História A school from another world - EXO - Um sustinho

Eu cheguei na biblioteca um tempo antes do marcado, não queria correr o risco de levar uma bronca de Chanyeol por chegar atrasada.

Eu não sei ao certo como vamos fazer tudo, ele só mandou eu vir aqui e o esperar, eu estou um pouca nervosa, Chanyeol é muito poderoso e experiente, eu sou só eu.

De repente ouvi passos vindo até onde eu estava, conclui ser Chanyeol, e acertei. Ele entrou com uma mochila na mão, sua roupa era mais descontraída, normalmente usava ternos.

— Boa noite. — Ele disse.

— Boa noite. — Respondi. — E então?

— Nós vamos até a floresta treinar.

— Qual floresta?

— Qual você acha que é Roseanne? — Bufei. — Anda, se levante que nós já vamos.

— Você não quer me levar pra floresta e depois me estrupar né?

— Quanta falta de discernimento, quem você acha que eu sou?

— Sei lá, o meu professor estranho?

— Pare de falar besteiras, venha logo. — Ele disse saindo pela a porta.

— Ok. — Me levantei e comecei a segui-lo.

Nós descemos o montinho que ficava a escola até a entrada da floresta, não sei por que Chanyeol quer treinar lá, mas ok não é.

Chegamos até uma área meio perigosa, tinha muitas ladeiras, ele segurou meu braço para que não caísse, fiquei um pouco desconfortável.

— Já tá perto?

— Sim, é bem... aqui. — Ele levantou uns galhos que cobriam minha visão, revelando uma área aberta, sem árvores, um tipo de campo de futebol, mas sem traves e grama. O solo era seco. Mais para frente se podia ver um... vestiário? Uma coisa assim.

— Onde nós estamos? — Perguntei.

— A cada dois anos acontece um tipo de olimpíada aqui na escola, nas finais 4  professores preparam os finalistas, cada um, um, aqui neste local, aquele estabelecimento mais a frente é onde ficam objetos que ajudam na hora do treinamento.

— Ata.

— Venha. — Ele foi em direção a um banco que estava próximo de nós. Ele se sentou, colocando a mochila no chão tirando um caderno de lá. — Você consegue dominar o fogo, certo?

— Sim.

— Hum... você já tentou dominar outros elementos?

— Não, quer dizer, sim, mas não consegui.

— Você não frequentava escolas de magia antes não era?

— Sim... como você sabe?

— É um pouco obvio... — Por quê obvio?

— Eu morava no interior, só tinha escolas assim no centro, era muito longe, a escola que eu frequentava ensinava a nossa lingua, matemática, a história do pais, e essas coisas, eu aprendi o pouco que eu sei sozinha.

— Não é pouco olhando por esse lado.

— É sim, eu sou muito fraca.

— Sim, você é, mas eu sinto um energia mística forte em você, se esforce um pouco mais, aliás, se esforce muito, sei que tem potencial para ser uma grande feiticeira. — Ele me disse olhando para o céu.

— ...Obrigada, por tudo.

— É meu trabalho.

— Sei... mas enfim, o que a gente vai fazer?

— Faça flexões.

— Oi? No que isso vai me ajudar?

— Aquecimento. — Bufei.

Eu fiz umas 10 flexões e já estava morta. Meus braços tremiam.

— Seu condicionamento físico está péssimo. — Ele falou lendo alguma coisa em um caderno.

— ... mas ainda dou belos chutes...

Ele fez eu fazer mais umas 20, já estava começando a me arrepender de ter vindo.

— Pode parar.

— Enfim. — Nunca suei tanto.

— Olhe pra mim, agora vamos ver seus reflexos, pegue esse livro. — Ele jogou um livro em minha direção, mas não tive tempo de reagir, acabou se chocando contra meu rosto.

— Ai Chanyeol. — Ele jogou muito forte.

— Você está pior do que eu imaginava, é só um livro. — Ele se levantou do banco que antes estava sentado, e pegou o livro de minhas mãos.

Nós ficamos mais um tempo ali, Chanyeol jogava bolas em mim e eu desviava queimando-as, ele parecia não se cansar, já eu estava acabada.

