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História A sétima criança. - Capítulo 04


Escrita por: EChrissie

Notas do Autor


Oi gente.
Com um pouco de atraso lhes entrego o capítulo mais recente da nossa história.
Espero que gostem. Boa leitura.
Beijos.

Capítulo 5 - Capítulo 04


A princesa e seus guardiões, junto com Clio voltaram ao Olimpo. A menina parecia mais séria e concentrada em ficar mais forte, sua mente estava afiada e a todo vapor. Seus treinamentos se tornavam mais pesados e ela crescia e amadurecia.

Hefesto percebeu que logo não teria mais nada a ensinar à sua aprendiz. Ela evoluiu muito mais rápido do que imaginava e agora só lhe faltava ensinar uma coisa: como forjar e consertar armas e armaduras divinas.

Foi falar com Zeus, não poderia lhe ensinar esse segredo sem que o rei dos deuses soubesse. A conversa entre eles foi longa e ponderada com muita discussão dos prós e contras de ensinar isso à pequena princesa dragão, mas, por fim, o rei dos deuses decidiu que ela poderia obter esse conhecimento.

Hefesto foi até a casa dos dragões conversar com a menina e seus guardiões. Nunca tinha ido lá e quando chegou sentiu o cosmo da pequena, seguindo até onde se encontrava.

Ele observou que se encontrava em um campo de treino e viu sua aprendiz lutar com maestria contra seus guardiões. Ela conseguia contê-los e empurrá-los, repelindo seus ataques tanto com magia quanto com espada, percebeu que a águia de Zeus estava ali assistindo também.

Quando parecia que a menina estava ganhando, porém, Mak conseguiu passar sua defesa com um ataque conjunto de magia e arma, jogando-a longe e dando por encerrado o treino. Ela sentou no chão e ficou conversando com eles por um tempo, estava claro que eles trocavam impressões sobre o treino.

Quando parecia que eles haviam terminado Hefesto se aproxima e conversa com eles, contando sobre seus planos, os guardiões se olham e aceitam que ele ensine isso à princesa, por mais perigoso que parecesse para ela.

Assim, Hefesto a leva para sua forja e começa a ensiná-la, em tempo integral, como criar armas e armaduras divinas e como consertá-las. Vários dias se passam e a menina e o mestre não saem da forja.

Os guardiões também estão ali, vigilantes na porta do templo de Hefesto, o deus não havia permitido que eles entrassem na forja, pois ele disse que o que ensinava à menina era um segredo entre mestre e aprendiz.

Então, sentem o cosmo muito poderoso vindo da forja e ao se virar para ver o que acontecia viram sua princesinha vestindo uma armadura e portando duas espadas.

- Vejam guardiões. – Hefesto estava cansado, mas satisfeito com o seu trabalho. – Há éons eu não fazia uma armadura divina. Podem me dizer se eu perdi o jeito? – ele dizia orgulhoso.

A armadura da princesa era negra com detalhes prateados. Seu peito estava protegido do colo até a cintura, quando a armadura se abria para abraçar seus quadris, coxas e terminar em botas. Uma tiara começava na linha dos cabelos da princesa, puxando seus cabelos para trás e impedindo que ele atrapalhasse no combate. Seus braços eram protegidos por uma parte da armadura que descia como uma malha até suas mãos. Eles perceberam que toda a armadura era flexível para que ela não atrapalhasse a movimentação da princesa.

- Está linda, minha princesa! – Mak se inclinou sorrindo e realmente a menina, que ajudava a criar e educar, estava muito bem naquela armadura, não demoraria a atrair os olhares masculinos, estava virando uma moça.

- Não temos palavras para descrever, mas podemos dizer que sua presença é marcante. – Tar também pensava que logo teriam que começar a expulsar pretendentes de sua porta.

- A armadura é muito leve. – ela lhe dizia mexendo-se e andando de um lado para o outro. – E resistente. Obrigada mestre Hefesto! – ela agradeceu ao ferreiro, que apenas acenou com a cabeça.

- Não sou mais seu mestre. Estamos de igual para igual. – ele disse, mas foi prontamente rebatido pela menina.

- Nunca! O senhor sempre será meu mestre e ainda me faltam muitos séculos para achar que posso pensar em me igualar ao senhor. – aquelas palavras, ditas com sinceridade e afeto, atingiram em cheio o ferreiro dos deuses.

- Vá embora agora. Preciso descansar, não é fácil fazer armas como essas. – ele os dispensou com grosseria, mas a princesa sabia que seu mestre queria privacidade para pensar no que tinha dito a ele.

- Já vamos, mestre Hefesto. – ela se inclina respeitosamente, assim como seus guardiões e partem em direção à sua casa.

- Ela ficou bem naquela armadura. – Hermes tinha se aproximado sorrateiro como sempre e visto o ferreiro enxugar uma lágrima, mas apenas sorriu e nada mencionou, aquele seria um segredo que guardaria para si.

