História A Secretária - A proposta e Caçando o Natsu.

Por mais que eu queira não posso evitar, então me dirigi até a sala do Natsu, ele me esperava de pé encostado na frente de sua mesa com os braços cruzados sobre o peito e um sorriso malicioso nos lábios, parei no meio da sala tentando manter a maior distancia possível.

Lucy: Estou aqui o que quer propor?

Ele começou a dar passos lentos em minha direção enquanto falava.

Natsu: Antes me responda... Ficar próxima a mim te incomoda?

 Sem ao menos pensar comecei a dar passos pra traz conforme ele se aproximava, até me sentir presa entre a parede e ele.

Lucy: N-Natsu L-lembre d-das r-regras – *Droga!!! Porque eu estou gaguejando? O sorriso dele só aumentou ao notar meu nervosismo.*

Natsu: Pelo que eu me lembro ainda não infringi nenhuma delas.

Fiz uma nota mental, criar uma nova regra onde imponho uma distancia mínima entre nós. Mas nesse momento é tarde demais pra isso, ele está perigosamente perto e sinto que não tenho forças pra me afastar os olhos, a boca e o perfume dele me hipnotizaram, não sou capaz nem de raciocinar direito... Sinto ele se aproximar mais e falar bem próximo do meu ouvido pausadamente, mas ainda assim sem me tocar.

Natsu: Você não me respondeu... Ficar assim... Perto de mim... te perturba de alguma forma?

Acho que esqueci como se respira.

Lucy: S-sim.

Ele começou a rir e se afastou. Por que ele se afastou? E por que estou desapontada com isso?

Natsu: Então acho que vai gostar do que vou te propor Luce.

Ele falou já sentando em sua cadeira e eu ainda paralisada no mesmo lugar com os olhos fixos nele tentando entender o que acabou de acontecer, ele continuou.

Natsu: Eu não sei e não gosto nada do trabalho aqui, mas meu pai exige que eu venha. Que tal você fazer o meu trabalho e encobrir as minha faltas? Eu viria uma vez por semana e apenas para assinar o que for preciso. E em troca, eu deposito um valor em sua conta todos os meses e é claro você evita o incômodo que a minha presença lhe causa. O que acha?

A essa altura eu já tinha conseguido me recompor. Não tenho como negar que o dinheiro iria ajudar muito lá em casa, quanto a fazer o trabalho dele Levi já tinha me avisado que seria assim e o fato dele ficar longe também não é nada mal. Só há vantagens!

Lucy: Eu aceito!

***

Depois desse tenso primeiro e quase ultimo dia de trabalho a situação normalizou. O Sr. Igneel destinou uma parte do trabalho ao filho e como ele sabe que a capacidade do Natsu não é lá grande coisas eu não tive problemas pra fazer.

Com o passar dos dias acho que o Sr Igneel começou a gostar demais do serviço do filho e chegamos enfim ao meu problema de hoje. Ele deixou a cargo do filho a elaboração de uma apresentação para os acionistas, algo bem simples apenas para mostrar os números da empresa e expor o que está sendo feito e as metas para o futuro, fiz tudo conforme foi solicitado e o Natsu assinou como sempre sem ler e nem questionar.

Qualquer dia desses juro que o faço assinar a sentença de morte dele!!!

Quando entreguei a Erza tudo o que era necessário para a apresentação ela me devolveu e disse que ele mesmo devia apresentá-la segunda às 10hs na sala de reuniões.

Agora me diz como? Ele não sabe nada da apresentação, aliás, ele não sabe nada de nada... E também não atende o celular... E mesmo que eu conseguisse falar com ele, eu sei que ele não vai querer fazer essa apresentação, droga! Dentre tantas pessoas naquela empresa porque eu tenho que trabalhar logo com aquela ameba rosa?

Já sei! Quando eu chegar à empresa amanhã eu digo que o Natsu está doente, eu sei que ele não mora com o pai e como amanhã é segunda-feira aquele idiota vai estar caindo de bêbado em algum lugar e não vai aparecer na empresa de jeito nenhum. Nos dias em que ele resolve dar o ar da graça ele sempre vem por volta das três da tarde e isso nunca acontece nas segundas.

O Sr Igneel não vai ter problemas para fazer a apresentação.

***

Cheguei cedo ao escritório precisava conferir mais uma vez se estava tudo, ok e depois disso me dirigi à sala do pai do Natsu, eu não queria mentir pra ele, mas é uma mentirinha piedosa afinal ele não merece o filho que tem. Ao chegar lá a Erza não estava em seu lugar deve ter ido resolver algo, bati varias vezes na porta e não ouvi nenhuma resposta, será que saiu? Eu deveria ir embora, mas escutei algo parecia um gemido de dor e então eu abri a porta e o encontrei  caído no chão ao lado da mesa.

