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História A Seleção (Klaus e Caroline) - I Don't Forgive You


Escrita por: OliverLestrange

Notas do Autor


Oi meus bolinhos!
GENTE O QUE FOI AQUELE EPISÓDIO DE TEEN WOLF, QUERIA ESTAR MORTA FEAT ENTERRADA
MAS NÃO VOU DAR SPOILER
SÓ DIZER
STYDIA IS ENDGAME
boa leitura <3

Capítulo 25 - I Don't Forgive You


Fitei quase sem piscar aquele rosto pálido, cheio de hematomas e cortes que ainda sangravam apesar dos curativos, ele parecia não querer me responder, parecia que levaria uma facada no peito se o fizesse.
Mas algo me dizia que a facada no peito, quem levaria, seria eu.
- Responda-me. – disse observando o loiro começar a andar em círculos, atitude na qual me irritava – Me responda droga! – berrei perdendo a compostura que sem sucesso tentava manter.
- Desde que... – ele respirou pesadamente, senti naquele instante que as próximas palavras mudariam ainda mais o rumo das coisas – Desde que retornou da fortaleza rebelde.
Suas palavras soaram como um chiado de vento, pois ele disse tão baixo que eu me perguntei por um segundo se era realmente aquilo que ele me disse.
Um brutal choque de realidade me arrebatou, talvez eu não aguentasse, mas eu tinha de ser forte se eu quisesse saber toda a verdade. Sentei-me na poltrona, me senti desequilibrar. Fechei fortemente os olhos a ponto de querer ficar com eles fechados pro resto da vida, a realidade, ela é dura, fria e mórbida, não importa se você comeu os legumes que sua mãe colocou no prato, ela não vai te poupar do estrago. O sentimento de traição munido com amargura e raiva, afogaram meu coração como o Titanic foi afogado pelas águas do oceano.
- Você disse que me amava. – falei em tom sombrio, os olhos fechados fortemente – Não sabe o que significou para mim.
- Eu sei que fui um estúpido Caroline, que agora você está pensando mil coisas, sentindo que...
- Não – ergui a mão espalmada no ar em sinal de pare – Não me venha dizer que sabe como eu me sinto, porque ninguém neste mundo deve saber! – abri meus olhos, o encarando com o olhar totalmente marejado e embaçado pelas lágrimas -  Imagine-se no meu lugar, descobrindo que sua vida inteira foi uma mentira, que nunca existiu. Descobrindo que um cara é designado pra casar com você e que mentiu pra você esse tempo todo, mesmo sabendo que você o amava... Sabendo que você foi um brinquedo nas mãos dele, enquanto ele se divertia com uma vadiazinha! – o misto de tristeza e decepção se tornando cada vez mais acentuado.
- Caroline, por favor – ele soluçou, ele ousava chorar? – Eu...eu... eu errei e peço seu perdão, não será fácil é óbvio, eu te amei, acredite. E ainda te amo, muito mais do que já amei alguém... – ele se enrolava nas palavras, parecia não saber o que estava fazendo direito. Com certeza formulando uma nova mentira que pudesse me convencer, apesar da raiva e do abismo que eu me via à frente, eu sabia que ele não poderia perder a aliança com a Inglaterra, isso colocaria muita coisa em risco para seu país. Mas eu nunca o perdoaria.
- Poupe sua voz querido – me levantei – Vai precisar para arrumar uma nova noiva.
- Uma nova noiva? – ele ficou embasbacado – Não arrumarei uma nova noiva! Você é minha noiva, eu amo você! acredite em mim droga! – ele implorava e eu só conseguia sentir mais raiva.
- Só me esclareça uma coisa – falei o encarando do outro lado da sala, ele parecia ter medo de se aproximar de mim e eu agradeci por isso, a última coisa que eu queria era o ver próximo de mim, eu era capaz de matá-lo e apesar de todos esses sentimentos horríveis dentro de mim, eu ainda o amava e nunca me perdoaria por o machucar – Porque mudou? Porque de repente você resolveu que “me amava”? Por pena foi isso? Porque eu passei o inferno naquele lugar por sua causa?
