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História A República - Tretas Juninas - Following


Escrita por: Byanca96 e Edylove

Notas do Autor


Oi amores!!!!
Mil perdões pela demora!! Estou de férias mas é aquela história: você sai da faculdade mas ela não sai de você (zzzzz)

Obs: alerta de Lemon (relação homossexual entre homens), se não gosta/não pode, cuidado ao ler!

Espero que gostem!

Capítulo 71 - Tretas Juninas - Following


Fanfic / Fanfiction A República - Tretas Juninas - Following

Em um canto da festa, Bian dava um trabalho descomunal a Sorento. O loiro havia bebido além da conta e agora atazanava a vida do amigo, que não conseguia ao menos aproveitar a festa. Andava de um lado para o outro atrás dele, que fazia todas as vergonhas possíveis.

Apertou os olhos na direção de uma menina muito linda.

_Sore... É a loira da República! Vou chegar nela!

_Não! Não vai! - segurou o braço do amigo, mas este se desvencilhou e andou até a garota.

_E aí, gata? Vi você na República esses dias e estava louco pra te encontrar de novo – sorriu de canto.

_Eu... Eu não estou solteira, me dá licença, por favor – sorriu amarelo e andou na direção oposta, sendo puxada pelo braço - ME SOLTA!

_Vem aqui, gata! Só quero conversar! - apertou mais forte o braço da loira.

_Bian, larga a garota! Faz o favor!

_Loira, eu só quero um beijo! Será que é dificil?

_O QUE ESTÁ HAVENDO AQUI? - Shina puxou o loiro com força pelo braço e deu-lhe um empurrão para longe – Fica longe dela, ouviu?

_Eu queria era ficar perto das duas, se possível! Gostosas! - sorriu de canto, tentando se aproximar novamente, mas foi interrompido pelo amigo, que novamente lhe arrastou dali.

_Bian, vem pra cá! Para de palhaçada! - praticamente carregava o amigo pelos ombros – Pra lá não! Bian! Volta aqui!

_Eu quero ir lá! A minha loira tá lá! - fez birra e terminou seu drink de uma só vez – Deixa eu, Sore... Eu te amo, sabia? Sabia Sore?! - abraçou o amigo e baforou o cheiro de bebida bem no rosto dele, que se retraiu.

_Eu também te amo, agora vem, vamos sentar ali - colocou-o sobre a cadeira, vendo-o escorregar para o lado, tendo que apoiá-lo novamente – GRRRR eu te mato, Bian! - sorriu amarelo para Mel, que estava na mesa ao lado.

_Problemas aí, Sorento? - a ruiva ria sem graça da situação.

_E aí, Meliza! - o loiro tinha um olho aberto e outro fechado – Fala, Hakurei... Cadê a gostosa da tua filha? Benza Deus! Se eu tivesse uma filha dessa eu não saia de casa era nunga!

Sorento massageava as têmporas enquanto pedia desculpas ao homem pela indelicadeza do amigo. Ele já havia ido longe demais em um dia só. Não estava mais aguentando vigiá-lo feito uma babá.

_Me desculpe por isso, Hakurei, ele está alterado - não sabia onde colocar a cara. Não podia chamar Minos para ajudar, já que este se ocupou em fingir que não os conhecia. Fazia parte do maldito plano, o qual não pôde ao menos interromper – Vem, Bian, vou ligar pro teu pai.

_NUM VAI NÃO! SORE! Eu quero ficar aqui – fez bico e cruzou as pernas, como se isso pudesse impedir o amigo de chegar perto dele – Vô ficar com meu migo que eu mais amo mais que tudo – jogou uma série de beijos para o virginiano, que estava a um passo de perder a sanidade.

_Mas nós vamos ficar juntos! Vamos a uma festa melhor!

_Mas eu quero ficar com vozê! - cruzou os braços novamente.

_Eu vou com você, tá bom? Nós vamos juntos para outra festa – piscou o olho para Mel e revirou os olhos – Vai ter mais bebida ainda pra você!

_Vozê tá querendo me levar pra casa que eu sei! – virou o rosto para o amigo como quem diz "estou de mau".

