História A Secretária - Especial I: Natal

Já se passaram meses desde aquele pedido lindo de casamento que o Natsu me fez, mas ainda não casamos, Ok, “casamos em partes” afinal eu estou grávida e não queríamos ficar separados assim como também decidimos só casar na igreja depois que o bebê nascesse, então casamos apenas no civil numa cerimônia bem simples e toda a pompa ficará para o casamento religioso.

 Uma garota tem o direito de se sentir linda em datas importantes assim como o seu casamento e hoje só que com um barrigão de oito meses e meio essa é uma tarefa bem difícil... O Natsu tem sido muito paciente comigo, meus hormônios estão me enlouquecendo e a ele também, as vezes, só as vezes sinto um pouco de pena dele, mas logo em seguida lembro que é tudo pelo menos 50% culpa dele e relaxo.

Eu continuo sendo a secretaria dele na Dragneel’s  por três motivos:

Primeiro porque gosto de me sentir útil e não iria ficar cotente quando me dissessem que apenas dei o golpe da barriga no meu chefe...

Segundo porque tenho que ficar de olho no Natsu, apesar de nos últimos meses ele estar bem mais responsável, se eu não estiver por perto ele faz uma bagunça daquelas, acumula trabalho, não sabe bem eleger prioridades, ou seja, o caos...

O terceiro motivo é porque eu tenho que ficar de olho no Natsu.  Ahhh, sério que alguém achou que eu ia deixar outra mulher ser secretária do meu marido lindo, charmoso e que fica incrivelmente sexy de terno? Claro que não! Tudo bem que ele anda bem “na linha” esses últimos meses, mas é bom não dar chance para o azar...

E é por isso que cá estou eu com um barrigão de oito meses e meio tentando achar um vestido que não me faça sentir enorme (pelo menos não maior do que eu já estou) para ir a empresa, hoje nós teremos uma reunião com nosso fornecedor mais insuportável e logo depois haverá uma pequena confraternização de natal entre os funcionários foi uma ideia minha e o Sr. Igneel adorou, eu gostaria de estar pelo menos bonitinha nessa ocasião, mas por incrível que pareça hoje além de mais inchada que de costume estou me sentindo indisposta.

Lucy: Droga! Já é o quinto vestido e nada fica bonito em mim. – Falei olhando pro espelho, e o Natsu se aproximou e se pôs atrás de mim.

Natsu: E já é a quinta vez que eu digo que você está linda Luce.

Lucy: Você está mentindo – Falei manhosa enquanto ele beijava o meu pescoço.

Natsu: Você sabe que não minto pra você, você é a mulher, a esposa e a mãe mais linda da cidade, ousaria dizer do mundo. Apesar de soar pretensioso uma vez que é a minha mulher,  minha esposa e mãe do meu filho.

Lucy: Você é que é o melhor marido do mundo. – Falei me virando sem sair dos seus braços e-o beijando.

Natsu: Bem que nós poderíamos ficar em casa hoje não é? – Os beijos dele começaram a descer e eu o detive.

Lucy: Nada disso! Eu sabia! Mais cedo ou mais tarde você iria propor algo do tipo.

Natsu: Ahhh Luce, ele é muito chato, as negociações com ele duram uma eternidade! – Falou fazendo um biquinho fofo.

Lucy: Você sabe que não dá para adiar, será bom continuar com ele como fornecedor por questões de logística, o produto dele é de boa qualidade e a localização também é melhor, esse negocio é tão vantajoso pra nós quanto pra eles e eu já deixei tudo o que ele costuma pedir de relatórios e estatísticas pronto, se Deus quiser hoje a reunião será rápida!

Natsu: Eu não consigo ser tão otimista... Mas como não há como fugir, que seja então.

Em pouco tempo chegamos à empresa e fomos direto a sala de reuniões o Sr. Gomes chegou no horário marcado as nove em ponto, e eu continuo me sentindo indisposta, começou inclusive uma cólica estranha, mas nada demais.

Impaciente... Essa palavra me descreve nesse momento, estou a nada menos que quatro horas sentada nessa cadeira, o Natsu está usando todo o seu poder de convencimento, sinceramente se fosse uma mulher essa reunião tinha acabado em dois minutos, mas o Sr. Gomes sempre tem um “porém”, um “mas” e até o meu filho de dentro da barriga está entediado com ele, meu bebê está agitado e as cólicas que iniciaram fraquinhas estão ficando cada vez mais intensas e incomodas...

Natsu: Luce, tudo bem? – Acho que fiz uma careta quando senti essa última.

Lucy: Sim, não se preocupe!

Depois de todo esse tempo, eu não posso simplesmente interromper a reunião, mais o meu bebê não parece se importar muito com isso.