- Quero deixar claro – ele fungou secando as lágrimas e pigarreou, tentando recuperar uma compostura suficiente para me contar a verdade – Que eu realmente gostei de você, eu terminei tudo com Camille por você. Mas vamos do começo – ele respirou profundamente dando uma olhada rápida para o teto – Eu era completamente apaixonado por você na adolescência, eu meio que fui obrigado, sabia desde que comecei a estudar para ser rei que eu tinha obrigações e uma delas era me casar com você, confesso que minha mente infantil me fez te rejeitar completamente, eu era uma criança afinal, doze anos, o que poderia saber sobre o amor? Mas você chegou como um vendaval, aos quatorze anos eu já via a linda garota que você era, afinal, eu já me tornava homem... E o tempo foi passando, até quando você completou quatorze, nosso romance teve inicio de verdade, eu soube o que era gostar, o que era querer proteger você... Eu te amei tanto Caroline – ele fez um não frenético com a cabeça e parou o olhar em mim – Mas quando você entrou em coma, a vida parou para você e continuou para mim, para a reconstrução desse castelo. E então o pai de Camille foi contratado e a família dela se mudou para cá, meus irmãos não tinham a mesma idade que eu, então não tinha os mesmos ensinamentos, por isso Camille e eu vivíamos muito juntos para estudar, foi quando eu gradativamente me apaixonei por ela. – ele respirou fundo, me olhou com receio, mas eu não sentia mais nada, eu só queria que aquilo fosse um pesadelo, só queria que ele terminasse de contar e tudo voltasse ao normal – Entenda Caroline – ele agarrou minha mão atravessando a sala correndo enquanto eu tentava o afastar seu aperto apenas ficava mais intenso – Eu amei Camille, ela era ela, uma garota linda, gentil e inteligente que estava comigo! E você era você, o meu primeiro amor, a garota que eu protegi e que agora estava com memória alterada no distrito cinco... Me desculpe.
- Não desculpo. – o olhei fixamente, esquecendo por um segundo que ele me tocava – Olha bem no fundo dos meus olhos e escuta – ele o fez – Todas as vezes que disse gostar de mim, toda vez que me obrigou a deixar de gostar de outra pessoa, sim porque, eu era perdidamente apaixonada por Enzo até você interferir vorazmente nisso, você fazia porque te convinha ter sua futura esposa debaixo dos seus olhos enquanto ia para a cama com outra? Você mentiu na minha cara todas as vezes porque foi um egoísta narcisista, e realmente quer que eu sinta pena de você? – sorri amargurada – Coitado não é? Ele sempre teve tudo o que quis, mas eu nunca estive a venda, apesar de minha mãe me ter vendido como um artigo de luxo – eu aproximei nossos rostos – Eu nunca me casaria com alguém como você, eu, tenho, nojo, de você. – e sem pensar cuspi em sua cara e o empurrei assim que soltou minha mão, balancei a cabeça com frenética enquanto me afastava, olhei para minha mão, o pequeno anel, que estava no dedo mindinho porque era apenas um símbolo antes do verdadeiro anel de noivado vir a mim, ele havia me dado junto de mais uma declaração de amor falsa.
- Você está com a cabeça quente – ele argumentou secando o rosto com as mãos trêmulas – Eu vou deixar você sozinha, vai pensar bem, vai ver que eu realmente te amo – o tom de desespero dele me deixava tonta – Por favor, você está assustada meu amor...
- Não me chama assim! – berrei e atirei o bule de porcelana em sua direção, por milímetros, não acertou sua cabeça – Eu nunca serei seu amor, nem nos seus melhores sonhos! E quer saber – arranquei o anel com ferocidade – Tome esta porcaria, não me tem mais utilidade! – joguei o anel em sua testa e ele caiu no chão, no meio dos estilhaços de porcelana, o loiro ficou sem reação por tempo suficiente para que eu pudesse sentir o meu pulmão arder por falta de ar, parecia que eu havia ficado embaixo d’água, mas era só o ódio comprimindo meus pulmões.
- Caroline – ele se ajoelhou sobre os estilhaços e pegou o anel entre as mãos – Eu te dei esse anel... Eu prometi que te amaria, respeitaria e...
- Nunca trairia – completei – Camille fará bom proveito dele, dê a ela, seu amor, sua cúmplice.
- Caroline, tudo o que vivemos significou algo para você? Eu sei que significou...
- Claro que significou! – eu andei até ele e agachei, falando próximo de seu ouvido – Você me ensinou a ver o mundo colorido, a sentir felicidade apesar de não me ter tantos motivos, me fez amar incondicionalmente, me tirou um trauma – me referia a noite em seu quarto – E mesmo não querendo, eu te devo isso, obrigada. Mas, não significou nada mais que um jogo para você e fico feliz, xeque mate, me ganhou, porém não ganhou a coroa inglesa, porque eu nunca me casarei com você, nem que pra isso eu suma de uma vez...
