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História A Secretária - O que poderia ser...


Escrita por: Stephanie_Haley e lorena_marin

Notas do Autor


Bom dia flores do dia!!!

Me desculpem a demora pra postar, eu estava sem tempo livre e quando finalmente arrumava uma brecha me faltava criatividade rsrsrs
Mas agora as coisas vão voltar ao normal e a fanfic está de volta à ativa, firme e forte pra todos vocês! Obrigada pelos favoritos, comentários e notas que me deram enquanto eu não estava postando, isso me deixou bem feliz!!!

Chega de enrolação, vamos ao capítulo.

Capítulo 13 - O que poderia ser...


Fanfic / Fanfiction A Secretária - O que poderia ser...

Depois de deixar a Hanna na escola dela eu fui para o trabalho, por algum motivo eu estava tremendo enquanto dirigia e estava estranhamente nervosa. Com o que eu estaria preocupada? Pra que tanta ansiedade? Realmente, era difícil de entender o que estava se passando na minha cabeça, o que estava acontecendo comigo... Eu me distraí tanto a ponto de quase atropelar um garoto que estava atravessando a rua de skate. 

Assim que cheguei ao prédio percebi que as pessoas estavam mais nervosas, um pouco contrariadas... mas a única pessoa que causava tanto terror assim era o Nathaniel nervoso, e tinha dias que ele não ficava nervoso. Então só poderia ser uma coisa: Melody estava no prédio. 

Toda vez que ela aparecia brigava com todo mundo, com as recepcionistas, os seguranças e os porteiros, a garota que fica no elevador, as faxineiras, qualquer funcionário que ela encontrasse e, bem... eu. Ela sempre brigava comigo...

"Lauren, o vaso está mal colocado na sua mesa de escritório. As flores têm que ficar mais à direita, ou não estão corretas."

Lauren, o café que você anda servindo para o meu Nathzinho é muito gorduroso, trate de colocar menos creme ou servir um chá."

"Lauren, seu cabelo está terrível."

Lauren, você está com rugas, parece que tem alguém enchendo a sua paciência, acho melhor passar um corretivo se não quiser ficar assim tão estranha..."

MAS QUE MULHER CHATA! Eu não entendia como o Nath poderia estar noivo de uma pessoa assim, ainda mais que o casamento dos dois era daqui a um mês. Se fosse eu, já teria pego todo o meu dinheiro e viajado para o Japão para recomeçar a vida. Seria bem melhor do que aturar a Melody pelo resto da vida... Mas negócios são negócios (como ele sempre dizia) e aquela garota era boa para a imagem social dele, não era uma oportunidade que se jogava fora assim diante de sua reputação com a mídia. 

Assim que cheguei no escritório ouvi alguns gritos vindos da sala dele, uma fresta da persiana estava levantada e eu pude ver eles discutindo. Não me orgulho de assumir isso, mas eu segurei umas boas de umas gargalhadas enquanto via ela espernear feito uma maluca. Era simplesmente hilário! Os dois continuaram assim por um bom tempo enquanto eu ia adiantando o serviço, a briga deles terminou com alguns beijos exagerados e comigo segurando o vômito ao invés de risadas.

Melody saiu de lá ajeitando o cabelo e Nathaniel arrumando sua gravata. Fiz meu melhor olhar de reprovação enquanto ele me encarava, um pouco envergonhado. 

-O que foi querida, quer que eu te pague um sanduíche? -Melody perguntou, tocando meu ombro.

-Ah, desculpa mas eu não entendi. 

-Bom, é que cara feia pra mim é fome. Você deve estar faminta... -ela respondeu com um sorriso malvado.

-Melody, já deu. -O Nathaniel disse, enquanto a abraçava por trás. -Vamos passear hoje, acho que podemos tirar o dia de folga hoje, não é Lauren? 

-Com assim "nós"? -eu perguntei. -Não posso ficar tendo tanta folga assim, se eu vou receber dinheiro quero merecer cada centavo. Desculpa, mas hoje eu irei trabalhar. 

-Tudo bem, então nos acompanhe! Não tem nada pra fazer no escritório...

-Tem certeza? -perguntei, meio insegura.

-Tem certeza? -Melody repetiu, com cara de nojo.

