em sua mão, que seria capaz de criar um Kame-hame-há, impulsionou seu braço para trás e atirou-a com toda a força que tinha na direção do rosto de Agathia, acertando-a em cheio no nariz. A ruiva caiu na mesma hora, com o nariz sangrando em peso.  

_Tomara que quebre – sorriu debochada ao andar na direção oposta, sem ao menos ver se a menina ainda estava acordada.  

Agathia levou alguns minutos para se recuperar, sendo carregada por Selinsa e Hasgard para a enfermaria, sob os contidos risos da macacada. Sabiam que aquela ruiva não era flor que se cheirasse. 

_Aposto que o Has foi levar a Agathia na enfermaria pra fazer média com a Sel – Albafica comentou, vendo uma concordância dos amigos. 

_Ah, mas o Has é gentil assim mesmo, pode ser que noventa por cento tenha sido por causa da Selinsa, mas dez por cento foi por pena... A cara da menina estava parecendo uma broa de morango! - Regulus comentou aos risos com os amigos. Estavam todos sentados em uma roda sobre os degraus da arquibancada, uns bebiam água, e outros tratavam dos roxos e machucados que adquiriram com a "brincadeira".  

_Eu só quero ver a cara do meu marido quando eu voltar para casa toda roxa! - Alice comentava animadamente com os amigos da filha, amigos estes que estavam impressionado com a beleza e a simpatia daquela mulher. Ela parecia ter a mesma idade que eles, era alto astral e animada, além de linda. Pensaram em algum momento, o que o dinheiro podia fazer ou deixar de fazer, como por exemplo, a mãe de Albafica. Era uma linda mulher, sim, mas ela jamais participaria de uma brincadeira com os amigos do filho, jamais sorriria para eles como Alice fazia. Os rapazes desejaram que suas namoradas e futuras esposas pudessem ser assim também.  

Mani se juntou à roda, tinha os cabelos todos para o alto, mais parecia um coqueiro. 

_Manigold, tu tomou um choque mano? - Dohko perguntou aos risos. 

_Não - se sentou, mau-humorado – Aquela praga do Aioros sumiu com meu shampoo e eu tive que passar sabão no cabelo. OLHA ISSO! - seus cabelos estavam duros e não se moviam – Eu mato ele! Como eu vou viajar agora?  

_IHHHH ACHO QUE ALGUÉM AÍ VAI SER DEMITIDO! - Isa gargalhou. 

_NEM FODENDO! E preciso de um de vocês pra encontrar meu shampoo! Eu NÃO VOU SAIR NA RUA ASSIM!  

_Ah, para, até que você está jeitosinho – Dohko abraçou o canceriano sob o olhar torto de Shion. Mas que ariano ciumento, Deus! 

_VAI TOMAR NO SEU CU!  

Mais tarde, a turma resolveu fazer algo mais relaxante, pois pela noite, os rapazes estavam convocados para a despedida de solteiro de Hakurei. Iriam a um bar tomar chopp, fato este que já era o suficiente para que as meninas criassem caso, mas conseguiram dobrá-las com um pouco de conversa.  

Após o resolvido problema com os produtos de Mani, todos se arrumaram casualmente e foram para a praia a pé, levando o violão e alguns lampiões para colocarem ao centro da roda. Era incrível como moravam tão perto da praia, mas jamais fizeram um luau na areia. A noite estava perfeita. As estrelas brilhavam e o céu estava límpido. A lua cheia atraía toda a atenção para si.  

O som da turma estava tão bom, que até mesmo alguns homens que ainda estavam pescando à beira da praia cantavam junto deles e se juntavam à pequena grande roda. Hasgard chegou atrasado, visto que ainda estava junto de Selinsa, mas pela sua expressão, parecia que não tinha obtido muito sucesso. 

Já eram quase dez da noite e os meninos se preparavam para ir até o barzinho. Pouco a pouco se levantavam para colocarem uma roupa mais social, porém, parecia que um certo casalzinho estava a fim de ficar à sós.  

_Kanon, partiu? Você demora mais que uma noiva pra se arrumar, vem, levanta! - Saga puxava o irmão, que parecia não se mancar de que Dohko e Shion não queriam "plateia". 

_Ah, Saga, vai primeiro, eu vou só... 

_KANON AGORA! - Thetis interviu, e como sempre, foi obedecida. O poder que uma mulher tinha sobre seu namorado era enorme. O gêmeo se levantou, se despediram dos dois e andaram em direção à república.  

Os dois sorriam sem-graça. Parecia que era a primeira vez. Na verdade, para eles era.  

_Então, meu carneirinho ciumento – se deitou sobre o ombro do ariano.  

_Ciumento? Eu só cuido do que é MEU.  

_Então eu sou seu? - sorriu junto ao pescoço perfumado do outro.  

_É sim... É todo meu – empurrou os ombros do moreno e deitou-o sobre a esteira, deitando-se por cima dele logo em seguida – Hoje, mais que nunca – sorriu e voltou a beijar aquela boca que tanto lhe tirava o sossego. Que tanto lutou para esquecer por tantos anos de amizade. Mas agora ele era muito mais que seu amigo. Era seu amor. 

