1. Spirit Fanfics >
  2. A sétima criança. >
  3. Capítulo 11

História A sétima criança. - Capítulo 11


Escrita por: EChrissie

Notas do Autor


Soltando mais um capítulo.... Agora!
Beijos.

Capítulo 12 - Capítulo 11


 

- Precisamos agir logo. – Ean debatia com o Dragão Marrom. Algumas semanas já tinham se passado desde o incidente na ala dos filhotes resgatados e, apesar de Mak sempre estar presente nas discussões sobre os preparativos do grande resgate, nenhum dos dois sabia realmente qual seria o papel deles e de Hell.

- Mak diz que Hell espera o momento certo. As tropas de ataque e os envolvidos no resgate já estão cientes de seus papeis e são orientados por Tar... Só nos resta esperar pelo sinal da menina. – o Dragão Marrom tenta acalmar os ânimos de seu príncipe, mas a cada dia que passa ele está mais impaciente.

- Tem tanta pressa de encarar a morte, Ean? – a voz de Hell se faz presente e os dois olham surpresos que ela estava dentro do escritório. Não tinham percebido nem que ela tinha aberto a porta...

- Não tenho medo de batalhar. – Ean retorna sua postura fria, incomodado com o fato de que não sabia há quanto tempo Hell estava no escritório. – Luto desde que tive força para levantar uma espada.

- Sei disso. – ela fala lhe dirigindo um olhar misterioso. – Vim lhe dizer que em dois dias a lua estará com sua face coberta e as estrelas com seu brilho mais apagado. Atacaremos à noite, após a passagem do Arco de Li, prepare seus soldados. – depois de dizer essas palavras ela se retirou.

- Foi estranho não vê-la acompanhada de seus guardiões. – o Dragão Marrom comenta e Ean fica pensando sobre esse fato intrigante.

O que nem o Dragão Marrom, nem Ean e nem ninguém sabia era que Tar e Mak estavam preparando o campo de batalha. Eles tinham encarado a raiva de sua princesa e suas lágrimas para realizar um plano que completaria os esforços de resgate e foi com esse argumento que ela permitiu que saíssem sorrateiramente e fizessem os preparativos.

Enquanto os esperava Hell estava olhando silenciosamente sua armadura. Ainda não tinha dado um nome a ela...

- Será que eles estão bem? – ela murmurou, pensando em seus pais. Poderia sentir seu cosmo, seu rastro individual, porém temia que se fizesse isso poderia alertar seus inimigos e por abaixo os planos e esforços de todos. Nesse momento, sua armadura brilhou levemente e envolveu a menina com uma aura acolhedora.

Hell sorriu e se ajoelhou em frente à caixa, correndo os dedos de forma delicada pelos entalhes, lembrando seu mestre, de sua mãe de criação, de seus amigos...

- Sente falta do outro mundo? – a voz de Alin se fez ouvir e a menina estremeceu. Era a primeira vez que foi pega de surpresa por alguém, não sentiu sua chegada...

- Sim. Sinto falta de todos que deixei lá... – ela se virou lentamente para ele. Alin estava parado no umbral e não entrou no quarto. – É meu lar. – com essas palavras Hell vê Alin baixar a cabeça.

- Queria que você não tivesse precisado ter ido pra lá. – ele sussurra. Este desejo tinha várias implicações e a menina baixou a cabeça.

- Vou deixar um reino em paz para você, Lina e os pequenos. – ela disse com convicção, Alin acenou e se retirou.

Depois que ele saiu Hell voltou sua atenção novamente para a sua armadura. Esperar era algo que um bom guerreiro sabia ser necessário, mas ela também sabia que a hora de agir se aproximava e sentia a antecipação.

 

Enquanto isso em nosso mundo um grupo pequeno, mas constante, observava a fonte do Senhor Zeus. Hermes, Hefesto, Clio e Eros permaneciam várias horas por dia ao lado da fonte, acompanhando a menina e seus guardiões.

- Ah, minha menina... – Clio sussurrou, preocupada com a criança que criara e por quem tinha enorme amor. Ela sofria com sua menina pelo amor que ela sentia, mas não podia corresponder, pelo menino bonito do seu reino de origem.

