História A sequestradora - Sou apenas a outra

Pov: Camila Cabello

- Quero que essa vadia saia daqui. – pedi claramente irritada.

- Oh, me desculpa senhora eu não sabia...

- Senhora?? Melhor sair antes que a mão da senhora voe na sua cara. – falei quase me levantando.

Lauren me olhava tentando continuar seria. Já a garçonete me olhava acuada, bastou mais um olhar mortal e ela se retirou indo servir outra mesa.

- Que porra foi essa Camila? Um ataque de ciúmes?- Lauren disse dando uma garfada.

- Falou a pessoa que quase matou a priminha. – disse sorrindo me lembrando do ocorrido.

- Isso... isso é diferente Camila, ela era uma vadia, ela beijou você! –Lauren disse, seus olhos verdes agora mais escuros.

- Você com ciúmes é tão fofa. – alfinetei.

- Não tanto quanto você.

Mais conversas monótonas e finalmente fomos para o carro. Lauren dirigia enquanto fazia carinho em minhas coxas. Sua mão foi subindo até parar em meu sexo que implorava por atenção. Lauren arregalou os olhos.

 - Esta sem calcinha? – sussurrou roucamente.

- Como pode ver, ou melhor sentir, estou sim. – disse mordendo o lábio.

- Você não presta. – Lauren disse retirando a mão.

Em um movimento súbito e impensado afundei meu salto no freio impedindo Lauren de dobrar na rua. Fazendo com que o carro freasse bruscamente.

- Camila! – Lauren xingou respirando pesado pelo susto.

Abaixei o banco do motorista e pulei em seu colo a olhando travessa.

- Você me paga. – ela disse apertando minhas coxas.

Meus olhos se perderam naquele verde intenso que eram os seus. Minhas mãos foram até sua calcinha e eu me pus de joelhos no banco para poder me livrar daquele tecido de renda que estava me impedindo de senti-la. Lauren me ajudou a puxar seu vestido pra cima. Suas mãos foram parar em minha cintura e logo seus lábios atacaram os meus. Sua língua explorava minha boca. E nos beijávamos sem pensar em mais nada. Eu só pensava em como eu a desejava e em como ela parecia me desejar. Lauren levantou meu vestido e abriu as pernas, me acomodei em seu colo rebolando em seguida ouvindo um gemido rouco e sexy escapar de seus lábios durante o beijo. Lauren apertou minha cintura me ajudando com os movimentos. Nossas testas estavam coladas assim como nossos olhares. Verde no castanho, castanho no verde. Sentir sua intimidade ficar cada vez mais molhada a cada rebolada minha era como um sonho para mim. Eu não me esqueceria daquele dia nem que eu vivesse por mais cem anos.

- Mais rápido Cams. – Lauren pediu me ajudando a intensificar os movimentos.

Sentia meu corpo dando os primeiros índices no orgasmo. Chamei por seu nome quando senti seu liquido me molhando e gozei em seguida tombando a cabeça em seu ombro. Ficamos assim por mais alguns minutos até que eu me recompus saindo de cima dela e voltando para o meu lugar. Lauren ajeitou sua roupa não se dando ao trabalho de procurar a calcinha. O caminho de volta pra casa foi longo. Meus pensamentos me perturbaram o caminho todo eu só pensava que quando Vero voltasse tudo voltaria ao normal e eu seria deixada de lado, posta em segundo plano. Talvez eu só servisse para sexo mesmo. Era a única coisa que eu sabia fazer direito. Como eu já tinha ouvido falarem tantas vezes. Eu nunca me deixava abalar por comentários do tipo, mas naquele momento eu me sentia sensível me sentia uma pessoa desprezível. Lauren olhou dentro dos meus olhos e pareceu enxergar que eu estava prestes e desmanchar em lagrimas.

- Cams. Esta tudo bem? – ouvi ela falar, enquanto estacionava o carro na garagem junto com seus outros carros.

Abri a porta do carro e sai. Caminhei até a varanda e fiquei parada ali de costas para o carro, de costas para Lauren. Foi impossível não deixar as lagrimas molharem meu rosto enquanto eu pensava em quanto Lauren deveria me considerar um mero brinquedinho. Apenas um divertimento. Algo para ela afundar seus dedos. Senti sua mão tocar meu ombro. E logo um corrente de ar tratou de me arrepiar de frio.

- Vamos entrar babe. Esta frio aqui. – ela disse atrás de mim.

Eu continuei imóvel sentindo as lagrimas descerem cada vez mais grossas pelo meu rosto. Era como se eu tivesse deixado acumular muita coisa desde os últimos meses. E tudo estivesse saindo, todo aquele sentimento de desprezo por mim mesma, que estava me corroendo, agora parecia sair de mim por lagrimas.

Um soluço escapou do fundo da minha garganta.

- Cams. Eu... eu fiz algo? Por que você esta chorando? – Lauren perguntou me abraçando por trás.

Seu corpo quente contra o meu pareceu me aquecer me livrando daquele frio. Mas eu não queria sentir o calor do corpo dela. Eu queria o frio, queria algo que não fosse me deixar. Eu não podia me dar ao luxo de ficar no calor de seus braços. Por quanto tempo? Logo a mulher dela estaria de volta. Outro soluço escapou de meus lábios enquanto eu tentava afastar seus braços do meu corpo. Lauren me apertou ainda mais em seus braços e me deixou chorar ali. Ela não podia ver meu rosto. E isso de certa forma me confortava.

- Vai ficar tudo bem. – Lauren falou com a voz falha.

Lauren me girou fazendo com que eu ficasse de frente para ela. E tudo que eu pude fazer foi fitar o chão.

- Ei babe. Olhe para mim. – ela disse colocando a mão no meu maxilar levantando meu rosto.

- Eu sou uma pessoa desprezível. – confessei.

- Não é. Por que acha isso? – Lauren disse me olhando com pena.

- Você... Você me trata como um brinquedo, Lauren. Como uma amante. Nem isso eu sou. Sou apenas a outra. Você... Jamais me veria como uma mulher não é? Como a sua mulher? Eu só sirvo para sexo. – As palavras pareciam queimar minha garganta.

Lauren ficou me olhando completamente sem ação. Até que passei por ela. Minhas pernas me levaram para o meu quarto de volta para a minha prisão. Fechei a porta atrás de mim e me deixei cair, abracei meus joelhos e chorei como há muito tempo não chorava.