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História A sétima criança. - Capítulo 01


Escrita por: EChrissie

Notas do Autor


Oi genteeee!
Vamos saber para onde o vovô Dragão Branco enviou sua netinha?
Espero que gostem e boa leitura.
Beijos.

Capítulo 2 - Capítulo 01


 

Os guardiões e a princesinha passaram por um portal que os levou a outra dimensão.

Ao sair do portal se depararam em um local iluminado e amplo, cheio de prédios, postos um ao lado do outro. Eram doze prédios parecidos, mas com algumas características próprias que os diferenciavam. Estavam em uma espécie de praça, com uma fonte no meio, cada lado da praça tinha seis prédios.

- Sejam bem vindos! – uma voz foi ouvida pelos guardiões ao mesmo tempo em que sentiram uma poderosa presença também.

Ao se virar em direção da voz os guardiões se depararam com um homem alto e forte, de cabelos brancos, mas ainda jovem, com olhos azuis intensos. Ele vestia uma túnica branca, com um cinto de ouro e sandálias. Uma criatura alada o acompanhava. – Eu os esperava, embora não desejasse que viessem, pois sei o que significa.

Os guardiões se ajoelharam imediatamente na frente de seu anfitrião, colocando a princesa no chão ao lado deles. Ela olhava tudo espantada, mas o que mais lhe chamou atenção foi a criatura alada.

- Esta é a neta de meu amigo? – o homem de voz poderosa falou com os guardiões, mas ignorou a criança, que apenas o olhava curiosa. Estava louca para se aproximar da criatura e tocá-la, mas o homem parecia muito sério e não queria que ficasse com raiva como sua mãe.

- Sim, senhor! É uma honra recebermos sua proteção e desde já agradecemos ao senhor. – um dos guardiões, que possuía cabelos brancos como a neve, da criança falava, sem perceber que ela, de mansinho se aproximava do homem que os tinha recebido.

- Ela parece que tem um cosmo muito poderoso realmente. – ele olhou de relance para a garotinha fascinada por sua águia.

- Cosmo, senhor? – o outro guardião, de cabelos verdes, perguntou confuso e, ao levantar a cabeça para formular sua pergunta, viu que a menina tinha se afastado deles e se aproximava do seu anfitrião, como quem não quer nada. Ele não poderia se levantar sem permissão para pegar a criança e correr o risco de ofender seu anfitrião, o governante daquele lugar.

- Sim. É como chamamos o poder aqui, embora o de vocês também seja diferente e forte. – ele falou analisando os guardiões da criança – O dela é mais bruto, mais puro. – ele observava o jeito da criança tentando se aproximar dele sem chamar atenção.

Antes que pudessem continuar seu diálogo o anfitrião sentiu a presença de sua esposa. Ela se aproximava devagar, caminhando régia como a rainha que era.

- Meu esposo. – ela o chamou – Esta é a criança que juramos abrigar e proteger? – ela perguntou olhando a criança, que agora também a mirava sem medo, como se a avaliasse.

- Sim, minha esposa. Essa é a princesa do Reino dos Dracarin. – o homem observava atentamente a reação de sua esposa, ela tinha se mantido neutra quanto à criança, porém ele a conhecia e sabia que podia mudar de opinião muito rápido.

- Não se ajoelha perante mim, pequena princesa? – a esposa fala em direção à menina, que inclina a cabeça sem entender.

- Pu quê eu ajoelalia? – ela fala confusa olhando aquela mulher bonita.

A rainha era alta como o marido, seus longos cabelos ruivos lhe chegavam até a altura da cintura, seu rosto era lindo, divino, sua boca pedia para ser beijada e seus olhos verdes lembravam esmeraldas, seu corpo era escultural, velado por um vestido de ombro só de cor creme, do qual pendia um manto preso por um broche de ouro, sua cintura fina era marcada por um cinto de ouro.

- Por que eu sou a rainha aqui. – a mulher responde prontamente.

- E eu sô pinchesa. – ela responde de pronto e percebe que a mulher tem outra criatura próxima a ela, com muitas cores e uma longa cauda.

- Aqui não é princesa. – a mulher falava com paciência, mas querendo colocar a menina naquele que ela considerava seu lugar.

- Sô shim. – a menina rebateu, a olhando desconfiada. – Meu vovô diz que sô pinchesa puquê ele é lei, po icho sô pinchesa.