Eros também não tinha ficado satisfeito com o acontecimento, o amor estava em sua esfera de influência e ele sentia que aqueles dois poderiam ter uma linda história, porém ele não poderia interferir em outro universo...

Hefesto e Hermes se preocupavam muito mais com a rejeição e afrontas que ela sofria.

O ferreiro sabia, por experiência própria, que ela guardava tudo e demonstrava uma imagem fria, mas em seu íntimo chorava com aquilo... Hermes pensava da mesma forma e agradecia a ideia que tinha tido de dar à menina a possibilidade de voltar ao reino deles. Ouvir que ela considerava o Olimpo e a Terra como seu lar lhe deu muita alegria, mas ele ainda temia pelas lutas que estariam por vir.

- Onde estão Mak e Tar? – Eros perguntou e a fonte imediatamente mostrou um enorme descampado, coberto de neve, era um local próximo do acampamento inimigo e os dois se arrastavam e paravam de vez em quando, cavando e colocando algo sob a neve. Ficaram fazendo isso por algum tempo até que se deram por satisfeitos e começaram a bater em retirada.

Justo nesse momento, uma patrulha passou muito próxima a eles, que se agacharam e tentaram se camuflar na neve. Aqueles que assistiam seguraram a respiração, tensos, Clio sentiu a mão de Eros em seu ombro a lhe apoiar, mas os deuses daquele mundo deveriam estar velando pelos dois guardiões, pois a patrulha passou sem percebê-los.

Tar e Mak se moveram rápidos para sair daquela área perigosa, mas sua missão tinha sido concluída e causaria horror aos soldados inimigos.

- Logo a batalha principal acontecerá. – Hefesto previa e torcia para que sua aprendiz tivesse êxito. Ele já tinha comentado com Hermes e mantinha sua opinião de que a menina escondia seu poder de todos, inclusive dos guardiões. Mas não sabia a extensão do poder dos inimigos dela e isso era algo que lhe preocupava. – Vou para minha forja, tenho alguns trabalhos a terminar. Devia ir para casa descansar Clio, não é bom para você se exaltar.

Clio acenou para o ferreiro e começou a andar até o local onde ficava sua residência, de seu companheiro, de sua menina e do amigo querido deles. Hermes e Eros a acompanhavam e lhe fariam companhia por algum tempo, como sempre acontecia depois de voltar da fonte; eles evitavam deixa-la muito tempo sozinha devido ao seu estado.

Clio e Mak não sabiam, mas na noite em que se despediram tinham concebido uma vida.

Quando descobriu que estava grávida Clio ria e chorava, pois sabia que sua menina ansiava por irmãos e o próprio Mak falava em ter muitos filhotes com ela, mas se preocupava com eles e com o pequenino que carregava. E se eles não conseguissem vencer o inimigo?

Esse era seu medo: que sua menina e seu companheiro morressem em batalha.

Longas noites ela passou chorando, até que Héstia veio ter com ela e a repreendeu severamente, pois estava fazendo mal à criança que esperava. Ela devia ter fé na força daqueles que amava, devia acreditar que Erin estava pronta e seria capaz de cumprir a promessa feita quando anunciou sua decisão: ela traria Mak de volta para Clio... E para o bebê que esperava.

Agora na companhia dos amigos mais próximos de sua criança se sentia apreensiva.

- Ela conseguirá Clio. Veremos uma grande batalha, digna de ser louvada por você e suas irmãs. – Hermes falava convicto. – Ensinei a ela como se mover sorrateira, como enganar e trapacear, como ludibriar com lábia e se safar... Também fiz questão de lhe ensinar sobre medicina, como curar e também como matar. – essas palavras entravam na mente da musa que, aos poucos, se acalmava.

- O amor que sente por você e pelos guardiões é puro e poderoso. Ele dará forças a ela se tudo o mais falhar e ela se superará. Criou bem sua menina, em estratégia e relações políticas, e não podemos nos esquecer de Hefesto, sua teimosia em lhe ensinar sobre a forja de armaduras divinas e fazer uma para ela. Ela estará bem protegida. – Eros falava mansamente.