-Sim, eu tenho sim. Vocês duas são as minhas garotas preferidas e eu queria muito que se tornassem mais próximas até o dia do nosso casamento. É claro que, sei que vocês não são inimigas... mas bem que poderiam ser amigas.

-Amiga de uma funcionária? Você se rebaixou mesmo a esse nível Nathzinho?

-Melody, qual o problema? Você está parecendo a Ambre!!!

-Não estou não, não me compare com aquela garota. Ela é arrogante, metida e mimada. Acha que o mundo gira ao seu redor, sem falar no quanto é falsa com todos.

-Depois não sabe porque se parecem... -eu cochichei.

 -O que você disse? -ela gritou.

-Nada... -eu respondi, abaixando a cabeça pra não criar mais problemas.

-Mas eu ouvi, não me trate assim! -ela gritou e levantou a mão para me dar um tapa.

Eu me encolhi e fechei os olhos, na tentativa de amenizar a dor que sentiria quando a bofetada viesse na cara. Vi o vulto de seus dedos se abrindo e vindo na minha direção, senti sua raiva e um ventinho passou bem perto da minha pele, me fazendo arrepiar. Mas felizmente, Nathaniel a segurou pelo pulso e deu um empurrão de leve, para que ela se afastasse de mim.

-Não encosta nela. -ele afirmou enquanto ela fazia cara feia. -Quer saber? Lauren, vamos embora... acho que vou adiantar uns compromissos e deixar esse passeio para outro dia. 

-Mas Nath... -ela choramingou.

-Mas nada, eu cansei dessa sua atitude. Lauren, estarei esperando no carro. Não tem pressa...

Ele pegou o casaco e saiu do escritório, nos deixando completamente sem palavras. Mais uma vez, tive que me conter para não rir da cara de raiva que Melody estava fazendo, ela veio andando na minha direção e se preparou para dizer alguma coisa, mas eu fui mais rápida.

-Quer que eu traga alguma coisa de hoje? -eu perguntei, com um sorriso.

-Como assim? Do que você está falando, sua inútil?

-Bem... eu poderia trazer uns biscoitos ou um suco, porque você está péssima. É como dizem... "cara feia pra mim é fome". -eu dei uma piscadinha.

 

*******

 

Eu e Nathaniel resolvemos tudo que estava pendente a ser feito durante a semana em um dia só, ele foi muito divertido e já parecia ter esquecido o que aconteceu com a Melody no escritório há pouco tempo... no final, eu pude chegar em casa a tempo e passar mais tempo com a Hanna.

Ajudei a mesma a fazer as tarefas de casa e ela me ajudou a fazer o jantar (na verdade, eu fiz a maior parte... mas isso não vem ao caso). Estávamos comendo nossa lasanha  e ela estava um pouco aérea, bem calada e diferente dos outros dias, afinal, ela costumava tagarelar e acabar por deixar a comida esfriando de tanto falar.

-Está tudo bem, querida? -eu perguntei, tomando um gole de suco de laranja.

-Acho que sim...

-Eu acho que não.

-O que não estaria bem? Eu tenho uma mãe, eu tenho um pai e ambos tem emprego. Tenho uma casa, comida e escola. O que não estaria bem?

-Desde quando você é assim tão espertinha? -eu perguntei, e ela deu um sorrisinho. -Pode contar pra mamãe, prometo ser compreensiva.

-Tudo bem... é que hoje na escola eu vomitei.

-Vomitou? 

-Sim, eu estava meio enjoada da educação física e do lanche que a Julie tinha me dado no recreio.

-Espera, Julie não é aquela garota bem bobinha filha da Leth que eu pedi pra você ficar longe porque era má influência?

-É mãe, mas você e a Leth eram amigas. Amigas antes mesmo de ir para Sweet Amoris, porque eu não posso ser assim com a filha dela também? E vocês duas tiveram filhas na mesma idade... eu não posso fazer nada.

-Querida, eu e a Leth cometemos o péssimo erro de engravidar antes da hora.

-Mas até hoje eu não entendo... como é que se engravida?

-Bom, isso é assunto para outro dia. -eu fiquei um pouco nervosa. -Mas não mude de assunto, a minha sorte foi que o seu pai é um cara legal e fez de tudo pra cuidar de você. O cara que estava com a Leth a abandonou... E a filha dela não é muito bem acostumada, acho que por compensação. Ela faz coisas que não são apropriadas pra idade dela.

