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História A Seleção (Klaus e Caroline) - I Remember!


Escrita por: OliverLestrange

Notas do Autor


Oi meus amores, sentiram a minha falta?
Sei que a tia aqui sumiu, mas é que eu viajei e digamos que estava em uma crise de criatividade terrível.
Mas após um trailer falso de um filme Klaroline, eu tive uma ideia hiper fantástica que vai acabar com vocês.
Hoje tem novo personagem!
Boa leitura <33

Capítulo 28 - I Remember!


 O dia seguinte amanheceu chuvoso e preenchido por motores de carros do lado de fora, muita gente veio para o enterro de Kol, mas pouca gente realmente sofria pela perda dele. Davina estava acompanhada do primo Marcel e do filho Andrew que não entendia absolutamente nada do que acontecia, era tão pequeno... O cemitério da família real foi preenchido por preto: roupas, óculos e guarda-chuvas. A música que foi ouvida foram lamentos, trovoadas e lágrimas dos familiares, nunca havia pensando que poderia ver Ester e Mikael chorar até aquele momento.

- Eu sinto muito. – falei com um aperto no peito ao abraçar Davina após retornarmos ao castelo, ela também era jovem, assim como eu quando havia vindo para o castelo – Prometo que com o tempo você acostuma com a dor.

- Obrigada, você é a primeira que realmente entende. – ela segurou minhas mãos de maneira firme – Eles dizem que vai melhorar, que a dor vai passar... – ela fungou – Mas eu sei que só irei me acostumar com ela.

- Conte comigo para o que precisar. – ela assentiu e se preparou para receber as condolências de Enzo.

Acabei pulando o almoço e o café da tarde, enterros me embrulhavam o estomago e resolvi me manter retida no quarto com Caleb, ele dormiu por um tempo e ao acordar resolveu ir jogar xadrez com Enzo na biblioteca, quanto mais silenciosa fosse a atividade, melhor.

O jantar ainda demoraria a ser servido e a chuva lá fora me cortava a possibilidade de andar pelo jardim. Cheguei a pensar em talvez falar com Katherine, mas me lembrei que ela estava com Elijah e as filhas, sendo assim não me restava outra possibilidade a não ser ir ver Enzo e Caleb jogando xadrez. Colocaram-nos em um quarto na ala norte, muito longe do antigo quarto que havia ficado no castelo da ultima vez e me pareceu muito interessante explorá-la além da escadaria.

- Liam? – surpreendi o garoto, devo dizer, o homem, parado diante de uma janela.

- Caro... quer dizer majestade. – o loiro fez uma longa reverencia à mim – Como tem passado?

- Tirando que minha mãe morreu, minha família americana raramente conversa comigo e que me tornei mãe de uma criança hiperativa, estou ótima. – sorri – E você?

- Continuo o mesmo, um guarda sem mulher e sustentando a família no cinco. – ele suspirou pesadamente.

- Sua mãe ainda está doente?

- Sempre foi, mas acho que não é algo no qual não estejamos acostumados, não acha? – ele olhou tristemente para fora. – Senhor Kol irá fazer falta.

- Também acho. – agora quem soltou o suspiro fui eu.

- Devo descer para a outra ala, troca de turnos, se importa?

- Obviamente que não. – dei espaço para que passasse e ele fez outra reverência antes de partir, algo que às vezes me incomodava.

Mantive-me fixada no mesmo lugar por alguns minutos, a imagem de Kol rebobinando na mente, quem teria feito aquilo? Era claramente um aviso, um aviso que ninguém estava a salvo e que eles queriam algo de Klaus, mas o que era ninguém poderia dizer e eu duvidava que Klaus iria dar.

Andei para o lado esquerdo e detive-me com um porta, feita de verniz e carvalho, extremamente pesada e com a ferrugem corroendo as dobradiças inclusive as siglas “USA” no alto. Empurrei mais, nada.

Estava emperrada.

Há quanto tempo aquilo não era aberto?

- Vai, abra pra mim, te ordeno! – sorri comigo mesma, isso era extremamente ridículo.

Mas aparentemente a porta havia me ouvido e abriu com um ranger contido, na qual fez com que eu adentrasse a sala aos tropeços e levasse junto poeira e teias de aranha, me deixando imunda.

