1. Spirit Fanfics >
  2. A school from another world - EXO >
  3. Limpeza, revelações e mais um pouco

História A school from another world - EXO - Limpeza, revelações e mais um pouco


Escrita por: prxmise

Notas do Autor


OIOI estou eu de volta, vou explicar por que não postei, bom, não tem muita explicação, sabe, final de ano, muitas aniversários pra ir, PREGUIÇA, semana de provas, frustração pq ultimamente nada vem dando certo, mas isso a gente releva. E TIPO eu esperei desde o debut a apresentação de blackpink no mama, serio eu esperei, pra a yg vir fazer palhaçada,,, enfim, boa leitura szszsz

Capítulo 42 - Limpeza, revelações e mais um pouco


Chanyeol entrou na grande sala vidrada, rodeada por livros, as estantes pintadas de ouro, empoeiradas, reluziam. O professor as ignorou, caminhando diretamente até uma escada de poucos degraus, que levava à uma enorme janela de vidro, onde um senhor com aparência nobre e cansada olhava para o céu. Sorriu fraco e virou, consecutivamente. Chanyeol curvou-se demonstrando respeito.

— O senhor queria falar comigo? — Perguntou.


O velho sábio, desceu as escadas cautelosamente, assim não pisando em sua capa branca com o nome do pais escrito em dourado.


— Ah, sem formalidades, querido. — Deu umas batidinhas no ombro do neto, o mesmo sorriu com o olhar singelo.


Com uma das mãos nas costas do professor, Hyunki o levou até o sofá que contornava uma baixa mesa, acomodando-se, assim como Chanyeol.


— Como vai, vovô? — Hyunki suspirou.


— Aproveitando a vida que me resta, mas acho que não poderei partir em paz, sem antes contar toda a verdade. 


A chegada da morte não era uma coisa que o preocupava, estava conformado, já vivera tudo que tinha para viver, sua missão na terra estava comprida, ou quase, tinha algo que ele deveria fazer, pelo menos, era o que ele pensava. 


— Não fale bobagens, o senhor ainda vai viver muito. — Sorriu simplista, ignorando a entrada de alguém na sala.  


Uma rapaz, jovem, parou em sua frente, estendendo os braços à mesa, onde deixou uma bandeja com duas xícaras de chá e alguns biscoitos. 


Ambos fizeram uma reverência. 


— Obrigado... 


Quando escutaram o barulho da porta sendo fechada, voltaram a conversar, agora, bebendo breves goles de chá. 


— Ele cresceu.


— Sim, está tão grande como suas orelhas. 


— Vô! 


Ele ficou sério por alguns segundos, mas não conseguiu segurar a risada. 


— Bem, mas acho que não é sobre isso que o senhor quer conversar. 


— Não... As coisas andam muito mal, você mais do que ninguém deve saber. 


— Sim. — Suspirou. — Os lupus não estão me dando um dia de descanso, não sei o que fazer, não posso ir para capital, mas o rei exige minha presença. 


— A garota? 


— Exatamente. 


— Ora Chanyeol, mande a garota para casa, ela pode ser inexperiente, mas sabe se cuidar, e a privando assim, só a fará mal. 


— Não, ela não sabe se cuidar, eu queria aproveitar as férias para treiná-la, e-


— Vá Chanyeol, eu vou mandar alguém de confiança vigia-lá, não precisa se preocupar... aproveitando que você tocou no assunto, é dela mesmo que eu quero falar. — Falou pondo sua xícara sobre a mesa. 


— Então vai finalmente assumir que ela é filha dos falecidos reis?


— Eu nunca disse que não era. — Sorriu. 


— Hum... — Chanyeol encarou o avô desconfiado, que apenas sorria em deboche, logo o sorriso sumiu, fazendo o neto corrigir a postura.


— Bem, preciso que você saiba de tudo, é a única pessoa que eu confio cem por cento para compartilhar este segredo. 


— Fale, vovô. — O olhos do mais novo transpareciam preocupação, o que o avô lhe diria? 


O mais velho suspirou, alertando que uma historia estava prestes a ser contada.


 — Como você deve saber, Kihyun era um elemental éter, porém, mesmo sendo um feiticeiro imbatível, não tinhas forças o suficiente para ativar todo o seu poder elementar, ele sabia que os poderes de éter em mãos errados poderiam causar grandes tragédias, então, naquele dia, antes de morrer, ele selou o elementar na Rosé, e você como ninguém, sabe o quão forte aquela garota é, a força dela é sobrehumana... espero que esteja seguindo minha linha de raciocínio. Você deve estar se perguntando como ela, tendo o poder que tem, tem tanta dificuldade em aprender as lições e usar seu poder. Quando Kihyun fez o selamento, acabou prendendo um tanto de sua força natural junto com a de éter. Isso acabou atrapalhando o desenvolvimento dela. 