- Obrigada meus amigos, por tudo o que estão fazendo, por tudo o que já fizeram. – Clio estava emocionada, já tinha se acostumado a esses rompantes de emoção, frutos das mudanças em seu corpo. Apesar da iminência da batalha seu coração estava muito mais tranquilo do que no início, porém seu bebê estava muito agitado naqueles dias e ela falou com Hermes sobre isso.

- Hermes, meu bebê está agitado. Acha que ele sente alguma coisa? – ela perguntou preocupada.

Hermes estava acompanhando atentamente a gravidez da musa desde o início, afinal ele seria um semideus dracônico e isso nunca havia acontecido. Ele colocou a mão sobre o ventre de Clio e emanou seu cosmo envolvendo a mãe e o bebê, sentiu os batimentos e o cosmo da criança, o bebê estava agitado, mas isso não parecia ser preocupante, tocou levemente na mente do feto e se surpreendeu com o que viu. Retirando a mão e recolhendo seu cosmo ele sorria abertamente quando falou com Clio.

- Não tenho um oráculo tão poderoso quanto o de Apolo, mas te digo Clio: sua menina vai amar esse irmão com todas as forças, ele será o alento dela e ela o dele. Ele tem uma mente poderosa, mesmo tão pequeno, e te enviou um recado: meu pai, meu tio e minha irmã voltarão para nós. – Eros e Clio ficaram surpresos e a musa acariciou o ventre dilatado.

- Obrigada, meu filho, por me tranquilizar. Sua mãe é muito boba e se preocupa à toa, me desculpe por te incomodar com isso. – ela sentiu o bebê chutar com força e sorriu, derramando mais algumas lágrimas.

- Eles ficarão muito felizes em conhecer este pequenino. – Eros falou com convicção e a musa acenou, concordando.

Ainda ficaram mais algumas horas conversando descontraídos até Hermes determinar que Clio devia descansar.

Ela assim o fez, retirando-se para o quarto que dividia com o companheiro, mas, ao passar pelo quarto de Tar deu uma espiada para ver se as servas o estavam mantendo limpo e organizado como ele gostava, se dando por satisfeita passou pelo quarto de sua menina e sentou um pouco na cama.

- Sabe meu filho, sua irmã é uma menina que já enfrentou muita coisa. Ela nasceu sob uma estrela poderosa, mas que carrega muita responsabilidade sobre os ombros. Eu espero que, quando eles voltarem, ela possa ter uma vida mais amena conosco. – sentiu a criança mexer e sorriu. – Se eu deixar ela vai te deixar muito mimado. – Clio brincava com o bebê, que chutou de leve, a mãe deu uma gostosa gargalhada e foi para o seu quarto, descansar e guardar forças para poder acompanhar a batalha que ocorreria logo.

 

Hell tinha adormecido esperando por seus pais e tinha sonhado. Quando Tar e Mak entraram no quarto ela despertou e tinha lágrimas nos olhos.

- Tar! Mak! – ela se jogou nos braços deles e chorava copiosamente.

- Calma, princesinha. – Mak acarinhava a cabeça dela numa tentativa de acalmar sua criança.

- Estamos bem, não precisa se preocupar. – Tar sussurrava para ela.

Mas eles se surpreenderam quando viram ela levantar seu rosto para eles com um enorme e maravilhado sorriso.

- Eu sonhei com Clio! – ela falou empolgada. – Sonhei que minha mãe nos observava pela fonte do Senhor Zeus, ela estava com mestre Hefesto, Hermes e Eros. – a menina estava agitada e empolgada como há muito tempo não a viam e Mak sorriu quando ela chamou Clio de mãe, olhando para Tar com cumplicidade.

- Ficamos felizes que tenha tido um sonho tão bom e que encheu seu coração de alegria. – Tar falou com carinho e alegria.

- E como Clio estava em seu sonho? – Mak perguntou, ansioso e curioso com o que ela falaria. Sentia uma imensa falta de sua companheira e sabia que sua menina também.

Hell o olhou com os olhos brilhando fortemente em âmbar, o que surpreendeu os dragões. Os de sua espécie só emitiam sua luz interna quando tomados de fortes emoções e isso era evidente na menina.

