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História A Retirada - Prólogo


Escrita por: HiyoriMeow

Notas do Autor


Vamos lá..
Acho que essa com certeza, foram uma das obras que eu mais gostei de ler, uma das mais originais sobre zumbi que já vi, onde o motivo não é por uma bactéria que decompõe um corpo, e sim por um corpo celeste, que de fato e descrito e evidentemente alegado de existir.
Sei que talvez eu não pudesse escrever algo, com tanta convicção e perfeição como o escritor Rodrigo de Oliveira propõe em sua obra, mas achei uma maneira legal de expôr idéias ao modo dessa pequena história aleatória do livro, criada por mim e pela minha cabecinha desprovida de criatividade e.e
Para o primeiro capítulo, eu poderia escrever algo parecido com o do livro, no entanto vou fazer questão de mostrar, o próprio texto apenas o usando como base, mas se se interessarem, eu recomendaria a obra inteira :3.
Acho que é isso, pra não dizerem que tô plagiando o livro SHIAHSSJAHS.


 

Capítulo 1 - Prólogo


Fanfic / Fanfiction A Retirada - Prólogo

DE TEMPOS EM TEMPOS, ao longo de milênios, surgiram teorias diversas sobre o fim do mundo. Cientistas e esotéricos, fanáticos religiosos e maníacos por conspirações, professores, políticos, estudantes e praticamente todas as pessoas do mundo inteiro ouviram ou inventaram explicações sobre um evento cataclísmico que reduziria tudo a cinzas.
Em alguns casos, a aposta era que um gigantesco cometa se chocaria contra a Terra, transformando tudo em um gigantesco monte de escombros. Cada nova descoberta que evidenciava a ocorrência de grandes impactos de corpos celestes com o nosso planeta em tempos remotos reforçava a tese de que eventos desse tipo não eram tão raros assim; portanto, era provável que tornassem a acontecer.
Para piorar, ficava cada vez mais óbvio que um cometa não precisaria ser tão grande para causar um grande estrago. Em Tunguska, região remota da Sibéria, um corpo celeste de meros cinquenta metros de diâmetro causou uma explosão de cerca de dez megatons em 1908, derrubando cerca de oitenta milhões de árvores. Se tivesse explodido apenas duas horas mais tarde, com a rotação do planeta, o tal cometa teria desintegrado toda a cidade de Moscou. A aposta de muitos profetas do fim do mundo era que todos nós teríamos o mesmo fim dos dinossauros.
Outros diziam que as inúmeras queimadas e emissões de bilhões de toneladas de gás carbônico superaqueceriam a Terra com o famoso efeito estufa, causando o degelo das calotas polares e o alagamento de cidades costeiras inteiras; e, o resto do nosso planeta, em alguns anos, iria se tornar um deserto inabitável.
Diversas profecias apontavam o ano 2000 como a data provável da grande catástrofe, mas
o tempo passou e o mundo ironicamente continuou existindo, forçando especialistas de todos os países a voltarem aos livros e aos cálculos para entender o que dera errado.
Por mais que o tempo passasse e nada acontecesse, de tempos em tempos, surgiam indivíduos que apostavam na tese do apocalipse. Era uma aposta válida. Nosso planeta já havia passado por grandes extinções em massa, em diversas épocas, e o acontecimento de mais um evento catastrófico de escala global era algo possível. E, dessa forma, as teorias continuavam surgindo.
Baseados no calendário maia, alguns afirmaram que o ano da extinção seria 2012 — mais precisamente, no dia 21 de dezembro. Porém, mais uma vez nada aconteceu.
Uma das teorias apocalípticas menos divulgadas falava de um suposto planeta que se chocaria com a Terra. Essa teoria foi descrita em detalhes por um obscuro autor chamado Joaquín Amortegui Valbuena, que escrevia sob o pseudônimo de V. M. Rabolu.
Em seu livro, que foi inspirado em outro povo antigo e intrigante, os sumérios, ele declara que o final dos tempos se daria por ocasião do choque de um imenso planeta contra a Terra, o qual os sumérios chamavam de Ekolubus e que ele batizou de Hercólubus, o Segundo Sol. Rabolu chegou a afirmar em seu livro que esse mesmo planeta já havia estado próximo da Terra em eras passadas, e em sua última visita teria causado a destruição da Atlântida, o lendário continente tragado pelas águas.
