História A Ruiva - Primeira Temporada - Coração e Espelho

Episodio 1°

Coração & Espelho

 Era um sábado de manha... Gelada...

 Janela embasada. Neve caia firme, parecendo que estava me impedindo de sair, eu odiava quando isso dava certo. Meu quarto estava quente até de mais, olhei para ar condicionado infelizmente... Ele quebrado de novo!

  Cansada de mais para levantar ainda vem telefone tocar, fico umas horas tocando até minha mãe decidir vim atendê-lo olhando feio para mim.

— Levanta né? – Disse ela. — Alo?... E pra você!

— Quem?

— Ela. – Virei os olhos e fitava janela - Desculpa mais ela não quer atender... Claro. Beijos... O que foi isso?

— Nada só não quero falar com ela.

— Lisa. Para com essas criancices.

— Mãe! Tchau...

— Se arruma e vem almoçar. Agora!

— Por quê?

— Os de Silvas. Ele vem almoçar aqui.

— Não quero. Não dessa vez.

— Levanta agora Lisa. Chega de ficar na cama. Tome um banho agora.

 Não dessa vez. Olhei feio e muito feio para ela, que deu nos ombros dizendo que vai me enfrentar mesmo assim. Ela acaba de assina certo contrato de briga, eu não iria fugir tão cedo dela, mais quando eu olhei para janela é vi que a neve cair... Ela acabou vencendo essa batalha. Ela volta olha dizendo que eu venci e você perdeu.

 Só de raiva eu demorei uma hora no banho, o quarto estava quente de mais para usar aquelas roupas apertadas, coloquei um vestido àquele que meu pai me deu no meu aniversario, e um perfume de aroma de rosa que ganhei da vovó.

 Só que quando eu passei no espelho e vi que estava toda arrumada, deu vontade de tirar tudo isso e pular na cama. Estranho isso vindo de mim, mais essa e a verdade, meu coração estava partido desde que me mudei de Nova York, para esse fim do mundo que a Pensilvânia e bem no ano de mais frio que acho que o sol não iria aparecer tão cedo.

 Tudo por causa de uma garota... Lesy.

 Acho que vou deixar isso um pouco mais para frente... Voltando, deixei o perfume de lado deixei os meus cabelos soltos e fui para essa merda de almoço. Os de Silva, que eram executivos de um banco mesmo vivendo nesse fim de mundo. Tínhamos uma boa casa e comida. Mais já os vizinhos, digamos que não são nada agradáveis.

 Passei pelo corredor e deu uma olhada na mesa.

 No canto, perto da porta, era James e a sua esposa Elizabeth, e na terceira cadeira era seus filhos, Jason e Elly, minha mãe se sentava na direita e quando olhou para me viu e fez um sinal com as sobrancelhas dizendo para eu descer agora.

 Eu não gostava deles. Era um casal estranho que agora iriam ficar na minha casa por causa do grande volume de neve, olhei para o jornal que ela colocava sobre o cômodo do quarto dela e falava que a neve iria ir ate Julho, mesmo estando em Janeiro. Passei as mãos nos cabelos e bufei e desci as escadas e me juntei a eles. Que saco...

— Ola lisa. Bela como a mãe. – Disse ele, mais parecia uma cantada.

— Obrigada.

— Então. Como andas?

— Ate agora nada de novo. – Disse eu num tom um pouco rude. – Muita neve.

— Há, Há, e verdade. – Era imaginação mais os dois estão trocando olhares? – Bem o banco pode estar em boas mãos não e Camila?

— Claro James. – Disse mãe, Elizabeth pega a mão do marido fazendo minha mãe recuar um pouco.

 O almoço era como um ninho. E minha mãe era a águia que estava querendo dar o bote a qualquer momento. Fitei-a por um momento tentando achar a vergonha que ela tinha perdido quando fitava James sempre quando Elizabeth se descontraia, mais ela nem dava atenção, Jason tinha cara de que de quem comeu e não gosto, Elly de algum jeito não gostava do jeito do pai, ela sabia do que estava acontecendo quando saiu da mesa. O mesmo eu fiz, mais e claro que minha mãe em seguro.

— Pra onde vai? – Disse ela nervosa – Preciso de você.

— O-oque? Toma vergonha mãe... Ele a casado e eu pensando que respeitava o meu pai... – Me levantei e fui pro meu quarto.

 Mais no caminho sem querer esbarrei na Elly, fazendo eu cai em cima dela por onde ficamos frente a frente até que ela não era tão feia como eu pensava que fosse, ajudei a se levantar evitando olhar diretamente nos olhos.

— Desculpa... Eu estava...

— Calma. Eu sei. – Ela estava um pouco coroada e eu também claro. – Er... E melhor volta à mesa.

— Claro... – Ela me parecia triste, e foi quando eu peguei em suas mãos e levei ela ate a sala de jogos.

— Nossa... Sua a casa e grande de mais.

— Na verdade e do meu pai.

— Ele ta viajando?

— Não ele morreu. Uma doença que devasto seu pulmão e acabo falecendo.

— Nossa isso e demais pra você.

— E foi. Mais eu já superei só que... Vim pra cá novamente me traz lembranças... Boas e ruins.