— Vamos fazer diferente agora, esqueça as bolas, tente me acertar, e depois desviar.

— Eu cansei professor.

— Não faz nem uma hora que estamos aqui.

— Mas eu...

— Você prometeu dedicação.

— ... Ok, ok. — Suspirei.

Joguei uma chama de fogo em sua direção, mas não o atingiu, joguei outras vezes, mas nada, nem chegava perto dele, ele nem ao menos se mexia.

— Por que, eu não, consigo? — Fiz entre pausas, cada palavra eu tentava o atingir novamente.

— Ah... o que eu estou fazendo é um tipo de controle hipnótico, você se deixa enganar muito fácil. — Isso era verdade, ainda não o contei sobre aquele dia na biblioteca. Na real, eu já tinha até esquecido.

— O que eu faço então?

— Bom, v- — De repente ouvimos um estrondo vindo do sul, ou seja, da escola. Nós olhamos para o céu e vimos um tipo de simbolo emitir uma fumaça negra que envolvia todo o campus e os arredores da floresta.

— O que é aquilo? — Perguntei meio confusa.

— Não pode ser. — Ele cerrou os dentes. — Fique aqui.

— O quê? Eu não vou ficar aqui sozinha, ainda mais com aquilo que eu não sei o que é lá na escola.

— Apenas me obedeça, se você sair daqui te reprovo até você repetir o 2° ano 5 vezes.

— Tá tá eu fico.

— Vou mandar alguém vir até aqui, mas não saia. — Ele saiu correndo até o início da floresta, nos estamos bem à fundo, demoraria um pouco até ele chegar lá.

Não vou negar, estava com medo, o que será que está acontecendo? Será que é algum ataque inimigo?

Eu já estava ficando louca, o tempo se passava e os barulhos vindo de lá só aumentavam, podia ver fogo e agua no ar, de vez em quando barulhos similares aos de bombas. Meu coração estava quase saindo pela a boca, não aguentaria ficar ali, me levantei do banco que sentava e sai

Mas não deu muito certo, senti uma coisa grande sob meu corpo me fazendo tombar com o chão.

— Mas o quê? — Olhei meio confusa para cima, com a mão na cabeça e levei um susto ao ver um enorme lobo com pelos mesclados de preto e branco. — Ahhh s-sai. — Ele rosnou, e num piscar de olhos, o vi se transformando em um humano, e que humano especificamente  é ...— Sehun?!

— Olá bebê. — Quando me dei conta, percebi que ele estava só com um shorts preto curto , deixando seu peitoral à mostra.

— Sai de cima de mim agora. — Não corei como costumava fazer, mas fiquei desconfortável.

— Gosta do que vê? — Perguntou com um sorrisinho.

— Não, vista logo suas roupas... as que faltam. — Me levantei virando para o lado oposto de onde ele se encontrava.

— Me agradeça por estar com pelo menos alguma peça de roupa, normalmente nós temos que ficar pelados para nos transformamos, eu fiz um mero feitiço para esse shorts estar aqui... mas se quiser eu posso tirar.

— Não seja sem vergonha, se vista logo... você trouxe roupas não foi? — Ele riu.

— Trouxe sim, na verdade, faz uns 15 minutos que eu estou aqui, só queria te dar um sustinho.

— Mas que idiota, por que você não falou comigo logo? — Me virei em sua direção.

— Hum... você parecia tão fofa com medo. — Ele curvou um pouco a cabeça.

— Eu não tava com medo.

— Sei. — Ele soltou um riso.

— Para de rir, e afinal, o que você tá fazendo aqui?

— Chanyeol me mandou cuidar de você.

— Chanyeol? Aliás, o que está acontecendo? — Perguntei com medo da reposta.

— Am... os lupus invadiram a escola.

— O QUÊ? VOCÊ ME FALA COM ESSA TRANQUILIDADE? — Berrei. Lupu é um tipo de seita sombria, sinônimo de perigo. Ano passado sempre que eu ligava a TV tinha algum telejornal informando mais um ataque deles, mas nesses últimos meses não deram sinal algum de existência, mas isso só fez o rei aumentar ainda mais a guarda. O estranho é eles atacarem a escola, depois do castelo real é o lugar mais seguro do pais.

