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História A saga crepúsculo - Seu sol - Garoto estranho


Escrita por: Lincker_Mary

Capítulo 3 - Garoto estranho


Fanfic / Fanfiction A saga crepúsculo - Seu sol - Garoto estranho

A caminhada demorou menos do que esperei, e por ela eu apenas conseguia pensar no garoto da escola, William Cullen, seus cabelos negros desalinhados, seus olhos dourados, sua pele branca, seu sorriso torto... Tomo consciência da realidade quando escuto uma buzina de caminhão. Percebo que estava quase na estrada, volto para a lateral onde os pedestres ficam mais seguros.

Avisto minha casa, aperto o passo para chegar mais rápido. Antes mesmo de abrir a porta posso sentir o cheiro da comida, menos mal, assim eu não teria que comer outro sanduíche, afinal, quanto tempo isso iria durar em meu estômago?

-Luka? – Pergunta minha mãe com sua voz doce e preocupada.

-Não, mãe. Sou eu, Mary.

-Ah, oi meu amor, como foi a escola?

Jogo minha mochila no canto e vou até a cozinha, retiro o sanduíche do bolso e coloco na geladeira. Me sento em uma das cadeiras e encaro minha mãe enquanto ela mexe em algo no fogão.

-Normal, gente que não conheço, gente que não me conhece... O de sempre.

-Espere um tempo, conseguirá amigos fácil.

Penso na família de hoje, mas deviam estar com pena.

-O que temos para o almoço? – Pergunto mudando de assunto.

-Lasanha... Seu favorito, seu pai conseguiu um emprego e pediu um adiantamento, eles cederam isso não é ótimo? –Ela parece realmente animada.  

-Isso é maravilhoso mãe, vou subir e me trocar, lavar o rosto, te vejo mais tarde?

-Ah, essa manhã arrumamos tudo e você ficará no quarto e seu irmão no porão. Assim os barulhos de jogos serão abafados e conseguiremos dormir.

Dou um leve sorriso, subo as escadas de dois em dois para ver finalmente meu novo quarto.  Cama no centro, criado mudo, escrivaninha, um armário, alguns quadros, meu computador, tudo parece como antes, como meu quarto de antes. Vou até o banheiro e retiro minha roupa, amarro meu cabelo e coloco meu óculos na pia, observo meu ombro no espelho, está com múltiplas cores... Roxo, verde, amarelo e preto.

Abro a torneira do chuveiro e deixo a água correr por meu corpo relaxando ele por completo...

Alguém bate na porta, com força.

-ANDA LOGO PANACA, PRECISO USAR O BANHEIRO! –Grita Luka.

Fecho a torneira, de qualquer maneira eu só precisava da água caindo sobre meu corpo, me enrolo na toalha que já estava lá, coloco meus óculos e saio do banheiro, Luka espera com certa impaciência e logo depois entra, vou até meu quarto – que só preciso atravessar o corredor. – para poder me trocar.

***

O almoço foi tranquilo, eu vesti uma blusa de manga longa para ninguém perguntar do hematoma e Luka ficar irritado. Ainda era oito horas da noite quando fui me deitar, eu estava exausta,  por causa da viagem, por causa da escola, por muita coisa. Mas me certifiquei de  encostar a janela caso chovesse.

Acordei no mínimo duas vezes por conta da chuva e dos trovões, na terceira, me levantei assustada, ofegante, percebi então que tinha uma figura parada no pé da minha cama, me observando, muito bem vestido por sinal, seu corpo completamente rígido, com medo de qualquer movimento errado, meu peito subiu e desceu de forma rápida, tudo o que eu menos precisava agora seria ficar louca. Procuro meus óculos no criado mudo, quando os coloco e olho para o mesmo ponto, não tem mais ninguém...

A figura me lembrou muito William, por algum motivo me lembrou aquele garoto. Coloco de volta meus óculos no criado mudo e tento voltar a dormir, eu realmente estou ficando louca ou tenho que aumentar os graus de meu óculos.

