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História A Seleção Sem Fim - Quer casar comigo?


Escrita por: xPrimrose

Notas do Autor


Primeiro: Sim a classificação da fanfic mudou, mas não por nada muito importante. Foi realmente só por causa de uma cena desse capítulo e eu preferi mudar para não dar problema no spirit (apesar de eu achar q a classificação da fanfic ainda devesse ser 14), enfim, nada demais.
Segundo: Sim demorei muito pra escrever esse capítulo, aqui vai um resuminho do que aconteceu: Eu tava mt sem inspiração pra escrever, comecei a escrever o cap ai ficou muito ruim apaguei td. Ai um belo dia tive uma súbita inspiração na escola, tipo "PRECISO MT ESCREVER", ai q q aconteceu? Eu machuquei o dedo, ai tava doendo e muito ruim pra digitar, então preferi esperar. Ai quando eu estava melhor n tinha inspiração, fiquei vários dias assim. Qndo veio a inspiração pensei tipo "nossa, vou escrever uns 3 caps de uma vez" ai comecei esse e parei na metade, pq o começo estava realmente saindo mt bom, mas depois da metade estava bem ruim e como esse é um capítulo q eu considero importante não queria uma coisa meia boca.
Então, alguns dias depois eu consegui encher meu computador de vírus, ai fui formatar ele e salvei o arquivo da fic no meu email, depois q o pc tava arrumadinho decidi escrever a fanfic ai quando fui olhar eu tinha salvo o arquivo errado e n tinha o capítulo q eu tinha escrito, fiquei mt brava e com raiva demais pra escrever. Comecei a adiar, pq eu acho mt mais dificil reescrever um capítulo do q fazer ele pela primeira vez, pq eu sempre fico achando q n vai ficar tão bom quanto o primeiro. E eu continuava com raiva, então fui empurrando, ai chegou semana de provas e eu fiquei realmente cansada. Ai hoje decidi esquecer que eu já tinha feito um capítulo e decidi escrever, e olha, eu realmente gostei do resultado, ficou melhor do q o q eu tinha feito antes, MUITO melhor, com muito mais conteúdo e etc.
Terceiro: Acho q já disse isso várias vezes, mas nunca vai ser demais pra mim, OBRIGADA GENTE, SÉRIO. Eu amo os comentários de vocês, e sim eu choro lendo eles, amo vocês, mesmo. Esses comentários me alegram mt e me ajudaram agora, pq me fizeram ver q eu sou importante pra alguém, de alguma forma e que o que eu faço não é de todo inútil. Mesmo q por um momento vcs conseguem curar algumas feridas minhas, e realmente essa semana n está sendo fácil pra mim (tecnicamente semana passada pq já estamos na segunda de nv kk), mas vcs me fizeram me sentir mt bem. Obrigada de vdd.
E, por último, eu escrevi esse capítulo ouvindo as músicas do Benji & Fede, elas me deram uma super inspiraçãozinha e eu achei q combinaram bem com o capítulo, então quem quiser uma "trilha sonora" pra esse capítulo abre o spotify ai e coloca as músicas deles no aleatório!
Boa Leitura pra vocês!

Capítulo 103 - Quer casar comigo?


                - Eu gostaria de anunciar hoje, oficialmente, que minha noiva já foi escolhida. Ela ainda não sabe que é ela, mas sexta-feira que vem toda Illéa saberá. – O estúdio ficou em silencio.

                Todos encaravam Adrian. A Seleção finalmente chegava em sua reta final e não adiantava mais fazer nenhum esforço para ser escolhida, Adrian já havia decidido.

                Daisy apertou minha mão, eu sabia o que ela estava sentindo: ela não queria ser escolhida, seu coração pertencia a outra, mas eu entendia que ela não seria capaz de recusar a coroa se isso ajudasse sua família, eles passavam por algum problema, eu só não sabia qual.

                Até umas horas antes eu tinha certeza de que Adrian se casaria comigo, para mim era obvio. Mas assim que essas palavras saíram de sua boca eu me senti estranha. E se ele agisse daquela forma com todas as outras Selecionadas e eu só estivesse sendo burra ao acreditar naquilo? E se ele planejava se casar com outra, mas tinha decidido se aproveitar da Seis ingênua antes? E se seus pais não tivessem permitido nosso casamento?

