História A school from another world - EXO - Se esconda, e viva

Voltei para a entrada do dormitório masculino e esperei Taeyong aparecer, esse era o nome do tal amigo do Baekhyun. Ohei para o lado e vi ele procurando algo, pensei ser eu.

— Ai está você. — Ele falou quando me viu.

— Então, cadê o Sehun?

— Ele falou que já desce. Agora meu prêmio.

— Pega. — Eu tirei um papelzinho do meu bolso depois joguei em sua mão que estava aberta.

— O que é isso? — Perguntou.

— O número da Jihyo do terceiro ano, eu sei que você gosta dela. — Respondi pegando meu celular e me virando.

— Hum... como você conseguiu?

— Eu tenho meus métodos, agora já pode se retirar.

— Se você não percebeu, essa daqui e área masculina, da casa preta, se alguém tem que se retirar é você.

Ignorei o que ele disse e sai dali, me aproximando mais ainda da porta de entrada, me encostei em uma coluna e esperei Sehun aparecer.

— O que você quer? — Ele perguntou com a cara séria e coluna ereta. — Estava ocupada.

— Palhaço. — Dei uma batidinha em seu braço. — Preciso falar com você urgente.

— Já está falando.

— Anda. — Peguei sua mão e o puxei até a parede lateral do prédio.

— Então?

Suspirei fundo.

— Foi você que mandou a Irene falar aquelas coisas pra mim?

— Hum... O quê?

— Não se faça de desentendido.

— Mas eu não sei do que você tá falando... — Bufei.

— Tem certeza?

— O que ela disse pra você?

— Não te interessa, até outro dia.

— Ué...

Fui até a biblioteca e continuei procurando o livro que Chanyeol mandou eu ler. Mas não pude deixar de pensar em tudo que aconteceu nas últimas horas, Irene me deixou intrigada, por que não posso me aproximar do Chanyeol, não que eu vá acatar suas ordens, eu falo com quem eu quiser.

Segundo ela, Sehun tinha uma coisa que a pertencia, depois pegou de volta o deixando irritado, deve ser uma coisa muito preciosa... Irene parece ser de uma boa família, não acho que roubaria alguma quantia em dinheiro ou alguma jóia...

Sehun tem várias coisas da família real, talvez seja isso que ela tenha pegado? Claro que ela disse que a coisa a pertencia, mas não creio que seja verdade, ela é tão falsa que poderia ser chamada de Made in China.

Outra coisa que eu não entendo é o por quê ela veio falar essas coisas pra mim, eu mal a conheço.

Eu poderia ter contado tudo pra Sehun, mas ele parece suspeito no momento... ele sempre foi suspeito.

Minha cabeça está uma confusão.

"Pense Rosé" Se Sehun e Irene tiveram um caso, e segundo ela "nossa historia começou com ele tentando me matar e terminou com ele tentando me matar" Se minha lógica estiver certa, ela deve ter feito algo bem ruim, pra fazer Oh Sehun chorar sim. Não que ele não mereça... mas não gostei de ver ele assim, não gosto de ver ninguém assim... eu sei bem o que é sofrer por amor...

— Salut, petit. — Ouvi a voz rouca de Chanyeol falar atrás de mim, pegando um livro fininho e dourado à minha frente. — Procurando isso? — Ele me mostrou a capa do livro, tinha escrito 'Orlives'.

— Eu procurei esse livro a tarde quase toda e ele tava na minha frente. — Bufei irritada, ele deu um sorriso de canto, as vezes eu acho que ele prende o sorriso.

— Vamos sentar. — Ele caminhou até uma das mesas e eu o segui.

— Chanyeol...

— Huh...

— Você conhecia aquela novata que não é novata e sim aluna antiga que voltou?

— Bae Irene?

— Sim...

— Sim, fui seu prefessor quando ela ainda estudava aqui.

— E... o quê mais?

— Somente, por quê?

— Nada... Então, pra que serve esse livro?

— É um livro com a lista de todos os animais mágicos do pais, e suas funções.

— Ata, e eu tenho que decorar?

— Não, você tem que aprender. As provas do final do bimestre estão chegando, não costumo dizer nada do que vai cair, mas resolvi ser bonzinho com você.

