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História A sétima criança. - Capítulo 15


Escrita por: EChrissie

Notas do Autor


Voltei!
Capítulo quente!

Capítulo 16 - Capítulo 15


Dracar.

Longe de onde a batalha entre Hell, Darm e Brad se desenrolava, Ean comandava seus soldados...

Seguindo à frente de batalha como o líder que era, ele desferia golpes contra os soldados inimigos. Alin, seguia-o de perto, protegendo suas costas, enquanto Sheyna parecia uma chama ruiva, dançando e matando os inimigos com sua espada...

Por um momento Ean se distraiu e olhou na direção onde sua gêmea lutava. Sentiu algo como dor vindo daquele lugar e também cinco enormes poderes se manifestarem...

Um enorme soldado, maior que os vistos até então se deslocou na direção do jovem líder dracarin. O soldado inimigo era diferente dos outros... Ele era parte da Elite, a guarda pessoal dos Comandantes.

Alin percebeu a aproximação dele e se colocou na frente de Ean, para defendê-lo. Avançou rápido convocando suas garras de dragão e investindo contra as pernas do enorme inimigo, mas esse tipo de soldado era ágil e inteligente... Ele pulou sobre Alin e estendeu seu longo braço, com o intuito de rasgar as costas do pequeno adversário, mas Alin pressentiu o movimento e rolou sobre si, desviando por pouco.

Os adversários pararam de frente para o outro e o Elite rosnou satisfeito... Aquele seria difícil de matar, um prêmio apropriado a seus jovens Mestres.

Sheyna foi atraída pela movimentação próxima de Ean e se espantou com o tamanho daquele inimigo diante de Alin. Era um verdadeiro gigante!

- Alin! – ela gritou enquanto se deslocava na direção do menino de cabelos prateados, mas ele ergueu a mão, dando a entender que ela parasse de se deslocar até ele.

- Proteja Ean! – ele gritou sobre o barulho da batalha, sem desgrudar os olhos do Elite. Sheyna acenou, mesmo ele não vendo e se moveu para proteger seu jovem senhor...

O Elite estava encarando o jovem dracarin à frente dele, a postura do rapaz revelava um lutador nato e as estranhas garras que apontavam de suas mãos pareciam perigosas, além disso havia aquela espada que vibrava diferente de todas as outras que ele já havia enfrentado...

- Me lembro de histórias sobre um jovem dracarin, bichinho de estimação de um comandante sem importância, que lutava em uma arena na periferia de nosso acampamento. É você? – ele perguntou entre curioso e provocador.

Alin rosnou com aquelas palavras. Tinha vergonha do que tinha feito para que ele e Lina sobrevivessem, mas fez o que foi necessário, pensando nela... Estranhamente, sentiu Kuratoro vibrar em suas costas e uma energia diferente emanar dele... Era como se pedisse para ser empunhado, para lutar...

Respirou profundamente e puxou Kuratoro. Ainda não se considerava hábil o suficiente para manejá-lo, mas a espada exigia isso dele e faria o que ele pedia. Quando o Elite viu o rapaz puxar a espada estranha seus olhos se arregalaram... A energia começou a fluir e envolver o jovem, surpreendendo até mesmo o dracarin.

- Kuratoro... – ele sussurrou e sentiu como se algo mais acontecesse, como se o tempo parasse e ele se encontrasse em outro lugar...

Parecia a entrada de um prédio, mas era um prédio totalmente diferente dos dracarins. Era branco, feito de pedra, e possuía muitas colunas, a entrada era enorme e o teto caía em linhas retas, havia algo esculpido sobre a entrada, mas não conseguia discernir com certeza o que era.

Na frente do estranho prédio havia um homem jovem o olhando sorridente, alto, loiro e de olhos castanhos, ele vestia uma armadura completa, parecida com a de Hell e seus guardiões, mas a dele era azul num tom parecido com o dos olhos de Alin.

- Como vai Alin? Parece que nos encontramos mais cedo que o previsto. – o homem falou com amabilidade.

- Quem é você e onde estou? – Alin perguntou preocupado com aquela situação. Devia voltar e proteger Ean. Tinha prometido a Tar.