 Os olhos esbugalhados de Chanyeol se abriram mais, ele não conseguia acreditar no que o avô acabara de dizer. 


— N-Não pode ser... — Falou incrédulo. 


— Não é só isso querido. — HyunKi escorou as costas no sofá, suspirando novamente. — Você lembra do Jinyoung? 


— Sim, mas ele morreu junto com a família real, naquele dia.


— Não, ele não morreu. 


— Como assim? — Chanyeol olhou para o avô mais incrédulo que antes. 


— Isso mesmo, ele está vivo, ah... é difícil explicar, mas, ele foi envolvido em um feitiço de transformação irreversível. 


— Ele assumiu a forma de um animal? 


— Sim, não sei ao acerto, mas as informações que me passaram é que ele havia se transformado em um lobo. 


— Isso é inacreditável... 


— Hum... não se preocupe com isso no momento, ok? Eles não pretendem atacar agora, ela não. 


— Como o senhor pode ter tanta certeza disso? 


— Eu tenho meus subordinados... agora, melhor você ir embora, vai partir amanhã para capital. 


— Eu não sei se v-


— É um ordem, Chanyeol. A segurança do país é sua prioridade no momento, sobre a garota, não se preocupe, como já disse, eu mandarei alguem para cuidar dela. — Sorriu. 


Chanyeol suspirou em desistência. 


— Ok vovô, 


***


- Rosé -


Já fazia três dias que eu estava na casa de Chanyeol, e ele não me explicou direito aquela história com a minha família, obviamente, eu não iria ficar ali parada sem fazer nada.


Ele havia saido de manhã e só voltaria a noite, era a oportunidade perfeita para eu escapar, não que ele me proibisse de sair, mas sei que me impediria se tentasse voltar para casa.


Chamei um taxi por telefone, quando ele chegou saí rapidamente da casa dando o endereço da minha para o taxista. 


Uns 20 minutos depois nós chegamos, paguei uma fortuna para o homem, era de se esperar, minha casa é muito longe da dele.


Sorri ao finalmente vê-la, estava tudo igual a antes. 


— Rosé? — Ouvi alguém me chamar, virei-me e dei de cara com uma velha conhecida.


— Sra. Lee, a quanto tempo. — Corri até ela, pôs seu regador azul no chão e fez o mesmo, vindo em minha direção. Me apoiei na cerca.


— Rosé, você não mudou nada, hein, ficou até mais bonita. — Sorriu.


— Ah, obrigada... — Corei de leve, não sabia reagir bem quando me elogiavam.


— Hum, é verdade...


— O quê? — Perguntei confusa.


— Sua mãe, ela foi viajar e me pediu que te desse as chaves, mas...


— Chanyeol, Park Chanyeol, você se encontrou com ele?


— Sim, sim, fico aliviada que esteja tudo bem, eu entreguei as chaves para ele, ele me disse que você não viria para casa e como o mesmo é um homem da segurança, eu pensei que não teria problema.


— Hum... tudo bem...


Então era verdade, bom, não que eu não acreditasse nele, mas aquela historia estava muito mal contada. 


— Ah sim, ela te deixou um bilhete, espere ai que eu vou buscar.


— Ok.


Ela entrou dentro de casa a procura do bilhete. Aproveitei para dar uma olhada na rua, não mudara muito, ah, só foram 6 meses, eu esperava o quê? 


— Ah, ai está você. — Essa voz, não pode ser...


Revirei os olhos me recusando a virar, ele já estava sendo um chiclete no meu sapato. 


— Eu sei que você revirou os olhos. — Cantarolou. 


— Me deixa Sehun. 


— Você sabe como foi difícil te encontrar? Quer dizer, me encontar com você, desde o primeiro dia das férias eu venho para cá, finalmente você apareceu. 


— Hum... 


Ele parou ao meu lado e inclinou a cabeça à frente da minha. 


— Você parece mal humorada, não gostou da casa do Chanyeol? — Sorriu. 


Fitei seus olhos.


— Como você sabe?


— Or-


— Aqui es...tá.


— Obrigada, Sra. Lee. 


— De nada... 


