Lucy POV
Eu estava abraçada ao Sr Igneel quando o Natsu entra na sala.
Natsu: Então quer dizer que a Lisanna estava certa.
Igneel: Certa sobre o que?
Natsu: Certa sobre a Lucy querer dar o golpe do baú em você e/ou você estar se aproveitando de uma garota que tem a idade pra ser sua filha.
Lucy: Como é que é?
Natsu: Vão negar que estão tendo um caso?
Igneel: Do que é que você ta falando garoto?
Natsu: Estou falando o que toda a empresa já comenta, vocês nem se deram ao trabalho de ser discretos! Você vai negar as condições digamos especiais na qual ela foi contratada? – falou encarando o pai e logo depois virou pra mim continuou – E você vai negar que tem chegado todos os dias no carro e com o motorista dele? E mais que isso vai negar os encontros de vocês durante o expediente?
Dava pra ver o ódio nos olhos dele, mas nada que se comparava ao que eu mesma estava sentindo naquele momento. Então era isso que todos pensavam de mim? E o pior, era isso que ELE pensava de mim? Dei-lhe um belo tapa na cara dele, nunca fui tão ofendida em toda a minha vida.
Lucy: Quem você pensa que eu sou estúpido! Eu não sou igual a nenhuma das suas amiguinhas, me respeite e respeite o seu pai! – Me virei ainda indignada para o Sr Igneel – Me desculpe por tudo isso, e eu lhe peço mais uma vez que considere o meu pedido ou eu peço demissão hoje mesmo.
Igneel: Não será preciso, eu vou resolver isso e te dou uma resposta ainda hoje.
Saí da sala sem sequer olhar para trás.
Natsu POV
Não me lembro de ter sentido tanta raiva na minha vida quanto a que senti ao ver a minha Luce nos braços do meu pai, se ele não fosse o meu pai eu já teria partido a cara dele em vários pedaços.
Só que quando eu falei tudo o que a Lisanna me contou, e é claro que procurei me informar se era verdade e foi tudo confirmado, eu imaginei outra reação dela talvez ficasse envergonhada, talvez tentasse se justificar, mas não ela ficou indignada como se o que eu disse fosse um absurdo chegou inclusive a me bater, por um momento me arrependi de ter acreditado... Mas era tudo verdade... O que está acontecendo aqui? E que pedido será esse que ela fez ao meu pai? Só saio daqui quando ele me explicar.
Natsu: Me diz o que exatamente você tem com Lucy? E que pedido foi esse que ela lhe fez?
Igneel: Eu respondo todas as suas perguntas se você responder uma pra mim primeiro... Por acaso você está com ciúmes Natsu?
Que diabos de pergunta foi essa? E a expressão do rosto dele não tinha nem um pingo de raiva, ele não parecia envergonhado nem nada, chego a pensar que ele está se divertindo com tudo isso, como pode?
Natsu: E se eu tiver? – Falei sem pensar.
Igneel: Se você tiver... Isso quer dizer que você gosta dela, o que me deixaria digamos... Satisfeito, mas devo dizer que você é um completo idiota!
Natsu: Que?
Igneel: Isso mesmo que você ouviu você é um I-D-I-O-T-A! Como planeja conquistar a Lucy agindo dessa forma?
Agora eu definitivamente não estou entendendo mais nada! Ele quer que eu fique com a Luce? Mas ele não está com ela?
Natsu: Eu conquistar a Luce? Mas eu pensei que...
Igneel: Eu sei, só que você pensou errado!
Natsu: Eu não estou entendendo mais nada. – Falei me jogando na cadeira sem saber o que pensar.
Igneel: Eu vou te explicar desde o começo...
Flashback ON
A sua mãe tinha falecido há apenas duas semanas e eu não conseguia deixar de ir ao tumulo dela todos os dias, eu estava me sentindo perdido, eu quis inclusive morrer também.
Nesse dia em especial eu vi uma menina loirinha chorando muito ao lado de outro tumulo próximo ao da Grandine, mas eu não me aproximei eu pensava que a minha dor era grande o suficiente e que eu não precisava me preocupar com a dos outros.
Depois de um tempo lá eu resolvi voltar pra casa no meu carro quando de repente a mesma garota atravessou a rua e eu quase a atropelei, o susto dela foi tanto que ela desmaiou e eu fiquei desesperado, a levei a um hospital e graças a Deus confirmei que foi apenas um susto. Só que ainda assim eu me senti responsável por ela, essa garotinha era a Lucy e tinha apenas 9 anos, eu a levei para sua casa e lá encontrei apenas um garoto muito preocupado com a irmãzinha que havia sumido, eu expliquei a ele tudo o que aconteceu e perguntei sobre os seus pais, ele me contou que o pai tinha abandonado eles a uns cinco anos e a mãe havia morrido a duas semanas. Por incrível que pareça a Lucy perdeu a mãe no mesmo dia em que você perdeu a sua.