- Não! – ele berrou tentando me agarrar, tentando me abraçar, tentando me forçar a ficar com ele, quando a coisa que eu mais queria era a distância.
- Me solte! – o empurrei e ele caiu para trás, batendo as costas na parede. Levantei-me e fui em direção a porta.
- Me perdoa! Perdoa-me Caroline! Perdoa-me! – ele berrava – Eu te amo!
- De todas as mentiras que já contou – me virei antes de sair pela porta – Essa foi sem dúvidas a que mais me matou. – a frase morreu no fim, junto de um soluço enquanto eu olhei para ele.
Pela última vez, prometi a mim mesma.
E sai, o ouvindo berrar “me perdoa” em um choro alucinado, eu andei rapidamente até virar o corredor e então corri. Principalmente quando ouvi-o me chamando, saindo de dentro daquela sala, eu precisava sair dali o mais rápido possível, eu sequer tinha um quarto...
- Enzo! – pulei nos braços do moreno que estava parado diante das portas do jardim, ele me apanhou surpreso, não tinha idéia do porque de eu estar daquela maneira – Me tira daqui, me leva pra algum lugar... Que eu não veja mais ninguém...
- O que houve? – ele perguntou apertando um pouco o abraço, ao notar os espasmos de choro compulsivo que meu corpo liberava.
- Só me tira daqui, por favor! – implorei até Enzo me segurar pela mão e me levar para a cozinha, da cozinha para uma escadaria subterrânea e quando eu já não sabia onde estava ele abriu a porta do que era seu quarto.
- Porque me afastei de você? – murmurei sentindo os carinhos dele em meu cabelo, me encontrava deitada em seu colo depois de chorar o resto de minhas lágrimas lhe contando tudo o que soube em menos de três horas – Tanta coisa poderia ter sido evitada, tanto sofrimento...
- As coisas acontecem por um motivo – ele colocou uma mexa de meu cabelo atrás da orelha – E o seu deve ter sido pra te tornar mais forte.
- Preferia ser fraca, bem franzina mesmo – sorri ao lembrar de que Enzo me chamava disso para irritar-me – Eu queria ter minha vida de volta, poder te amar novamente, ser sua por completo, sem marcas, só coragem.
- Você é corajosa. – ele me observava, sentia seus olhos grudados em mim.
- A perdi, pouco a pouco, desde que cheguei aqui. – suspirei me sentando – Eu queria poder te beijar e puff – estralei o dedo – Te amar novamente, tudo ser mais simples, mais fácil, mais verdadeiro. Enzo faça-me te amar novamente!
- Eu ainda te amo. – ele falou sincero se virando para mim na cama – Realmente te amo, mas não posso obrigar você a me amar...
- Posso aprender... – comecei.
- Com o tempo talvez, mas não queira apressar as coisas Caroline, talvez você esta falando isso da boca pra fora e... – o calei lhe dando um beijo, ele tentou resistir, tentou se afastar, mas segurei em seu ombro e o puxei de encontro a mim, ele cedeu e me beijou de volta.
Não era a mesma coisa, era como se só houvesse fricção de nossos lábios nada mais. Era um sentimento de necessidade, mas não de que eu precisasse beijá-lo e sim de que eu precisava provar a mim mesma que Klaus agora não significava mais nada, e Enzo voltaria a me fazer feliz.
- Se sente melhor? – ele suspirou entre meus lábios enquanto se afastava, os olhos ainda fechados, um sorriso bobo nos lábios.
Ele ainda me amava.
- Um pouco. – menti me deitando sobre seu peito na cama – Enzo, eu sou obrigada a me casar.
- Com Klaus? – ele perguntou acariciando meu cabelo – Nem pense nisso, fujo com você.
- Bem, eu devo me casar, mas não disse com quem... – falei receosa, me lembrando dos livros que li, eu teria de me casar, era uma responsabilidade que eu não podia fugir. E mesmo tendo motivos suficientes para ser egoísta, eu sabia que a Inglaterra dependia de mim.
- O que quer dizer com isso? – ele perguntou me olhando enquanto levantava minha cabeça para ver sua expressão.
- Deve se casar comigo e ir embora pra Inglaterra.


Notas Finais


E ai gostaram? Tão chorando?
Porque eu tô, daí pra frente é só ladeira abaixo! Próximo capítulo terá surpresa pra vocês, aguardem! (talvez vocês me matem, mas enfim).
Klaus não recebeu o perdão de Caroline, não era pra menos afinal.
Quem tá certo Caroline ou Klaus?
Enzo o próximo rei Inglês o que acham?
Caroline vai aprender a gostar de Enzo novamente?
Gente tem tanta surpresa pra vocês, mas ainda é cedo, só aviso pra prepararem o coração muahahaha
Um beijo, um queijo e até lá!


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