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História A sétima criança. - Capítulo 13


Escrita por: EChrissie

Notas do Autor


capítulo quentinho para vocês.
Beijos.

Capítulo 14 - Capítulo 13


 

Hell viu os quatro jovens se aproximarem rapidamente dela e descruzou os braços.

O assassino de seu avô não se mexeu e apenas percebeu ele falar algo aos rapazes. Devia testá-los agora, para saber sua força e moldar seus planos às variáveis que eles representavam.

Percebeu a movimentação do exército inimigo, lenta e temerosa, na sua direção e sorriu maldosa. Mais algumas centenas de metros e eles teriam uma desagradável surpresa... Mas precisaria ganhar tempo para que chegassem ao ponto que desejava...

Assim que os quatro jovens se aproximaram voando a uma velocidade impressionante, se postaram à sua frente e Hell finalmente pode observá-los de perto.

Havia um ruivo de olhos negros, este era forte e alto, trajava uma calça e um colete, o que podia ver de sua pele estava coberta de cicatrizes. Ele não portava armas.

O seguinte era loiro de olhos azuis, alto, mas longilíneo, seus olhos demonstravam frieza e cálculo, trajava uma roupa elegante e negra, com uma capa jogada sobre o ombro direito, em sua cintura ela via uma adaga e nada mais.

O terceiro tinha os cabelos e olhos negros, a olhava sério e avaliador, tinha os ombros largos, mas não parecia ser extremamente musculoso, trajava uma cota de malha sobre o que parecia uma espécie de camisa simples e calça folgada, ele portava uma espada.

O quarto rapaz tinha cabelos castanhos, mas seus olhos eram azuis como os do loiro, era mais baixo que os irmãos, mas ainda assim era mais alto que ela. Ele parecia que ainda estava crescendo, porém teria os ombros largos do terceiro e a altura do primeiro. Suas roupas eram simples, uma túnica e calça azul escuras sem nenhum tipo de enfeite e, de alguma forma, combinavam com ele.

Todos os rapazes eram belíssimos, mas Hell se lembrava bem da batalha que levou à morte de seu avô e que três deles riam com maldade e o quarto era indiferente.

- Olá, sou Hell. – ela se apresentou de forma cordial. Queria fazer com que baixassem a guarda, mas não perdia nenhum movimento deles, viu o loiro arquear levemente a sobrancelha e o ruivo sorrir abertamente.

- Gosto do seu nome. – o ruivo falou e ela voltou seu olhar para ele. A voz dele é rouca, mas poderosa.

- Por que não me dizem os seus? Não é educado ou gentil não se apresentar depois que alguém o faz. – ela os repreende levemente e o moreno sorri de canto.

- Desculpe nossos modos, lady Hell. – o loiro se inclina levemente. Havia suavidade e elegância em sua voz. – O ruivo à minha esquerda é meu irmão mais velho, Ankrar; eu sou Brad; este à minha direita é Carell; e, aquele mais distante, é o nosso irmão caçula, Darm.

O olhar da menina pesa sobre eles que sentem a avaliação dela.

- Sabem que vou mata-los, não é? Vim aqui unicamente para causar suas mortes e iniciar a libertação do Reino. – ela fala de forma calma e recebe olhares dos rapazes que não compreende. Esperava raiva, desdém, zombaria, mas não pensava que receberia... Admiração.

- É muito valente, vindo sozinha nos enfrentar. – Carell fala e Hell percebe melodia na voz dele. – Entretanto, não será nada fácil alcançar o que almeja.

Darm permanece calado, mas Hell percebe que ele a fita com muita intensidade.

- Vocês são os comandantes desses exércitos. Se os matar e a seu pai, desbaratar seus soldados não será complicado. Mas eu também não sou ingênua a ponto de pensar que será fácil derrota-los. – ela os encara com frieza. – Vamos começar?

Assim que termina de falar Hell avança pra cima de Ankrar com rapidez, pegando-o desprevenido, lhe acertando um soco que o desequilibra e joga longe, arrastando e formando um caminho no chão; Brad se volta para ela, mas em um sinuoso movimento, Hell lhe acerta um chute alto que o joga contra as árvores da floresta próxima.