Aprofundou sua língua dentro da boca quente de Dohko sem resistência, sentiu seus cabelos serem enrolados entre os dedos do chinês e seu corpo ser puxado para mais e mais perto – Eu te amo - Ofegavam entre os beijos quentes, sentiam suas ereções roçarem uma na outra e aquele maldito tecido entre eles lhes atrapalharem.  

Shion deu um jeito naquela situação. Tiravam suas roupas pouco a pouco, fazendo menção de se tocarem e sentirem cada parte descoberta. Suas camisas estavam jogadas em algum lugar naquela areia, bem como o resto de suas roupas. Shion estava nu sobre o corpo de Dohko. Sentado sobre suas pernas, beijava-o com um desejo jamais sentido. Arranhava as costas dele, enquanto sentia suas coxas serem apertadas com sofreguidão. Olhavam-se nos olhos durante o beijo. Durante os toques. Sentiam seus corpos suarem antes mesmo de "começarem" o sexo. Dohko deitou levemente o loiro e sorriu. Beijou seu pescoço, mamilos e abdômen. Sentia com a língua cada pedaço daquela pele macia que tanto desejava. Viu o membro desperto e absurdamente grande diante de seus olhos. Era lindo. Beijou-o, tocou seus lábios nele antes de colocá-lo na boca e chupá-lo por inteiro. Descia e subia os lábios nele vagarosamente. Sentia-se pressionado pelas mãos desesperadas de Shion por aquela carícia. Não pararia tão cedo. 

Continuou lambendo-o e sugando-o por cada milímetro, até que ele pedisse para parar, ou então não aguentaria.  

Afastou as nádegas branquinhas e encontrou o buraquinho rosado à sua disposição. Shion abriu mais suas penas, para que Dohko pudesse apreciar melhor sua vista. Como conseguia ser tão safado e tão romântico ao mesmo tempo? Apertou os olhos e as mãos na areia ao sentir a língua quente lhe invadir sem pudor algum. Ele segurava suas pernas enquanto o lambia em círculos e introduzia o dedo indicador. Não pôde deixar de se contrair ao sentir a invasão. 

_Calma – retirou o dedo e passou a língua pelo buraquinho bem devagar, de modo a voltar a relaxá-lo. Queria que ele sentisse o céu na terra. Após vê-lo bastante molhado, não resistiu. Precisava fazê-lo seu. Precisava se sentir dentro dele. Posicionou-se na entradinha e empurrou apenas a glande, o que já foi suficiente para ouvir um gemido de dor. Após notar que ele se acostumara com o volume, aprofundou aos poucos seu membro, e por fim o enterrou completamente ao ser implorado. 

Ver Shion extasiado sempre foi uma de suas fantasias. Entrava e saía de dentro dele, se sentia cada vez mais envolvido por aquele espaço tão pequeno, mas que o tirava o fôlego. Se movimentava para frente e para trás, sem deixar de manter o contato visual por um segundo sequer. Via o brilho excitado naqueles olhos castanhos, via seu sorriso de satisfação e seus lábios pronunciarem gemidos e obscenidades. 

_Continua... Me fode... Eu quero isso - não suportou ser apenas um "enfeite". 

Atirou Dohko sobre a esteira e se sentou sobre seu membro, rebolando e quicando com velocidade, deixando mais e mais gemidos escaparem de sua boca. Se sentia preenchido e às vezes, era tocado em um ponto sensível que quase lhe fazia gozar. Apoiou suas mãos no peito do outro e sentava bem devagar. Queria provocá-lo também. Queria dominá-lo. E estava conseguindo. Dohko parecia fora de si. Segurava suas nádegas com força e o estocava, levando-o ao delírio. Sentiu a mão do chinês tomar seu mastro e masturbá-lo no mesmo ritmo em que sentava. Cavalgava tão desesperadamente, que não conseguiu ao menos avisar que o êxtase havia chegado. Apenas sentiu. Sentiu seu membro apertado entre aqueles dedos e seu prazer no meio deles. Dohko engoliu seco e também o preencheu, gozando deliciosamente dentro dele, que se jogou sobre seu peito arfante.  

O calor dos lampiões apenas atiçavam ainda mais o calor que sentiam. Suas respirações se recusavam a normalizar. Dohko acariciava aqueles cabelos macios com seus dedos e os beijava. Como sonhou com esse dia!  

_Eu também te amo... Carneirinho – sorriu e sentiu um breve tapa em seu peito. Sabia que Shion não gostava desse apelido. Agora estavam quites. "Pastel e flango e carneirinho" - Vamos acabar chegando atrasados na despedida do seu tio...- mexeu nos cabelos e acariciou a bochecha rosada com as costas da mão.

_Ninguém vai nem notar – sorriu para o namorado e voltou a deitar em seu peito. Aquilo estava bom demais para se importarem com as opiniões alheias.  

Continua