História A Seleção do Príncipe Dylan O'Brien - Capítulo 12

Kelly Brooke

O príncipe da Australia estava me beijando e o pior, meu coração agia como se fosse a coisa mais correta do mundo. Eu queria parar de beijá-lo, mas tudo em mim pedia aquele beijo. O que estava acontecendo comigo? Deixei-me levar no beijo e me cérebro se realizou. Dylan parou quando precisou de ar e eu somente o encarava.

- Desculpe senhorita, mas tenho que pedir que fique em minha casa. – ele diz com olhos suplicantes. – Por favor, fique por mim.

- O que éramos quando brigamos? – pergunto e ele me olha triste.

- Até aquele momento você era só mais uma selecionada, hoje já não tenho certeza. – ele diz e vejo a sinceridade em meu olhar.

- Alteza, eu agradeço a sua sinceridade, mas eu não consigo lembrar do que vivi aqui. – digo querendo que ele entenda. – Seria melhor se eu fosse embora.

- Você vai lembrar e se não lembrar, por que não começar comigo do zero? – ele diz suplicante.

- Eu não posso dar uma certeza de retribuir o que você quer. – digo e finalmente eu o magoo.

- Eu estarei aqui e eu vou te procurar sempre, mas se não retribuir, eu te deixo ir. – ele diz e se levanta. – Tenha uma boa noite senhorita, seu jantar será servido no quarto, ainda está de repouso.

Ele sai do meu quarto e escuto Ashton ficar em posição na porta. O ataque que sofremos foi brutal, eles mataram alguns criados e soldados, também machucaram algumas selecionadas. Ashton me contou que quase morri, o que me deixou com mais vontade de ir pra casa, mas pelo que vi Dylan não vai me deixar ir assim. Ashton também me contou que sou muito amiga de Rachel, por isso Alec me conhecia e quando pudesse me apresentaria de novo ao príncipe Michael, ao príncipe Calum e ao Luke.

***

Rachel saiu do hospital alguns dias depois de mim e confirmou a mim tudo o que Ashton me contou, ela e seu irmão foram muito amorosos comigo, fizeram me sentir em casa no palácio. Rachel machucou as costas e por isso está literalmente de cama, então nós duas passamos muito tempo estudando em seu quarto. Amely tem levado bem a sério nossos estudos, aconteça o que acontecer, ela passou aluns projetos e por isso tinhamos muitas tarefas. Rachel e Rosale foram as únicas a serem dispensadas das aulas de dança para o baile de inverno, Rachel por causa das costas e Rosale ainda não estava boa da fratura no pé.

As vesperas do baile de inverno minhas criadas estavam pilhadas com o vestido que eu ia usar e por carta eu soube de tudo o que aconteceu no momento em que parti, meu ex namorado me traiu. Dylan se encontrou comigo quase todos os dias depois do jantar e ficou feliz em notar que eu não tirei a pulseira que ele me deu. Eu amava aquele objeto, algo em mim precisava sentir Dylan perto. Meu vestido era rosa bebê longo, com cristais o peito e na manguinha delicada que levemente caía em meus ombros, elas arrumaram meu cabelo em um rabo de cavalo com cachos e alguns fios soltos emolduravam meu rosto, usava um brinco de cristas e a pulseira que Dylan me deu.

Rachel me esperava com Alena no corredor, o vestido de Rachel era preto preso na parte do peito com um cinto de pedrinhas pratas delicadas e tinha alças fininhas com a mesma pedra do cinto e uma leve calda, o cabelo longo da menina estava preso em uma trança e Alena usava um vestido azul escuro sereia que tinha pedras azuis que percorria seu corpo e seu cabelo estava breso em um coque banana perfeitamente alinhado. Descemos ao salão e fomos cumprir o papel de embaixadoras. Muitos príncipes e princesas, reis e rainhas estavam lá e nós dávamos o nosso melhor pra ser acolhedoras com eles. A família real australiana entrou e Dylan estava incrível, parecia um rei.

- Damos boas vindas a todos que estão no nosso tradicional baile de inverno – Dylan diz quando chega ao microfone – A Australia se alegra com vossas presenças e curtam essa noite!

A música voltou a tocar e fomos circular no salão, Rosale estava limitada a ficar sentada por causa do gesso, Rebeca chamava atenção de todos com seu vestido decotado demais para ocasião e ela estava sempre dançando. Conversei com os príncipes de Illea e a princesa italiana, ambos disseram que eu era favorita deles, agradeci mas essa história de Seleção me deixava incomodada.

- Ela é tradição em nosso país - James me conta sobre a seleção que os monarcas passam em seu país. – O rei achou que o Dylan ter uma seria uma chance de ele ter o amor verdadeiro.

- Mas a seleção pode trazer o amor verdadeiro Kelly – Oliver diz – Há muito tempo que nossos monarcas tem sido muito felizes com suas escolhas, não se arrependa de sua escolha Kelly.

- Obrigada meninos. – digo sorrindo.

- Você nos lembra muito uma de nossas rainhas. – James  fala pensativo.         

- Nossa muitos tataras avó America. – Oliver completa a fala do gêmeo. – Ela só se deu uma chance e foi muito feliz.