A mulher já estava começando a perder a paciência com a menina, quando seu esposo resolve interferir.

- Minha esposa, não se esqueça que a menina ainda é muito nova. Ela não entende o que está acontecendo com ela e nem com sua terra natal. – ele tenta apaziguar a mulher. Mas logo ouvem a voz da criança de novo.

- Tem muito bicho mau peto de casa. Eles fixeram dodói no papai e nos manos. Mamãe ficou com laiva, ela me balançou e me empuou no chão, glitou comigo. Disse que meu nome agola é Lell. – ela falava triste o que tinha acontecido antes de sua partida, mas não chorou.

Os guardiões se olharam preocupados, pois não sabiam com certeza o que havia ocorrido com a mãe da princesinha; sabiam que o Dragão Negro e os filhos mais velhos tinham caído em batalha e, por isso, o Rei tomou a decisão de enviar a neta para longe, enquanto a princesa e o único herdeiro vivo do Dragão Negro iriam para outro lugar.

- O que sabem sobre o que a criança contou? – a rainha exigiu dos guardiões.

- Senhora, só sabemos que o pai e os irmãos mais velhos da princesinha realmente tombaram em batalha, mas nada sabemos da reação da princesa e nem que ela tenha agredido a filha. – o guardião de cabelos verdes falou, receoso de contrariar aquela mulher.

- Está mentindo para mim menina? – a rainha volta sua atenção para a menina.

- Eu num minto! – a menina gritou irritada. – Num sô mentiosa! Mamãe falou um monte de coisa que num intendi! – ela começou a bater o pezinho no chão, ficando vermelha, mas sem chorar. – Mas ela diche que num sô mais fia dela. Que qui icho qué dichê? – ela perguntou aos adultos.

O casal regente olhou para a menina com muitas impressões diferentes: o rei divertido com a explosão da criança e a rainha surpresa por uma criança tão pequena enfrentá-la sem medo. Mas o olhar confuso da criança pareceu abrandar o coração da rainha.

- Sua mãe estava preocupada com seu pai e irmãos mais velhos. Ela fez e disse coisas que depois vai se arrepender. Esqueça isso, pequena princesa. – a mulher falou com calma. – Deve estar cansada. – nesse momento surgiram muitas servas e se ajoelharam diante da rainha. – Levem a princesa e seus guardiões aos seus aposentos, os alimentem e deixe que descansem. Escolhi uma dama de companhia para você princesa, pois, precisará de cuidados que seus guardiões não poderão lhe dar. – a rainha dava ordens e mandava uma das moças se aproximar para apresenta-la à menina e aos guardiões, mas ouviu a vozinha da criança:

- Espea! Espea! – ela correu para a rainha, mais rápida que o guardião de cabelos brancos, que queria agarra-la. – Pocho pegá nele? –apontou para a ave que acompanhava a rainha, que levantou a sobrancelha diante do pedido da criança e resolveu fazer um pequeno teste.

- Se ele deixar não vejo problema, mas ele não gosta de estranhos. – a princesinha pareceu não ouvir a última parte e se aproximou da ave, que a olhava desconfiada, pronta pra fugir do toque da criança, mas, para surpresa dos adultos, ela começou a cantar alguma coisa com sua voz infantil e seu poder começou a fluir por seu corpo, acalmando a ave da rainha e, parecendo que estava encantada com a pequena, a grande águia do rei também se aproximou da menina, pousando ao seu lado. Ela sorriu e delicadamente começou a acariciar as penas dos dois animais, que estavam muito relaxados na presença da criança.

- Incrível! Ela nunca tinha manifestado seu poder. Essa era uma das preocupações do Rei. – o guardião de cabelos brancos relata aos seus anfitriões e o homem olha desconfiado e resolve tirar uma dúvida que lhe surgiu.

- Princesa. – ele chama a atenção da criança, se aproximando dela e dos animais, a menina se limita a olhar para ele. – Pode fazer isso há muito tempo? – a menina sorri e acena a cabeça confirmando, mais uma vez os guardiões se olham preocupados. – Por que seus guardiões dizem que nunca mostrou o que pode fazer? – ele pergunta curioso.

- Num facho sempe. Se não os bicho mau apaecem, mas aqui num tem bicho mau. – ela explicou distraída com os animais.