-Tipo o que? -Hanna perguntou, meio impaciente.

-Tipo usar lápis de olho preto. -ela arregalou os olhos.

-Como você sabe? -Hanna perguntou, largando o garfo com lasanha.

-Eu sei de muita coisa, eu sou sua mãe. O que mais esperava? Além disso, ela te ofereceu um lanche que te fez passar mal. Conheço bem de perto esse tipo de garota, acredite. Não é alguém com quem você queira se envolver ou se parecer... você é linda do jeito que é, não precisa de maquiagem pra nada. 

-Tudo bem...

-Era só isso?

-Não, na verdade acho que precisamos conversar sobre o papai. O que está acontecendo? Porque ele não volta pra casa? Já vai fazer uma semana que ele se foi, hoje é terça feira e ele foi na quarta passada. Onde ele está?

-Bom, ele tinha comentado comigo sobre uma viagem com a banda e a produção. Não deve ter dado tempo de me pedir desculpas... 

-Porque ELE sempre pede desculpas?

-Porque ELE sempre erra. -eu falei um pouco incerta. -Eu não acho que isso deva ser explicado agora, mas não se preocupe. Essa viagem deve demorar no máximo uma semana, na quarta feira que vem o seu pai já deve estar de volta à cidade. E aí, as coisas vão voltar ao normal e vamos ser uma família feliz de novo. Está bem?

-Obrigad...-ela parou de falar.

-Hanna, você está bem?

Não deu tempo de falar mais nada, ela tinha caído de cara na comida e estava respirando mal. Eu não sabia bem o que estava acontecendo, mas ela estava desmaiada e precisava ser levada ao hospital. Peguei a mesma no colo e liguei ara a emergência, que mandou uma ambulância imediatamente. Eu não sabia o que fazer, o que estava acontecendo e como eu lidaria com aquela situação... uma coisa era eu desmaiar de susto, outra era a minha filha desmaiar sem explicação. 

Enquanto ninguém chegava eu a coloquei deitada no sofá e ela acordou, gemendo de dor e resmungando alguma coisa qualquer. Fiquei bem preocupada, tirei sua temperatura e comprovei que estava com febre. Eu não sabia o que estava acontecendo, eu estava sozinha em casa... Meus pais tinham um evento na cidade vizinha e por isso não adiantava ligar, Rosa e Leigh tinham ido passar o resto da semana num hotel e a essa hora estariam no aeroporto e meus outros amigos não eram tão próximos a esse ponto. 

-Castiel, onde está você? -eu pensava enquanto andava de um lado para o outro.

A ambulância finalmente chegou e quando a pegaram ela vomitou em cima de um dos enfermeiros, uma mistura do jantar com sangue. Sim, infelizmente sangue. Eu fiquei horrorizada, mas mesmo assim prossegui e aguentei firme até o hospital. O médico foi a examinar e eles me expulsaram do quarto, por isso resolvi dar uma volta para pegar alguma coisa pra comer. Eu provavelmente ia passar anoite lá...

-O que você está fazendo aqui? -alguém perguntou, enquanto eu pegava um pacote de chips na máquina do corredor.

-Nathaniel? -eu perguntei, e não consegui conter as lágrimas. 

-O que ouve? -ele perguntou, enquanto me dava um abraço. -Meu pai precisava fazer um exame de glicose de última hora e eu vim acompanhá-lo, mas acho que posso ficar mais um pouco... agora me conte, o que foi que aconteceu?

Eu fui explicando e chorando enquanto caminhávamos de volta para a porta do quarto da Hanna, infelizmente não se dava pra ver ela por causa das cortinas que tampavam a vidraça do quarto. Nos sentamos no banco e dividimos o salgadinho industrial, enquanto esperávamos o médico sair. Durante todo esse tempo ele me abraçou, me consolou e me deu a mão. 

Eu achei muito fofo... ele era um bom amigo.

O médico finalmente saiu do quarto carregando uma prancheta e anotando alguma coisa, ele parecia um pouco preocupado mas tentava disfarçar isso ao máximo. 

-E então? -eu me adiantei.

-Ela está dormindo, agora está tudo bem. Fizemos alguns exames para confirmar minhas suspeitas, mas garanto que ela vai ficar bem.

-Como assim "vai ficar"? -eu perguntei aflita.