- Ela está grávida! Minha mãe vai ter meu primeiro irmão! – ela pulava nos braços dos guardiões e Mak ficou sem palavras. É claro que ele queria filhos, muitos filhos com Clio e sua menina queria muitos irmãos, mas ela falava do sonho como se fosse real.

- Minha princesinha, sabe que foi um sonho, não é? Um lindo sonho. – Mak falou com cuidado, mas a menina estava muito agitada e negava com a cabeça.

- Não foi só um sonho, Mak! A sensação foi igual ao sonho que tive da batalha do vovô! É real, é real... Clio está grávida! Você vai ser pai. – Mak a olhou boquiaberto e caiu de joelhos no chão, sendo abraçado por Tar e a sua menina.

- Pai? – ele murmurou sem acreditar. Mas logo eram os seus olhos que brilhavam fortemente e lágrimas corriam por sua face. – Eu vou ser pai! – o dragão estava surpreso e encantado com a novidade e o trio ria e chorava, feliz com a notícia que receberam através dos sonhos da princesa.

- Logo voltaremos para casa. – Hell falou convicta. – Essa batalha terá repercussões em todo o reino e a guerra não se arrastará muito depois dela. – a menina tinha seus planos cuidadosamente arquitetados, prevendo passos, possibilidades, contingências, emergências... Ela tinha planos sobre planos, tal como Hermes a tinha ensinado, caso algo se modificasse ela estava pronta a alterar os planos para que chegassem ao resultado que ela queria.

- Não se precipite. – Tar alertou. – Queremos voltar e não pode dar nenhum passo em falso nesse momento.

- Sim, eu sei. – a princesa acenou com energia. – Não me precipitarei. Talvez não vejamos meu irmão ou irmã nascer... – disse se voltando para Mak, que acenou concordando com essa possibilidade. – Mas voltaremos antes que dê seu primeiro passo ou fale pela primeira vez. – a menina estava decidida e não voltaria atrás.

Ela sabia bem do que era capaz, mas faltava avaliar seus adversários; não o grande líder do exército, que tinha matado seu avô em batalha, mas seus filhos. Tinha visto o cristal que seu avô deixara com seus guardiões e sabia o pouco que tinha sido coletado sobre eles...

Eles eram a incógnita que poderia por seus planos a perder e ela não permitiria que isso acontecesse!

- Fizemos os preparativos. Tudo já está pronto. Amanhã começa a libertação do Reino com o resgate dos filhotes aprisionados. – Mak falou seriamente.

- Agora precisamos descansar e vocês precisam comer. – Hell levantou de um pulo e puxou Mak que ainda estava no chão. Ele sorriu e foi ao banheiro tomar uma ducha quente, assim como Tar, em pouco tempo estavam trocados e alimentados. Colocando a menina entre eles e a cobrindo com uma manta bem grossa, Mak tinha um sorriso nos lábios e Tar não pode deixar de brincar com seu amigo.

- Está babando. – Tar falou com um sorriso irônico e recebeu outro de volta.

- Não estou... Espera! Estou sim, eu vou ser pai, Tar. – o largo sorriso de Mak foi acompanhado pelo de Tar e da princesa.

- Vai ser tão bom brincar com ele ou ela. – os olhos da menina estavam brilhando com a possibilidade de ter um filhote para chamar de irmão.

Mak e Tar observavam a carinha da menina com um sorriso satisfeito. Antes tinham medo que ela ficasse enciumada, mas agora percebiam que ela era capaz de ser pior que eles, mimando o filhote; iam ter que controlar a sua menina, mas cada coisa a seu tempo. Por enquanto tinham que focar na situação em que se encontravam.

- Durma, minha princesa. Quem sabe volta a sonhar com Clio e o filhote? – Tar falou e recebeu um aceno alegre. Aquela notícia realmente tinha enchido o coração da menina de alegria, ela parecia mais com uma menina de sua idade, os guardiões estavam se sentindo bem, mas cansados e logo o sono veio abraçar os três.

 


Notas Finais


Gostaram da minha novidade?

Beijos.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...