— Calma, calma, tá tudo sob controle. — Ele disse indo até uma pedra enorme que não tinha visto ainda, e tirou suas roupas que estavam detrás dela, as vestindo.

— Não, não tá nada sob controle. Eu vou pra lá agora. — Falei firme.

— Você tá louca ou o quê? Quer morrer?

— Não, mas os outros e-

— Nenhum aluno tá lutando, só os professores, você só atrapalharia.

— Se é assim... mas porquê a escola?

— Bom... creio que a ideia inicial deles não era atacar o colégio, eles trouxeram um ceifeiro, talvez estavam atrás de alguém.

— Para... matar?

— Não, pra assistir novela mexicana juntos.

— Haha. Falando sério, quem você acha que eles queriam matar?

— ... Não faço idéia. — Ele enfatizou cada palavra com um tom irônico. — Bom, Baekhyun foi embora.

— Que bom pra ele. — Eu realmente não queria falar de Baekhyun agora.

— Pelo menos eles não encontraram a pessoa que procuravam, fico imaginando quem seja, ela deve ser muito importante... — Por que ele falava como se soubesse de algo?

— Está tudo bem com todos? — Perguntei.

— Sim.

— Melhor. — Suspirei. Fui até o banco de antes e lá sentei. Sehun me seguiu e sentou próximo de mim. Nós ficamos em silencio por um momento. — Por que você tentou me matar aquele dia?

— Hum dia você vai entender...

— Não vou não. — Falei meio sonolenta. Nesses últimos dias eu tenho dormindo muito pouco. — ... Aquilo que o Baekhyun disse no jardim pra mim é verdade? — Porquê não queria falar dele.

— ... Sim. Ele vai se casar no final do ano com a minha irmã. — Ele respondeu sem nenhuma expressão feliz no rosto.

— O que foi?

— Nada.

— Você não gosta dela?

— ... Não.

— Ela deve ser uma pessoa realmente ruim.

— Não é isso, eu não gosto de ninguém daquela familia.

— A de Baekhyun?

— A minha.

— Por que?

— ... Não te interessa, fica caladinha na sua.

— Não precisa ser grosso, se não quer falar sobre isso basta me informar com educação.

Ele não me respondeu, o tempo foi passando e ninguém falava nada.

Só senti meu corpo todo se inclinar e meus olhos se fecharem lentamente.

*Quebra de tempo*

— Roseanne, acorde. — Abri meus olhos com dificuldade, sentindo alguem me cutucar.

— Hm... me deixa dormir mais um pouco...

— ACORDA AGORA. — Me levantei assustada com o grito, quando eu percebo que era Chanyeol e ainda estava de noite, ou madrugada...

— Ai não precisa gritar eu hein. — Olhei para os lados e vi sehun sentado no banco, também foi acordado pelo os gritos do professor.

— Pra que essa gritaria? — Ele pergunta coçando os olhos, por um momento pareceu fofo.

— Eu mando você proteger ela, e vocês ficam se agarrando?

— O quê? Ninguém se agarrou aqui não. — Falei.

— Você estava abraçada com ele quando cheguei.

— Tava? — Arregalei os olhos.

— Ah, é, você dormiu nos meus braços, como estava fazendo calor eu tirei a camisa.

— Calor a noite, na floresta, com roupas finas? — Perguntei meio duvidosa.

— Sim, calor. — Falou mostrando interesse nenhum.

— Não importa, a confusão acabou. Vamos voltar para escola. — Chanyeol parecia um pouco bravo.

Sehun vestiu sua camisa e fomos embora, o caminho inteiro ninguém disse nada, até porque ainda estávamos com sono, eu e Sehun, Chanyeol parecia bem acordado.

Quando chegamos no campus me assustei com o estado que se encontrada toda  a área, fizeram um estrago e tanto.

— Pensei que estava tudo sob controle. — Sussurei no ouvido de Sehun.