O Laxus tinha acabado de completar dezoito anos, mas já tinha abandonado os estudos desde os quinze para ajudar a mãe a sustentar a casa, e a situação tinha ficado ainda pior quando a mãe deles ficou doente, o dinheiro mal dava para se alimentarem e estavam prestes a serem despejados, pois não tinha como pagar aluguel.
Até então eu pensava que o meu sofrimento era maior que todos, mas nesse momento a historia deles me comoveu, eu me ofereci para trazer os dois para nossa casa, mas o Laxus não aceitou, ele disse que era o homem da casa e o responsável pela irmã e que ele mesmo cuidaria dela, foi o que ele prometeu a mãe no leito de morte e eu o admirei por isso, mesmo com tão pouca idade ser capaz de assumir uma responsabilidade tão grande. Então o ajudei como pude, ofereci um emprego como motorista com um salário que supriria as necessidades básicas deles e onde ele poderia terminar seus estudos, algum tempo depois consegui que ele aceitasse uma casa pequena para eles não precisarem mais pagar aluguel, quanto a pequena Lucy não foi difícil pra mim conseguir uma bolsa de estudos num dos melhores colégios de Magnólia o mesmo em que você estudava inclusive e ela nunca me decepcionou eu sempre recebi os boletins dela junto com os seus e acho que nem preciso mencionar o quão diferentes eles eram...
Flashback OFF
Igneel: Então respondendo as suas perguntas: Quando o Laxus, que continua sendo meu motorista apesar de eu já ter lhe oferecido diversas vezes um emprego melhor, disse que a Lucy estava procurando emprego EU ofereci a ela o cargo de sua secretaria, eu achei que ela seria uma boa influência para você, só não podia prever que desse tão certo assim... – ele falou rindo e piscando pra mim que ainda estava boquiaberto com toda a história e continuou. – o Laxus, irmão dela e meu motorista mora longe eu deixo ele voltar pra casa com o carro toda noite, então eu disse que ele poderia trazer ela antes de ir me buscar porque é perigoso e desnecessário ela pegar duas conduções para vir ao trabalho... Ah! E quanto aos nossos “encontros” - disse fazendo aspas com os dedos – a Lucy tem gentilmente vindo aqui todos os dias apenas para verificar a minha pressão e conferir se eu tomei meus remédios depois que me viu passar mal por esquecê-los.
Natsu: Eu não podia imaginar.
Igneel: Eu sei, mas sei também que isso não lhe dá o direito de ofender a moça, por isso eu digo mais uma vez: Você é um idiota Natsu!
Natsu: É que eu vi vocês abraçados e ela disse que lhe pediu algo.
Igneel: Pois é, a Lucy veio aqui hoje pedir para que eu a trocasse de setor.
Natsu: Mas por quê?
Igneel: Isso você deveria perguntar a ela, o que eu sei é que quando eu estava conseguindo fazê-la desistir dessa ideia você chegou fazendo o seu showzinho e você viu no que deu.
Natsu: Eu sou um idiota!
Igneel: Isso eu já sei, o que eu quero saber é o que você planeja fazer a partir de agora.
Natsu: Eu não faço ideia e agora ela não vai querer olhar na minha cara.
Igneel: A sua sorte é que eu tenho uma ideia, e que muito me agrada ter a Lucy como nora.
Natsu: Sério! E que ideia é essa?
Igneel: Por acaso eu tenho aqui dois convites para a festa de noivado e fusão das nossas concorrentes, vai ser super chata, mas não tem como deixarmos de ir... Eu ia chamar a Lisanna para me acompanhar porque você sabe que ela adora essas festas, mas se você quiser eu posso deixar você ir me representando e a Lucy vai te acompanhando.
Natsu: Ela nunca iria aceitar ir comigo.
Igneel: Eu posso omitir esse detalhe pelo menos até a hora de você ir busca-la e depois você está por sua conta, quero só ver se você puxou o charme do papai.
Natsu: Pai você é o melhor! – Eu o abracei, não acredito que ele esta me ajudando tanto com a Luce.
Igneel: Eu vou te ajudar. Mas quero que me prometa duas coisas.
Natsu: Que coisas?
Igneel: Primeiro que não vai fazer a Lucy sofrer, ela já sofreu demais.
Natsu: Eu prometo, e a segunda?
Igneel: Netos, eu quero netos o quanto antes.
Natsu: Acredite pai, nada me daria mais prazer que cumprir essa promessa. – Respondi sincero e com um grande sorriso.
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