-O que está acontecendo, doutor? -Nathaniel entrou na conversa, enquanto me abraçava por trás. 

-Bem, ela vomitou muito sangue, isso infelizmente é um sintoma comum de uma doença mais grave. Com sorte, será apenas uma hemorragia que pode ser revertida. Não há com o que se preocupar, a sua filha está bem.

-Ela não é a minha filha... -o Nathaniel explicou, um pouco envergonhado.

-Não? É o segundo casamento? -o médico indagou de novo.

-Não, nós não somos casados. Ela é... minha... minha... -ele estava tentando explicar.

-Eu sou a secretária. -eu respondi, enxugando as lágrimas.

-Ah, me desculpem pelo engano. Acho que entendi... -ele finalmente concluiu. -Bem, esperem pelos resultados aqui. Ela está dormindo, tomando soro mas pode acordar a qualquer momento. Se quiserem entrar um pouco, desde que não façam barulho está permitido.

-Muito obrigada! -eu quase dei um abraço naquele cara.

-Quer que eu vá? -Nathaniel me perguntou

-Sim, eu quero sim. -respondi, dando o primeiro sorriso daquela noite.

Ficamos um tempo lá dentro sentados num pequeno sofá de dois assentos, ele parecia estar observando cada detalhe da minha filha e eu estava comparando cada detalhe dos dois. Como podiam ser tão iguais? Como podiam ter olhos tão parecidos, o contorno do rosto tão igual e o cabelo tão idêntico? No fundo, eu sabia exatamente a razão e me custava admitir, mas essa é uma longa história para outro dia...

Quando deu mais ou menos duas ou três horas da madrugada eu acordei por causa de um pesadelo e surpreendentemente o Nath ainda estava no quarto. Ele estava em pé, ao lado da cama da Hanna enroscando o dedos nos seus cabelos caídos sobre a cama. Ele me olhou com os calorosos olhos dourados e esboçou um pequeno sorriso...

-Ela é muito linda. -ele disse.

-Eu sei. 

-Puxou a mãe. 

Eu não respondi nada, apenas me levantei e fui até ele para lhe dar um abraço. Deixei mais algumas lágrimas escorrerem e ele as enxugou no meu lugar. Eu não sabia direito o que estava acontecendo, nunca estive tão confusa em toda a minha vida.

-Vá comer alguma coisa, a sua última refeição foi meia lasanha e mais um pacotinho de batatas chips. Você merece comprar um sanduíche naquela lanchonete 24 horas do lado do hospital. Pode deixar, eu fico aqui e tomo conta dela.

-Obrigada. Quer alguma coisa?

-Só que você e a Hanna fiquem bem. 

-Eu também quero isso...

Fui até a lanchonete e comi o maior hambúrguer da minha vida, alguns biscoitos de chocolate e uma coca cola de garrafa. Levei mais dois sanduíches naturais pro Nathaniel e um pacotinho de Halls, eu estyava com um hálito terrível. O fato de andar me fez bem, mesmo que se fosse de um prédio para o outro, vendo os mendigos se esquentando em fogueiras na rua e em plena madrugada eu me senti melhor. 

Ao voltar para o quarto, entrei bem devagar e ouvi vozes conversando. Hanna estava acordada. Eu resolvi não entrar, apenas encostei o ouvido na porta para ouvir a conversa.

-Oi. -Nathaniel falou, meio sem jeito.

-Oi. -a Hanna respondeu.

Houve um pequeno silêncio, mas mesmo assim eu resolvi deixar as coisas rolarem...

-A sua mãe foi comprar alguma coisa de comer, ela já volta.

-Porque tem uma agulha no meu braço? -ela perguntou, parecendo confusa.

-Ei, não mexa nisso. É soro, como se fosse um remédio pra te deixar forte. 

-Tudo bem então. -ela tossiu um pouco. -Ei, você é o meu pai?

-Não, acho que você não está muito bem... Vou chamar o médico.

-Não chame. Fique aqui, eu sei que não estou falando coisa com coisa. Mas se bem que poderia ser verdade, não poderia?

Eu aguardei a resposta um pouco mais ansiosa do que eu esperava, porque estava tudo tão quieto?

-Poderia.... -ele respondeu num tom baixo.

 

 


Notas Finais


É isso gente, espero que tenham gostado! Beijinhos e até a próxima!!!


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