***

Acordo com o despertador do meu celular, procuro ele por de baixo do travesseiro e desligo. Pego o mesmo e vejo se tem alguma mensagem, para minha surpresa tem um número desconhecido.  Pego meus óculos para poder ler a mensagem.

“Espero que tenha dormido bem...”

olho confusa para a tela e respondo.

“Quem é?”

digitando...

“Oh, desculpe não ter avisado, pedi seu número para seu irmão, algum problema? Sou eu, William. :)”

Para Luka? Luka jamais me ajudaria nisso.

“Ah, oi William, sim, eu dormi bem... Obrigada por perguntar.”

“Já tem uma carona para a escola?”

Olho novamente confusa para a tela do celular, bloqueio a tela e não respondo, fico olhando por um momento para a janela de meu quarto, percebo que está aberta, mas não me lembro de tê-la deixado aberta. Balanço minha cabeça negativamente e desbloqueio o celular novamente para respondê-lo.

“Não, vou a pé.”

“Bom, ganhei meu carro, se quiser, posso passar na sua casa, é caminho para mim, ontem a vi entrando em casa...”

“Eu agradeceria” – Respondo.

“Ótimo,te pego às 6:50AM, até já, Mary. :)”

“Até já... Will. :)”

Olho para o relógio da tela e começo a correr para me arrumar, já são 6:30AM e eu nem escovei meus dentes. Seleciono minhas roupas e corro para o banheiro. Escovo meus dentes rapidamente e visto minha roupa, desço as escadas rapidamente também.

-Ei, vai com calma, a escola não irá fugir. –Diz meu pai levantando os olhos do jornal.

-Mas minha carona sim. –respondo.

-Conseguiu uma carona?

-Ah sim, e preciso ir. –Dou um beijo em sua bochecha.

Pego minha mochila que deixei no dia anterior, quando saio da minha casa não deixo de abrir a boca em um grande “O”, uma BMW 428i cabrio sport GP está parada na frente da minha casa, como sei que é essa marca de carro? Meu pai é completamente apaixonado por esse carro, então acabei decorando o nome.

Encostado nele está Will com as mãos no bolso, quando olho para ele o rapaz da um leve sorriso, meu coração começa a bater forte e meu estomago revirar, ele é tão lindo... Ajeito minha mochila no ombro e ando até ele.

-Belo carro... –Digo.

-Obrigado, Edward que me deu...

Ele abre a porta do carona para que eu possa entrar, dou um sorriso sem graça e entro, o garoto da à volta no carro e entra. Ele se vira para mim.

-Você comeu hoje de manhã?

Percebo que meu estômago está gritando por comida.

-Hãn... Na verdade não...

-Minha mãe fez salada de frutas, está afim?

Ele se inclina e do porta luvas puxa um potinho com uma incrível salada de frutas e entrega para mim, tomando cuidado para não tocar em minha pele, ele liga o motor do carro e parte para a escola.

Começo a observá-lo, seu maxilar travado, seus olhos dourados, seu cabelo desarrumado mas totalmente estiloso, o modo que suas mãos estavam apertando o volante.

-Ontem, você disse que eu estava com pena de você... –Começou ele.

-Sim.

-O que te faz pensar assim? –Percebo que ele parou o carro e está se virando para mim.

-Porque... –Engulo a seco.- Porque não tenho nada a oferecer, porque sou novata, porque...

-Shi... Mary, se eu tivesse pena de você, não agiria assim, te ajudaria, mas pediria a meus irmãos, eu não perguntaria ao seu irmão qual seu número. –Ele sorri.

-Eu não... Isso é muito estranho, nos conhecemos ontem.

William estica a mão mas logo depois recolhe.

-Não quero... –Ele pensa no melhor modo de me explicar.- Quero conhecê-la, quero saber do que gosta, tenho curiosidade quando o assunto é você, algo que nunca aconteceu comigo, meu irmão Edward disse que... Ele me ensinou que certas coisas não devemos deixar escapar, e não estou disposto a deixá-la escapar.

-Então... –Começo.

-Estou disposto a conhecê-la, e você?

Antes que eu pudesse responder ele partiu novamente com o carro. Que tipo de garoto é esse? 



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