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História A saga crepúsculo - Seu sol - Fogo


Escrita por: Lincker_Mary

Capítulo 61 - Fogo


Fanfic / Fanfiction A saga crepúsculo - Seu sol - Fogo

A fumaça aumenta a cada segundo, começo a entrar em desespero. O cheiro não é algo comum, todo mundo já sentiu o cheiro da fumaça de uma fogueira, lareira ou de papel pegando fogo. Nada disso é parecido com essa fumaça. É um cheiro sufocante, seco, estranho, sendo misturado com cheiro de tecido queimado. Estão queimando roupas? Eu só quero sair daqui! Só quero me livrar dessa sala que provavelmente será minha ruína, onde morrerei.
Corro em direção a porta novamente e bato nela descontroladamente.
-WILL! WILLIAM! ALGUÉM, POR FAVOR!!!
Uma violenta tosse toma conta de mim, não aguento mais respirar esse ar, me deito no chão na esperança de respirar o pouco de ar que me resta aqui.
Nunca sabemos de como iremos morrer não é? Sempre esperamos que seja indolor, ou que seja rápida, tememos morrer afogados, queimados, violentados... “Quero morrer dormindo, pelo menos não irei sentir nada.”
Na verdade, é algo calmo, tudo em minha volta parece agir em câmera lenta. Sinto meus pulmões queimarem implorando por ar puro, meu corpo não quer mais lutar, só quer ficar nessa posição e não resistir a mais nada. Fecho meus olhos e espero a escuridão me levar.

***
~Mary off~
~Will on~

***

A ardência em minha garganta é tanta que quero arrancar minha cabeça com as próprias mãos e atear fogo se isso fosse possível.
Há muita movimentação pelos corredores, consigo escutar os passos, mas não me concentro neles, estou louco de sede, fraco demais para arrombar a porta e procurar sangue, e o que acontecerá com Mary se eu for rebelde? Eles irão descontar tudo nela. Mary, como será que ela está? Como uma coisinha tão pequena e loira mudou minha vida? Virou ela de cabeça para baixo dessa forma? Eu a amo tanto, só de imaginá-la sofrendo me transforma em pedaços incontáveis.
E pensar que tudo aconteceu tão rápido, literalmente, eu precisava tanto conhecê-la, seu cheiro é tão atraente para mim que não pude me segurar. Fico feliz que ela tenha achado o mesmo sobre mim, não ter fugido ou desistido. Pelo contrário, ela ficou, me amou como a amo.
A porta é aberta, quase sendo arrancada. Sinto cheiro de sangue, viro a cabeça violentamente para o cheiro, meu corpo não responde minhas ações. Algo é jogado para mim, cinco pacotes de sangue animal, o cheiro é diferente, mas é sangue afinal. Estouro os pacotes e deixo o liquido cair em minha boca, tomo o primeiro pacotinho em menos de meio segundo. Não foi o suficiente para aquietar minha sede.
-Vai com calma, Will. Há o bastante para você conseguir se levantar e voltar a si.
Essa voz... Essa maldita voz... Levanto a cabeça e vejo Luka, irmão de minha namorada, seus cabelos castanhos estão uma zona, mas o deixa charmoso. Seus olhos são vermelhos, mas ele sabe que tomo sangue animal, foi homem o suficiente para respeitar minha “dieta”. Os outros pacotes foram consumidos em menos de cinco minutos, aos poucos a queimação foi cessando e eu fui voltando ao normal.
-O que faz aqui? –Pergunto.
-Vim ajudar vocês, se não reparou, está acontecendo um resgate aqui. Edward, Bella e todos os outros estão lutando contra os Girani, Poli e Pierre foram mortos. William... Não encontro Mary, a fumaça está confundindo meu olfato... Você é o que sente o cheiro dela mais forte...
Não escutei o resto. Já estava correndo para procurá-la.

***

~Will off~
~Alec on~

***

Fogo, fumaça, gritos... Eu já estou acostumado com tudo isso, perdi as contas de quantas pessoas e vampiros vi morrer, quantos corpos nós Volturi já queimamos e quantas as vezes pessoas imploraram por piedade e eu as matei em uma só mordida.
-Alec está tudo bem? –Jane e sua preocupação de sempre.
-Está... É só...
“WILL!!!”, essa voz. Corro em direção a mesma, subo uma escada e dou de cara com um corredor cheio de portas. A fumaça aqui tomou conta do corredor. Respiro fundo e sinto cheiro de sangue, escuto um coração acelerado apesar de todo o barulho, o que é estranho...
Sigo o som e dou de cara com uma porta pesada, mas nada que eu não possa resolver. Arrombo a mesma, uma grande quantidade de fumaça sai, percebo que há um ralinho de canto, o causador de toda essa poluição. No chão, cabelos dourados e sujos esparramados, um corpo mole, seu peito sobre e desce devagar, quase parando. Mary.
Pego-a no colo e corro o mais rápido possível para longe dali. Passo por Jane que grita meu nome, mas a ignoro. Estou do lado de fora, onde o ar é puro, uma leve brisa bate levando os cabelos da garota junto. A coloco no chão e não faço ideia do que fazer.
-Mary? Mary!
Ela não me responde, seu peito está desacelerando ainda mais, ela está morrendo, quanto tempo deve ter ficado naquela sala? Quanto tempo ela deve ter gritado e todos estavam tão concentrados em seus deveres que nem a escutaram?
Há passos rápidos atrás de mim, antes que eu desvie, Will me empurra para longe dela e a toma em seus braços. Um garoto de cabelos castanhos o acompanha, mas fica de longe. Ele se parece muito com a garota, deve ser o irmão dela, Luka, escutei falarem dele, mas nunca dei muita importância.
-Mary, me perdoe, Mary, por favor...
O Cullen parece chorar, ele agarra o corpo da garota e aperta contra o seu, não tenho tempo de gritar para que ele pare, já é tarde demais. Sua boa está na garganta dela. Mary franze o rosto em agonia, Will luta para parar, sua boca sugando o sangue dela. Luka puxa o rapaz para trás, Will solta um rosnado feio para ele, ameaçador, mas ele parou de sugar o sangue da garota. Luka e eu ficamos paralisados com a cena, sabemos o que vem a seguir, se Mary não reagir, quer dizer que não está dando certo...
De repente ela abre os olhos, mas parece não enxergar nada, está cega pelo veneno. Seus olhos estão abertos e assustados, sua boca fechada em uma linha fina e assustada. Começa a chegar mais gente, Jane está ao meu lado. Félix um pouco atrás de mim, Demetri em cima de uma árvore, ele também parece tenso, Anna a namoradinha de Luka da as mãos para ele, todos estão atentos esperando, todos estão segurando a respiração.
E então vem, o primeiro grito de Mary. Está feito, o veneno de vampiro está se espalhando pelo seu corpo. Não tem mais como voltar atrás.
 



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