_Não estou, não - enviou uma mensagem rápida para o pai de Bian, pedindo que fosse até lá buscar o filho. Com muito custo, conseguiu levantá-lo e mandou lembranças a Yuzu por Hakurei, andando como uma muleta para o amigo até o portão, onde o homem já estava fulo da vida – Oi, tio – sorriu sem graça.

_E aê, pai! - cambaleou até o pai, que o colocou dentro do carro juntamente com Sorento, que preferiu ir para casa cuidar do amigo a voltar para a festa. O que não fazia por Bian nesse mundo? Por mais que tivesse mil defeitos, ele ainda era seu melhor amigo.

_________xx_________

Unity ainda estava andando ao lado de Degel. Acabara de ganhar um urso enorme como prenda para o amigo na pescaria. Estava feliz por sua evolução. Sabia que Degel provavelmente em pouco tempo largaria aquele ogro chamado Kardia e ficaria consigo.

_De, não sei se tem esses sucos que você gosta, vamos beber uma cerveja mesmo? - disse, abrindo uma latinha e despejando o conteúdo no copo.

_Pode ser – estava sem graça de dizer a Unity que sentia falta de ficar com seu namorado um tempo. Seu amigo o consumia o tempo todo. Não o deixava sozinho com Ka desde que chegou. Perdeu a conta de quanto tempo fazia sem ter uma noite com ele – Uni, deixa eu te dizer uma coisa...- parou-o e o fez olhar para si. Não fazia a menor ideia de que seu namorado ouvia sua conversa.

_Você pode dizer o que quiser – sorriu amoroso – De, eu...

_Deixa eu falar... Uni, eu adoro você! Mas...

_E eu também, Degel! Você não percebe por que está a todo tempo ocupado com aquele monte de ignorância que você insiste em chamar de namorado!

_Eu não "insisto", Uni, ele É o meu namorado! E eu queria te dizer que eu  amo Kardia – sua expressão se tornou doce. Desde que se conhecia por gente, era uma pessoa fechada – Uni, você é um irmão para mim e isso não vai mudar! Sabe, eu sempre fui tão complicado, sempre tão difícil de lidar – sorriu fraco – Até ele chegar na minha vida... Eu não sabia falar de sentimentos, até aquele furacão dizer que me amava – sorriu mais abertamente dessa vez – Ele tem sim os defeitos dele, Uni, mas eu o amo exatamente como é! Ele é explosivo, ciumento, encrenqueiro, mas ele tem as qualidades mais maravilhosas que podia ter... Ele me faz feliz, ele me ensinou a ser uma pessoa melhor, um filho melhor e até um irmão melhor pra Ana! Não sei se você pode entender, mas é isso... Sei que posso estar te magoando, mas não tem outro jeito de – foi interrompido por um beijo breve no canto da boca, o que foi o suficiente para ver Unity sumir de sua frente e um Kardia completamente descompensado sobre ele.

_NUNCA MAIS CHEGA PERTO DELE, OUVIU? - desferiu outro soco na outra face, arrancando sangue do canto da boca do platinado.

_KARDIA! PARA COM ISSO! - Degel disse, inutilmente, vendo uma pequena roda de curiosos se aproximar da confusão - KARDIA!

_CALA A BOCA! MEU ASSUNTO É COM ESSE AQUI! - deu outro soco no rosto de Unity, que já estava inchado e roxo.

"Eu estava lá por você

Nas suas horas mais difíceis

Eu estava lá por você

Nas suas noites mais obscuras"

Logo a pequena roda, se tornou grande. As meninas pareciam mais estimular a briga que querer separá-la. Pela simples razão de que ambos já estavam sem suas camisas e rolavam pela areia grossa e escura do chão.

_Isso é tão selvagem! - Aninha comentava com Isa, que estava ao seu lado, tão animada quanto ela.

_Muito! Tomara que o Ka vença! - a loira respondeu com ânimo. Viam Ana roer as unhas. Ela nunca havia visto o cunhado tão alterado. Ele socava o rosto do outro sem dó, e apesar de ter levado alguns socos, estava se saindo melhor.

Rapidamente, Aldebaran e Hasgard sairam de dentro de suas barracas para tentar apartar a briga. Apenas dois homens corpulentos conseguiriam "desatracar" aqueles dois. Hasgard segurou Kardia, enquanto Debas retirou Unity de baixo do escorpiano, que respirava pesado e secava um filete de sangue no canto de sua boca.

