História A Seleção do Príncipe Dylan O'Brien - Capítulo 20

Kelly Brooke

Acordei na enfermaria, meu pescoço estava doendo e minha visão estava um pouco embaçada. Tentei me levantar, mas alguém me segurou me fazendo se assustar e todo meu corpo doer.

- Calma Kel – disse Rachel – Graças a Deus você acordou – ela disse aliviada.

- Cadê o Dylan? – eu me lembrava de poucas coisas.

- Ele esta bem, Kelly – ela disse e sorriu – Parabéns pelo noivado.

- Ah – disse sorrindo me lembrando que mais uma vez ele me surpreendeu, mas vi Rachel com um olhar meio triste.

- Descanse um pouco –disse Rachel se levantando do meu lado.

- Rachel – chamei a morena e ela se virou pra mim – O que aconteceu?

- Alec estava muito perto da bomba na hora da explosão – ela começa devagar e tentei me preparar para o pior – Ele e Ashton tentaram se proteger, mas quando a bomba explodiu, Alec foi lançado e machucou as costas, ele pode não andar mais.

Rachel derramou uma lágrima, que ela tratou de enxugar, então ela sai antes que eu pudesse falar algo. Algum tempo depois acordei em meu quarto, Dylan estava me olhando dormir e tentou disfarçar quando acordei.

- Eu nunca pensei que esses relógios do palácio iam ficar tão vivos – ele disse sua voz estava grossa – Eu não tirei meus olhos de você depois desse ataque, você sofreu coisas leves – ele sorriu e me ajudou a sentar na cama

O relógio marcava 1:25 da madrugada , tinha algumas bandejas com comidas servidas em uma mesa.

- O que aconteceu com o James? – perguntei e Dylan respirou fundo

- Ele esta morto – disse por fim mudando de assunto – Você quer comer? Eu pedi pras criadas prepararem alguns aperitivos do seu agrado.

- Obrigado alteza – disse  e ele riu e se aproximou depositando um selinho demorado – Dyl... – chamo devagar e ele me olha – E Alec?

- Alec perdeu os movimentos das pernas, mas o médico disse que com fisioterapia ele voltará a andar. – Dylan contou com uma voz pesada, mas aliviada.

Enquanto eu comia Dylan me descontraia com historias de sua infância e foi então que a ficha caiu , Dylan estava sem camisa, com uma calça de moletom  e dormindo em meu quarto pela primeira vez.

- Lembra que a Rachel pediu para você descansar?  - ele perguntou e eu assenti -  Você dormiu ontem a tarde e acordou hoje a noite, a bela adormecida vai perder o titulo se você continuar assim. – ele disse rindo

- Nossa, não sabia que havia dormido tanto – disse por fim – Quanto tempo eu fiquei apagada?

- Quatro dias, contando com ontem e hoje cinco – tomei um susto e ele riu da cara que eu fiz - Vou preparar um banho de espuma pra você – ele disse indo ao banheiro – Você bem que poderia me convidar – disse inocentemente e eu ri.

Depois do banho relaxante e de ter passado minutos olhando os hematomas em meu rosto sai do banho, Dylan estava sentado na cama e eu corri até ele e o abracei chorando. Ele sabia o porque eu estava tão assustada.

- Você acalma as minhas tempestades e traz paz a minha alma – disse e senti seu coração disparar.

- Você roubou meu coração quando entrou nesse palácio, fiquei sem fôlego – ele disse e nos encaramos – Você é a paz quando meu mundo esta em guerra, você é a luz da minha escuridão e você me atrai tanto que me questiono se você vai me atrair mais ainda. Você é tudo que eu quero, tudo que eu preciso, você é tudo pra mim.

- Eu te amo Dylan – disse e ele colocou suas mãos em meu rosto.

- Eu te amo Kelly – ele disse selando nossos lábios.

Dylan O’Brien

Eu sabia que não podia fazer aquilo agora mais eu não estava me contendo, a deitei na cama com delicadeza sem quebrar o beijo e minha ereção já era visível o que me deixou constrangido e eu sabia que ela também estava constrangida.

- Eu irei entender se você quiser parar – disse e ela me olhou.

- Você quer parar? – Kelly perguntou e eu voltei a beija-la em resposta

Minhas mãos acariciava seu corpo por cima da roupa,  Kelly era a perfeição pra mim o desejo era visível e eu não sabia o que fazer. Na manhã seguinte acordei com Kelly dormindo em meu peito, um sorriso apareceu em meu rosto e beijei sua cabeça e ela continuou a dormir, lembranças da noite passada apareceram como flashback em minha mente.

