1. Spirit Fanfics >
  2. A rota do campeão >
  3. Como segue a vida

História A rota do campeão - Como segue a vida


Escrita por: Boxer_Writer

Notas do Autor


Esse é o capítulo mais nada haver do livro, só é uma introdução ao clima da história, não desistam por esse capítulo, por favor

Capítulo 1 - Como segue a vida


Fanfic / Fanfiction A rota do campeão - Como segue a vida

Sentado em sua poltrona, com um olhar seco como o próprio ar, um homem solitário vive solitariamente a vida em sua casa.

Ele vai à cozinha, abre os armários em procura de algum alimento, seja qual for. Ele estava com fome, sua barriga doía, desde quando repousava, há cerca de seis meses, sua vida havia se tornado cada vez mais pacata, mais lenta, mais individual e mais sem sentido.

Logicamente, o próprio se lembra de que se mudou para uma cidade diferente por opção, afinal ele não queria que o reconhecessem nas ruas, pois isso acabaria gerando um alvoroço desconfortável. Não, Rafael não era assim, ele era diferente, tinha objetivos diferentes, mesmo que todos já houvessem sido alcançados, restando-lhe uma vida, uma vida que já foi bem vivida, mas agora era somente suportada.

“Bah, não acredito que o mercado não fez suas entregas hoje, pago-lhes mensalmente para que? É melhor eu sair para comprar algo.”

Com esse pensamento, o adulto sai de casa, é noite, está escuro e o bairro não é muito seguro, porém Rafael não parece se importar, ele coloca seu tênis mais bonito, uma bermuda e uma camiseta de seu caro guarda-roupa e vai às compras no mercado mais próximo de sua casa.

Sai por sua portaria, ele mora em um prédio de orçamento mediano, para que morar em um lugar melhor? No que isso melhoraria sua vida?

O rapaz ignora a segurança, não se direciona às ruas de maior movimentação, ele nunca gostou de caminhar por lugares lotados de pessoas, as quais nunca puderam sentir a grandeza de ser um campeão.

Ele ia se direcionando para uma rua escura, a qual é conhecida como uma das mais perigosas da região, o rapaz anda fumando seu fiel cigarro, ele anda calmamente e observa os postes quebrados. Alguns olhares observam-no, no entanto nenhum sujeito tem coragem de se meter com ele. Alto e forte? Não, Rafael não era assim, era um sujeito de baixa estatura, cerca de 1,70, robusto, mas não deixava de apresentar um corpo fino.

Um sujeito que não se espera ser temido? Talvez fosse, porém sua postura fazia com que o medo de todos que o olhassem fosse notável, o homem andava com a coluna ereta, um olhar fixo e mortal, olhava com olhos profundos, não se via um homem, se via um predador, um verdadeiro assassino procurando uma presa em sua caçada para saciar seu desejo de matar.

Com seu olhar, afastava os perigos de sua volta, ninguém se metia em sua frente, pois sabia o quão perigoso ele era. De fato ele não tinha a aparência de um marginal, pelo contrário, se apenas sua condição financeira fosse considerada, poderia dizer-se que ele era um típico burguês, todavia, um animal feroz e excluído de uma vida social não pode ser classificado em classes sociais. Em seu feroz mundo tudo se resumia a duas palavras: Esforço e coragem.

Chega pela porta da frente, procura algo para comer, anda pelos corredores onde vê diversos alimentos, os quais compuseram durante anos a sua alimentação.

Passa de todos, vai direto aos caixas, vê em uma prateleira de vendas diversos salgadinhos empilhados, pensa em pegá-los, afinal ele está aposentado, por que não?

“Demorei tantos anos para conseguir essa forma física, agora quero acabar com tudo com um pacotinho de bolinha alaranjadas?”

E com esse simples pensamento ele larga a embalagem azul clara, vai ate as hortaliças e pega um pé de alface, depois pega um bife fino, arroz, compra batatas e se sente pronto para voltar para casa. Todavia, ele percebe que ainda não havia pegado seu doce de amendoim, ele era fissurado em açúcar e não podia evitar.

Repara que algo poderia não ser igual, o doce de amendoim que custava sempre o mesmo valor, obtivera um novo concorrente, uma barra de chocolate e caramelo que estava na promoção e passará a possuir o valor do tradicional doce. Mesmo que amasse as igualdades, por algum motivo desconhecido ele preferiu comprar o novo quitute.

Passa as comprar, recebe a conta e responde a moça do caixa com respostas curtas e diretas, as quais impunham respeito a qualquer um que o observasse.

Algo cai do seu bolso, ele parece perceber, mas parece não ligar. Vira as costas e vai embora.

Sai do mercado e vai comendo seu chocolate pelo mesmo lugar que havia ido ao mercado. Ao chegar ele coloca seu avental, corta com maestria a carne, faz filetes com as batatas e coloca para gratinar em sua frigideira.

Senta-se em sua poltrona com longos suspiros e muito cansaço, algo parecia igual, na realidade tudo parecia igual, enquanto a maioria preferia notar o diferente, ele preferia notar o semelhante, talvez por sua vida estar estagnada a seis meses.

Ele sabia que tinha que achar um novo objetivo para viver, o rapaz sabia o quão importante isso era e se assustava com a ideia de viver o resto da vida solitário com lembranças, mas negava esse pensamento com a simples ideia de já ter cumprido sua meta de vida.

Enquanto tudo ocorria, pregadas nas paredes estavam medalhas, cinturões e todo tipo de premiação de boxe que um campeão deveria ter ganhado durante a vida.


Notas Finais


Como disse é só uma apresentação do enredo, no próximo sábado pretendo lançar o capítulo 2.
Obrigado por lerem


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...