Rabolu afirmava, inclusive, que o próprio dilúvio descrito na Bíblia teria sido obra desse misterioso corpo celeste, bem como outras passagens bíblicas que diziam respeito a estrelas mortais, segundos sóis etc. Em todos esses casos, de acordo com Rabolu, o culpado era o temível Hercólubus, o flagelo da Terra, que, depois de milênios de ausência, retornaria para uma nova visita mortal.
Vários outros autores e estudiosos corroboraram as teorias de Rabolu, que ganharam alguns adeptos pelo mundo afora. Chegaram até mesmo a localizar o suposto planeta, ainda muito distante da Terra, vindo em nossa direção, tal qual o autor previra.
Durante muitos anos, cientistas do mundo todo tentaram esclarecer os fatos: o planeta Hercólubus não existia. O corpo celestial que, teoricamente, seria Hercólubus, conforme os estudos de Rabolu e seus seguidores, na realidade era uma estrela chamada Barnard, localizada na constelação de Ofiúco, que de fato se movia em direção à Terra — porém, a impressionantes cinco anos-luz e meio de distância. Na velocidade com que se movia — de cerca de cento e quarenta quilômetros por segundo —, levaria treze mil anos para que essa gigantesca estrela chegasse ao seu ponto mais próximo de nós. Estimativas pessimistas indicavam que a distância mínima não seria menor que pouco mais de um ano-luz, ou seja, Barnard passaria a uma distância milhares de vezes maior do que a da Terra em relação ao Sol. Enfim, nada com que se preocupar.
Teorias de planetas assassinos vindo em direção à Terra sempre existiram. Uma das mais célebres foi a do Planeta X. Ela foi formulada com base numa técnica de astrofísica que determina a existência de corpos escuros não localizáveis por meio da observação convencional a partir da interferência gravitacional que eles exercem sobre outros corpos celestiais.
Segundo essa técnica, se numa determinada zona do espaço planetas e cometas sofrem algum tipo de perturbação em suas órbitas, por conta de alguma força gravitacional misteriosa, esta seria uma forte evidência da existência de algum planeta na região, mesmo que não fosse possível enxergá-lo.
Com essa mesma técnica foi possível identificar a existência de Netuno e Plutão, vários anos atrás. No século XIX, astrônomos concluíram que deveria haver algum planeta muito grande numa órbita posterior a de Netuno por conta dessas observações.
Quando Plutão foi descoberto, concluíram que ele seria esse planeta misterioso. Porém, ao constatarem que Plutão era minúsculo, concluíram que não poderia ser o corpo que tanto procuraram, agora chamado, simplesmente, de Planeta X.
Em 1999, uma dupla de pesquisadores identificou sinais de que um planeta poderia estarescondido dentro do nosso sistema solar, em função de fortes perturbações provocadas pela atração gravitacional de um corpo celestial que, em função dos efeitos causados, teoricamente seria quatro vezes maior que Júpiter. Um gigante espacial que estaria rumando para o centro do nosso pequeno pedaço do Universo e, por isso mesmo, poderia estar vindo em direção à Terra. Muitos falaram que esse era o misterioso Planeta X. E tantos outros afirmaram que o Planeta X era de fato o misterioso Hercólubus, o planeta assassino.
Porém, mais uma vez faltaram provas conclusivas dessas teorias, e o Planeta X continuou sendo uma das muitas lendas e mistérios do nosso sistema solar.
Entretanto, nenhum texto sobre planetas responsáveis pelo apocalipse foi tão conhecido quanto o constante no livro Apocalipse da Bíblia.
Nesse texto era descrito um planeta chamado Absinto, que traria incontáveis sofrimentos para a humanidade, que culminaria no final dos tempos.
Como tantas outras histórias, esses textos causaram impacto em inúmeras pessoas, que acreditavam que era chegada a hora de se arrepender dos seus pecados. Mas para os cientistas, não passavam de meras lendas, sem nenhum fundamento científico.