                Minha cabeça girava. Não, ele me amava, eu sabia que sim. E, de uma forma ou outra, tudo isso acabaria em uma semana. Ou comigo feliz ao seu lado, ou com Adrian segurando a mão de outra enquanto eu voltava destruída para casa. Eu pedia muito para que não fosse a segunda opção.

 

                - Chloe está melhor? – Perguntei para Daisy quando saímos do estúdio.

                - Sim, ela só permanece na enfermaria por uma questão se segurança, mas está muito melhor.

                - Fico feliz em saber disso. – Observei Adrian passar pelo corredor, algo me impulsionou para frente. – Só um minuto, Daisy.

                Andei o mais rápido que pude para acompanhar seus passos longos, agarrei-me em seu braço.

                - Você estava magnifico! – Ergui o polegar para ele.

                - Obrigado. – Ele parou, mas não parecia estar prestando atenção no que eu falava. Ele olhava para a porta e para as escadas a cada instante.

                - Está tenso, aconteceu algo?

                - Não. – Adrian continuava a não me encarar, por fim soltou meu braço do seu. – Escute Nick, eu preciso fazer umas coisas agora, estou um pouco ocupado, mas – Ele aproximou seus lábios do meu ouvido, sussurrando. – Me espere amanhã à tarde em seu quarto, vamos sair do castelo, só eu e você para um passeio.

                Eu não consegui responder, meu coração estava acelerado. Íamos finalmente para um encontro fora dos muros e dos olhares curiosos do palácio? O que era a notícia do Jornal Oficial perto disso? Sairíamos como um casal... Como um casal.

                Adrian se afastou de mim e aproximou-se de Ruby, passando o braço em volta da cintura dela os dois sumiram de vista. Aquilo me quebrou. A felicidade que eu sentira um minuto antes se esvaiu e eu quase podia ouvir o barulho do meu coração quebrando. O que significava aquilo?

                Será que Adrian realmente só queria me usar? Talvez estivesse planejando uma noite comigo, para se aproveitar do meu amor até o fim e então poder se casar com Ruby sem ter perdido nada.

                Meu olho ardeu com as lágrimas que queriam sair diante daquela possibilidade. Mas eu não ia permitir que elas caíssem. Eu estava sendo ridícula, ele podia ter motivos para sair com Ruby na frente de todo mundo desse jeito, eu confiava em Adrian e isso não iria se abalar por algo tão insignificante. Ele tinha que parecer interessado nas outras garotas até o final.

                ***

                No sábado de manhã fui surpreendida com uma carta de minha mãe. Ela dizia que meu pai estava melhorando, o tratamento realmente estava funcionando apesar das chances de cura total serem muito baixas. Além disso ela tinha visto o anúncio da noite anterior e estava animada, me dizia que eu tinha todas as chances do mundo, mas que deveria manter os pés no chão para não me decepcionar.

                Ela estava certa, eu tinha mais chances que qualquer uma ali, mas Adrian era imprevisível demais, eu nunca sabia o que ele faria, só sabia que sempre acabávamos brigando. Eu esperava que não dessa vez.

                Um outro bilhete chegou para mim mais tarde, era Adrian que dizia para eu estar pronta às duas da tarde e que eu não deveria usar joias, salto ou vestidos “do palácio”               como ele descreveu.

                Aquele recado aqueceu meu coração, para onde iriamos? Eu mal aguentava de ansiedade, não me importava mais com Ruby ou com quem fosse, sabia que assim que passássemos pelos jardins seriamos só Adrian e eu.

                Eu fiquei pronta muito cedo, usava um vestido curto simples azul claro de alças, parecia algo que uma pessoa normal usaria e não uma Selecionada. Mas eu não me importava e, apesar das reclamações de minhas criadas eu me sentia confortável. Usava uma rasteirinha dourada nos pés e o cabelo amarrado num rabo de cavalo, nenhum acessório a mais, nem mesmo maquiagem.

                Pouco depois das duas, alguém bateu na porta e meu coração saltou, mas não era Adrian. Era Clakson, abri um grande sorriso ao vê-lo entrar, fazia tempo que não nos falávamos.

                - Você está tão simples, tão bonita. – Ele disse se aproximando para me abraçar.

                - Obrigada. Você também não está nada mal. – Pisquei para ele quando nos soltamos.

                Clarkson soltou uma gargalhada.

                - Eu estou lindo.

                - Onde você estava? Você sumiu.

                - Não sei, eu continuava por aqui, mas não queria causar nenhuma complicação entre você e Adrian.