— Pra sua informação, eu andei estudando de verdade, vou tirar um 10 nessa prova.

— É mesmo? — Assenti. — Então vamos ver, se você tirar menos de 10 vai ter que estudar durante as férias, bom, reforço.

— Huh... e se eu tirar 10, o que eu ganho?

— 10 no boletim.

— Haha, se eu tirar 10 quero um ursinha de pelúcia.

— O quê?

— Isso ai.

— Argh... ok. Realmente não sei o que você vê nessas coisas irritantes.

— Eles são fofos. — Sorri com a cabeça inclinada. — ... de qualquer forma, obrigada por fazer o que está fazendo por mim, sei que deve ser muito incômodo pra você dá essas aulas extras...

— Négatif, mon belle.

— Se for pra me xingar, me xinga na nossa lingua, não em latim. — Fiz biquinho.

— Francês. — Chanyeol me corrigiu com um sorriso preso.

De repente ouvimos um barulho vindo do lado de fora, se comparava a de uma bomba, Chanyeol se levantou e foi até a grande janela que dava vista para parte de fora do prédio do colégio.

— Droga. — Ele veio até mim correndo arrumando o terno preto, ele me puxou e colocou as mãos nos meus braços. — Vá se esconder nos fundos do campus, ou para a dentro da floresta e corra o mais rápido que puder, sem se perder e chamar a atenção.

— O que tá acontecendo?

— Um ataque. — Bufou indo em direção e porta. — Apenas se esconda, e viva.

Chanyeol correu, sumindo do meu campo de visão, eu não sabia direito o que fazia, senti meu coração acelerar um pouco.

Corri por toda a extensão da escola, até sair pela a janelinha de uma das salas do primeiro andar, a noite já caia, ouvi os gritos de alunos, até pensei em voltar, e eu ia, mas senti alguém me puxar, e daquele jeito, só podia ser Baekhyun. Ele me puxou até nosso conhecido jardim.

— Ai. — Soltei um gritinho quando ele me soltou e pude respirar, ele trancou a porta e guardou a chave no bolso.

— Ainda bem que eu te encontrei, fico mais tranquilo assim. — Ele sorriu, um sorriso que não retribui, apenas me virei e sentei no balanço branco que tinha amarrado na árvore do montinho.

— Por que você me trouxe pra cá? — Perguntei.

— Porque você ia voltar pra lá.

— Exatamente.

— Hum, você é louca? Não quero te perder tão cedo.

Eu só abaixei a cabeça e suspirei. Baekhyun veio até mim e sentou ao meu lado no balanço.

— Os professores não vão deixar nada acontecer com nenhum aluno, eu também não sei ao certo o que eles querem com isso, mas no máximo vai rolar só uma briguinha, que consequentemente vai destruir a frente da escola.

— É... — Respirei fundo e continuei a olhar o solo gramado. — Eu sou tão inútil.

— Ei não fala isso.

— Mas é verdade.

— Você é teimosa, mas inútil não.

— Ah, esses últimos vezes foram tão... exaustivos. Só queria ir pra casa, comer a comida da minha mãe, ver minhas antigas amigas, e essas coisas...

Senti Baekhyun se aproximar mais e por o braço em volta do meu corpo.

— Pra casa é último lugar que eu quero ir, minha mãe nunca cozinhou, eu não tenho amigos fora daqui, e essas coisas...

Fiz careta e continuei cabisbaixa.

Ficamos ali mais 5 minutos, até que escutamos passos de alguém se aproximando, por que sinto que já vivi isso antes?

Baekhyun me agarrou pela mão, me puxando para próximo dele.

— tenho certeza que eles estão aqui. — A voz não era conhecida, Baekhyun puxou o pequeno galho que abria a passagem secreta e me jogou lá.

— Ei o que você tá fazendo? — Perguntei ao vê-lo se afastar da porta e agarrar o galho com a mão.

— Eu venho te buscar depois... independentemente do que aconteça. — Ele sorriu e abaixou o galho. — Eu te amo, não esqueça, seja corajosa baby.

Eu até tentei correr, mas não deu tempo.

Não consegui ouvi mais nada depois disso, estava tudo escuro e um pouco úmido, daqui a pouco eu tinha um ataque cardíaco.

Comecei a soar frio e me sentir tonta.