- Muito obrigada. – agradeci ironia enquanto tossia e tentava me desgrudar das teias de aranha, torcia intimamente para que nenhum guarda pensasse que alguém estava querendo me matar sufocada, já que vezes anteriores, guardas britânicos acreditaram.

Aquilo era uma masmorra, estava suja, escura e insalubre, chão e paredes marcadas, mas parecia inabitada a um longo tempo. Deslizei até a janela e percebi que havia uma ou duas barras arrancadas, estavam enferrujadas e tocar em uma delas me deu um arrepio estranho, havia uma vista linda dali onde pegava os vales. Aquela vista me era familiar...

- Ai... – gemi colocando um dedo na têmpora direita, minha cabeça começou a doer.

Me vi de olhos fechados, mas imagens novas, um garoto puxando algo daquela mesma janela, com força e desespero enquanto uma menina frágil estava sentada no chão, a sombra de um homem enorme, ela chorava e o garoto ele...

Abri os olhos e me vi novamente nos dias atuais, ou na realidade, voltei a ver o horizonte calmo e ao olhar para trás não havia mais uma garota, apenas o relento. Balancei a cabeça tentando organizar os pensamentos, o que havia comigo? Algum tipo de dejavu?

Ouvi passos do lado de fora, me parecia um guarda, ninguém poderia me ver naquele estado, o que falariam de mim? Uma rainha que vive por ai entrando em masmorras e se encontra imunda e coberta de teias de aranha? Aprendi com minha mãe que temos que ter um título a zelar e evitar o máximo de fofocas, por isso corri até a porta e a empurrei até que voltasse a fechar.

Escorei-me na porta e olhei para o teto, um lustre circular de tocos de velas estava quase caindo do teto e... eu me lembrava de ele aceso. Uma nova dor de cabeça, olhos fechados e novas imagens.

Eu ouvia um choro feminino e alguém chutando aquela porta que estava as minhas costas, a luz daquele lustre fazia formas medonhas na parede fria e eu estava com medo, aquela garota era eu e o menino era....

- Klaus. – murmurei voltando a realidade, fiquei parada por alguns instantes tentando pensar com clareza, mas minha mente estava enevoada e meu corpo ansiava por descobertas.

Tentei andar direito, mas simplesmente cambaleei para a parede do lado esquerdo, no mesmo instante eu cai até deslizar no chão.

- Tenha uma boa estádia pestes. – parecia vir da porta, eu chorava e tremia enquanto alguém me afagava, eu podia sentir seu cheiro, era um cheiro bom e me fazia sentir segura, mas o medo estava aflorado.

- Essa é a história de Klaus. – abri meus olhos e feitei a parede à frente, meu estomago se revirava implorando para que eu despejasse o que comi na noite anterior.

Estendi a mão na parede na tentativa de levantar e acabei passando a mão por riscos, riscos feito por pregos. Minha cabeça doeu como nunca e eu me agachei.

- Já faz uma semana Klaus. – minha voz era mais fina, e minhas mãos mais delicadas, elas desenhavam o sétimo risco na parede.

- Acalme-se Caroline, eu prometi cuidar de você.

- Prometa de novo. – pedi com um suspiro.

- Sempre vou cuidar de você – ele se agachou na minha frente e tirou o prego de minha mão – Eu prometo.

A dor foi tanta que eu só senti meu corpo se estender no chão e por fim eu não senti mais nada por horas, só quando eu ouvi um passarinho.

- Café da manhã pestes! – eram dois pães velhos e mofados.

- Pode ficar com o meu. – Klaus me estendeu o pão que era para ele.

- Você não está com fome? – perguntei sentindo o desejo de comer cinco vezes mais.

- Não, estou bem. – ele não estava, mas eu aceitei, me sentia tão... fraca.

- Humm... – gemi me sentando e voltando a realidade, a masmorra estava laranja com o entardecer e eu precisava sair dali. – Estou começando a me lembrar, isso é bom? – arranquei os sapatos e me levantei, fui até a porta e a puxei.

Nada.

Puxei até meu corpo implorar para que eu parasse, e eu caísse para trás em um baque.

- Não se cansa de tentar Klaus? – questionei o menino loiro que da mesma maneira que fiz, tentou abrir a porta.

- Eu prometi que te tiraria daqui. – ele falou determinado.

- Não me importo que não consiga, estou vendo que tenta, mas se não tem mais jeito o melhor é desistir. – toquei seu ombro e ele deu um soco na porta.