- Quer dizer que toda vez que você usava seu poder os bichos maus apareciam e atacavam o castelo do seu avô? – o homem perguntava querendo confirmar se tinha entendido a menina.

- É. Eles faxiam dodói nas pechoas. Eu paei de faxer icho. Num queo que ninguém fique dodói. Mas aqui num chinto os bicho mau, eles num tão peto. – ela explicava do seu jeito infantil e o homem entendeu imediatamente o que ela tentou explicar. Se virou para os guardiões e os encarou sério.

- Como ninguém percebeu que os inimigos rastreavam o poder da princesa? E que ela pode senti-los também?

- Senhor, a princesinha sempre foi muito quieta em casa, sempre imersa em seu próprio mundo particular. Nunca manifestou seu poder na presença de ninguém e nem falou tanto como agora. – o guardião de cabelos verdes explicava ao anfitrião, confuso com o que a criança contava.

- Ela estava se protegendo e as pessoas do castelo. – a rainha completa o raciocínio do marido. – Se não manifestasse o cosmo não haveria ataque ou ele seria menor... Como sente que não tem perigo está deixando o cosmo fluir livre. – ela observa a criança com as aves. – Você sempre segurou o seu poder em casa, pequena princesa?

- Shim. – ela disse dando de ombros. – Às vexes ela difícil, muitas pechoas falando na mia cabeça, me xingando e falando coisas feias, aí eu chentava e ficava quieta. Ela mais fácil achim. – nessa última parte os guardiões se olham preocupados com a criança e irritados com o que ela contava. Como assim? Pessoas xingando a princesinha?

- Ela tem telepatia. – o homem explicou aos confusos guardiões. – Ter esse poder tão jovem, sem treinamento e não enlouquecer... – o homem olhava a criança brincando com as aves, animais poderosos e que poderiam feri-la gravemente com um único movimento, mas que estavam tranquilos como animais domésticos. – Por isso era introspectiva, foi a forma que sua mente achou para se focar e proteger. Mas mesmo assim... Ela segurar o cosmo quase todo o tempo, é preciso muita concentração e foco. Principalmente para uma criança tão pequena... – ele se mostra pensativo e algo lhe ocorre – O que mais acham que a criança não pode fazer?

- Senhor, a princesinha não demonstrou talento ou interesse para as artes mágicas. Ela não começou o treino com espada por ser muito pequena ainda. – o guardião de cabelos brancos responde.

- Diga-me, pequena princesa, pode fazer alguma mágica para me divertir? – a rainha perguntou da menina, que parecia em dúvida em atender e a mulher intuiu o motivo. – Não precisa se preocupar, aqui os bichos maus não sentirão sua magia. – ela viu a criança acenar, se levantar e se afastar um pouco dos animais, que pareceram tristes com isso, dirigindo-se à grande fonte no centro da praça. A menina parou como se pensasse o que faria e depois sorriu olhando a fonte e deixando seu cosmo fluir, enquanto suas pequenas mãos pareciam reger uma orquestra.

Nesse momento, os guardiões olharam com profundo espanto que as águas da fonte se levantavam e formavam instrumentos musicais, que começaram a emitir sons, tocando uma música alegre do seu Reino. Quando a música acabou a princesa fez com que as águas baixassem vagarosamente e se voltou para a rainha com um sorriso.

- Gotou? – ela parecia ansiosa pelas palavras da rainha e os guardiões ficaram em dúvida se a mulher seria gentil com a menina.

- Sim, pequena princesa. Foi uma música muito alegre. Consegue fazer mais coisas? – ela perguntou com um leve sorriso.

Aquilo pareceu animar a menina que começou a demonstrar várias técnicas mágicas. Seus guardiões a olhavam com um assombro enorme e ela parecia que se divertia verdadeiramente pela primeira vez na vida, tentando fazer a rainha sorrir.

Depois de bastante tempo os adultos perceberam que a menina começou a ficar ofegante, finalmente o esforço de manifestar aquela quantidade de cosmo por tanto tempo estava sendo sentido pela princesinha.

- Já chega, pequena princesa. Alegrou bastante meu dia. – a rainha falou com a menina. A criança sorriu mais uma vez e foi se sentar próxima de seus guardiões.

