História A Rockeira e A Maloqueira - Capitulo 7 - Segunda Temporada.

Pov Débora.

Dois dias haviam se passado desde a pequena (talvez grande) confusão na enfermaria. Metade da escola ficou sabendo que eu apanhei de Mariana e aquilo apenas fez meu ódio por ela aumentar mais. Gabrielly havia mudado de curso, eu não sabia ainda para qual ela tinha ido, embora quase todos da minha sala comentassem que ela tinha voltado para Marketing.

Eu admito, estava triste com o fim. Eu a amava, ela tinha sido minha primeira em tudo, foi um erro meu ter desconfiado dela e no final, quem traiu primeiro foi eu... Se eu a perdesse de vez, eu nunca iria me perdoar por isso.

Era aula de matemática, mas eu não prestava atenção em nada a não ser o relógio que marcava 08h45min, eu estava rezando para que aquelas 5 minutos passassem logo, eu estava morrendo de fome e sono, queria apenas me livrar logo daquela aula de matemática.

Eu estava sentando sozinha, não sabia ainda quem entraria no lugar de Gabrielly e sentaria comigo, existiam boatos que Mariana entraria, mas eu sabia que era mentira, a menina era quase dois anos mais nova que eu e não faria sentindo ela estar no segundo ano do ensino médio com apenas 14 anos.

Depois de 5 minutos (que pareceram mais uma eternidade), o sinal foi tocado e boa parte da sala se dispersou pela escola. Vi Andreza me chamar para um canto mais afastado da escola, provavelmente ela iria me contar algo.

- Descobri para qual curso sua ex foi! – Andreza disse assim que eu me aproximei dela. – Não foi Marketing.

- Foi o que então? Informática?! Porque se aquela psicopata tiver ido para informática eu vou exigir agora a expulsão dela! – Falei indignada e Andreza riu. – Que foi?! Imagina ela hackeando todos os sites, tem noção de como isso seria perigoso?! – Perguntei e Andreza riu novamente.

- Ela está em Música, para sua sorte ela não vai hackear nada que tenha seu nome! – Andreza avisou enquanto abria sua mochila. – Ela não vai durar muito lá, já me disseram que ela anda arrumando encrenca na sala de aula. – Andreza disse calmamente, Gabrielly agir como uma “bad girl” não era novidade para nós duas.

- Parece que a bad girl está voltando... – Disse com ironia e arranquei uma gargalhada de Andreza. – Puta merda, já imagino metade das vadias dessa escola babando por ela de novo. – Respondi com certa raiva, ELA ERA MINHA, APENAS MINHA.

- Ela é gostosa mesmo! – Fernanda exclamou enquanto se aproximava de nós duas. – Bom dia Débz! – Senti o abraço de Fernanda e sorri. – Oi Andreza! – A menina acenou para Andreza que sorriu para ela.

- Bom dia Nanda! – Respondi simpática e a puxei para outro abraço. Andreza apenas observava tudo em silêncio.

- Souberam da Gabrielly? – Fernanda perguntou e eu revirei meus olhos ao ouvir o nome dela.

- O que ela aprontou? – Perguntei tentando esconder minha curiosidade.

- Ela ganhou outra moto, pelo menos foi isso o que a Vic disse. – Fernanda disse e eu abri minha boca em descrença.

- Ela vai se arrebentar de novo, já imagino... – Balancei minha cabeça negativamente. – Foram os avós dela? – Perguntei e Fernanda negou.

- Aparentemente foi o Tio dela... – Fernanda respondeu. – Cá entre nós... Ela fica mais bonita de bad girl... – Fernanda apontou para a menina meio loira que estava parada do outro lado da escola. Mentira era dizer que ela era feia. Ela estava usando a blusa do uniforme, um boné virado para trás, uma calça preta meio rasgada e uma jaqueta do time da escola, enquanto se apoiava em uma parede e conversava alguma besteira com alguns meninos.

- O que tem de bonita tem de retardada, imatura, idiota! – Respondi e desviei meu olhar para Fernanda. – Vai ficar em casa hoje? – Perguntei para a menina em minha frente.

- Vou sim, por quê? – A menina me perguntou confusa.

- Quer sair comigo? – Perguntei.

Pov Mariana.

­- Amor... Vem... – Lá estava eu puxando Gabrielly por seu casaco. Maldita bad girl, o que tinha de beleza, tinha de briguenta.

Minutos atrás Gabrielly tinha se “enroscado” com uma menina no banheiro, metade das meninas que estavam lá foram tentar separar as duas, sem sucesso algum. Eu não estava prestando atenção direito no que as duas falavam, minha única reação foi tentar tirar Gabrielly dali.

- GABRIELLY PELO AMOR DE DEUS! – Puxei a menina para fora do banheiro e em seguida lhe dei um tapa no rosto.

- Ei, isso dói! – Resmungou enquanto levava uma de duas mãos para sua bochecha esquerda.