Depois de pegar o papel de suas mãos ignorei completamente a presença de Sehun e caminhei até a porta de casa.


— Você não vai me convidar pra entrar? — Perguntou parado no mesmo lugar de antes. 


— Não. — Abri a porta e entrei em casa. 


— Que bom que eu não preciso de convite. — Levei um susto ao virar e ver Sehun. 


— Idiota. — Bufei. 


Fui até os moveis cobertos por panos brancos e os tirei, jogando minha mochila em cima da poltrona. 

Abri as janelas e caminhei até a cozinha, a casa estava um horror, toda suja.

Olhei para Sehun pelo o canto do olho, já que ele estava ali, iria me ajudar. 

Abri o armário com os produtos de limpeza e peguei as coisas que usaria.


— Sehun. — Chamei-o.


Ele veio até mim.


— Pega. — Joguei uma vassoura e um espanador em sua direção, ele os pegou. 


— O que é isso? — Perguntou confuso.


— Uma vassoura e um espanador, a vassoura serve para varrer o sujo do chão, o espanador para tirar a poeira dos móveis. — Expliquei.


— Eu sei o que são isso. — Revirou os olhos.


— Então? Você limpa aqui em baixo e eu limpo la em cima, quando eu descer quero ver o chão brilhando. 


Peguei os mesmos objetos que dei à Sehun. Ele continuava parado lá sem fazer.


— Hun? Tá esperando o quê? Pode começar. 


Ele sentou em dos banquinhos do balcão e apoiou seu braço no mesmo. 


— Você fica mais linda ainda, mandona desse jeito. — Seus olhos se fecharam com um sorriso. 


— Não venha com essas cantadas clichês. 


Não dei tempo para ele responder, sai da cozinha e subi as escadas até o andar de cima. 


Suspirei alto ao entrar em meu quarto depois de um longo tempo. Ele estava do mesmo jeito que eu deixei. Fechei a porta e me escorei na mesma. Era simples mas aconchegante. 


Depois de mais ou menos uma hora, quando terminei de limpar tudo no andar superior, desci para ver como Sehun estava se saindo, e me espantei ao ver tudo limpo e arrumado. Sehun estava lendo no sofá lendo uma revista, quando me viu a jogou na baixa mesa e ficou me encarando. 


— Eh, você não fez um trabalho tão ruim afinal. 


— Foi moleza. 


— Claro, usando magia o que não fica fácil? — Sorri.


— Hum... não estou gostando desse seu lado perceptíva, você era mais lerda.


— Haha.


Olhei para o relógio na parede, era três da tarde, meu estomago clamava por comida. 


— Você está com fome? — Perguntei a Sehun.


— Sim, mas eu já resolvi isso, se arrume que nós vamos lanchar.


— Lanchar onde? 


— Em um food truck, ele está estacionado próximo a um penhasco, tem uma vista linda. 


— Tá, me espera aqui. 


Subi e abri meu guarda-roupa, não tinha muitas roupas, levei quase todas para a escola, e ficaram lá. 

Vesti uma blusa branca e um macacão jeans.

Desci e nós saímos. 


Sehun falou que o penhasco é próximo a fronteira com a capital, me animei, será que dá para ver a cidade de lá?


- 30 minutos depois -


— Sehun? 


— O quê? 


— Não estamos demorando demais? 


— É longe, só mais alguns minutos. 


— Hum...


Foi nesse momento que me lembrei do bilhete da mamãe, eu havia o guardado no bolso para ler durante a viagem. 

Peguei e comecei a leitura.  


Rosé, 
Como vai filha? Mil desculpas por não poder de receber, estou com tantas saudades, mas infelizmente tive que viajar até Jeolla, resolver alguns problemas, mas não se preocupe, ok? Logo vou estar de volta, mas temo não te encontrar mais em casa. Se cuida, saranghae!


Quando terminei, guardei novamente no bolso. Que problemas serão esses? 


Depois de algum tempo, nós finalmente chegamos, era realmente lindo. O vento gélido bagunçava meus cabelos. 


— Será que vai chover? — Perguntei. 


— Não, talvez a noite chova, agora não tem risco. 


— Hum...


Nós fechamos as portas do carro e caminhamos até o ônibus. 

Sehun fez nosso pedido e fomos nos sentar na ultima mesa, a mais próxima da beirada do penhasco, que não era tão perto assim. 

Não tinha muitas pessoas, a maioria pegava o lanche e levava para comer em outro lugar, outros comiam nas mesas da frente, próximas do ônibus. 