- Bom dia Kel – disse Rachel invadindo o quarto – Ai. Meu. Deus. – ela disse pausadamente – Desculpa eu não sabia – ela disse voltando e fechando a porta.

Aquilo foi constrangedor, vi Kelly abrir os olhos lentamente e me olhar. Beijei sua testa e ela sorriu ao sentir minha mão fazendo carinho em seu cabelo.

- Da próxima vez será melhor, eu prometo – disse e ela riu.

- Tudo bem, foi bom – ela disse e começamos a rir.

Alguém estava batendo na porta e Rachel me chamou, comecei a rir da cena que ela tinha visto, eu sabia que ela estava extremamente constrangida. Não tive outra reação a não ser rir mais e olhar a cara confusa de Kelly. Tomei um banho rápido e vesti meu terno, saí direto para sala do meu pai.

- Como está Alec? – pergunto a Rachel e ela suspira.

- Ele está bem, irá acordar logo. – ela fala triste – Irá começar a fisioterapia assim que tiver alta.

- Eu sinto tanto, Rachel. – digo abraçando ela.

- Ele se feriu fazendo o trabalho dele, não é culpa sua. – ela responde compreensiva. – Alec não sente raiva, nem nada.

- Eu sei, mas ele não deveria passar por isso, mesmo sendo sargento. – respondo, eu não desgrudava da minha noiva, mas eu sempre ia ver Alec na U.T.I. – Sabe que vou esperar por ele para me casar não é?

- Ele ficará bem contente. – ela sorri e entra na sala comigo.

A guerra civil não teve chance de se iniciar. Mesmo com muitos intrusos no castelo, nossa força ainda foi maior e isso desestabilizou o ataque. Com os prisioneiros, chegamos ao líderes da revolta e os mesmos nem tiveram chance de se preparar para um ataque. A Rússia e a Coreia sofreram grande golpe de todos os países que temos um acordo com a divulgação do que os líderes estavam fazendo com nosso país, mas a verdade é que nenhum país quer perder o apoio da Austrália. O rei de Illea, o rei da Inglaterra e mais alguns estavam numa reunião internacional para que os países que incitaram guerra sejam punidos.

- O que aconteceu foi muito sério. – o rei da Holanda dizia alto – Eles poderiam ter atacado qualquer um de nós! Só foram burros de atacar o país mais poderoso.

- É só assinarmos esse tratado e eles nunca mais ousarão atacar alguém. – disse o rei da França.

- A paz é algo que presamos muito nos tempos atuais, não podemos deixar que alguém destrua isso. – o rei italiano falava sabiamente – Muitos de nós demoraram muito a se reconstruir depois da quarta guerra.

- Com a paz reinando novamente e os países calmos, puniremos amanhã os traidores. – meu pai falou pesaroso – Odeio ter que fazer isso, mas é o que deve ser feito para manter a ordem dentro do país.

Meu pai relutava muito em fazer esse tipo de coisa, mas a execução em praça pública era a punição mais grave e temida por todos e era isso que ocorreria amanhã. Finalmente, depois da reunião, voltei ao quarto de Kelly e ela estava sentada em sua varanda, serena.

- Oi meu amor. – digo chamando ela e ela sorri ao me ver se aproximar.

- Oi Dyl... – ela responde me puxando para um beijo.

- Preciso conversar com você. – falo olhando sério e ela se senta novamente. – A revolta era uma trama russa e coreana, numa tentativa de dominar o país.

- A revolta... – ela fala confusa – Acabou?

- Sim, meu amor. – pego em sua mão – Mas algumas pessoas nos traíram e por isso serão condenadas a morte. Amanhã. Em praça pública.

Ela me olha incrédula, demorando a entender o que eu disse a ela.

- Isso é horrível. – sua voz saiu num sussurro. – Cruel.

- Eu sei, mas é nossa lei e agora mais que nunca vamos cumprir ela. – falo firme, mesmo que eu não goste da idéia – E você, como futura princesa e rainha, terá que estar no palanque comigo.

- Eu não vou participar disso. – ela me responde esquiva.

- Kelly, isso não é opcional. – puxo a mão dela.

- Isso é desumano. – ela diz nervosa.

- Mas é a lei e como minha noiva deverá ser a primeira a cumprir. – digo e resolvo deixar ela em paz, antes que eu escute algo que não me agrade.