- É pra doer mesmo, quer ser expulsa? Já é a terceira briga na semana e olha, hoje ainda é quarta feira! – Cruzei meus braços e vi a garota em minha frente revirar os olhos.

- Ela me provocou! – Gabrielly reclamou e eu mandei ela se calar.

- ELA SÓ OLHOU PRA VOCÊ SUA IDIOTA! – Aumentei meu tom e a menina em minha frente se encolheu. – Vai pedir desculpas pra ela! – Mandei e ela negou com a cabeça. – Gabrielly, não me testa!

- Não vou pedir desculpas! – A menina começou a fazer birra, como uma criança. Apenas revirei meus olhos e sai, deixando-a sozinha. – Ei amor... – Ignorei seu chamado. – Mariana!

- Vai pedir desculpas pra ela! – Mandei e ela bateu o pé.

- Não...

- Um!

- Mariana, por fav...

- DOIS!

- Eu sou criança por acas...

- DOIS E MEIO!

- Ei!

- DOIS E SETENTA E CINCO!

- EU VOU! EU VOU! PARA QUE DROGA! – Ela começou a fazer drama. – VOCÊ NÃO É UMA BOA NAMORADA, FICA FAZENDO ESSAS COISAS COMIGO, EU SOU UM NENÉM, PRECISO DE CUIDADOS E VOCÊ JUDIA DE MIM! – Gritou.

- Gabrielly... – Revirei meus olhos com o drama dela.

- VOCÊ NÃO ME AMA?! DIZ LOGO QUE VOCÊ NÃO ME AMA MARIANA! – Aonde mesmo que ela tinha 16 anos?!

- EU ACABEI DE TE DAR MEU CACHORRO QUENTE, VOCÊ ACHA QUE EU NÃO TE AMO?! – Perguntei indignada.

- EU TAVA COM FOME! – Gritou.

- VOCÊ SEMPRE TÁ COM FOME!

- EU SOU UM PANDA!

- VOCÊ É GOSTOSA, AGORA PELO AMOR DE DEUS, VAMOS PARA A QUADRA?! – Perguntei impaciente vendo a garota em minha frente ameaçar começar a chorar. – MEU DEUS, NO CONTRATO DE NAMORO NÃO DIZIA QUE VOCÊ IA CHORAR DEPOIS DE FAZER DRAMA.

- Eu sou é puta, isso sim. – A menina disse e saiu em direção à quadra. – Quer ser puta comigo? – Perguntou e eu neguei com a cabeça, indo em direção a minha namorada. – Isso foi um pedido de namoro.

- Quanto romantismo! – Ironia detect!

Pov Débora.

Estava na quadra com Fernanda e Andreza. Andreza estava distraída, rabiscando algo na última folha do seu caderno, enquanto eu conversava sem parar com Fernanda.

- Então, a gente vai sair pra onde mesmo? – Fernanda me perguntou.

- A gente resolve na hora... Mas eu estava pensando em irmos ao parque, ouvi falar que vai ter uma roda de música lá hoje à noite. – Respondi enquanto brincava com os dedos dela.

- Certeza? – Perguntou-me e eu assenti com a cabeça. – Sua ex vai tocar lá, melhor irmos para outro lugar. - A menina me alertou e eu revirei meus olhos. – Podemos ir para uma pizzaria, ou algo assim. Não se preocupe, eu irei pagar! – Fernanda disse.

- Eu te chamei, eu que deveria pagar!

- Eu faço questão de pagar Débora. – A menina de olhos azuis respondeu.

Os jogos estavam prestes a começar, de um lado estava o time da minha sala e do outro, o time da sala de Música. Gabrielly conversava animadamente com as meninas de sua sala, dando dicas de como elas poderiam ganhar o jogo, reparei bem no quanto ela estava mudando. Ela estava engordando de novo e sua pele já estava quase sem cicatrizes, além disso, seu cabelo que antes era preto estava voltando a ser meio loiro, provavelmente ela tinha desistido de pintar o cabelo.

Mariana estava ao seu lado, vestida com o casaco do time da sala de Música, provavelmente o casaco era de sua nova namorada. Elas formavam um casal bonito, muito bonito mesmo. Pareciam aqueles casais que saíram do Tumblr ou algo assim.

Eu estava começando a entender o porquê de ter sido trocada por Mariana.

O jogo iria começar me preparei para torcer pelas meninas da minha sala. Eu vestia uma camisa verde, que estampava o símbolo da Enfermagem, enquanto Gabrielly vestia uma camisa Azul com o número 24, no lugar do seu nome estava escrito “Zyrck”, enquanto Mariana estava ao seu lado com uma camisa escrito “Zyrck girlfriend’s”.

- Pode uma garota boa, mudar a garota ruim?! – Fernanda me perguntou ao perceber para onde eu olhava. (N/A: referência clara a Fifth Harmony, Harmonizers irão perceber).