História A school from another world - EXO - Que marca é essa no seu pescoço?

Eu acordei toda dolorida, dormi de mau jeito está noite. Olhei para o relógio encima da cabeceira e o calendário ao lado, era 07:00 de quarta-feira. Essa semana não teria aulas, por ser a última, o baile seria sexta, e sábado ficaríamos de férias, para falar a verdade, ainda não havia me decidido se iria ou não ao baile, porém à meia noite com certeza estaria acordado para ver a lua azul.

Não parei de pensar um segundo no que aconteceu no final de semana com o Sehun, nesses últimos dias o ignorei  completamente, nem pra pedir desculpas, as vezes eu tenho muita vontade de bater nele.

Me levantei, depois de fazer minha higiene matinal fui até o guarda-roupa e vesti uma roupa qualquer enrolando um cachecol no meu pescoço, escondendo as marcas, por sorte estava fazendo frio e ninguém suspeitaria de nada.

Quando terminei sai do quarto indo até a lanchonete da escola, quando entrei recebi vários olhares mortais, as garotas ficaram um pouco paranóicas com os rumores de que eu estaria namorando o Sehun, até já sei quem espalhou essas fofocas, mas resolvi que não iria baixar de nivel novamente.

Peguei meu lanche e sentei na mesma mesa que Baekhyun e Taeyong, sem mesmo pedir licença ou autorização pra sentar, Taeyeong não se importou muito, Baekhyun me olhou tristonho e continuou comendo.

— A educação aqui está show. — O de cabelos acinzentados comentou.

— Cala a boca... me responde uma coisa, por que você não convidou a Seohyun pra ir ao baile com você? — Perguntei.

Ele pensou por uns segundos, depois de arregalar os olhos saiu correndo, antes de ultrapassar a porta finalizou com um "eu esqueci".

— Que olvidado, como ele esquece de convidar a própria namorada? — Baekhyun falou colocando um pedaço de tomate na boca. — E você... vai com o Sehun mesmo?

— Não, se eu for não vai ser com ninguém.

— Sabe... tem uma coisa que eu não te contei. — Ele desviou o olhar para um canto qualquer da cantina.

— Que novidade. — Reviro os olhos. — Fala logo.

— Bom... deixa pra lá.

— Deixa pra lá o caramba, começou termina.

— Você vai descobrir no baile mesmo... afinal, não é uma coisa tão grave, é algo relacionado aos meus pais.

— Assim você me deixa curiosa, se eu vou descobrir no baile por que não conta logo hoje? — Perguntei.

— Você sabe que eu te amo, não é?

— Lá vem você com essa história.

— Não é história, não é um segredo segredo, mas eu omiti, e talvez você fique zangada.

— Ok, ok, não vou insistir... — Respirei fundo e comecei a comer meu lanche. Baekhyun levou uma das mãos até minha face e fez uma carícia. — Baekhyun, não faz isso, daqui a pouco vão achar que eu sou uma Irene dois e estou ficando com o Sehun e você ao mesmo tempo.

— Quem se importa? — Ele me puxou pelo o braço para próximo de si e me beijou rapidamente, porque eu nos separei uns segundos depois.

— Você tá louco? — Me viro e vejo várias pessoas me olhando.

— Louco por você. — Ele sorriu. Peguei meu lanche e sai dali toda vermelha de vergonha, olhei para trás uma vez e Baekhyun continuava sorrindo, chegava a ser fofo e sexy ao mesmo tempo, que raiva desse menino, o que ele tem na cabeça?

Corri até a biblioteca - acho que vou mais pra lá do que troco de roupa - estava vazia, literalmente, não tinha um ser vivente. Fui até o andar superior e sentei entre duas estantes de livros no final do corredor, escondido por uma parede à frente.

Comi meu lanche me lamentando por tudo que estava acontecendo, minha vida é tão complicada, as vezes eu mesmo complico ela.

Tirei o cachecol para ficar mais confortável e um chiclete do bolso.

Fechei meus olhos lembrando do que aconteceu domingo.

- flashback on -

Eu estava caminhando pelo o pátio até que esbarrei em alguém conhecido, Sungjong, o menino do diário.

— Argh, você não olha por on-... ah, é você. — Revirou os olhos.

— Eu mesma Park Roseanne.

— Park Roseanne, hun. — Ajeitou seus livros nos braços e seguiu em frente.

— Sabe, — Caminhei junto à ele. — tem uma coisa em você que me intriga.