Usando de sua velocidade ela se aproxima de Carell, mas ele estava em alerta, devido aos golpes dados em seus irmãos e consegue bloquear o soco e o chute, porém a cabeçada foi rápida e o desequilibra, Hell gira em torno de si e lhe acerta uma cotovelada na nuca, o derrubando e fazendo uma pequena cratera no chão, tal foi a força que empregou.

Voou pra cima de Darm, mas ele apenas se esquivava de seus golpes, continuando a fita-la com muita intensidade, então ele some da frente de Hell e ela sente o deslocamento de ar, quando gira para golpear o rapaz é pega de surpresa com o fato dele segurar seu pequeno punho e bloquear o golpe, além de enlaçar sua cintura, puxando seu pequeno corpo de encontro ao seu e afundar o rosto em seu pescoço, inspirando profundamente e murmurando contra sua pele.

- Linda e cheirosa. – a voz dele é baixa e sensual e Hell fica um segundo sem reação, mas então lhe acerta uma joelhada e um soco, que o arremessa ao lado do irmão mais velho.

- ATREVIDO! – ela esbraveja, corada e embaraçada, mas também preocupada, pois se ele quisesse machuca-la teria conseguido.

- Trapaceiro. – ela escuta Ankrar resmungar com irmão caçula, que apenas dá de ombros e se levanta junto com ele.

A menina percebeu que nenhum deles está machucado e logo os outros dois se juntam a eles.

 

Ao mesmo tempo, no Olimpo, os deuses se olham e não sabem o que pensar daquela cena.

- Eros, o que acabou de acontecer ali? – Clio pergunta e vê seu amigo olhá-la espantado.

- Ela mexe com os quatro. – ele responde de volta. Havia ficado verdadeiramente surpreso com as emoções que sentia fluir daqueles rapazes e olhou com intensidade para sua esposa, ela se aproximou dele em silêncio e segurou sua mão. Ela também sentiu. – Eles não irão machuca-la de verdade, a menos que seja necessário.

- Isso é mau. – Hefesto comenta preocupado. – Pois significa que não recuarão ou lhe darão trégua e também que ela vai se irritar quando perceber que eles não estão lutando com força total. Vai considerar uma ofensa a ela... – o deus está preocupado com sua aprendiz, pois se ela perder a cabeça perderá a batalha e, talvez, a liberdade.

- Ela já percebeu que está sendo testada tanto quanto ela está testando eles. – Hermes se pronuncia. – E sua inocência, nesse caso, é um escudo e tanto... Ela não entende o que eles desejam dela e pensa apenas que foi uma manobra para irritá-la. – Clio observa sua menina preocupada, mas confia que ela conseguirá vencer aquela batalha.

 

- É forte, lady Hell. – Brad se pronuncia. Ele havia avaliado os movimentos da menina de longe, aproveitando que ela o jogou contra as árvores e viu como dominou Carell com certa facilidade, mas que ficou surpresa e acanhada com a investida de Darm, reagindo como a donzela que era. Ela era muito inocente ainda. – Mas ainda não está em nosso nível. – ele recebe um olhar frio e um levantar de sobrancelha da menina.

- Se acha isso... – é a resposta evasiva que ela dá ao loiro. Mas sua atenção está voltada agora para o exército que tinha se movimentado enquanto testava brevemente os quatro irmãos, eles estavam dentro da sua armadilha. – Não serei eu a desmenti-lo.

Nesse momento ela acende seu cosmo, que não havia usado contra os rapazes, e acena levemente com a mão em direção aos soldados inimigos. Tudo é muito rápido...

Os rapazes perceberam o aumento de poder nela e seu movimento, mas esperavam que o lançasse contra eles, porém o que viram foi parte de seu exército ser atacado por raízes, que se moviam como serpentes, atacando seus soldados e os matando com espinhos gigantes, ao mesmo tempo, espigões de gelo e rocha atravessavam suas fileiras empalando e destruindo suas máquinas de combate. Eles estão surpresos e quando voltam seu olhar para a menina ela não está mais à sua frente.

- Porém, não convém subestimar o inimigo. – eles escutam a voz suave às suas costas e sentem o impacto do golpe dela, que os derruba com violência no solo. Não esperavam que ela se movesse tão rápido e muito menos optasse por atacar os quatro de uma vez... Subestimaram-na, principalmente, por se manter próximos e se tornaram um alvo fácil para os ataques dela.

