Narrador on:
Depois que se separaram, e uma alta aventura viveram, nada melhor do que voltar ao trabalho, na imensidão daquela velha estrada... Mas o que fazer com o cansaço da Tha, a roupa suja da Ga, e o estômago vazio das duas?
Mas acho que a preocupação das duas se resumia apenas em: O que será que a Lolita vai aprontar dessa vez?!
Ga on:
-Tu conheceu os Winchesters?
Caminhamos para mais um dos caminhos de terra da esquerda. Drama/romance(novela)/colegial. Torci para que fosse uma de nossas estórias.
-Conheci, pense nuns bicho bonito... E o Castiel e o tio Lu também! -Ela riu. -Era fic yaoi.
-Que tudo! -Dei risada, avistando a paisagem que surgia lentamente a nossa frente.
-Meu estômago está roncando... E o seu?
-Acho que já nem tenho mais estômago, de tanto que ele roncou!
-Olha, acho que conheço essa casa! -Tha apontou para uma casa de paredes pintadas num tom de verde claro, a porta de madeira tinha o número 108 entalhado.
-Não é possível que seja Born! -Dei uma boa olhada na rua, parecia ser mesmo a rua que tanto havia descrevido um dia.
-Deixa eu ver que horas são -Tha olhou no relógio de bolso da Lolita, digo, da mestre dos magos mirim. -São quase 17:00 da tarde, e aqui diz que é domingo.
-O que será que os dois estão fazendo?
-Amiga... Ponte! -Tha exclamou.
-É mesmo! -Dei um largo sorriso.
Já não me lembrava direito o caminho que levava a tão famosa ponte, que eu tanto já havia enaltecido, mas Tha lembrava, de cada detalhezinho do percurso, e me guiou corretamente até lá, mas não antes de admirar os pés de cerejais plantados no meio da rua.
-Ali! -Ela gritou, me fazendo levar um susto, pois eu estava perdida admirando ao redor, que nem me toquei de que a mais bela paisagem estava a nossa frente.
-Uau, é realmente muito linda! -Falei boquiaberta.
A ponte era enorme, toda feita de aço pintado de vermelho, cabos que a sustentavam sobre o rio e o concreto cinza do chão, do jeitinho que descrevi uma vez... Isso me deu até nostalgia. A ponte era movimentada, mas havia uma faixa exclusiva para pedestres e ciclistas, fomos por essa faixa, até avistarmos do outro lado, dois jovens atentos olhando para a água do rio que corria abaixo de nossos pés, uma mulher um pouco maior que nós duas, de cabelos curtos e usando um casaco amarelo e, uma garotinha de cabelo preto como o céu noturno. Todos olhavam para a beleza do rio.
-Acho que não vou aguentar... É o pessoal de Born to die... Ga, me segura! -Tha falava, se segurando em mim, fingindo um desmaio.
-Eu sei, olha como eles são lindos... Que orgulhinho deles. -Me apoie em Tha, também simulando o meu desmaio.
-Olha, olha... Eles tão se beijando! -Tha falou apontando na direção dos dois garotos.
E nós duas gritamos aquele famoso "AAAAAAAA" mais alto do que deveríamos, pois os dois pombinhos se viraram e olharam em nossa direção com suas feições de quem se pergunta "quem são aquelas doidas?". O nervosismo meu e de Tha só aumentou, quando eles dois, Hyungwon e Yoohwan, o nosso shipp estranho, acenaram para nós duas, com seus sorrisos lindos nos rostos. Nós duas parecíamos aquelas fãs istéricas, de tanto que pulávamos e gritávamos, abraçadas uma na outra.
-Ah como eles são lindinhos, ah!
-Se eu pudesse colocaria num potinho!
Ficamos lá abraçadas, vendo os personagens entrarem no carro e sumirem no final da bela ponte.
-Pronto, agora só precisa a demôniazinha nos entregar nossa insígnia. -Falei.
-Será que ela vai mesmo nos dar? -Tha pareceu preocupada.
