História A Seleção de Máscaras - Infelizmente aconteceu

Pov. Eadlyn

Sentei-me na cadeira ao lado de minha mãe. Ao meu outro lado estava meus irmãos. Mas um estava faltando. Kaden. Percebi que a família da Noruega, também não estava na mesa. Estranhei. E parecia que eu não era a única, minha mãe perguntou por ele, porque, realmente, ele não é de se atrasar. Já perto do fim do café, um guarda entrou, trazendo consigo uma carta, que se dizia urgente. Me preocupei com como estava o rosto do meu pai. Ele primeiro contou baixo para minha mãe, ela arregalou os olhos e começou a chorar, sem querer que ninguém visse, mas todos viram, ela saiu da sala. Perguntei :
-O que está acontecendo? - Ele me olhou, suspirou derrotado.
-Seu.. Seu irmão, Kaden... Ele... Foi sequestrado. - Falou preocupado. Fiquei paralisada, não sabia o que fazer. Estava preocupada. Mas não iria me abalar.
-Bem, mas já tem alguma suspeita de onde ele possa está? - Perguntei tentando não mostrar minha preocupação.
-Sim. Mas não ajudou em muita coisa, é uma adivinhação. - Me mostrou o papel escrito:
" onde estrelas não estão a vista, o encontrará.  "
Mas que lugar seria esse? Não consigo pensar, não consigo pensar..... Argh. Com um monte de olhares.
-Pai, vem comigo para sua sala. - Quando cheguei. - Como assim?? Quem o sequestrou e por quê?
-Foram aqueles noruegueses. - Falou enquanto caminhava de um lado para o outro. - E, bem, por favor não se culpe, eles fizeram por você.-Parou e me olhou. Minha confusão era vista.
-N-Não estou entendendo. Por que eles fariam isso? - Pergunto.
-Eles não são da Noruega de verdade, não são nem da família real. São rebeldes, e se for de acordo com o que estou pensando, são os mesmos do ataque.-Falou meu pai.
-Por que me odeiam? - Não consigo entender. Ele hesitou um pouco em responder.
-Eles acham que você não está preparada para governar. - Respondeu, suspirei fundo.- Sei que isso é muito... -Machista, egoísta e absurdo? Sei. - Você está bem? 

-Estou, pai. Não se preocupe. - Dito isso, algum tempo depois, um guarda entrou, apressadamente, sem bater nem nada. Ele falou, ofegante :
-A rainha! - Meu pai, logo ficou mais preocupado.
-O que houve? - Perguntou.
-Ela, ela, teve um ataque cardíaco, está na enfermaria, parece grave. - Meu pai e eu não perdemos tempo e já fomos para lá. Ao chegar, nos deixaram entrar, paralisei ao entrar, nunca vi minha mãe naquele estado, enquanto meu pai se aproximou e verificou como ela estava. O médico passou ao lado da sala, perguntei:
-Minha mãe irá ficar melhor? - Ele respondeu :
-Ela, vai ficar bem, mas tem chances dela... - Ele não conseguiu terminar. Só confirmei com a cabeça e ele saiu.
-Eadlyn, tem como você ver com os profissionais, sobre seu irmão Kaden? Eu quero ficar com sua mãe e - O interrompo :
-Tudo bem. - Me virei para saída, mas antes parei e sussurrei olhando para minha mãe - Fique bem.
Fui na direção da sala de reuniões do meu pai, e tentamos resolver sobre onde poderia estar Kaden. Não conseguimos pensar em nenhum lugar. Depois de uma longa manhã, uma empregada, me avisou:
-Me desculpe, alteza, mas o quadro de saúde de sua mãe está pior. - Fui ver minha mãe, não sei como, mas conseguiram tirar meu pai de lá. Já ao seu lado, seguro sua mão e falo:
-Mãe, por favor, volta para gente. - Supliquei. É horrível, sentir dua pele fria, sem seu sorriso saindo de sua boca. - A senhora tem que ficar bem. - Olhei para ela, não aguentei e acabei a abraçando. - Preciso de você. - Depois de passar mais um tempo, fui almoçar,meu pai ficou com ela. Tive que aturar na hora do almoço, os olhares de pena. E isso me deixou com raiva. Odeio que sintam pena de mim. Quando termino, vou em direção ao meu quarto. No caminho encontro Luke.
-Como você se sente?-Pergunta.
-Estou bem. - Respondo, mas ele me abraça.
-Não precisa mentir. - Ele fala, e meio hesitante, retribuo o abraço. Apoio minha testa em seu ombro e respondo :
-Eu não estou nada bem. - Me seguro para não chorar. Aquilo ajudou, mas tinha que me recompor. - Saí do abraço, arrumei minha postura e falei. - Tenho que ir. - Ele concordou com a cabeça e falou :
-Melhoras.
Passei o resto da tarde no meu quarto, muitas pessoas passaram, bateram na porta, a maioria os selecionados, mas não atendi. Para me distrair, fiquei desenhando modelos de vestidos. Meu lápis caiu perto da porta, quando fui pegar me surpreendo, por ter várias cartas. As pego e as leio.