- Você está em uma dimensão criada especialmente para mim. – o homem esclareceu e inclinou a cabeça, divertido com a confusão que via no rosto do rapaz. – Quanto a quem sou, não consegue adivinhar? – ele sorriu mais amplamente e emitiu uma leve energia que fez Alin arregalar os olhos.

- Kuratoro! – ele exclamou surpreso.

- Sim, Alin. – ele confirmou sorrindo sempre. – Sou o espírito da sua espada, Kuratoro, criada pela princesa Erin especialmente para você.

- Esse é o nome dela? – Alin perguntou ansioso e Kuratoro acenou confirmando.

- Deve guardar segredo disso. Poucas pessoas sabem o nome de minha Criadora e Mestra. – Kuratoro o advertiu e Alin acenou que tinha entendido, mas ficou curioso com várias coisas.

- Por que me trouxe? Pensei que eu fosse seu Mestre... – Alin estava claramente confuso e Kuratoro devia falar rápido, logo ele deveria voltar para a batalha.

- Tem que tomar cuidado com seu adversário, eu o ajudarei nisso; confie em mim. – Kuratoro pediu e Alin sorriu levemente, aceitando a ajuda de sua espada. Confiava em Hell, ou melhor, confiava em Erin e Kuratoro não o prejudicaria. – Gosto de sua disposição protetora e por isso te aceitei como usuário, mas a princesa não sabe que pertenço somente a ela. Te ajudo porque ela queria que fosse protegido e pensando nisso me criou, tenho parte de seus sentimentos, ela não entende bem ainda a total extensão do que pode fazer, mas tudo o que cria nas forjas tem uma alma e sentimentos... Dependendo do que sente enquanto nos cria podemos ser mais ou menos poderosos. – ele explicou, revelando algo extremamente importante sobre sua Mestra.

Alin arregalou os olhos para o espírito de Kuratoro, o que ele descrevia, tal poder... Quanto ainda Erin podia mostrar ser poderosa?

- Isso quer dizer que as armaduras de Tar e Mak... – ele entendeu e Kuratoro tornou a sorrir, confirmando.

- O poder delas é ainda mais forte que o meu, pois foram criadas com o mais puro amor de uma criança por seus pais. – ele contou e Alin se surpreendeu com a revelação.

- Por que está me contando tudo isso? – ele indagou e Kuratoro ficou sério e encarou Alin com dureza.

- Para que me valorize. Se mantenha nesse caminho e irei acompanha-lo nele até o fim, desvie dele e o abandonarei, voltando para minha Mestra. E ela ficará triste se souber o motivo de meu retorno. – Kuratoro disse e Alin engoliu em seco. Ele entendia o que a espada lhe dizia, foi o mesmo que Erin havia dito quando lhe deu Kuratoro.

- Eu entendo. – ele verbalizou e o espírito da espada voltou a sorrir para ele.

- Ótimo, agora vamos voltar e derrotar aquele cara. Vai ser um bom teste para você. – e dizendo isso emanou sua energia azulada e Alin se viu de volta ao campo de batalha, frente a frente com seu adversário.

- Para onde foi dracarin? Senti quando se deslocou e voltou. – foi o equivalente a apenas um segundo, mas os Elites podiam ser mais sensíveis à magia e, apesar daquela ser uma magia estranha e diferente, ainda era possível a ele sentir o uso dela.

- Não importa muito. – Alin falou com convicção e segurou Kuratoro com confiança, sentindo o espírito dele ao seu lado.

Alin avançou sobre o Elite e parecia mais rápido. O adversário moveu para a esquerda, mas Alin acompanhou com um arco da espada e, embora a lâmina não houvesse sequer tocado o corpo do adversário, o deslocamento do ar abriu um corte enorme na barriga do Elite, ultrapassando seu exoesqueleto.

Aquilo surpreendeu os dois, mas Alin não abandonou seu ataque, prosseguindo com movimentos fluidos, como treinou com Tar... O Elite não esperava que o rapaz fosse tão hábil com a espada, pois era claro que ele ainda não se sentia à vontade com ela...

A cada movimento de Kuratoro o deslocamento do ar cortava como se a lâmina da espada tivesse atingido seu objetivo. O Elite sentia que o jogo havia virado a favor do pequeno dracarin e ele precisava fazer algo sobre isso.