                - Não digo que você não causaria, porque conhecemos seu irmão e sabemos como ele é, mas eu não me importaria se você causasse. Sinto sua falta, Clarkson. Não quero perder sua amizade por causa de Adrian.

                - Você não vai. É uma das coisas que eu gostaria de contar para você: Eu e Adrian, bem, agora estamos nos dando melhor, nós conversamos e percebemos que não temos motivos para nos odiarmos.

                Eu via a felicidade nos olhos de Clarkson, apesar de uma sombra ainda parecer nublar seu rosto e eu não fazia a menor ideia do que poderia ser.

                - Eu fico tão contente por isso. – Falei, sinceramente. – Porque você sabe o quão importante é para mim.

                - Eu sei. Você acredita que Adrian me chamou para ser padrinho do casamento? – Ele passou a mão pelo cabelo, jogando-o de lado.

                - Quanta mudança. – Gargalhei.

                Lembrava de como Adrian ficava simplesmente em pensar em Clarkson, eu não imaginaria nunca que ele faria um pedido desse ao irmão.

                - Você sabe que foi tudo por você, não sabe?

                - Como? – Perguntei, realmente não tinha entendido.

                - Nickolly quando você chegou aqui, você abalou as estruturas desse castelo. – Ele riu de sua própria fala. – Você conseguiu me mudar, eu conseguia ser tão amargurado quanto meu irmão e olhe no que você me transformou. – Ele abriu os braços para que eu olhasse para ele. – E Adrian então? Você o mudou profundamente, nunca o tinha visto agir da forma que ele age com você, antes era como se ele nunca tivesse amado ninguém além de si mesmo e agora se importa mais com você do que com ele, agora ele encontrou lugar para outras pessoas em seu coração. Você pode achar que não fez muito, mas nos transformou de uma forma que é impossível descrever, não sei como poderíamos continuar dessa forma se você não tivesse aparecido em nossas vidas. O tempo que você passou aqui, nesse tempo eu e Adrian vivemos mais que nossa vida toda, foi quando tudo fez sentido.

                Aquilo era tão lindo, nunca ninguém tinha dito que eu tinha mudado sua vida. E pensar que eu tinha feito aquilo não com uma, mas com duas pessoas, era incrível. Eu sempre achara que minha presença na vida das pessoas fosse sem importância, que as pessoas gostavam da minha companhia, mas que se eu não estivesse lá estaria tudo bem também. Mas talvez, mesmo sem perceber, eu tenha feito mudanças na vida de outras pessoas assim como provavelmente muitas fizeram na minha.

                - Vocês também. – Me joguei em seus braços – Vocês transformaram minha vida, significaram para mim nesse tempo o que pessoas que conheço a anos nunca significaram. Eu... eu daria a minha vida por vocês, pelos dois!

                - E eu sei que estou certo quando digo que eu e meu irmão também daríamos a vida por você. – Clarkson beijou a minha testa e me afastou, com lágrimas nos olhos também. – Enfim, Adrian pediu que eu a levasse para um lugar.

                Saímos do palácio e entramos num carro preto. Clarkson não parava de falar, ele apontava para os pontos principais de Angeles e me explicava sobre cada um. Apontava para lojas e restaurantes e me dizia em quais já havia conseguido ir e quais realmente valiam a pena.

                Passamos por casas coloridas com jardins bem cuidados, casas mais simples com as calçadas rachadas e pequenos bosques que de alguma forma estavam localizados no meio da cidade. Comerciantes gritavam da porta das lojas tentando fazer com que as pessoas se interessassem por seus produtos, mulheres passeavam com crianças no colo, meninas sorriam para garotos do outro lado da rua e até mesmo os cachorros pareciam correr felizes uns atrás dos outros. O Sol brilhava e dava um ar mágico a tudo.

                Quando paramos em um semáforo Clarkson começou a falar sobre como queria poder viver no meio daquilo tudo e não preso dentro do castelo. E eu percebia novamente como eram dois mundos separados, como as Castas ditavam as vidas das pessoas. E como tudo aquilo parecia injusto.

                Ficamos horas no carro, quando ele finalmente parou atrás de outro carro exatamente igual já era quase seis da tarde.

                - É agora que você desce. – Clarkson me disse, abrindo a porta.

                - E você? – Perguntei enquanto tirava o cinto.

                - Eu vou beber alguma coisa e voltar para o palácio. Espero que tenha boas surpresas aí.