Come alguma coisa, melhora....
                    Vicente

Sua mãe vai melhorar, acredito que sim!
                     Kevin

Fica bem, seu irmão vai voltar e sua mãe irá ficar boa.
                      Patrick
Se cuida!
                     Nathan

Entre várias outras, quando percebi eu estava sorrindo. Bateram na minha porta depois, falando que era meu bolo. Ótimo! Ao abrir, vejo John.
-Você trouxe o meu bolo? - Pergunto.
-Não.
-Então o que veio fazer aqui?
-Vim fazer duas coisas. A primeira era dizer que você não precisa se preocupar com sua mãe, você deve saber que ela é forte.
-Não preciso da pena de ninguém. - Digo. Ele sorri.
-E quem disse que eu tenho pena de você? Só quero conversar para distrair. - Ele entrou no quarto e começamos a conversar. Até que ele conseguiu me fazer rir.
-Agora me fala, o nariz dos palhaços não parece com morangos? - Ele perguntou. Eu parei de falar, não sabia o que dizer. - É por causa da sua mãe?
-Sim. - Respondo.
-Olha dá para perceber que você não está bem, desabafa, você pode. - Falou me olhando, não aguentei, comecei a chorar.
-Por que isso tinha que acontecer? - Perguntei. - Não entendo, eu não entendo.
-Vamos descobrir onde está seu irmão, você não tem culpa, - Ele falou segurando meus ombros - E sua mãe, você já viu alguma vez ela abandonar a família dela?- Nego. - Tem alguma memória se ela abandonou vocês?-Sorri por lembrar de que quando eu era menor, eu e Ahren queríamos sair do castelo para a floresta acampar a noite. John tinha me abraçado, estávamos calados, até que arregalo os olhos.
-Meu Deus! - Sai do abraço e fiquei em pé. - A floresta, John, a floresta! - Ele não estava entendendo, mas não ia perder meu tempo explicando. Já ia saindo quando me virei e falei:
-Se você contar para alguém que você me viu chorar terá consequências. - Ele sorri, e responde :
-Talvez eu não conte.
-Talvez? Idiota. - Não perdi mais tempo, e corri para a enfermaria, ao avistar meu pai, chamei :
-Pai, pai, pai! - Ele se assustou.
-O que houve? - Perguntou.
-Aquela adivinhação, Kaden está na floresta!
Ele parou para pensar um pouco, depois vi seu rosto ter um tom esclarecedor. Respondeu:
-Claro! - Ele se apresou, deu um beijo rápido na minha mãe e foi em direção aos guardas, os comunicou para procurarem na floresta. Fiquei com meus outros irmãos, Osten não estava indo muito bem, está preocupado com a nossa mãe. Contei uma história para ele dormir. Ele ficou procurando o Kaden o resto do dia pelo castelo. Quando ele dormiu Ahren e eu, saímos do quarto, ele foi ver como estva indo a busca pelo Kaden. Eu fui deitar um pouco.
Fiquei pensando bastante, seriamente, em acabar com a seleção. Não iria conseguir fazer isso agora. E seria uma ótima desculpa para acabar com isso logo de uma vez. Estava indo falar com meu pai, para dizer que terminaria a seleção.