Todos quatro possuem cortes profundos nas costas, pois não estavam com suas armaduras, e das mãos da menina era possível ver garras das quais pingava o sangue deles sobre a neve. Eles se levantam com alguma dificuldade e a observam, pensando em como a capturarão, mas demoram muito para reagir...

Ela estende novamente suas garras sobre eles e murmura algo que não entendem, mas logo sentem que estão presos ao solo por faixas de energia que não conseguem romper. Hell sobrevoa sobre os rapazes e seu olhar é temível. Ela vai fazer o que prometeu: acabar com o comandante e os seus.

Ela pousa delicadamente no solo congelado, sente suas raízes e seus espigões ainda agindo sob seu comando e ceifando uma enorme quantidade de vida entre os inimigos, ela sente a terra ser banhada com o sangue deles...

- Agora vocês morrerão pelas minhas garras, como eu disse antes. – ela diz suavemente enquanto se aproxima de Ankrar.

- Não será tão fácil. – ele grunhe e se debate, mas parece que sua força de nada vale contra aquelas faixas. Hell não fala nada, apenas para em frente a ele e prepara o golpe fatal.

Entretanto, antes que consiga lança-lo sente a aproximação de alguém assim como o poder deslocado ao seu encontro e se afasta rapidamente, mas sem soltar os rapazes, ao contrário ela aumenta a quantidade de restrições e ainda os coloca sob uma redoma mágica.

Ela sabia quem se aproximava e pensava que seria uma oportunidade única que as estrelas colocavam em seu caminho... Oportunidade que ela não esperava.

- Não tocará em meus filhos, menina. – é o grande comandante que a enfrenta agora, parado entre ela e seus filhos, imponente em sua armadura negra, com sua espada igualmente negra fincada no solo a olhando com desafio.

- Disse que morreriam todos por minhas garras e espada. Não menti. – foi a resposta da menina. – Mas é a sua vida aquela que mais almejo tomar, jurei que o encontraria em combate e que o derrotaria. – o comandante observa a menina com calma.

Ela é muito jovem ainda, mesmo que seus filhos a capturassem naquele momento ainda demoraria para poderem consumar sua união, mas ele também consegue sentir a determinação e a ferocidade que emanam dela. Existe muito perigo em enfrentar aquela criança e ele não pode subestimá-la.

- Vou derrota-la, mas não a matarei. Pertence aos meus filhos e é uma pena que eles a subestimaram tanto, mas que lhes sirva de lição... – ele fala um tanto desgostoso que seus filhos foram derrotados e capturados tão facilmente. – Afinal, a consorte deles não é uma qualquer. – o comandante observa o rosto da menina ficar surpreso e passar ao entendimento, depois corar violentamente e isso o divertiu um pouco.

- Eu não pertenço a ninguém e apenas eu dito as regras de minha vida. – ela fala indignada. – Foi isso que disse ao meu avô quando lutou com ele? – havia fúria contida na voz da menina e ela se virou para os quatro rapazes feridos e aprisionados atrás do pai. – Por duas vezes assisti, impotente, me tirarem pessoas importantes para mim... Primeiro meu pai e irmãos mais velhos, depois meu avô querido... Agora vão saber o que senti, pois matarei o pai de vocês e não poderão fazer nada.

Não era possível ouvir os brados e impropérios dos rapazes, pois o som não saía da redoma, embora pudessem ouvir perfeitamente tudo o que se passava de fora. O comandante observou a menina elevar o poder dela e esperou que fizesse o primeiro movimento, pensou na noite em que derrotou o Dragão Branco e quando finalmente revelou o que tanto queria naquele Reino.

FLASHBACK ON

Ele assistia de longe a batalha e esperava que ela aparecesse... Sempre era assim: eles atacavam e esperavam que ela aparecesse e os desafiasse, porém ela nunca vinha.

Olhou de lado seus filhos, seus herdeiros e se sentiu orgulhoso deles, mas, ao mesmo tempo, preocupado.

Já havia anos que batalhavam e atacavam aquele Reino, tudo por causa de uma criança. Uma menina.

Quando Darm nasceu foi predito que seus quatro filhos teriam apenas uma consorte, uma tão bela e poderosa que seria capaz, de sozinha, aniquilar raças e mundos inteiros, e que seus netos seriam poderosos como nunca havia sido visto antes, entretanto, havia algumas advertências na profecia: eles teriam que viajar a outra dimensão para buscar a menina, fato que só seria possível quando ela nascesse, e seus filhos não poderiam toma-la a força. Deveriam conquistar o coração dela para somente depois ter seu corpo.