- Vocês são a dupla mais estranha que já conheci. – digo rindo muito dos dois ruivos – Mas obrigada meninos.

- Disponha! – eles respondem juntos e saem andando pelo salão.

Fico olhando Dylan dançando com Rachel no salão e alguns pequenos flashes passavam em minha mente, uma dor de cabeça me atingiu e eu saí de fininho do salão, indo para meu quarto. Já deu minha hora de dormir. Quando estava perto da porta sinto uma mãoem meu braço.

- Me concede essa dança senhorita? – Dylan pede olhando em meus olhos.

- Claro alteza. – digo fazendo uma leve reverencia.

- Chega de alteza, pra você eu sempre fui o Dylan. – ele diz e fomos a pista de dança – Você é a única selecionada que não me chama de alteza. Mike e Cal também dispensaram você disso.

- Porque só eu? – digo perdida em seu olhar.

- Porque você sempre foi diferente. – ele diz em sussurro.

Rachel Fray

Estava claro que eu era a única que sabia exatamente como se comportar num evento como aquele. Eu também já sabia dançar, fui parceira do Dylan em muitas aulas e sei falar mais de uma lingua. Mas o susto que eu levei no ataque fez com que minha gravidez se complicasse e por isso procurei ficar mais na minha. Dançei só uma vez quando o Dylan me pediu, mas ao terminar a dança disse ao Dyl que o bebê estava pedindo cama e ele todo bobo me dispensou da noite. Fui caminhando ao meu quarto com Alec em meu encalço, sorri pro meu irmão e fomos a cozinha. Meus pais estavam lá, queriam falar comigo e fomos nós dois encontrar com eles. Minha mãe usava um vestido azul marinho brilhoso e seu cabelo estava preso em um elegante coque, meu pai usava um terno elegante. O rei sempre pagou muito mais do que eles deveriam receber, porque ele até hoje não aceita que meus pais trabalhem onde estão, por isso eles estão sempre em jantares reais e eventos que pessoas da cozinha e estábulos nunca são convidados, mas os reis amam meus pais e os meus pais amam os reis.

- Oi mãe! – fui correndo para seus braços. – Pai!

- Filhinha! – eles dizem sorrindo. – Estavámos com saudades dos dois. – eles puxam Alec pro abraço.

- Filha, Thales nos chamou pra conversar. – mamãe diz e começo a chorar na mesma hora. – Ah querida, não chore.

- Eu não quero morrer mamãe. – digo soluçando – Eu e Ashton nos amamos a muito tempo, só que fomos irresponsáveis.

- Filha, amanhã a gente tem uma reunião com o rei. – meu pai diz sério. – E hoje temos com uma pessoa.

Olho pra entrada da cozinha e Ashton estava entrando, quando ele me viu sorriu de leve e entrou timidamente. Ele se posicionou do meu lado e segurou minha mão.

- Então você é o Ashton. – minha mãe o olha sorridente e eu me surpreendo.

- Não vamos brigar com vocês – meu pai diz e sinto Ashton relaxar – Só queremos conhecer o pai do nosso neto.

- Sou Ashton Irwin, senhor Fray. – ele se apressa em apertar a mão do meu pai – Vim do distrito dois precisando de trabalho e a princesa Thayla me colocou no exército real.

- A princesa tem um dom para reconhecer potenciais. – minha mãe diz carinhosa – Por isso ela pega pesado com Calum e Luke também.

- Ela me acolheu quando meus pais se foram e eu vim aqui pro distrito 1 pra mandar dinheiro pra minha irmã que mora com meus tios. – ele diz triste. – Alec me conheceu assim que cheguei, foi sempre um bom amigo. Me desculpem pelo mal que causei, mas eu vou proteger Rachel porque eu a amo e também amo nosso filho.

Ele toca em minha barriga e meus pais nos olham emocionados. Alec permanece firme, mas com um leve sorriso em seus lábios, abracei Ashton porque sei que ele queria meu abraço.

- Eu amo Ashton mais que tudo pai. – digo derramando uma lágrima.

- E vocês dois tem nossa benção. – minha mãe diz e nos abraça, meu pai e Alec se juntam ao abraço. – E agora todos precisamos descansar.

Nos despedimos e Alec diz que tem ir ao dormitório, Ashton diz eu vai me acompanhar. Ele segura em minha mão e eu deito minha cabeça em seu braço. Abro a porta do meu quarto e Ashton entra comigo, sem convite e com total autorizção minha, deitamos juntos na cama e ficamos nos encarando. Ele toca em minha barriga que não é visível, mas mesmo assim tem uma vida ali.

- Você nunca me contou sobre seus pais – digo e ele suspira.

- Eles morreram em um acidente de carro. – ele começa a falar sobre sua historia – Eu tinha só 15 anos e meus tios ficaram com nossa guarda, mas eles não tinham muitas condições e tudo que meus pais tinham nos supriu só um ano, então vim pro distrito 1.

- Pelo menos eu pude conhecer o grande amor da minha vida – digo sorrindo.

- E eu a mesma coisa. – ele diz sorrindo. – Eu demorei pra te encontrar Rachel e não estou mais disposto a ti perder.