"Mas me pergunto onde você estava

Quando eu estava no meu pior momento

De joelhos"

_Por que você fez isso? - Degel questionou num fio de voz. Não conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo. Viu Kardia andar em sua direção com o punho fechado e Ana se colocar entre eles, pronta para defendê-lo. Mas ambos pararam. Ela percebeu que Kardia hesitou. Ele não queria fazer isto.

_Kardia...- ela disse com súplica. Viu-o se jogar de joelhos sobre a terra áspera e apertar os punhos com tanta força, que os fez sangrar. Suas pálpebras estavam apertadas umas contra as outras e algumas lágrimas finas correndo pelos olhos dele. Dissipou a pequena rodinha com sua típica educação e observou o que ia acontecer dali em diante. Sabia que Kardia jamais bateria no seu irmão, mas não confiava em pessoas com os sentimentos abalados. Viu Degel acenar brevemente com a cabeça, dizendo que ela podia ir.

_Ka... Me perdoa...- se sentiu abraçado. Um abraço forte e desesperado, como se um pedido de perdão exagerado. As lágrimas quentes molhavam seus ombros.

_Eu te amo – disse num sussurro. Não conseguia deixá-lo sair de seus braços. Como se a qualquer momento, Unity pudesse voltar e roubá-lo de si novamente – Me perdoa... Por favor... Me perdoa... Eu te amo – beijou os cabelos dele, que nada respondeu, apenas sorriu fraco. Tinham muito o que conversar mais tarde.

__________xx__________

Após o ocorrido entre Kardia e Unity, este foi levado por Debas até a enfermaria para receber os devidos cuidados nos cortes nada pequenos que ele ganhou na briga.

Mel foi embora junto do marido, que não podia deixar a filha sob os cuidados de Maria por muito tempo. Fora na festinha apenas para satisfazer o desejo da esposa. Apesar de Zu ter superado a morte da filha, a eclampsia por vezes gerava mais algumas séries convulsivas até algumas semanas após o "parto", logo, ele não podia facilitar. Foi embora somente com Mel, visto que seus filhos voltariam mais tarde com Shion. Ou pelo menos, um deles, já que Atla não estava minimamente interessado em voltar para casa hoje. Tinha um plano em mente e já sabia como colocá-lo em prática. Precisava apenas de uma pequena ajuda de Shaka e tudo daria certo.

Uma pequena aglomeração se formou à frente do palco. Gio estava pronto para apresentar o prêmio de Rei e Rainha da festa, bem como ler os bilhetinhos enviados pelo Correio Elegante. Não sabia por que raios tinha sido escolhido para apresentar aquilo! Mas tudo bem, faria da melhor forma possível.

_Galera! - deu três tapinhas no microfone para testar o som – Agora é a tão esperada hora da leitura do Correio Elegante! E parece que temos muitos bilhetinhos por aqui – riu – E o primeiro é para o nosso galã de corredor favorito, vamos ver "Oros, seus olhos brilham mais que charque no óleo" - não conseguiu segurar a risada – Ora ora ora.

_Quem foi a meliante da vez, Aioros? - os amigos tiravam onda com o sagitariano lá em baixo.

_Uma DAS minhas admiradoras secretas, claro – sorriu de canto e empinou o nariz.

_Agora parece que temos um bilhete mais "caliente" - fez uma expressão engraçada ao dizê-lo - "Grandão, te espero atrás do palco. Assinado: S." - bateu três palmas – Uau! Parece que temos um Hulk saindo de fininho pensando que a gente não está vendo! - viu o constrangimento de Hasgard estampado nos olhos e limpou a garganta – Vamos lá, temos agora um bilhetinho romântico! Que coisa mais linda! "Me apaixonei por você três vezes só nessa semana. Eu me perco e só me acho em você. Te amo. Assinado: Dite"

_OOOOOWWWWWNNNNNN – uma chuva de beijinhos foi distribuída no rosto delicado do pisciano, que ficou vermelho, rosa, roxo, de todas as cores possíveis de tanta vergonha.

