História A Seleção de Máscaras - O infiltrado

Pov. Eadlyn 

Não imaginei que poderia falar isso, nunca na verdade, mas aqueles beijos causaram alguma coisa em mim muito estranha. Acho que estou ficando louca, só pode. Acabei de decidir que vou casar e já estou começando a estar..... Não aquela palavra é de mais. A gostar desses garotos de outro jeito? Meu deus. 

-Neena, traz sorvete por favor? - Falei com uma carinha de desespero, ela logo trouxe e eu estava totalmente jogada na cama. Ela me entregou o sorvete e eu fiz um sinal para ela se deitar ao meu lado ela recuou, mas logo se deitou também. - Obrigada. - Comecei a explicar tudo pra ela enquanto tomava sorvete. - Me entende? O que estou sentindo? É doença? - Perguntei. Ela sorriu e respondeu :

-Não, acho que você está começando a se apaixonar. 

-Preferia doença. - Resmunguei baixinho. Ela soltou uma risada. 

-Você não disse que queria se casar? - Perguntou. 

-É, mas eu não imaginava que já estaria começando agora. - Lamentei. 

-Eu também estava com um pé atrás com o meu namorado no início, é normal. - Falou Neena. 

-Ah, não vamos falar disso, sorvetes são nossa melhor companhia, vamos, toma. - Ofereci para ela, que aceitou rindo. 

No outro dia

Fui tomar café no jardim, estava precisando de espaço, mas acabei encontrando Tomás. 

-Bom dia,alteza. - Falou beijando minha mão. 

-Bom dia. Quer tomar café comigo? -Perguntei. Ele aceitou, começamos a conversar bastante, acabei por chamar ele para um encontro. Eu estava alucinando, mas parecia que ele estava nervoso. Eu ri da sua cara de desespero. 

-Está tudo bem? - Perguntei. Mas logo vi que não era brincadeira. 

-M-Me desculpa, mas eu não posso deixar eles fazerem isso com minha família. - Falou se aproximando, me afastei dele, mas ele me segurou pelas costas e prendeu meu pescoço com seu braço. 

-Me solta. - Falei sem ar. Ele nem ligou. O corredor estava vazio. E agora? Estava perdendo o tempo tentando me soltar. Tive uma idéia. Me virei para o lado com força para bater no móvel que tinha e o vaso acabou caindo no chão fazendo muito barulho, os guardas ouviram e vieram na nossa direção, conseguiram o prender e fui falar com meu pai no escritório. 

-Pai. - Falei. 

-Sim? - O expliquei o que acabou de acontecer e ele ficou preocupado que pudesse ter mais selecionados envolvidos nisso. 

-Me explica o que está acontecendo, direito. - Pedi. 

-Não tem - 

-Tem sim. - Falei o olhei com o olhar de por favor. Ele nunca resiste. 

-Tudo bem. Eles estão fazendo isso porque eles sabem. 

-Sabem de que? -Perguntei. 

-Que a seleção é uma farsa e que estamos mentindo para o povo. Eles acham isso um absurdo e não acham você confiável para ser a rainha de Illea, por estar mentindo. Mas já que eles não tem provas concretas, nos ameaçam e não vão parar. - Agora também tenho que ganhar a confiança deles. Isso vai ser difícil.