— Ah, onde é a fronteira para a capital? — Perguntei. 


— Hum... a partir daqueles pinos vermelhos.


— Entendi... — O olhei por alguns segundos e subi na mesa. — Tem outras coisas que eu gostaria muito de entender. 


Ele pareceu entender do que eu estava falando, terminou de mastigar seu sanduíche e tomou um gole de saco, depois disso cruzou os braços. 


— E o que você quer saber?


— Tudo.


— Tudo o quê? — Fez cara se desentendido.


— Não brinque com a minha paciência. — Rosnei. 


— Calma, você realmente não está nos seus melhores dias, quer um calmante? — Arqueei uma das sobrancelhas. — Ok, eu explico tudo que você quiser saber, mas vamos por partes. 


— Tá, primeiro; o que você teve com a irena no passado? Porque eu não entendi bem essa historia. 


— Hum... nós não tivemos nenhum tipo de relacionamento amoroso. 


— Hun? Como assim, aquele dia na árvore, você chorou, disse que ela tinha voltado.


Ele suspirou.


— Não era dela que eu estava falando.


— Espera, agora eu fiquei mais confusa que antes, explica isso melhor. — Falei.


— Ai, ai, vou ter que te contar a verdade afinal. 


— Fala logo. 


— Ok, vejamos... você sabe que a primeira linhagem real foi assassinada, não é? — Assenti. — Então, a Irene, ela foi uma das sobreviventes, ela é da familia real. — Arregalei os olhos.


— Como é? — Praticamente gritei. — Não pode ser, todos morreram.


— Não, não, ela é filha de um dos primos do rei, ele morreu semanas antes da noite da tragedia. (@: sei q eu falei q ela achava q era a princesa, mas mudei de ideia)


— Digamos que isso seja verdade, ainda não explica nada. — Falei, ele fez um bico e deslizou seus polegares pela a beirada do copo. 


— Ela era... uma distração. — Abri minha boca para falar algo, mas antes disso, ele continuou; — Não me interrompa. — Suspirou. — Os lupus souberam que uma pessoa importante da primeira linhagem estava viva, então suas atenções voltaram à mim, eles começaram a me vigiar, a me espionar, então numa brecha, eu fui atrás da Irene, e ela topou ser minha cúmplice. Fiz eles acharem que ela era a herdeira, quando resolveram finalmente atacar, eu mandei Irene para um lugar seguro, quer dizer, a associação que eu faço parte. 


— Associação? 


— É como eu chamo. 


— Tá, acho que entendi. — Eu tinha entendido, mas não estava acreditando. — Mas e os boatos que ela ficou com você e o Baekhyun ao mesmo tempo?


— Bem... ela e o Baekhyun se relacionaram realmente, mas era perigoso ficar perto dele por ser filho do atual rei, como ela estava apaixonado e não desistiria dela fácil, Irene me pediu ajuda, nós fizemos ele nos pegar se... beijando... bem, isso e um pouco mais quente, talvez na hora eu tenha perdido o controle... mas não vem ao caso. — O lancei um olhar de reprovação, ele sorriu. — Foi isso. 


— Hum... muito estranho. Então por que você xingou ela? E por que ela mandou eu ficar longe de você? Se ela é tão boazinha assim, por que brigou comigo e inventou todas aquelas mentiras? — Perguntei desconfiada. 


— Ora, ora, eu estava com raiva dela, que o motivo também não vem ao caso, e sobre a briga de vocês, ela só estava brincando com você. 


— Brincadeira muito saudável a dela, eu só fui suspensa por dias.


— Ah, ela tem suas razões, não foi por mal, acredite. 


— Sei... — O olhei raivosa.


— Já te disseram que você fica mais fofa com raiva? 


— Céus, você me acha fofa em tudo que faço. — Ele riu.


— Porque você é a coisa mais linda que eu já vi na minha vida. — Ele escorou o topo de sua cabeça na minha cintura, já que eu estava em cima da mesa. 


— Aham...


— Por que você não acredita no que eu falo? — Perguntou se fingindo de indignado. 


— Simples, nada parece verdade. — Falei, mexi a cintura para que ele tirasse sua cabeça de lá.


Ele bufou. 


— De qualquer jeito, acho que as duvidas foram esclarecidas. — Ele disse se levantando, peguei seu blusa e o fiz sentar novamente.


— Uma delas. — Falei. — Agora eu quero que você me fale sobre o meu irmão. 