_Gente, eu preciso morder esse Dite! Vem cá, coisa gostosa! - Isa mordeu de leve a bochecha dele, que sorria sem parar, recebendo um beijo carinhoso de Shura após todo o alvoroço passar. Nunca em sua vida, pensou que Shura combinaria tão bem com alguém quanto com Ana. Mas estava enganada. Ele e Dite eram almas gêmeas sem dúvidas.

Enquanto Gio lia as cartinhas, ora brincalhonas, ora românticas, a baderna permanecia. Macacada sem baderna não era a macacada, a verdade era essa. Os bilhetes se findaram e Mani, ainda vestido de noiva, acenando como uma Miss, entregou o envelope com o resultado do concurso.

_Com essa eu caso, hein! Só vem! - Kan gritou para Mani, que jogou um beijinho e balançou o vestido, correndo para fora do palco após ver a expressão de Gio para seu lado.

_É agora, galera! Vamos ao resultado do concurso mais esperado da noite! - abria lentamente o envelope e fez suspense antes de narrar – A Rainha da festa é: a nossa Miss Universo, Isadora Albuquerque, e nosso Rei é ele, ninguém menos que o Príncipe Saga – disse em meio aos risos, mas se conteve ao ver um olhar nada esportivo no rosto de Aninha. Teria muito o que explicar sobre esse "pequeno" elogio feito à Isa. Se teria! - Subam, Reis!

_ISSO AÍ É UMA CALÚNIA, VIU! A RAINHA DA FESTA TINHA QUE SER EU! - Regs brincou - Ô GIOVANE, TEM COISA ERRADA NESSE ENVELOPE AÍ!

_Gente, eu vou ali e já volto – Aspros tapou o rosto com a mão, brincando com o namorado.

_Não tem nada de errado, queridinho! - a loira mandou um beijo para o menor – A RAINHA DA PORRA TODA SOU EU, AMOR! - jogou os cabelos e puxou Saga pelo braço, subindo no palco junto dele sob aplausos divertidos.

Novamente, Manigold chegou carregando duas caixas, uma com uma coroa de um e noventa e nove, que seria de Isa, e um cetro de PVC, que nada mais era que a "espingarda" de Shion sem o gatilho. Nada que uma bela gambiarra não resolvesse. Apenas uma coisa chamou mais a atenção: as faixas. Eram tiras de papel higiênico emendadas uma na outra, escritas mal e porcamente com batom vermelho "Rainha" e "Rei".

_Os reis de nada! - Regs gritou. Não estava conformado com o título ser de Isa e não dele.

_Finalmente o príncipe está usando uma coroa! - Oros gritou ao fundo. Já não estava em seu juízo perfeito devido à quantidade de bebida que ingeriu no pouco tempo fora da barraca do beijo.

_MAS QUE RIZÃO DA PORRA! ME COME, SAGA! - Def acompanhou a brincadeira.

_LINDO, TESÃO, BONITO E GOSTOSÃO! - Kanon puxou um coro que só se encerrou depois de cinco minutos de cantoria. Saga já estava exausto quando pararam de cantar aquela musiquinha que ficaria em sua cabeça até semana que vem.

Quando desceram do palco, o loirinho tirou a coroa dela com a mão, e colocou em sua cabeça.

_Quem é a rainha agora, monamú? - balançava a cabeça.

_Continua sendo EU, monamú! - Isa repetiu o gesto do menino e entrou na brincadeira – Eu ganhei na democracia! Eu sou a rainha!

_Gente, pena que a Mel foi embora... Queria que ela visse esse micão! - Oros comentou.

_A prag... A Yuzuriha não pode ficar sozinha em casa por causa da eclampsia – Isa revirou os olhos. Apesar de estar penalizada pelo que aconteceu com a loira, não nutria simpatia alguma por ela. E nem tinha razões para tal. Apenas a respeitava como irmã de sua afilhada. Nada mais. Viu Asmita chegar perto e falar baixo consigo.

_Isa, por acaso viu o Atla? Ele sumiu!

_Não... Na verdade ele ainda está por aqui... A Mel e o Hakurei foram embora sozinhos e o Shion ainda está aqui – sorriu – Ligue para ele, quem sabe ele também está procurando por você?