Mais uma hora se passou e nada... As cólicas estão ainda mais fortes e frequentes, começo a acreditar que meu filho está querendo sair apenas para socar a cara desse senhor Gomes e eu não poderia censurá-lo por isso, o Natsu já mostrou tudo o que era necessário e inclusive o que não era relatórios, balancetes, previsões e etc. Esse é sem dúvida o momento mais tenso do dia o contrato está na frente dele, ele vai finalmente assinar, ele aproxima a caneta do papel e simplesmente a afasta pedindo mais algum raio de estatística na mesma hora em que sinto outra contração ainda mais forte que as outras. Por alguns segundo perdi o fôlego, a dor foi realmente muito forte, mais assim que recuperei o ar a minha irritação não pode ser contida.

Lucy: Chega! – Levantei batendo na mesa. – Qual é o seu problema?

Natsu: Luce!?!?

Lucy: Olha só, o senhor sabe tanto quanto qualquer um nessa sala que esse negocio é vantajoso para ambas as partes, então se quiser assinar essa porra de contrato –o faça de uma vez, que eu tenho coisas muito mais importantes para resolver agora e se não quiser apenas suma daqui! – Como era de se esperar tudo estava me olhando assustados, dei o meu melhor sorriso, peguei a minha bolsa e disse calmamente – Agora, com licença que preciso mesmo ir a maternidade, o meu bebê já quer nascer, vamos querido?

O Natsu estava paralisado no lugar, piscou algumas vezes para assimilar o que eu disse e eu me encolhi um pouco quando veio mais uma contração,  ele se levantou da cadeira num pulo e correu para o meu lado para me apoiar.

Natsu: M-mas c-como assim L-Luce? Não era pra nascer hoje!

Lucy: É que essa reunião estava tão insuportável, que tirou inclusive a paciência dele. – Dei um olhar sugestivo e intimidador para o Sr. Gomes que se encolheu na cadeira.

Natsu: Então é sério? Vai nascer hoje?

Lucy: Se você não parar de me fazer perguntas e andar logo, corre o risco de nascer aqui nessa sala.

Ele pareceu despertar me pegou nos braços e me levou o mais rápido possível para a maternidade. Eu estava com medo, mas a ansiedade de ter meu menininho ou menininha nos braços era maior que tudo, nós decidimos que só descobriríamos o sexo quando nascesse tem até umas apostas entre nossos amigos sobre isso.

Na maternidade fomos atendidos rapidamente, claro que a fortuna do meu sogro não tem absolutamente nada a ver com isso, em minutos houve uma movimentação intensa da equipe de médicos e enfermeiros e eu já estava pronta e seguindo para a sala de parto a dor foi horrível, mas eu não conseguia parar de sorrir nos intervalos só de pensar que logo eu poderia olhar para o rostinho do meu bebê. O Natsu também não demorou a estar do meu lado, ele me incentivava e falava palavras de conforto até que finalmente pudemos ouvir o chorinho do nosso bebê.

- É uma linda meninha!  - Disse o médico a colocando enroladinha em um lençol nos meus braços, o Natsu e eu não podíamos estar mais emocionados.

Natsu: A nossa Nashi, ela é linda Luce, perfeita!

Na tarde do dia seguinte tivemos alta e ao chegar em casa tive a alegria de encontrar todos os nossos amigos e parentes reunidos para a ceia de Natal.

O Sr. Igneel disse inclusive que o Sr. Gomes assinou o contrato logo que nós saímos, ele comentou que eu parecia brava igual a esposa dele e ele nunca ousou desobedecer uma ordem dela...

Tivemos uma ceia muito agradável e feliz, sobretudo para a Erza,a Mira, A Levy e a Juvia que ganharam dos meninos a aposta sobre o sexo da Nashi e eles detestam perder..., Em certo momento da noite percebi que o Natsu não estava conosco na sala então decidi procurá-lo, como eu imaginei –o encontrei no quarto da Nashi ninando-a com toda a delicadeza, era a cena mais linda do mundo, quando ele me viu abriu aquele sorriso lindo que eu amo, e ao me aproximar percebi que a Nashi também sorria ela é a versão feminina do Natsu com o mesmo sorriso, olhos e cor de cabelo.

Natsu: Obrigado Luce.

Lucy: Por quê?

Natsu: Pelo melhor presente de Natal de todos, ter você e a Nashi comigo é um presente tão bom, tão incrível que eu nunca sequer sonhei em pedi.

Lucy: Então acho que também devo agradecer , por que esse presente é tão seu quanto meu.

Nos beijamos, um beijo que transmitia todo o amor e carinho que tinhas um pelo outro e escutamos o barulho da comemoração vinda da sala, meia noite.

Natsu: Feliz natal Luce!

Lucy: Feliz natal Natsu!