Começou a “dançar” em volta de Alin em alta velocidade e o rapaz aguardava, atento aos movimentos do Elite.

- Espere até o último instante. – ouviu a voz de Kuratoro e apertou o punho da espada.

O Elite fazia movimentos rápidos e trocava constantemente de lugar, para um oponente desavisado aquela tática poderia funcionar, mas Alin já tinha lutado contra soldados inimigos que tentaram a mesma tática... Então num piscar de olhos a luta havia acabado.

A enorme carcaça do Elite jazia aos pés de Alin, que puxou Kuratoro da garganta do inimigo.

Alin correu a procura de Ean e Sheyna, os encontrando mais além; o príncipe dilacerava adversários com suas garras e a espada. Alin o observava enquanto corria ao seu encontro... Ele podia não admitir ou aceitar, mas havia momentos, como aquele em que a determinação fria estava estampada em sua face, nos quais ele e Erin pareciam verdadeiramente os gêmeos que eram.

Ean viu o amigo se aproximar com a espada desembainhada e sentiu a energia pulsar na arma. Arqueou levemente a sobrancelha, mas ali não era lugar para perguntas. Se sobrevivessem àquele dia indagaria sobre o que sentia.

Nesse momento uma enorme explosão foi ouvida e a onda de choque se espalhou pelo campo de batalha, parando os combates individuais por alguns segundos e espantando a todos que observavam o enorme brilho que se estendia pelo céu.

Fogo e gelo lutavam pela supremacia, num contraste maravilhoso e mortal.

 

Olimpo.

- É agora, Psique! – Eros voltou o olhar para sua esposa e ambos acenderam seus cosmos, assustando alguns deuses.

Clio observava seus amigos e a forma como ampliavam seus cosmos em conjunto e se espantou com o que entendia: eles iam interferir!

- EROS! PSIQUE! – o senhor Zeus bradou de seu trono, mas o casal não estava disposto a ouvir. Precisavam salvar sua amiguinha e aquele era o momento adequado...

O choque dos poderes de Tar e Ankrar havia causado um momento de Caos na ordem universal do mundo de Drakar, ampliado pela luta de Hell contra os outros dois rapazes, esse momento era o que eles precisavam.

O brilho e o calor dos cosmos do casal eram tamanhos que mesmo Apolo teve que fechar os olhos para não feri-los. Afrodite mordia o lábio inferior, nervosa e indecisa sobre o que fazer, enquanto Ares observava o filho, impressionado com o poder que demonstrava tão poucas vezes...

O menino arteiro, o rapaz apaixonado, demonstrava ali, no salão do rei do Olimpo e na companhia dos seus pares, o motivo de ser um deus e seu poder era contrabalançado e ampliado pela bela princesa que tomou o coração do filho da deusa do Amor.

 

Drakar.

Hell observava os dois à sua frente e sabia que teria que usar tudo o que seus pais lhe ensinaram e ainda estaria em desvantagem, pois os rapazes tinham mais experiência em combate do que ela, mas não se intimidou.

Eles andaram calmamente na direção dela, as feridas que havia feito neles se curavam rapidamente diante de seus olhos, e aguardou em posição de defesa. Não cederia terreno!

- Venha conosco, lady Hell. – Brad tentou uma última vez, acalmar sua consorte e fazê-la segui-los sem resistir.

- Não. – a menina respondeu calma e preparada para tudo. – Vocês não me terão e ainda os matarei. – ela sentenciou e Brad suspirou exasperado, ela era teimosa como uma montanha!

Darm ao lado do irmão observava sua consorte, ele admirava o espírito dela e apreciava que não se dobrava a eles. Não teria graça ou sentido se ela fosse totalmente submissa... Mas não gostaria de feri-la.

- Venha. – Darm estendeu a mão para Hell e aguardou. Sua resposta foi um rosnar e os olhos brilhantes dela...

Hell acendeu seu cosmo... Era chegada a hora de lutar de verdade.


Notas Finais


Ai, meus sais!
Desculpe interromper no meio dos grandes acontecimentos, mas estou com um pouco de pressa e ainda vou precisar concluir essa parte.
Desculpem a demora e espero que tenham gostado.
Beijos.


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