Infelizmente, no entanto, descobriu-se que Absinto de fato existia. No final de 2017, foi identificado pelo telescópio Hubble um planeta descomunal numa órbita incrivelmente anômala. Ao que tudo indicava, era um corpo celestial desgarrado, que simplesmente estava de passagem.
Seu diâmetro era vinte vezes maior que o da Terra, um colosso rochoso, incrivelmente denso e com uma massa muito maior que a do nosso pequenino lar. Se fosse menor, talvez tivesse sido capturado pelo campo gravitacional do nosso Sol, mas aquele planeta era diferente — ele seguia uma rota imprevisível.
Ao contrário do que os adeptos das teorias da conspiração sempre defenderam, as agências espaciais e os governos do mundo todo procederam com incrível transparência com relação àquela ameaça. Poucos dias depois da identificação do planeta misterioso, que rumava perigosamente em direção à Terra, líderes de todas as nações anunciaram que havia sido feita a terrível descoberta, e que cientistas de todas as partes se empenhavam em descobrir quais eram as reais possibilidades de aquele corpo, então denominado M190876, oferecer de fato algum tipo de risco. Esse nome foi logo esquecido — para todas as pessoas, o planeta misterioso seria lembrado para sempre como Absinto, o flagelo do fim do mundo.
Ao ser descoberto, o planeta estava próximo demais, a uma distância pouco maior que a de Mercúrio em relação à Terra. Tão perto que seria uma questão de poucos meses para chegar até nós, caso essa fosse sua rota.
Os primeiros meses após a descoberta foi de absoluto pânico. Pessoas correram aos supermercados para estocar comida e água, grandes tumultos, protestos e muito quebra-quebra aconteceram em diversos países. As igrejas ficaram lotadas, líderes de todas as partes foram para as emissoras de televisão pedir calma aos cidadãos; tudo em vão. Parecia que a ordem social se esfrangalhara, e, nada, nem ninguém, seria capaz de fazer as coisas voltarem à normalidade.
Em diversos países, foi decretada a lei marcial. As forças armadas foram para as ruas tentar assegurar o mínimo de normalidade, e o toque de recolher foi largamente implantado. Grandes planos de contingência tiveram início para se tentar construir abrigos para a população; mas sabia-se que não haveria tempo para fazer grandes coisas. Absinto vinha com pressa, muita pressa, e nada nem ninguém seria capaz de detê-lo.
Além do mais, essas medidas eram de efeito puramente psicológico. Se um cometa de apenas um quilômetro de extensão podia gerar energia suficiente para derrubar todos os prédios, casas e árvores em escala continental, segundo estimativas dos cientistas, do que seria capaz umplaneta maior do que Júpiter numa eventual colisão? Era óbvio que a destruição seria completa, e a Terra não passaria de uma vaga lembrança. O próprio Absinto não escaparia incólume dessa trombada. O titã espacial teria toda a sua superfície arrasada. Mas isso não servia de consolo para ninguém.
Porém, após alguns meses de cálculos matemáticos complexos, os cientistas respiraram aliviados. Aquele imenso planeta não iria atingir a Terra. De fato ele passaria raspando, em termos cósmicos, mas mesmo assim seria cerca de um milhão de quilômetros de distância.
Estudos secundários procuraram prever se haveria outras consequências, como potenciais mudanças climáticas e possíveis impactos nos sistemas de comunicação do nosso planeta. Mas não havia dúvida de que não seria dessa vez que seríamos atropelados. Pela relativa proximidade, foi possível fazer um estudo consistente e conclusivo, e todos puderam se acalmar.
Havia diversas perguntas sem resposta ainda. Qual era exatamente a rota do planeta? Do que ele era feito? Existia alguma chance de haver vida nele? Como ele conseguira ficar tanto tempo escondido, sem que ninguém fizesse ideia de que se encontrava tão perto?
Todas essas questões e milhares de outras eram o desafio a ser vencido pelos cientistas, mas a verdade era que a maioria das pessoas estava se lixando para aqueles questionamentos. O mundo inteiro explodiu numa festa sem precedentes na história moderna.