Pensou muito com suas rainhas antes de decidir agir, mas pela felicidade de seus filhos buscaria a consorte deles. Ele então criou, com sua magia, um poderoso exército de criaturas obedientes a ele e a seus filhos, mas desprovidas de qualquer sentimento de bondade e totalmente depravadas, não era essa a sua intenção, mas pensava que não conseguiria ter acesso à menina se não lutasse e a perversão de suas criaturas era compensada, aos seus olhos, por sua obediência cega.

Era assim que as coisas funcionavam em seu Reino, inclusive para conseguir as mães de seus filhos ele lutou e venceu os outros pretendentes a elas, ele lidava com inimigos e usurpadores com o fio de sua espada, era poderoso e seus filhos também demonstravam isso... Ele tinha que buscar para eles essa consorte, caso contrário sua linhagem acabaria neles.

Quando a menina nasceu seus filhos sentiram e esse foi o sinal para começar sua busca. Ele havia previsto corretamente e houve muitas batalhas até que seus filhos finalmente conseguiram localizar a menina em um enorme castelo...

Foi quando, através de tortura e suborno, souberam que ela era a neta do Rei daquele lugar. Ele sorriu com essa coincidência, mesmo que ela fosse uma simples serva a buscaria para seus filhos, mas saber que ela possuía sangue real lhe agradava.

Começaram a atacar o castelo, mas a resistência era fortíssima e isso o frustrava. Desejava voltar para suas rainhas com seus filhos e sua nora, mas era impedido por aqueles guerreiros... Como um guerreiro admirava o fato de serem tão aguerridos, mas se irritava com a demora para alcançar o que veio buscar.

Soube quando suas tropas mataram o genro e os herdeiros do Rei e ficou levemente preocupado. Pensava como seus filhos conquistariam o coração da menina se o pai e os irmãos tinham sido mortos por eles? Naquele mesmo dia seus filhos o procuraram, preocupados, dizendo que não sentiam mais a presença da menina.

Ela teria sido morta? Essa dúvida o martirizava e permitiu que seus filhos libertassem sua fúria por todo o Reino enquanto a procuravam... E tal fúria foi terrível de assistir, nem mesmo ele esperava tanta ferocidade por parte de seus três filhos mais velhos, Darm era o único que parecia indiferente a tudo e isso ocorria desde que tinham ido a esse reino.

Até o dia daquela batalha... Onde finalmente pode conhecer cara a cara o Dragão Branco, a mãe da menina e o menino que, descobriu depois, era o gêmeo dela.

Naquela batalha contou ao Dragão Branco o motivo dos ataques e descobriu muitas coisas interessantes: que a menina estava viva, mas longe do alcance deles; que nem a mãe e nem o irmão sentiriam a falta dela; e que ela voltaria.

Mas o Dragão Branco não entregaria a neta àqueles que causaram tanto mal ao seu Reino e o desafiou a lutar.

Apreciou a postura do Rei e lhe deu o combate que desejava, ficou surpreso com o vigor e a maestria dele com a espada e mais ainda quando conseguiu lhe acertar um golpe quase fatal. Não pode deixar de admirar aquele guerreiro e o cumprimentou antes de dar o golpe final.

FLASHBACK OFF

- Naquele dia senti que era observado, mas pensei que era alguém no campo de batalha, entretanto era você. – ele disse com calma para a menina.

- Sim, era eu. Foi quando vi o seu rosto e o de seus filhos, mas não sabia seus nomes... Apenas que eram meus inimigos. Trouxe a desgraça ao Reino com sua vinda e agora me diz que me buscava. Consegue imaginar como me sinto suja e enojada ao saber que fui a causa da morte de todos que me amavam e se importavam comigo? – à medida que a menina falava seu poder e o brilho que a envolvia aumentava absurdamente e ele teve que se conter para não recuar um passo.

- Não foi planejado. – o comandante olha da menina para os seus filhos atrás de si e suspira. Talvez sua abordagem tenha sido totalmente equivocada e agora seus filhos não teriam mais chances com a menina.