-Mas é uma das regras do jogo dela... Ela tem que dar!
-Mas você se lembra que acabamos de roubar, digo, pegar emprestado, o relógio de macumba dela... Né! -Tha tirou o relógio do bolso e olhou para ele.
-Não se preocupem meninas, eu vou entregar a insígnia a vocês -A voz de Lolita surgiu do nada, olhei ao redor, mas não a vi. -Mas pra isso, vocês precisam conseguir pega-la -Uma gargalhada sinistra ecoou pelos ares, me fazendo arrepiar de medo.
-Olha sua projetinho de Chuck, nem pense em trolar a gente! -Tha falou, mas já era tarde demais...
Novamente o espaço tempo a nossa frente sumiu, fazendo a paisagem linda da ponte se transformar em um plano branco, tão branco que doía nossos olhos. Segurei firme na mão da Tha, que apertou da mesma forma.
-Ela não vai nos separar! -Tha disse.
O branco insuportavelmente branco onde estávamos, aos poucos fora ganhando cor, um roxo que se misturava a um azul intenso, o silêncio foi preenchido por uma música eletrônica alta, e o espaço se transformou em uma boate, cheia de mulheres dançando ao nosso redor. Até aí tudo bem, mas o negócio ficou sério quando um homem musculoso, do tamanho do The Rock, vestindo uma fantasia de bombeiro, começou a dançar no palco a nossa frente.
-Socorro, um striper! -Gritei.
-Meu Deus, tira a gente daqui! -Tha gritou no mesmo tom.
A mulherada ao redor de nós começou gritar quando o mister músculos arrancou a calça do corpo.
-Tha eu não estou preparada pra isso! -Choraminguei.
-E você acha que eu estou? Como nós vamos sair daqui? Cadê nossa porra de insígnia? -Tha esperneava.
-Ai meu santo G-Dragon, olha ali Tha! -Apontei para a cueca do striper, onde a nossa insígnia estava grudada, bem no cós.
-Eu nunca te pedi nada Odin, nos ajude por favor! Como vamos fazer pra pegar aquilo? Esperar ele tirar e jogar pra nós?
-Boa ideia!
-Eu tava falando brincando...
-Vem! -Puxei Tha pro meio das mulheres que só gritavam e gritavam. Fomos para o pé do palco, que era quase da nossa altura.
Comecei a gritar e balançar minhas mãos pro alto, na tentativa de chamar a atenção do cara que com toda a certeza era amigo do Incrível Hulk, Tha foi obrigada a entrar na minha onda e começou a gritar também. Pulávamos tanto, que foi impossível o striper não olhar pra gente.
-Preparada Tha?
-Preparada pra quê?
-Tira a cueca! -Gritei o mais alto que pude.
-Ai meu óculos Ga! -Tha ficou vermelha, mas era isso, ou nunca sairíamos desse pesadelo. -Tira a cueca! -Ela também gritou.
E, num daqueles momentos traumáticos, o cara tirou a cueca, jogando ela pro alto... E advinha onde caiu?
-Tira isso dá minha cabeça Tha! Tira isso daqui, tira... Tira!
-Eu não vou pegar nisso!
-Tira isso de mim! -Choraminguei.
E depois de muito relutar, Tha tirou, arrancou a insígnia e jogou a cueca no chão.
-Vamos sair daqui.
Saí pisando pesado no chão, com minha cara emburrada, e assim que abri a porta que tinha o nome saída, tudo se transformou num caminho de terra rodeado de galhos.
-Obrigada senhor, obrigada! -Me ajoelhei no chão.
Tha começou a gargalhar, tão alto, que inevitavelmente eu também comecei a rir. Depois de quase meia hora rindo igual ienas no deserto, sessamos o riso e caminhamos de volta a grande estrada.
-Eu vou matar a Lolita, pode escrever! -Falei.
-Não se eu pegar ela primeiro... Mano, traumatizei! -E mais uma vez nós duas voltamos a gargalhar.
-Riam enquanto podem! -Voz de Lolita ecoou mais uma vez.
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