Na prática, o que foi motivo de pânico de repente se tornou algo estranhamente fascinante. Afinal de contas, pela primeira vez na história da humanidade, estaríamos tão próximos de outro planeta. Astrônomos e engenheiros de toda parte pensaram durante décadas sobre como seria possível aproximar-se de algum dos nossos gigantescos vizinhos interplanetários e, de uma hora para outra, lá estava ele, um corpo celestial incomensurável batendo a nossa porta.
E, dessa forma, o que começou com um grande susto ganhou ares de uma imensa festa global. Quais segredos aquele visitante misterioso trazia consigo, depois de sua viagem de eras pelo cosmo? Quais conhecimentos poderiam ser obtidos, quais respostas para tantas dúvidas ele carregava?
Alguns entusiastas defendiam que deveria ser preparada uma missão interplanetária, e que a NASA e as demais agências espaciais tinham a obrigação de mandar uma nave tripulada até Absinto. Mesmo porque, segundo os cálculos preliminares, levaria milênios para que ele se aproximasse novamente da Terra.
Mas esse sonho era impossível, não haveria tempo hábil para preparar uma missão de tamanha complexidade. Levaria pouco mais de três meses para Absinto atingir seu ponto mais próximo da Terra, e, depois disso, ele se afastaria rapidamente, dando sequência ao seu passeio pelo universo. Essa informação causou muita frustração em muita gente.
Por outro lado, seria possível fotografar o gigante de perto e realizar estudos. Portanto, não seria uma viagem perdida, no final das contas. Além disso, seria uma visão fantástica de um fenômeno nunca antes observado, e que poderia ser fartamente documentado por estudiosos de todas as áreas do conhecimento.
E assim, todos começaram a se preparar para o grande evento. Obviamente, não faltaram alarmistas de plantão — sempre eles — que insistiam em dizer que nossos líderes ocultavam a verdade, que de fato o planeta se chocaria com a Terra, que o fim estava próximo, e assim por diante. Entretanto, a maioria das pessoas se tranquilizou.
Muitos diziam que éramos privilegiados, os escolhidos por Deus para vivenciar um evento único. Padres, rabinos, pastores evangélicos e representantes de todas as religiões alardearam que aquele era um sinal. Uns diziam que Jesus renasceria para guiar os homens na sua infinita glória.Outros diziam que aquele era o evento que marcaria uma nova fase na escala evolutiva e terrena. Os mesmos que falaram que todos deveriam rezar para se arrepender dos seus pecados, antes do dia do juízo final, agora conclamavam as massas para orar em agradecimento pelo júbilo de podermos vivenciar em primeira mão um autêntico milagre, um sinal inequívoco da existência de Deus. Mais uma vez, estavam todos errados. Completamente errados.
Foi com grande euforia que a NASA conseguiu prever, com precisão, qual seria o dia ideal em que poderíamos avistar o gigantesco visitante: em 14 de julho de 2018, o colosso atingiria o ponto mais próximo de nosso pequenino lar, e depois, iniciaria um rápido afastamento como se nada tivesse acontecido, indiferente aos bilhões de pessoas embasbacadas que assistiriam a sua passagem. Alguns dias antes, ele já seria visível a olho nu, mas em 14 de julho de 2018, seria um espetáculo sem precedentes.
Para tornar tudo ainda mais impressionante, descobriu-se que Absinto tinha mais alguns segredos a revelar. Similar a Saturno, ele possuía anéis, e além disso um gigantesco cinturão de rochas, gases, fragmentos de gelo e poeira cósmica circundavam aquele planeta, que vários haviam aprendido a admirar em tão pouco tempo.
E assim, nesse espírito de empolgação de muitos e apreensão de alguns tantos outros, chegou o grande dia. O momento do tão esperado show cósmico, no qual Absinto iria se revelar em toda a sua majestade.
Naquele dia, se Deus existia de fato, decerto preferiu desviar o olhar. Porque aquele planeta não trouxe apenas um belo espetáculo.


Notas Finais


Bem foi isso :3 já dá pra ter uma base, então ate o próximo e tomara que gostem ♡


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