_É verdade...- ele pegou o celular do bolso e, de fato, havia uma mensagem dele. "Estou no portão da Universidade. Me encontra aqui" - Isa, obrigado, ele me mandou uma mensagem... Até mais! - se despediu rapidamente sob o olhar revirado de Regs.

_Entojo!

_Deixa de implicância Regs! - deu um tapa nos cabelos loiros – Mas gente, vem cá! Pensei até que Has era gay! Quem será essa tal "S"? - arqueou as sobrancelhas.

_Uma certa Selinsa, eu acho – Sisifo respondeu em tom baixo – Vai dizer que vocês não sabiam que eles estavam de rolo?

_Eu não!

_Nem eu! O Has é muito discreto... Nunca pensei que ele ia gostar dela... Sei lá, ela pelo menos antigamente, era bem boca-suja – Albafica completou, abraçando Ana por trás e bebendo um pouco do drink laranja que ela tinha em mãos.

_É, agora vamos deixar de tricotar aqui, que tem muito serviço ainda! Bora trabalhar, macacada! - Isa espantou os amigos e foram um para cada canto, tomar conta de suas barracas. Esperava que Asmita tivesse encontrado Atla.

________xx________

Asmita andou até o tal portão, encontrando um Atla completamente nervoso. O que será que houve? Ele o vira com Aspros?! Não!

_Atla, o que...- foi calado com o dedo indicador do menor.

_Vem comigo...- pegou na mão do loiro com um meio sorriso e o conduziu em silêncio até a república. Mais precisamente, até o quarto de Asmita, que estava escuro.

_Estou ficando nervoso! - sorriu fraco – O que está...- viu a luz se acender e uma fileira de cartazes espalhados pelas paredes com frases lindas. Pareciam a letra de uma música. "Olhe bem no fundo dos meus olhos e sinta a emoção que nascerá quando você me olhar" "O universo conspira a nosso favor, a consequência do destino é o amor" "Mas talvez, você não entenda essa coisa de fazer o mundo acreditar, que meu amor não será passageiro". A cada palavra lida, sentia mais e mais vontade de chorar. Nunca havia visto coisa mais linda em toda a sua vida. Odiava seus óculos imensos, mas deu graças a eles por conseguir ler essas frases tão perfeitas.

_Te amarei de Janeiro a Janeiro – o menor retirou um embrulho de dentro do armário de Asmita e o entregou – Até o mundo acabar.

_Meu Deus... Eu não sei o que dizer...- suas mãos estavam tão trêmulas, que mal conseguia segurar o presente. Se sentou sobre a cama e o abriu, vendo o último livro que faltava para sua coleção de "As crônicas de Gelo e Fogo" - Não acredito! Onde você encontrou!? Deve ter sido caro! Meu deus...- ainda estava boquiaberto.

_Isso não importa agora – sorriu e colocou o livro sobre a mesa de estudos ao lado da cama – O que importa agora é a sua resposta...- respirou fundo – Quer namorar comigo, Mi?

_Atla... É claro que quero! Você é besta ou o quê? Eu amo você, garoto! - trouxe o rosto dele para perto e o beijou. Por um instante, era como se nada existisse além deles. Nenhum problema. Nenhuma tristeza. Nada. Era como se seus olhos pudessem ver apenas o que precisava ver nesse momento: os olhos de Atla. Tomou os lábios rosados com tanta avidez, que eles ficaram vermelhos.

Puxou-o com urgência para se deitar sobre a cama, colocando seu corpo sobre o dele. Dessa vez não havia fuga. Não queria fugir dele. Tateava com vontade cada parte daquele corpo.

_Quero você... Eu quero você! - Atla ofegava devido aos beijos quentes. Inclinou seu corpo para ficar à altura dos olhos de Asmita e dizer esta frase olhando para ele.

_Eu... Eu também quero você... Quero muito – voltou a beijá-lo, mas desta vez, com mais calma. Queria fazer daquele momento especial. Era a primeira vez para ambos. Tocou seu rosto com as costas das mãos. Acariciou-o de leve, arrancando um sorriso dele. Retirou a camisa preta por cima dos braços dele, descobrindo o corpo esguio que já conhecera antes. Ele era tão lindo! Sua pele era tão macia, tão clara - Você é perfeito...- beijou o pescoço quente bem devagar, passando a língua por ele enquanto o mordia de leve. Ouviu um gemido sutil ao fazê-lo e prosseguiu. Desceu a boca para os mamilos pequenos e se ateve em cada um deles. Sugando e mordendo cada um. Estavam eriçados. Sua pele arrepiada. Assoprou de leve onde havia deixado uma marca de saliva, causando cócegas gostosas.

