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História A saga crepúsculo - Seu sol - Sede de sangue


Escrita por: Lincker_Mary

Capítulo 58 - Sede de sangue


Fanfic / Fanfiction A saga crepúsculo - Seu sol - Sede de sangue

Eu perdi completamente a noção das horas aqui dentro, não sei dizer para você se é dia ou noite, sempre está frio, faz tempo que não vejo o sol, faz tempo que não saio dessa maldita cela.  Apenas tenho vaga noção, quando alguém me trás água e alimento, ou quando digo que preciso fazer minhas necessidades. Eles confundiram meus horários quando passaram a trocar o almoço pelo café e o café pela janta.
Às vezes escuto gritos masculinos, no dia anterior gritei tanto o nome de Will que minhas cordas vocais ficaram doloridas. Só parei quando Poli veio me mandar calar a boca ou ela cortaria minha língua e eu nunca mais iria poder utilizá-la.
A porta se abre, já espero a próxima refeição que não é lá muito boa, ela é... Comestível. Teve uma vez que veio uma espécie de papa que se a virasse de ponta cabeça ela não iria cair.
O vampiro que entra é um ruivo, o mesmo ruivo do parque! O gêmeo de Poli. Ele pega em meu braço me erguendo, o vampiro começa me arrastar pelo corredor um tanto quanto irritado e impaciente pela minha “lerdeza.” Subimos uma escada íngreme, quase tropecei em um dos degraus. As paredes são igualmente as da cela, pura pedra, assim como o chão, isso aqui parece uma caverna.
O local é iluminado por uma ou outra lâmpada, percebo que eles não usam tocha por conta do fogo, isso é letal para um vampiro. Passamos em algumas espécies de salas, mas todas estão com cortinas cobrindo a visão da parte de dentro. Quase chegando ao fim do corredor, paramos em uma porta, o ruivo da três batidas leves e a porta é aberta.
-Onde estamos? – Pergunto, mas ele apenas me ignora.
Quem abre a porta é um careca, falta um pedaço de sua orelha, há milhares de cicatrizes no homem, meu óculos está com as lentes imundas, mas consigo ver. Poli também está na sala, ela me encara com os olhos vermelhos brilhando, não entendo o porquê.
Encostado no canto da sala, cabelos negros, as roupas rasgadas e sujas, o rapaz se encontra abraçando as próprias pernas, parece falar consigo mesmo.
-Will? Temos uma visita para você. –Diz Poli.
Will. Eu reconheceria esse cabelo em qualquer lugar, a roupa é a mesma da ultima vez que nos vimos. Seu rosto vira em minha direção, seus olhos estão negros como carvão, olheiras profundas como hematomas, sua boca em uma linha rígida, ele não parece o mesmo...
-Tire ela daqui! TIRE ELA DAQUI! NÃO QUERO VÊ-LA! –Sua mão aperta o tecido da calça.
-Will... – Começo chocada.
-CALE A BOCA! –Ele parece estar prestes a começar a chorar.
Parece que levei um soco a cada palavra sua, ver o vazio em seus olhos me causa arrepio. Ele começa a bater a cabeça na parede, dou um passo para trás para tentar sair dali, mas o aperto do vampiro que me segura é como ferro. Poli lança um olhar para o irmão que acena positivamente. De repente sou jogada no meio da sala, caio de joelhos de modo desajeitado, minhas mãos raspando no concreto do chão assim como meus joelhos que começam a arder.
Will vira a cabeça em direção, ele começa a bater novamente a cabeça com mais força na parede fazendo a mesma rachar, Poli anda em minha direção e vira meu rosto para ela, com seu dedo indicador ela faz um corte em minha bochecha, me afasto por conta da ardência, posso ver seu dedo indo à boca e chupando o meu sangue que ficou em sua unha. Começo a sentir o fluido do sangue saindo por minha bochecha, quente, vermelho vivo. Will rosna, foi tudo muito rápido, de repente ele estava cara a cara comigo e eu estava de pé, pois ele me erguia pelo pescoço.
Seus olhos são ameaçadores, negros, sua pele branca feito neve, seus dentes expostos para mim.
Sua língua passa entre os lábios, estou ficando sem ar, ele rosna como nunca rosnou, sua boca se abre, meu coração martela rapidamente fazendo ele respirar fundo sentindo meu cheiro.
E então um brilho no fundo de seus olhos volta e ele me larga se encolhendo de volta contra a parede. Caio de joelhos novamente com a mão na garganta.
-Mesmo com a incrível sede que ele está sentindo, ele não a atacou. –Diz o careca.
-ESTÁ TRATANDO ELE FEITO UM ANIMAL, PARE COM ISSO! –Grito.
O careca anda em minha direção e me ergue pelo cabelo. Tento cravar minhas unhas em seu punho, mas é inútil. Me balanço para escapar, o rapaz me puxa em direção a porta.
-ME LARGA! WILL! WILL! WILL, EU TE AMO!
Posso ver o rapaz colocando as mãos nas orelhas para abafar o som da minha voz como se fosse torturante.
O grandalhão não está fazendo o mesmo caminho do ruivo, está me levando para outro local, no fim do corredor posso escutar outro grito masculino, aliás, o mesmo de minutos atrás. O careca abre a porta que está precisando ser pintada novamente. A parte de dentro está abafada, o vampiro loiro com barba falhada está de braços cruzados encarando alguém no chão. Meus olhos seguem os seus.
Um rapaz de pele morena está se contorcendo de dor no chão, uma de suas pernas está destruída, não digo que está literalmente destruída, mas os ossos triturados são evidentes de tão mole que está. Ele está todo molhado por conta do suor.
-Seth?
Ele levanta o olhar, seus lábios viram uma linha fina, ele aprece tentar sorrir, ah Seth... Apesar de todo sofrimento ainda tenta sorrir.
-Mary... V-você está bem?
Em resposta o careca puxa meu cabelo com mais força para trás, solto um som irritado de minha garganta, Seth rosna feito um lobo em fúria.
-Largue ela!
-Ou o que? Não pode fazer nada no momento, cachorro. Eu e sua amiguinha aqui vamos nos divertir muito hoje, acabou de ser liberada da cela para começarmos as pesquisas, imagine só o tanto de coisas que poderemos fazer...
-Não, não, faça em mim, faça os experimentos em mim!!
-O que ele quer dizer com isso? –O careca volta a me puxar em direção da porta. - SETH? SETH O QUE ELE VAI FAZER? SETH!!! SETH POR FAVOR!!!
-MARY!!!
O rapaz parece tentar se arrastar, mas a porta é fechada antes que ele de um passo até mim. O que é isso aqui? É algo de outro mundo, é algo que sequer é real? Queria estar dormindo, queria estar imaginando ou coisa do tipo, não é possível que todos nós iremos morrer aqui. Onde estão os outros? Será que estão bem? E Edward? Onde você está?  

~Mary off~
~Edward on~

-Ali, o cheiro está ali, o que esses caras estão fazendo? Há muito sangue. –Comenta Josuah.
“Espero que não seja o sangue da Mary, qualquer um menos ela.” Pensa Alec.
-Minha filha também está lá, Alec. –Digo.
-E eu com isso? –Retruca.
-Já sabem do plano, certo? Esses caras são esperto, qualquer erro, pode resultar na nossa morte. –Comento
-Claro Sr.Líder. Sabemos disso. –Jane parece entediada, como sempre.
Vamos nessa.
Corro até a direção do topo de uma montanha, lá há uma espécie de entrada, eles estão em nada mais nada menos, que em uma caverna.
 



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