— Sério? Pois tem uma coisa em você que também me intriga.

— O quê? — Perguntei.

— Por que você não cuida da sua vida em vez de se preocupar com a dos outros?

— Hum... — Parei de andar, quando ele estava à alguns centímetros de mim lhe dei um pontapé bem forte.

— Ahh — Gritou de dor. — Estupida.

— Estupido é você, nem sabe o que eu ia perguntar.

— Não precisava me bater.

— Não precisava me ofender.

— Hum... fala logo o que você quer.

— Bom, talvez pra você seja um pouco... difícil.

— Eu respondo qualquer coisa pra você me deixar em paz.

— O seu pai... mo-morreu? O nome dele era Jinyoung?

O garoto parou e ficou em silencio por alguns segundos.

— Foi mesmo você que pegou o diário, não foi?

— Bom.. foi, mas eu peguei porque você tinha sumido, e já que estava com ele, por que não dá uma lida?

Ele suspirou e se virou, me olhando nos olhos.

— Você não tinha esse direito.

— Olha, você estava saindo da biblioteca, com base no que eu li, não parecia que era aberto aos alunos, ou seja, você o pegou na sessão reservada, então você também não tinha o direito de pegar, muito menos ler. Se você não me dizer o que o cara do diário tem a ver contigo, eu conto pra diretora, nós dois podemos ser suspensos ou ficar de detenção, mas eu não ligo, já você que r do terceiro ano, seria melhor evitar confusões, não acha? — Falei.

Ele ficou pensativo por um minuto, com a cara fechada, seus olhos mostravam raiva, mas nada que me intimidasse.

— ... Ok, mas se você falar pra alguém, corto sua cabeça.

Ele agarrou minha mão e me puxou até uma sala vazia no corredor interditado por obras, mas que no momento também estava vazio, minha curiosidade falou mais alto, então me importei em estar quebrando mais uma regra.

....

- flashback off -

Digeri rápido o que ele me contou, é até um pouco inacreditável, porém ele pareceu ser verdadeiro, mas ainda tenho várias perguntas para fazer, não à ele, por que não acredito que saiba, para falar a verdade, são perguntas sem destinatário, porque eu não sei à quem fazer.

— O que você está fazendo ai? — Uma voz à minha frente me tirou de meus devaneios, levantei o olhar e era Chanyeol.

— Bom... comendo. — Peguei a caixa do sanduíche e a levantei, para que ele visse.

— Isso eu percebi, mas por que está escondida? — Ele se agachou, com um dos joelhos apoiados no chão e a outra perna dobrada no ar.

— Queria ficar só. — Suspurei. — ... Como me achou?

— Ouvi um barulho vindo daqui, logo senti seu perfume.

— Sério? Eu nem coloquei perfume hoje. — Abaixei minha cabeça tentando sentir o aroma do meu perfume.

— Seu perfume natural. — Sorriu, acho que fiquei um pouco vermelha, apenas desviei meu olhar para um canto qualquer.

— Você deve ter os sentidos muito aguçados então... — Comentei.

— Você não sabe o quanto. — Falou com a voz calma. — Vamos, se levante dai. — Ele se levantou e estendeu a mão pra mim.

Eu a segurei me levantando, nos ficamos frente à frente, não em um clima romântica, normal, até ele me olhar de um jeito estranho e começar a acariciar meu rosto com o dedo indicador e o do meio. Mas ele parou seu olhar no meu pescoço, foi nesse momento que me toquei que havia tirado o cachecol para ficar mais confortável.

Cobri as marcas com a mão e me virei, tentando fugir de seu olhar julgador, mas ele agarrou meu braço e me fez encará-lo.

— Que marca é essa no seu pescoço? — semi cerrou os olhos para ver melhor.

— Bom... não te interessa. — Me larguei de sua mão forte e fui até o chão, recolhendo os plásticos de comida que deixei ali.

Quando eu ir passar para ir embora, ele ficou na minha frente impedindo a passagem, para onde eu me movia ele vinha junto.

— Com licença. — Pedi.

— Dou quando você me contar quem te fez isso.

— Hum... já disse que não é da sua conta. Você é meu professor, e sua única função é ensinar, minha vida pessoal só diz respeito a mim. — Falei, logo depois me arrependendo, lançou-me um olhar que me fez tremer de leve, ele tinha um ar tão poderoso e amedrontador, mas me fiz de forte e finalmente consegui passar.