                Sorri para ele e sai do carro, a porta bateu e eu finalmente percebi onde estava. Era a praia em que Adrian havia me trazido quando Bel morreu. Era aquele universo particular e isolado que trazia tanta paz. O Sol brilhava forte, pouco antes de se pôr e Adrian me esperava no meio da areia. Descalço, com a calça enrolada até os joelhos e uma camiseta verde, os cabelos despenteados e, ainda assim, lindo.

                 - Oi. – Eu disse ao me aproximar, sem saber o que fazer.

                Adrian encostou seus lábios nos meus, só por um momento, mas ainda assim foi perfeito.

                - Eu disse que eu iria te trazer aqui num dia de Sol.

                - Parece que conseguiu cumprir essa promessa.

                - Espero que seu humor esteja tão bom quanto esse dia.

                - Está. Assim como ele estava tão ruim quanto o dia estava na outra vez que viemos aqui.

                Adrian não conseguia esconder o sorriso.

                - Parece que esse é o nosso lugarzinho especial. Me sinto bem aqui, com você.

                - Eu também. – Passei a mão em sua cintura enquanto seu braço se enroscava em meu ombro. – Me lembro que quando viemos aqui eu imaginei que parecíamos um casal, apesar de eu odiar você naquela época. Agora realmente somos um casal.

                - E você ainda me odeia?

                - É claro que sim.  – Me apertei mais contra ele.

                - Mas foi naquele dia que começamos a nos entender, apesar de você não ter deixado que eu te beijasse.

                - Ainda bem que eu não deixei, você teria achado que eu era fácil e se desinteressaria logo. – Eu continuei a andar, mas Adrian havia parado. Ele me puxou para si novamente e me encarou nos olhos.

                - Nunca. – Havia algo de determinado e apaixonado em sua expressão.

                Dessa vez fui eu que não consegui esconder o sorriso. Algo despertava dentro de mim, eu olhava para Adrian e o desejava cada vez mais.

                Ele me puxou para um beijo apaixonado, mais feroz do que nunca. E eu sentia que precisava dele mais do que nunca. Suas mãos acariciavam minhas costas por cima do vestido e eu já não queria que houvesse um vestido. Eu passava as mãos em seus cabelos enquanto nos beijávamos. Adrian tracejou a linha do meu pescoço com beijos até chegar a alça do meu vestido, por um momento eu achei que ele fosse desce-la, por um momento eu quis que ele a descesse.

                - Não. – Ele disse, a voz rouca, ainda cheia de desejo.

                Minha respiração ainda estava pesada, meu coração descompassado. Eu não conseguia dizer nada, mas se conseguisse eu diria que sim. Adrian deve ter visto isso em meus olhos.

                - Eu quero Nick. Quero muito. Mas não agora, não farei isso com você desse jeito. Não foi para isso que eu te trouxe aqui.

                Eu ainda estava fora de mim, entorpecida com o que tinha acontecido. Olhei em volta, naquele momento nem tinha me importado com o fato de estarmos numa praia, onde qualquer um poderia nos ver. Naqueles instantes só eu e Adrian parecíamos importar.

                Finalmente voltei a mim quando senti a água em meus pés. Estávamos de frente para um pequeno barco branco. Adrian o soltou de algum lugar e me ajudou a subir nele. Depois ele mesmo pulou para dentro.

                Começamos a remar, ainda que eu não fizesse a menor ideia de como deveria fazer isso.

                - Você está tão linda hoje. – Ele disse, sem desviar os olhos de mim nem por um instante. – Na verdade você está todos os dias, mas hoje está sensacional. Talvez porque eu possa te ver sem maquiagem alguma que possa mexer um pouquinho em seus traços.

                - Você também está lindo, com esse cabelo que não foi penteado.

                - Ei, eu penteei sim. – Ele se defendeu enquanto gargalhávamos.

                O Sol começava a se pôr, a água parecia dourada, como se estivéssemos num mar de ouro líquido. Tudo estava perfeito, as ondas quase não vinham e tudo era calmo.

                - Tem certeza que deveríamos estar num barco assim num lugar como esse? – Perguntei quando uma onda um pouco maior quebrou.