_Ah! Mi – ria largamente. Aquilo era gostoso. Estava tão excitado que seu membro podia rasgar sua calça. Viu o loiro descer sua língua por toda a sua barriga e chupá-la, deixando marquinhas vermelhas por onde passava.

_Você não vai se arrepender...- sorriu malicioso e retirou a calça de Atla junto com sua box, atirando-a sobre a mesinha. Viu um membro completamente pulsante diante de seus olhos. Teve o ímpeto de superar seus traumas e o abocanhou inteiro. Chupou-o centímetro por centímetro. Sentia seus cabelos serem puxados com força, indicando seus movimentos, que iam de cima para baixo rapidamente – Atla...- sussurrou o nome dele enquanto passava a língua em torno da glande rosada, e logo colocando o membro inteiro dentro da boca novamente. Via sua saliva escorrer por ele, deixando-o ainda mais apetitoso. Lambia da base até a cabeça. Mais e mais vezes.

_Mi... Eu vou... Gozar... AAHH! - sentiu a boca quente de Asmita sorver todo o seu prazer. Seu corpo pedia por alívio. Aquela onda de prazer foi devastadora. Sentia-se fervendo. Puxou Asmita para si e o beijou, sentindo seu gosto na boca do loiro – Eu quero...- empurrou-o sobre a cama e se deitou sobre ele, traçando o mesmo caminho que ele. Pescoço, mamilos e abdômen. Ainda trêmulo, chegou a seu objetivo. Arrancou a calça jeans com tanta pressa, que quase a rasgou, atirando-a para longe. Se inclinou sobre o membro rígido à sua frente e também o chupou. Colocou a cabeça em sua boca e a sugou, olhando para ele com luxúria. Desceu lentamente por ele, até sentir sua boca encostar na fina penugem pubiana do outro.

_AAHH! - ele arqueou o corpo, tamanho foi o prazer que sentiu ao ver Atla engolindo seu mastro. Aquilo era lindo de se ver! Jamais pensou que fosse tão bom. Ele passava sua língua por seu membro inteiro. Tinha vontade, mas não podia gozar agora. Precisava dar –mais – prazer a ele – Vem cá - puxou-o de volta e o atirou bruscamente sobre a cama, virado de bruços.

_O que vai fazer? - perguntou, ainda arfante. Não obteve resposta. Apenas sentiu a língua dele em sua entrada – AAHHHHH- flexionou seu braço para trás e segurou a cabeça de Asmita entre suas nádegas. Sentia cada vez mais aquela língua lhe lubrificar. Chupar. Lamber. Se abria inteiro para recebê-lo. Sua língua. Seus dedos. Logo sentiu dois deles lhe penetrarem com carinho e se moverem em círculos – Mi... Ah... Isso... - rebolou nos dedos dele, fazendo-os entrar ainda mais em si – Me... Me come! Me come logo! - estava entrando em síncope. Precisava sentir Asmita por inteiro dentro de si.

_Eu... Vou fazer...- sorriu e se encaixou por trás do corpo de Atla, introduzindo apenas a cabeça de seu membro em seu interior. Sentiu um prazer indescritível ao fazê-lo. Gemeu e esperou seu membro se acostumar com aquele espaço tão apertado – Isso é... Tão bom...- não sabia por que raios havia demorado tanto tempo para experimentar daquilo! Aos poucos, se enterrava mais. Ouvia Atla pedir por ele em meio a gemidos longos – Ah – pousou suas mãos nos quadris do mais novo e os puxou para si, entrando nele por completo. Controlava o ritmo das estocadas da maneira que bem entendia. Vez em quando, olhava para o ato. Via-se entrando e saindo dele. Aquilo era delicioso – Senta em mim – se deitou e o viu sentar sobre suas pernas e se encaixar em seu mastro. Sentia-o descer pouco a pouco e lhe dar um prazer louco – Meu Deus! Isso! - o menor cavalgava e suas nádegas tocavam as coxas de Asmita, demonstrando que o havia metido por completo. Apertou-as e ditou o ritmo para que ele sentasse.