- Princesinha. – um deles, o de cabelo branco como a neve e olhos prateados. – Por que nunca mostrou que sabia fazer magia?

- Po cauxa dos bichos. Uma vex eu fix e eles apalecelam. – ela explicou e ele acenou.

- Digam-me. – o rei exigiu dos guardiões. – A magia e a resistência que ela demonstrou são do nível de alguém da raça de vocês?

- Senhor. – o outro guardião, de cabelos verdes e olhos castanhos, se apresentou para responder. – A magia que ela mostrou está acima da média, principalmente para alguém da idade dela. A princesinha demonstrou que consegue manipular os elementos com maestria e imaginação, além de ter muita resistência física; fazer magias desse porte por tanto tempo é algo que somente os dragões maduros conseguem. – ele falou olhando sua princesinha com admiração.

- Então, princesa, onde aprendeu a fazer magia? Quem lhe ensinou? – o rei pergunta para a criança.

- Cum todo mundo. – ela fala calma e todos se olham sem entender, até ouvirem uma voz suave mais à direita da fonte.

- A telepatia dela. A mente dela acessava também a mente daqueles ao redor dela, buscando coisas específicas. – uma moça muito bonita de longos cabelos lilases e de cosmo poderoso se aproximou dos visitantes e se ajoelhou diante da menina. – Mas onde treinou as magias que aprendeu, princesinha? – ela perguntou intrigada e a menina respondeu com um sorriso tão travesso que espantou seus guardiões pela enésima vez.

- Aqui. – e sem esperar resposta ou sinal dos adultos ela os levou a um espaço dentro do espaço, uma pequena realidade aberta onde todos flutuavam. Os adultos olharam em sua volta, espantados, e a menina sorria abertamente, feliz.

- Onde estamos? – a moça gentil perguntou à menina.

 - Aqui. – respondeu a princesa, que sorriu mais uma vez e apontou o próprio coração.

- Esse espaço está aqui dentro? – a moça perguntou apontado para o peito da criança, que acenou concordando. – E nós estamos lá fora ou aqui? – ela perguntou curiosa.

- Voxês tão aqui cumigo. – a menina respondeu um pouco confusa.

- Mas são nossas mentes ou estamos aqui com nosso corpo? – a moça insistia e a menina ficou sem saber o que responder.

- Num sei. – a criança parecia desolada por não saber responder aquela pergunta e a moça sorriu e a abraçou.

- Não se preocupe, saberemos quando nos levar de volta. Está pronta? – ela perguntou e a menina bateu palmas acenando que sim. – Então nos leve de volta. – imediatamente uma luz brilhou e estavam novamente na praça.

Assim que chegaram as servas correram preocupadas para a rainha e falavam todas ao mesmo tempo, mas entenderam que uma luz brilhou cercando os adultos e fazendo com que desaparecessem, restando apenas a menina sozinha e perdida em seu mundo particular.

- Incrível. – o rei e a rainha estavam pasmos. Esperavam uma criança poderosa, mas com um poder bruto, a ser lapidado, não uma que tivesse evoluído sozinha em tão pouco tempo de existência. – Imagino o que fará quando tiver um treinamento sistemático... – o rei avaliava a princesinha com a mão no queixo, pensativo.

- Vô vencher os bichos maus. – ela responde como se fosse a coisa mais fácil do mundo.

- Bem. É um bom objetivo, mas antes tem que estudar muito e treinar mais ainda. – a moça gentil fala acariciando a cabeça da criança. – Agora tem que comer e descansar. Já fez muitas travessuras por hoje. – ela faz sinal a uma das servas para que acompanhe os visitantes.

O guardião de cabelos prateados pega a menina no colo, e junto com seu colega segue a serva, quando a menina se lembra de algo:

- Espea. – ela pede ao guardião que para e ela vira o rostinho para a moça gentil. – Qual sheu nome?

A moça sorri e responde: Atena.


Notas Finais


Então meus queridos amores espero que tenham gostado do capítulo.
No próximo vamos dar um pequeno salto no tempo está bem?
Ah, antes que eu me esqueça, para entenderem a princesa tem por volta de 3 anos terrestres, mais ou menos isso...
Não se esqueçam que ela é um filhote de dragão e que está destinada a ser a mais poderosa da sua espécie, por isso não se espantem com o que fez hoje ou que fará nos próximos capítulos.
Beijos.


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