- NÃO FOI PLANEJADO?! – ela grita e expande a aura dourada abrangendo uma enorme área e o comandante sente a dor e a mágoa que emanam dela, assim como a feroz necessidade de se livrar daqueles sentimentos. – Pois agora sofrerá as consequências por suas ações não planejadas. – ela retoma o controle de seus sentimentos e o olha com desprezo e frieza.

 

Longe dali, Ean observou tudo ao lado dos guardiões de Hell.

Quando a viu atingir os quatro comandantes se surpreendeu, mas ao ver que levantavam sem arranhões se decepcionou...

Os guardiões apenas observavam e não havia medo neles. Hell, então, elevou seu poder mágico e fez um leve movimento de mão, assim que as raízes e espigões começaram a brotar no campo e dizimar os soldados inimigos, ficou branco com o poder dela.

Pensou nas palavras de seu conselheiro quando disse que não sabiam a extensão de seu poder mágico e agora desconfiava que não estava vendo ainda a totalidade dele.

 

No Olimpo, Clio se agitou com as palavras de sua menina para o homem que havia matado seu avô. Ela ainda guardava sentimentos negativos e aquilo não era bom.

- Clio. – ouviu a voz suave de Atena lhe chamando. – Ela já se acalmou. Não se preocupe, ela tem o coração no lugar certo. Não deve se alarmar.

- Obrigada Atena. – Clio inclina a cabeça para a deusa da guerra e da sabedoria, torcendo para que ela estivesse certa.

Enquanto Atena acalmava Clio, Ares lembrava de uma longínqua noite, quando consolou uma menininha chorosa e se surpreendeu com a força da determinação dela, pensando na guerreira que ela poderia se tornar. Agora ele teria a oportunidade de ver aquilo que vez ou outra ainda o assombrava...

 

Hell elevou seu cosmo e olhou para seu adversário.

- Assim como meu avô lutou contra você em combate singular, eu também lutarei. – ela disse ao comandante, que acenou concordando com a exigência da menina.

Ele sabia que devia ter cuidado com ela e não a subestimar como seus filhos fizeram.

- Vai lutar sem armadura? – ele perguntou curioso e ela retornou seu olhar com frieza.

- Não, mas você se arrependerá por me permitir usá-la... – foi a resposta desdenhosa. – Tempest, venha a mim! – um raio dourado subiu aos céus e na fortaleza todos sentiram a resposta dada pela armadura, que tinha permanecido intocada na varanda.

A caixa se abriu sozinha e dela asas emergiram, assim como uma espécie de urro foi dado e ouvido por toda a montanha, fazendo a rocha tremer como se agitada por um pequeno terremoto.

No campo, Ean e seus soldados sentiram também a vibração diferente que Hell emitia.

- Nossa princesinha nomeou sua armadura. – ouviu Tar falar para Mak, que apenas acenou em resposta.

- Assim que ela derrotar o comandante será nossa vez, Ean. – Mak falou sem despregar os olhos da luta que ia se iniciar ali.

- O que disse?! Tem tanta certeza que ela derrotará o assassino de meu avô? – Ean estava surpreso e embasbacado com a segurança com a qual os guardiões falavam do resultado daquela luta.

- Sim, Ean, nós temos. – Tar respondeu. – Quando ela o matar, atacaremos o exército ou o que sobrar dele, pois as raízes ainda fazem estragos entre as fileiras inimigas. – realmente as raízes comandadas por Hell ainda destroçavam soldados inimigos, enquanto falavam sentiram e viram um vulto envolto em energia prateada passar por suas cabeças.

- Mas o que... – Ean olhou surpreso e viu o vulto se posicionar sobre Hell e abrir majestosas asas, urrar em desafio e finalmente se desfazer em partes para cobrir o corpo de Hell. – É aquilo?

- “Aquilo”, Ean, era o que a caixa guardava. A Armadura Divina de Hell. – Tar responde orgulhoso.

 


Notas Finais


Gostaram da Tempest?
Eu precisava de um motivo para a invasão do Reino, mas não queria ser muito clichê... Não sei se consegui alcançar meu objetivo, mas sei que devo ter surpreendido com esse lado paterno do Grande Comandante inimigo...
Uma moeda sempre em duas faces e uma "verdade" muda de figura de acordo com quem conta...
Espero ter agradado.
Beijos.


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