- Logo partirá para cumprir seu destino. – Hefesto falou pensativo. – Me preocupa o que ela encontrará em sua terra.

- Acha que ela pode fracassar? – Hermes fala preocupado, também tinha se afeiçoado à menina dragão.

- Não. Ela está escondendo seu poder total, até mesmo de seus guardiões. Ela vencerá. O que me preocupa é como será recebida por aqueles que quer salvar: irão entendê-la ou acusa-la e rejeitá-la?  - Hefesto compartilha com Hermes a dúvida que paira em seu peito divino desde que a menina começou a soltar pequenas doses de informação sobre si.

- Não podemos prever totalmente os eventos futuros de uma terra que não está sob nossa influência. – Hermes fala pensativo – Mas podemos lhe dar outra alternativa. Venha Hefesto, precisamos falar com meu pai e outros deuses.

- Do que está falando Hermes? – Hefesto está alerta, pois Hermes estava com o olhar matreiro do qual todos os deuses desconfiavam.

- Em dar à princesa e seus guardiões um lar para voltar. – ele diz com um sorriso e flutua até o templo de seu pai, sendo seguido por um sorridente Hefesto.

A princesa e seus guardiões chegam à sua casa e ela pede que a armadura saia de si. É prontamente obedecida e a armadura fica montada em seu quarto, os seus guardiões e Clio se aproximam para ver o trabalho de Hefesto e da princesa.

A armadura é um dragão, poderoso, mas delicado e os guardiões sorriem.

- Sua armadura é uma fêmea, princesinha. – Tar comenta sorrindo.

- Sim Tar, ela é, mas ainda não lhe dei um nome. Mestre Hefesto diz que ela tem consciência, que está viva e como todo ser vivo precisa de um nome. – a menina falava com Tar, mas estava fascinada, admirando sua armadura e a tocando levemente com os dedos.

- Venha. Vamos comer e você vai se banhar e descansar. Quando menos esperar um nome apropriado lhe ocorrerá. – Clio sorri.

- Está bem Clio. – a princesa concede e segue a mulher mais velha. Quando saem do quarto a armadura brilha levemente.

A princesa também precisou de alguns dias para se recuperar do esforço feito de criar a sua armadura e espadas. Mas durante todo esse tempo não lhe ocorreu um nome para a armadura.

Ela estava pensativa no jardim quando escutou seus guardiões se aproximando devagar. Estavam preocupados e ela sabia o motivo.

- Princesinha... – Tar falou devagar. Ele não queria ter aquela conversa.

- Eu sei, Tar. Já estou pronta. Tenho que decidir. – ela o interrompeu e ele a mirou com seus olhos prateados.

- Queremos que a decisão seja somente sua. – Mak falava. – E vamos te acompanhar nela.

Ela os olhou surpresa. Não esperava aquilo, secretamente torcia, mas nunca pediu isso deles e não pretendia pedir.

- Obrigada. – ela disse emocionada e suspirou profundamente. – Lhes direi minha decisão ao entardecer. Preciso pensar agora. – ela os dispensou com essas palavras e eles sorriram entre si, sua pequena princesa não tinha perdido seus modos reais apesar da forma solta com que a criaram.

Eles se retiraram e a deixaram só com seus pensamentos, dúvidas e sentimentos. As horas passaram e ela permanecia no jardim, quando o sol estava quase se pondo ela se levantou e foi para dentro de casa.

Tinha se decidido.

Ela entrou sorrateira como era de sua natureza e que tinha aperfeiçoado com Hermes e viu Clio colocar a mesa sob o olhar amoroso de Mak, que se aproximou para ajuda-la com uma bandeja mais pesada. Tar lia perto da lareira e sorria com a cena. Queria que eles tivessem uma vida de paz e felicidade, mas para isso teria que coloca-los em perigo.

Ela entrou na sala e endireitou os ombros. Recebeu os olhares dos adultos e tomou ar para dizer o que havia decidido.

- Voltaremos para Dracar e lutaremos para libertar o reino. – viu Clio abraçar Mak com força e Tar se aproximou da princesa, conduzindo-a para fora para dar privacidade ao casal.

Mas antes que saísse ela tomou coragem para falar com Clio.

- Ele voltará, Clio. Juro por minha honra que ele voltará. – e havia determinação na voz da princesa. Sua infância tinha acabado quando tomou aquela decisão e ela tinha plena consciência disso, não importava que seu corpo ainda fosse de uma infante, sua mente e seu coração deveriam ser de alguém que arca com a responsabilidade de suas decisões.

Deixou sua coluna ereta e tomou o braço de Tar, saindo com graça e calma. O casal não viu, pois ela estava de costas para eles, mas Tar percebeu o brilho nos olhos de sua princesa. Ela estava disposta a tudo para cumprir sua promessa com Clio. Tudo.