Ele fez uma cara de deboche e riu sem humor.


— "Meu irmão" han. — Olhou para outra mesa ainda com um sorriso no rosto. — Enfim, — Voltou a sua atenção à mim. — Seu irmão é um dos homens de confiança do rei, tanto que ele tem uma certa influência nas decisões do proprio rei e as dos chefes das guardas, bom, animais da mesma espécie, especificamente cobras se entendem, não é? 


— Hum, isso tem a ver com aquele troll que fizeram no passado? — Perguntei me recordando de histórias que me contaram. 


— Não, ele já era subordinado do rei antes, mas só se assumiu depois disso. 


— Por que Baekhyun não se entende com ele? — Questionei ao lembrar do que o garoto me disse no primeiro dia de aula. 


— Ele adora complicar a vida do Baekhyun, além do quê, o pai não lhe dá devida atenção ou amor paterno, e mostra um carinho especial com seu irmão. 


— Ciúmes? 


— Não, mas é melhor deixarmos esse assunto de lado antes que eu fale demais. 


— Ok... você também não gosta dele? Do rei?


— Não, mas como ele e a rainha são amigos próximos dos meus pais, eu tenho que fingir. — Sorriu sapeca, com aquela cara de criança que adora aprontar, eu ri.


— E a sua irmã?


— O que tem ela?


— Vai se casar com quem afinal?


— Olha nem eu sei, essa história está uma confusão total... bom, acho que já é hora de irmos.


— Não, ainda não terminei. 


— Ishi, desse jeito só saímos daqui amanhã. — Bufou, tomando o resto de seu suco. 


— Posso falar? 


— Vai... 


— Por que tentou matar?


— De novo essa história? — Fez cara de entediado.


— Responde. — Dei um chute de leve em sua perna. 


— Aun... — Fez careta. — Tá, eu só tava te testando, queria ver como você saia daquela.


— O quê? — Perguntei sem entender nada.


— Ah, você não vai entender mesmo... 


— Vamos embora. — Disse checando as horas no meu relógio. — Já é muito tarde. — Me levantei, não queria chegar depois que Chanyeol já estava em casa. 


— Hum... agora eu quero ficar mais um pouco. — Falou se esticando e se acomodando na cadeira. 


— Sério que vou ter que te puxar pelos cabelos? — Questionei. 


— Opa, já estou indo, entre no carro que eu vou pagar o senhor. 


— Ok. 


Fiz o que ele mandou, entrei no carro, algum tempo depois ele apareceu e nós partimos.


— Você sabe onde é a casa do Chanyeol? — Perguntei hesitante.


— Sim... mas por que você vai voltar para lá? Poderia dormir em casa.


— Preciso pegar minhas coisas e... me despedir adequadamente dele.


— Hum... 


Nós conversamos o caminho todo sobre coisas banais, uma chuva fraca começou a cair, fazendo o céu ficar mais escuro que antes.

Me despedi de Sehun e entrei, Chanyeol ainda não havia chegado, agradeci internamente por isso. 

Me joguei no sofá e senti um peso no coração, como se estivesse esquecendo algo importante.


— Meu celular. — Gritei. 


Acabei deixando ele lá em casa, que droga.


***


Estava assistindo tv quando ouvi o barulho da porta sendo aberta, relevando um Chanyeol confuso, ignorei sua entrada e voltei minha atenção à televisão.

Alguns segundos se passaram, o olhei novamente, ele estava escorado na porta com a cenho franzido. 


— Que é? — Questionei. 


— Você saiu de casa?


— Sai, fui lanchar na cidade, coisa rápida. — Só demorou a tarde toda. — Por quê?


— O portão estava aberto. — Falou suspirando e caminhando até a escada. 


— Ata, acho que esqueci de fechar. — Retruquei sem dar importância. 


Ele subiu as escadas, depois disso não ouvi mais nada. 

Pensei um pouco e, em todos esses dias que eu fiquei aqui não pude ir no quarto dele, sempre estava fechado, isso quando ele saia. Ele não fecharia se estivesse aqui, não é mesmo? 

Minha cabeça foi invadida por pensamentos ruins. subi as escadas de fininho até seu quarto, como eu suspeitei, a porta estava aberta. Escorei meu ouvido ma porta, ouvi o som do choveiro ligado. Era a oportunidade perfeita. 


Não pensei duas vezes e entrei, se Chanyeol me pegasse em seu quarto iria me matar, mas aquilo era tão divertido.