- Mas eu te prometi droga! Eu tenho que tirar você daqui. – ele se virou para mim – Me desculpa.

- Eu amo você. – disse roçando meu nariz no dele – Mais do que um golinho de água nesse momento.

- Isso vale muito garota. – ele acariciou meu rosto.

- Por isso eu disse. – e lhe beijei.

Comecei a chorar, minha mente estava preenchida por novas lembranças, por novos sentimentos, um sentimento ampliado do que eu já havia adormecido. Eu não esqueci Klaus, apenas o levei para o fundo da mente, para o fundo do coração.

Eu o amava de verdade, mas eu não podia voltar, agora Enzo era meu marido.

E essas novas lembranças só pioraram o que já era ruim para mim.

- Socorro! – gritei, eu precisava sair dali antes que enlouquecesse, antes que quisesse sentir Klaus novamente como acabei de fazer com uma lembrança, antes que novas palavras doces ecoassem por minha mente – Socorro estou presa! Alguém me ajuda!

Passos apressados, metal e sapatos normais, algum guarda e alguém que não era um guarda.

- Quem está aí? – desconhecia aquela voz.

- Rainha Caroline. – minha voz estava embargada e eu torcia para que pensassem que eu estava assustada, por enquanto ninguém deveria saber o que aconteceu, eu mesma não queria ter descoberto.

- Saía de trás da porta! – ele gritou, era um homem.

- Está bem. – me afastei e fiquei debaixo do lustre.

- Um, dois, três! – berrou a pessoa e a porta se abriu num estrondo, estrondo suficiente para que o lustre capenga caísse.

Olhei para cima e vi o último fiapo de corda que o segurava se romper e ele vir em minha direção, minha mente e instinto berraram para que eu saísse já dali, mas eu estava sobrecarregada.

- Cuidado majestade! – alguém me puxou e caiu por cima de mim, rolamos até a parede juntos enquanto meus olhos se fecharam fortemente, esperando não uma pessoa, mas um metal pesado me esmagar.

- Eu morri, mamãe você está ai? – não quis soar irônica e nem fazer uma piada ruim da situação, mas houve uma nuvem de fumaça e um estardalhaço de vozes ao longe.

- O que pensa que está fazendo majestade? – a voz era brincalhona e eu a encarei, era um pedaço negro e lindo de homem, os olhos com malicia e brincadeira me chamando para entrar nela.

- Eu... eu... é... – tentei falar mas ouve um grito.

- Por Deus majestade o que houve com você? – Katherine apareceu na porta e entrou correndo – Sua testa esta sangrando, foi um atentado? Por favor chamem o médico real!

Ela agachou-se perto de mim e percebi que o moreno já havia se levantado, encontrava-se próximo da porta por onde Enzo e Klaus entraram.

- Amor o que houve com você? – Klaus fez uma careta ao ouvir Enzo falar.

- Fiquei presa e ao ser resgatada, houve uma falha no procedimento. – disse incoerente enquanto era amparada a me levantar.

- Sem brincadeiras sua boba. – Enzo me abraçou.

- Está sangrando. – Klaus estava bem atrás de nós e quando Enzo me soltou, ele se aproximou e tocou minha testa – Não foi fundo.

- E você é médico? – Enzo questionou indulgente – Vamos já pra ala hospitalar.

- Como quiser. – disse tentando organizar o que havia acontecido dentro daquelas vinte e quatro horas.

Deixei a sala amparada por Enzo e Klaus, mas ao descer a primeira escadaria meus olhos se cruzaram com aquele homem, o meu herói ébano.


Notas Finais


E ai gente gostaram?
Klaroline cheia de memórias! Sim ela vai começar a se lembrar e vocês nem imaginam a treta que vai dar.
Já garanto que Enzoline vai ficar MUITO estremecido, assim como Klaroline, já que "herói ébano" entrou na jogada, vocês não acharam mesmo que eu ia deixar Marcel fora da história né?
Ele vai conquistar a Carol, ou pelo menos tentar, acho que quem leu Surreal (minha outra fic Klaroline) sabe que eu amo colocar Marcel de vilão, principalmente nesse joguinho de "ela vai ser minha"
Então é isso, espero não ter mais crises de criatividade...
Um beijo, um queijo e até o próximo capítulo monamus <3


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