_Está gostoso? - mordeu o lábio inferior, provocando o loiro. Rebolava bem devagar naquele mastro. Foi abraçado contra o corpo do loiro e sentiu-o estocar mais forte e mais fundo – Ah! Mais ! Mais! - forçava seu corpo contra o dele, ajudando-o com as metidas. Sentia que o êxtase estava próximo, bem como Asmita se desfazer em seu interior com um gemido longo ao mesmo tempo que ele. Se deitou sobre o peito molhado do loiro e sentiu seu coração disparado – Como eu... Te amo...- disse ainda arfando.

_Eu... Eu também - não podia imaginar melhor forma de aceitar um pedido de namoro. Acreditava mais que nunca que Deus reservava os momentos certos para as pessoas certas.

________xx_________

A festa estava rolando a todo vapor ainda. Mal parecia ser quase meia-noite. Mani se despedira de Sage, que ao contrário dos estudantes, não estava de férias e precisava trabalhar amanhã cedo. Ao menos, valeu a ajuda que ele lhe deu para tirar seu vestido de noiva. Sorria bobo quando se deparou com o novato de sua turma. Fora transferido há pouco e ainda não tinha feito amizades.

_Mani? - se dirigiu ao canceriano, que bebia cerveja na lata mesmo – Que sorte ter te encontrado aqui!

_E aí, cara! Tudo bem? - tocou na mão do loiro - Está aí há muito tempo? Não me disse que vinha, poxa! Se tivesse me avisado eu te esperava pra te apresentar pra minha galera – sorriu e ofereceu a bebida para o outro, que aceitou e sorveu um gole – Por falar neles, olha lá a macacada!

_Eu nem sabia que vinha... Sei lá, estava meio sem graça de aparecer sem conhecer ninguém ou sei lá, atrapalhar você a namorar - coçou os cabelos de modo envergonhado – Aqueles são seus amigos?

_Sim, são sim! Vamos lá - andou ao lado do outro até a mesinha onde parte da macacada estava sentada – Galera, esse aqui é o novato da minha turma, Minos!

Isa se virou ao ouvir aquele nome. Não podia ser verdade! Ele não podia estar ali! Ele não! Seu coração gelou. Seu estômago revirou.

_E essa aqui é a Isa... Isa? - cutucou a loira, que tentava ao máximo ignorar a presença daquele ser e fingir que nada estava acontecendo.

_Oi...- engoliu seco ao ter de cumprimentá-lo. Olhar naqueles olhos frios outra vez. Sentir aquela mão tocar em seu corpo outra vez – Prazer... Isa... Dora...

_Muito prazer, Isadora! - sorriu gentil enquanto apertava-lhe a mão e a mirava com os mesmos olhos selvagem de anos atrás.

_E este é Saga, o namorado da Isa e Príncipe da macacada!

_Muito prazer, Saga! - repetiu o gesto com Saga. Então era este o seu concorrente!? Ouvira falar no nome dele, mas ainda não havia tido oportunidade para olhar nos olhos do maldito. Ali estava ele então. Tudo estava sob controle – Eu vim de longe, sou novo aqui e não sei se vou gravar o nome de todo mundo agora, mas posso tentar! - falava tudo com tanta cordialidade e gentileza, que estava fora de qualquer suspeita aos olhos da turma.

Isa via um claro deslumbre das meninas diante da beleza daquele infeliz. Sim, ele era lindo. Sempre foi. Isto foi uma parte do que lhe encantou no maldito. A outra foi sua voz rouca. Seus olhos selvagens e cinzas. Aquele sorriso sedutor. Tudo o que ele destruiu no dia em que acabou com sua vida. Não conseguia digerir o fato de ele estar diante de seus olhos novamente. Tempestades estavam por vir. Aquele olhar era a prova viva disso.

Continua


Notas Finais


Espero que tenham gostado!!!
A ponta do iceberg começou e os jogos também >.<

Os trechos em itálico são da música "Maps" da banda Maroon 5

Beijineos e até o próximo !!


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