Ele ainda estava consciente, mas parecia sentir muita dor, corri o ajudei a deitar em um sofá que havia lá.

Lucy: Fique aqui um minutinho que eu vou chamar ajuda.

Ele segurou meu braço e negou com a voz falha.

Igneel: Não Lucy! Apenas me dê o remédio que está na gaveta da minha mesa.

Eu lhe dei o remédio e em alguns minutos a dor pareceu aliviar.

Lucy: O Sr precisa ir ao médico.

Igneel: Não precisa, é apenas a minha pressão que está alta, eu fiquei ocupado com as coisas da empresa e esqueci-me do remédio. Desculpe ter te assustado.

Lucy: Então vá pra casa descansar.

Igneel: Não posso ir, a reunião de hoje é importante, os acionistas estão cobrando essas informações e não sei se o Natsu está pronto para essa responsabilidade toda.

É claro que ele não está pronto, nem pra essa apresentação e nem pra nenhuma, o pai dele está doente e aquele infeliz não deve nem saber, mas também não posso deixar o Sr Igneel se esforçar mais.

Lucy: Não se preocupe, eu sei que o Natsu está pronto. Pode ir descansar e não se preocupe com a reunião, vai dar tudo certo eu prometo.

Eu não tenho ideia de como vou cumprir essa promessa, mas farei o possível e o impossível pra isso.

Finalmente depois de muita insistência consegui que ele aceitasse ir pra casa com o Laxus. Ele já estava saindo quando pediu.

Igneel: Lucy, por favor, não conte a ninguém que eu passei mal.

Lucy: Tudo bem.

Agora vem a parte mais difícil... Encontrar e arrastar o Natsu para a empresa em apenas 2hs.

Erza: Qual o problema Lucy? Posso ajudar?

Lucy: Só se você souber me dizer onde está aquele idiota do cabelo rosa agora.

Erza: Eu não sei, mas acho que a Juvia pode te ajudar.

Lucy: A Juvia?

Erza: É a Juvia tem um irmão que pelo que ela me contou é um dos melhores amigos do Natsu e eles estão sempre juntos.

Lucy: Ok! Vou procurá-la, por favor, se os empresários começarem a chegar para a reunião peça que esperem um pouco sim.

Erza: Tudo bem, Boa sorte!

***

Lucy: Juvia a Erza me disse que você sabe o paradeiro do Natsu, eu preciso dele aqui e rápido e ele não atende o celular.

Juvia: Eles nunca atendem o Jellal sempre está com ele e eu sei que eles foram numa boate do centro, devem estar lá ainda.

Depois de pegar as coordenadas para chegar a tal boate saí correndo da empresa.

A boate ainda tem muita gente, a maioria caindo de bêbada numa segunda-feira e já passa das 8 da manhã. Esse povo não trabalha não é?

Não foi difícil encontra-lo afinal cabelo rosa não é a característica mais comum entre os seres humanos, ele estava sentado numa cadeira com uma morena em seu colo os dois estavam praticamente contracenando num filme pornô.

 Deus porque me meto nessas coisas??? - Logo depois respondi pra mim mesma - É pelo Sr Igneel Lucy, Só por ele!!!

Respirei fundo,  me aproximei do casal e bati com um pouco de força nas costas dele fazendo-o se separar um pouco da garota e me olhar.

Natsu: Luce???

Lucy: Eu preciso que você venha comigo agora.

Xxx: Agora ele está ocupado comigo. – Falou à morena que estava no seu colo.

Lucy: Querida ele precisa resolver uma coisa urgente, depois ele volta e você dá pra ele o quanto quiser tudo bem?

Nesse momento apareceram três rapazes e se aproximaram de mim, um de cabelo azul, um de cabelos negros compridos cheio de piercens e um de cabelos preto curto imagino que sejam os amigos dele.

Xxx: Natsu, não vai apresentar a sua amiga pra nós? – Falou o de cabelo preto e curto colocando a mão na minha cintura, não tive nem tempo de reagir, o Natsu se levantou rápido quase que joga a mulher no chão e me puxou pra ele.

Natsu: Ela não é pro seu bico Gray – Falou sério me segurando com força.

Eu me soltei dos seus braços rapidamente ignorando os amigos dele e a garota que me olhava com cara de poucos amigos.

Lucy: Eu preciso que você vá para a empresa.

Natsu: Ok Lucy, Vamos. Aqui não é lugar pra você.