No dia seguinte foram comunicar sua decisão a Zeus. A princesa levava sua caixa com a armadura e Tar e Mak levavam suas armas e roupas, com as quais haviam chegado. Quando sua entrada foi autorizada no salão do templo a princesa se surpreendeu que todos os deuses que estavam no Olimpo naquele momento se encontravam ali.

- Princesa de Dracar, soube que tem algo a me dizer. – o rei dos deuses reparou na postura da menina. Ela ainda estava respeitosa, porém havia uma capa de dignidade régia sobre ela agora, como se tivesse lembrado do dia para a noite que era uma princesa de um reino outrora poderoso, descendente de um rei poderoso.

- Lorde Zeus, eu e meus guardiões viemos agradecer o abrigo e proteção que nos deu durante nossa estadia entre vocês. Não sou capaz de expressar meu sentimento de gratidão por tudo o que fizeram. – ela disse se inclinando levemente e falando com o rei dos deuses. – Também venho dizer que tomei a decisão de partir e lutar para salvar meu reino. – ela para de falar e aguarda que o rei dos deuses fale, mas é a rainha Hera que se ergue de seu trono e caminha vagarosamente até a princesa.

Assim que ela está na frente da criança toca seu queixo e a faz olhá-la nos olhos. Hera não vê medo ou arrependimento pela escolha feita, mas percebe no fundo daquele olhar a tristeza por partir.

- Você acha que aqui é o seu lar Princesa de Dracar? – ela pergunta com autoridade e a menina inclina a cabeça no mesmo gesto que ela fez quando se conheceram. A menina respira e a rainha do Olimpo vê que toma coragem para falar, mas sua voz sai firme.

- Sim. Aqui é o meu lar, onde estão as pessoas com quem me importo, entretanto a honra e o dever me impelem a cumprir aquilo que acho correto. Não vou encontrar amor ou reconhecimento em Dracar, pois o único que tinha esses sentimentos por mim faleceu como o guerreiro que era, entretanto, para honrar o sacrifício dele, de meu pai e de meus irmãos mais velhos eu lutarei. Por que é o correto a se fazer. – ela respondeu com orgulho e a deusa Hera, rainha dos deuses sorriu e acenou levemente, se retirando para seu trono e olhando seu marido.

- Princesa de Dracar, fez bons amigos entre nós. Suas ações foram observadas desde que aqui chegou e nunca deu motivos para que desconfiássemos do que acabou de declarar à minha rainha, por isso lhe oferecemos um lar para voltar. – Zeus falava com sua poderosa voz e a menina e seus guardiões se surpreenderam.

- Desculpe lorde Zeus, mas acho que não compreendi com precisão. – a menina queria que ele confirmasse o que achava que tinha ouvido.

- Compreendeu sim, menina. Quando sua luta acabar poderá retornar para cá, você e seus guardiões, para viver entre nós, no Olimpo, na Terra ou nos dois, e ter seu lar conosco. – ele falou com um grande sorriso e a menina ficou sem saber o que fazer por alguns segundos, absorvendo aquela informação, então, num movimento surpreendentemente rápido, mesmo para os deuses, correu até Zeus e o abraçou fortemente, lhe beijando a face e fez o mesmo com a rainha dos deuses.

- Obrigada. – ela agradeceu emocionada no ouvido de Hera. A deusa sorriu e empurrou a garota, olhando seu rosto com cuidado e disse:

- Agradeça a Hermes e Hefesto. Eles fizeram a petição.

A menina sorriu e acenou, dando mais um beijo na face da rainha do Olimpo e correu até Hermes e Hefesto, que receberam o mesmo tratamento. Hermes sorriu e beijou a ponta do nariz da menina, mas Hefesto ficou muito envergonhado com a demonstração de afeto e se limitou a dar algumas batidinhas nas costas dela.

Ela voltou aos seus guardiões e se inclinou diante de todos os deuses:

- Agradeço a todos o enorme presente que me deram. Agora devo ir. Adeus, meus deuses. – ela fez uma reverência e se dirigiu com seus guardiões até o local do portal, por onde tinha chegado e que a levaria de volta para Dracar.

- Pronta princesinha? – Mak perguntou sorrindo.

- Mais do que poderia esperar e menos do que gostaria. – ela respondeu sorrindo.

- Muito bem dito. – Tar acenou satisfeito e acionou o portal.


Notas Finais


Fiz a revisão e espero não ter deixado passar nenhum erro grosseiro.
Nossa princesinha tem 11 anos, mais ou menos, quando parte para Dracar.
Espero que tenham gostado do fato de ser dada a ela a possibilidade de voltar e construir um lar na Terra.
Foi preciso fazer isso, do contrário ela teria de se separar de Mak e Clio... E eu nunca faria isso com a minha princesinha.
Espero que tenham gostado.
Beijos.


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