Era bem maior do que o meu, bem maior mesmo, luxuoso bem estilo Chanyeol. Dei uma revirada leve no quarto e entrei no closet, a porta estava aberta, era tudo bem organizado, as blusas socais, os ternos, as gravatas, os sapatos, os tênis, os relógios, as calças. 


— Você é demais garota. — Olhei para um espelho que cobria boa parte da parede e vi o reflexo de Chanyeol me encarando.


— Hun, — Me joguei em um puff grande que tinha ali. — Eu pensei que tinha algo de especial nesse quarto, já que você fazia tanta questão de que eu não entrasse.


— Talvez eu só tenha dito aquilo para você ficar curiosa. — Sorriu de canto. 


— Hum... — Fiquei de bruços o encarando. Ele estava com uma calça comprida preta e uma toalha branca cobrindo seu peitoral. 

Ele sorriu e caminhou até um compartimento que guardava cremes e perfumes, e então, ele tirou a camisa. E céus, que homem é esse. 


Mordi meu lábio inconscientemente, torci para que ele não tivesse visto, mas sua risada o entregou. 


— Você nunca viu um homem sem camisa na sua vida? — Perguntou, espelhando um creme pelos os ombros e depois braços, ele estava de costas para mim. 


— Já... mas é esquisito ver meu professor assim. 


Ele não retrucou, apenas se virou e escorou em um móvel amadeirado.


— Vou ter que viajar amanhã. — Falou em um tom calmo. 


— Hum... tanto faz, eu já ia embora amanhã mesmo. — Falei não dando importância à ele.


— Sabe, e-


Um trovão interrompeu Chanyeol, nesse momento, uma faisca saiu da minha mão, gemi de dor.


— Ai não... 


Ele veio ate mim e segurou minha mão. 


— O que aconteceu? — Perguntei.


— Você não sabe controlar bem o elemento trovão, vamos treinar logo isso, hein, se não poderá de machucar feio. — Sorriu simplista.


— Hum... tá certo. — Falei quase sem voz, talvez, só talvez, eu estivesse um pouco perdida com aquele seu peitoral nu próximo do meu rosto. Corei ao ver ele me encarando tão fixamente.


As pancadas de chuva continuavam caindo, quando as luzes se apagaram.


— Faltou luz. — Falei, encarando o escuro, onde eu achava que Chanyeol estava. 


— Percebi.


— Você pode fazer ela voltar, não é? — Perguntei.


— Talvez... mas acho que... eu não quero.  


— Hã?


Senti uma movimentação estranha no puff, logo o corpo de Chanyeol por cima do meu, suas mãos tocavam meu rosto e seus polegares procuravam meus labios.


— Chanyeol, você sabe que isso é errado, você é meu professor, v- 


Fui interrompida por meus lábios sendo selados pelo os dele, ele deslizou suas mãos até minha cintura e pressionou a mesma. Perdi minha sanidade quando levei as minhas até sua nuca, seus lábios eram tão macios e quentinhos.

Ele fez uma trilha de beijos até meu pescoço. 


— Já menti demais pra mim mesmo. — Falou com a voz rouca. Senti meu copo travar, eu não queria aquilo, mas, se eu deixei, eu queria? — Então pare de mentir pra você também. 


Meu corpo travou e eu suspirei, descansando novamente.


— Ah Chanyeol...


A luz voltou repentinamente, revelando o rosto tristonho do professor. Nós nos encaramos por alguns segundos. Lá poderia ser errado, já que ele era uma mestre, mas aqui fora, ele é só o Chanyeol, certo? Então não seria tão errado assim. 


Deslizei minhas mãos por seu cabelo, dando um leve puxão, aproximando nossos rostos e adiante, nossos lábios. entreabri os meus dando passagem para sua lingua adentrar minha boca.


Chanyeol me puxou para seu colo, nossas línguas se encontraram e eu tremi com o toque. Ele levou uma das mãos até meus cabelos e os agarrou sem machucar, ele era tão carinhoso. Depois de algum tempo, nós nos separamos para recuperamos o fôlego, foi quando ele me olhou e sorriu, afundei minha cabeça em seu pescoço, e acho que dormi assim. 


Notas Finais


Acho que agora deu pra entender umas coisas, né?
Estou tentando achar um jeito de contar as coisas mais naturalmente.
Me digam uma coisa, vocês preferem os capítulos escritos assim, com os parágrafos mais separados ou mais juntos? (Me respondam por favor)
aliás, esse é o cap mais longo que eu já fiz rs


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...