— Entendo. E o mesmo com meus pais. Eles brigam o tempo todo, tudo por causa de traição e dinheiro carro, casa... Nossa muita coisa para suportar... Teve uma vez que eu fugi e fiquei uns meses na casa dos meus avós.

— Nunca passei por isso. Meus pais eram normais ate demais. Só que nem sempre era um mar de rosas. Já passamos um bocado pra estar aqui.

— Lisa? Certo?

— Elly?

— Isso... Já namorou alguém? – Ela falou de jeito que a deixo coroada.

— Sim. Uma garota Lesy, mais isso e passado que to tentando esquecer...

— Parece ser algo serio...

— E foi. Ela... Traia-me com outra... Quando descobri já era tarde mais... E foi ela acabou escolhendo ficar com a outra em vez de mim... Mais quando ela soube que estava saindo de Nova York, ela tento me impedir... Mais o nosso amor se perdeu... Não tinha mais luz no túnel. Agora e cada uma por si. – Na verdade foi ela que escolheu ser assim. – Estou tentando superar...

— Eu... Meio que sou fraca com isso. Só namorei uma vez... Mais acho que eu não posso dizer que foi mesmo um namoro, ele me usava para ser popular na escola. E eu trouxa achava que ele me amava mesmo.

— Já tento com garotas?

— Não...

— Não pense errado de mim. Eu que fiz essa escolha, achei uma caminho mais fácil, se estamos entre garotas, e mais fácil à gente se entender.

— Nunca pensei nisso antes... Acha que pode me mostrar como e?

— Tem certeza?

— Acho que sim.

 Encostei a porta, e ficamos frente a frente.

 Nervosa ela não parava de tremer quando eu passei as mãos sobre os seus cabelos o que fez ela me olhar nos olhos, e que olhos, azuis bem claros seus lábios finos.

— Tem certeza? – Disse eu afirmando novamente.

— Tenho... Por favor...

 E nos beijamos. Era um beijo um pouco desajeitado, ela não sabia como beijar uma garota, só que os poucos ela se ajeitava até que olhei para maçaneta da porta, alguém estava querendo entrar, só que eu não conseguia me soltar dela, pois seu beijo era também diferente que iria mais fundo se não fosse pelos gritos de minha mãe batendo na porta.

— LISA! LISA! – Batia ela – ABRA A PORTA AGORA!

— Calma... Emperro... Pronto. O que foi?

— AH... Ali esta ela, meus deus não me faça mais isso ok?

— O que foi? – Disse Elly. – Meus pais estão me chamando?

— Não querida. Uma bela sala de jogos – Dizia James.

— Obrigada. Foi meu marido que fez, venham vou mostrar os quartos!

 Enquanto minha mãe mostrava só quartos, Jason se junto a nos a onde jogamos uma partida de sinuca onde conversamos um pouco. Acabando com todo o clima.

— Então e boa? – Dizia ele quando passava o giz no taco.

— Um pouco.

— Lisa. Certo?

— Claro.

— Ótimo Lisa. Não sou tão fácil assim. – Ele deu a primeira tacada. – Então... Você namora?

— E por que quer saber? – Ele olhou de cima pra baixo e deu uma risada – O que foi?

— Tem cara que namora garotas. – Ele riu e deu outra tacada.

— E daí? – Retruquei de volta.

— Não sou contra nem nada. E vi você duas se beijando.

— Como?

— Seis não e muito espertas não e? Sabe, Elly minha Irma ela nunca chegou a beijar alguém tão bem assim.

— Do que esta falando Jason? – Elly estava toda vermelha – Não... E bem assim. Isso novo pra mim.

— Ainda bem que gosto. – Deu outra tacada e derruba duas. – Acho que já e adulta e pode escolher o que quer.

— Se meus pais deixar...

— Eles não podem mandar em nossas vidas. Eles estão sempre viajando, sorte por estarem todos reunidos com essa nevasca caindo lá fora.

 De uma coisa eu não sabia. Os de silva não era uma família tão estruturada como eu pensava que fosse. Eles uma filha que e popular mais sempre levada pelo amor não correspondido, já Jason... Bem eu não sei como diferenciar o que ele e, mais pelo jeito e pelo o que ele falou sobre eu gostar de garotas me fez suspeitar que ele fosse... Gay. Não que eu seja nada contra, que não sou. Mais eles não gostava de comentar ou não queria que nos ficássemos sabendo.

 Mais ao mesmo tempo eu me sentia culpada por beijar ela assim sem saber se ela gosta ou não. Finalizamos a partida bem na hora do jantar, mais estava sem fome e fui direto dormir. O dia tinha sido muito estranho pra mim e para todos, acho que não deveria ter falado aquilo para ela, o que me fez ficar culpada por dizer que estava esquecendo meu pai.

 Tomei o meu banho e liguei o laptop.

 Dei uma olhada no meu facebook antes de finalizar a noite quando uma aba da Lesy abriu.

‘Eu to indo ver você’

‘ Não precisa’

‘ Mesmo, assim. Eu irei. Por que eu ainda te amo’

‘ Não existe... Nós... Acabou. O que você fez não tem mais volta’

‘O que eu fiz foi por você. Pense no que eu disse antes de agir’

‘ Do que esta falando?’

‘Espere eu chegar ai. E falarei pra você’

‘ Só que nada ira mudar entre-nos. Nada’

‘Eu sei... Eu sei... ’