                - Estamos onde deveríamos estar. – Adrian disse enquanto parava de remar. Esperei e parei também, ele segurou minhas mãos. – Nickolly, eu já disse que te amo, eu realmente espero que você saiba disso e, se não sabia, bom... Eu te amo. – Adrian soltou um riso nervoso. – Antes de você aparecer eu era um cara estúpido, eu não sabia o que estava fazendo da minha vida, eu tratava os outros de uma forma horrível e era como se eu tivesse um buraco dentro de mim, eu não sentia remorso, culpa, pena e muito menos amor. Quando você chegou eu senti algo diferente, mas, como era comum para mim, eu comecei a odiá-la por conta da sua casta. Eu era o príncipe e eu brigava com você, esperando que com isso você abaixasse a cabeça para mim, sempre esperei isso, mas você nunca o fez. E então quanto mais eu implicava com você mais você fazia o mesmo comigo. Você não era igual as outras que queriam me impressionar, você não dava a mínima para o que eu pensava ou para quem eu era, se eu fizesse algo contra você, você revidaria.

                Adrian esfregou a mão na calça e olhou para o céu por um momento, aproveitei para tentar controlar uma lágrima que tentava escorrer.

                - E então, eu que não ligava para mais ninguém me vi me importando com você. E eu comecei a perceber como você era próxima do meu irmão e eu senti inveja. Imagina, eu, o príncipe, que sempre teve tudo invejando alguém? Porque naquele momento eu podia ter tudo o que eu quisesse, menos você. E então eu comecei a implicar ainda mais com essa Seis que conseguia me tirar do sério, tanto para me convencer de que eu a odiava quanto para fazer com que ela desse alguma atenção para mim. O que eu não percebia era que essa não era a atenção que eu queria e que isso só fazia você me odiar de verdade e, quando eu percebi isso, você não tem ideia de como me machucou. Eu, que até então não tinha sentimentos por ninguém, estava quase com o coração partido. E então as coisas começaram a acontecer, eu comecei a me aproximar, eu tentei fazer você gostar de mim e, por Deus, eu achei que nada funcionaria. E nós brigamos muito, uma briga pior do que a outra e a cada vez eu ficava mais destruído. Mas um dia você chegou e disse que gostava de mim também e eu estava tão magoado e aquilo tudo nunca tinha acontecido antes... Eu não sabia o que fazer. Bom, eu estou enrolando. Você sabe a história. E agora, daqui a uma semana eu tenho que escolher com quem vou passar o resto da minha vida e não há outra opção senão você.

                Adrian tirou uma caixinha preta de dentro do bolso, quando a abriu eu vi um anel brilhar. Era lindo, com um diamante em forma de gota.

                - Nickolly Hastings, sei que eu já machuquei seu coração várias vezes e não posso prometer não fazer isso mais, mas se me der a chance prometo que sempre o curarei. Você aceita casar-se comigo?

                - É claro que sim. – Esperei enquanto Adrian colocava o anel em meu dedo, cabia perfeitamente, era como se tivesse sido feito para mim. Me joguei em seus braços e o beijei.

                Era o dia mais feliz da minha vida e eu esperava que ele sentisse o mesmo. Não eram beijos desesperados como os de mais cedo, eram ternos, acolhedores e amorosos. Naquele momento não tínhamos vontade de fazer nada a mais, porque sabíamos que não era necessário para demonstrar nosso amor. Mas sabíamos que quando acontecesse seria mais especial que qualquer outra coisa.

                - Eu te amo. – Repeti mil vezes enquanto ele repetia outras mil mais.

                Ficamos ali, um do lado do outro abraçados olhando o céu até escurecer.

                - Sabe, tecnicamente você só deve saber que foi minha escolhida na sexta-feira, então precisa me devolver esse anel.     

                Sorri.

                - Ninguém vai tirar isso de mim. Se quiser, vai ter que pegar.

                Levantei e fui para a outra ponta do barco, Adrian se levantou e se jogou contra mim, uma onda bateu no casco e o barco virou. Senti o impacto com a água fria, mas não importava, estávamos juntos e isso tornava qualquer coisa mágica.


Notas Finais


Até que esse capítulo ficou grandinho né? Eu gostei bastante dele e fiquei muito feliz que deixei para ele ser escrito hoje. Porque me proporcionou uma experiencia ótima, sério. Eu nunca tinha passado por isso, mas enquanto eu escrevia a cena do Adrian e da Nick se beijando na praia eu me senti dentro da cena, eu mal percebi que estava na frente do meu computador digitando e quando eu terminei eu me sentia cansada e estranha. Sério, foi incrível, espero que vocês tenham passado por algo parecido enquanto liam.
Beijos ♥


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