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História A silent voice - Defesa


Escrita por: Doolboy

Notas do Autor


Só para esclarecer, as aspas no geral são usadas aqui para significar que é a fala do Naruto, sei que meio óbvio mas pode ter alguém que não se situou ainda e está se confundido com a pontuação e coisas do tipo.
Obrigado a todos que comentaram no primeiro capítulo, vou responder vocês em breve! Fico feliz em ver que vocês gostaram da história. Beijos!

Capítulo 2 - Defesa


    - Eu sinto muito senhora. - o médico disse com o olhar apreensivo sobre o paciente sentado sobre a cama dura do seu consutório. O velho senhor fitou a mulher de longos cabelos ruivos e olhos belamente azuis. - Seu filho irá perder a audição completamente em pouco tempo, sugiro que o antecipe do que irá acontecer e redobre a sua atenção se notar qualquer alteração em seu comportamento.
    Kushina sentiu seus olhos arderem e então levantou-se da cadeira, passou a bolsa pelo braço fino e aproximou-se do médico. Naruto encarava tudo, paredes, quadros, buscava algo que lhe chamasse a atenção, ela poderia falar o que quisesse com o médico mas temia que o filho ouvisse o que não queria.
   Ela levou o senhor para perto da porta.
  - Quanto tempo ? - seu tom era preopado, a voz falha.
  - Eu não saberia dizer, visto que este problema começou quando ele tinha sete anos... Pode ser hoje ou amanhã, daqui a duas semanas. Faça-o memorizar o que ele puder, talvez ter alguma lembrança.
   Os ombros dela tremularam por um momento. Em sua profissão, Jiraiya vira de tudo e mesmo assim não conseguida deixar de sentir-se mal pelas diversas situações em que seus pacientes se envolviam.
   Lágrimas rolaram pelo rosto outrora alvo de Kushina, suas bochechas se tornaram vermelhas e uma dor profunda se formou em seu coração de mãe. Jiraiya tocou suavemente o ombro dela, na esperança de lhe passar alguma força.
   Naruto trajava um casaco azul marinho e bermuda jeans surrada e tênis colegiais, teclava algo destraidamente no celular quando a mãe o mirou, o médico iria lhe dizer algo mas Kushina foi mais rápida e abraçou o filho o envolvendo com os braços finos de mulher, os longos cabelos ruivos se esvoaçando para trás numa bela cortina carmin. Naruto não entendeu de início o porque do ato, largou o celular na cama e a abraçou sem mais se questionar.
   Kushina o apertou com todas as forças e afastou-se, as mãos finas pararam no rosto do filho que a olhava intrigado, os dedos dela passaram a se mover pelas bochechas macias dele.
   - Eu te amo. - ela disse amorosa sorrindo.
   Naruto sabia perfeitamente fazer leitura labial, então não foi difícil entender o que a mãe falara. Ele sorriu para ela e assentiu com a cabeça.
   '' Eu te amo mais''
  - Aqui. - Jiraiya aparecera ao lado dos dois com dois papéis na mão direita. Entregou-os a Kushina. A mulher limpou o rosto dos resquícios de lágrimas. - Estes são alguns exames que Naruto precisa fazer o mais rápido possível, quero saber como este garoto anda. Não esqueça de voltar aqui para me mostrar os resultados senhora Uzumaki.
   - Pode deixar.
...
   O céu era lentamente tingino de laranja e rosa, um sinal de que a noite estava por vir e Sasuke não estava nem um pouco a fim de ir para casa, ainda estava cedo segundo o seu horário. Por mais impressionante que fosse, ele, Ino, Gaara, Kiba e Neji tinham muito haver um com o outro. Gostavam quase das mesmas coisas, brigas, expulsões e provocações. Seriam os melhores amigos da face da terra se Sasuke não fosse tão fechado como era agora, talvez fosse porque ainda os estava conhecendo.
   - Vai dar tudo certo. - Gaara disse convencido. Jogou o taco de basebal no ombro esquerdo parando na frente da garagem da casa de Kiba. Os olhos verdes dele se volveram para o mesmo que mascava chiclete.
   - Tá bom, mas vou logo avisando se der alguma coisa errrada a culpa é de todos vocês. Para todos os casos sou um bom filho.
   - Acreditamos. - o ruivo disse abrindo um sorriso maroto. - Agora vai, - ele se virou para o resto. - vamos para o final da rua.
   Sasuke já havia feito aquele tipo de coisa antes, e na maioria das vezes tudo realmente acabava bem, ao menos para ele pois sempre conseguia pular muros e entrar nas casas alheias e ficar escondido por um tempo até que a poeira tivesse baixado. Ino dera a brilhante ideia de pegarem o carro da irmã de Kiba para darem uma volta até tarde da noite, o que foi logo aceito.
  O destrito 11, segundo Ino, era o melhor lugar para pessoas da idade deles irem, ela fez questão de puxar Sasuke para conhecer o local, os outros apoiaram a ideia. Neji e Gaara foram na frente descendo a rua, os postes elétricos eram ligados aos poucos dando brilho na pouca escuridão que se formava como fumaça ao vento se esticando pelas ruas. Assemelhavam-se com pequenas estrelas pintadas pelos homens.
   Ino ia mais á frente do Uchiha, usava roupas curtas, ainda a farda do colégio visto que nenhum deles tinham pisado em casa ainda depois que saíram do colégio. Sasuke recebeu várias ligações da mãe mas ignorou todas elas e desligou o celular.
   Os passos dele eram lentos e demorados pela grama verde mal cortada dos vizinhos, sua casa ficava perto dali mas ele não iria sequer passar por perto dela. As luzes das casas também começavam a se ascenderem, os telhados eram quase todos vermelhos como que saídos dos desenhos animados. Ele parou de repente sem que o grupinho novo tivesse notado a sua presença. Ele foi tomado pela visão de Naruto sentado na janela do quarto, escrevia algo no caderno apoiado no joelho esquerdo, as sobrancelhas apertadas e a cascata dourada dos seus cabelos parecia refletir contra a luz do quarto.
    Era como se Sasuke houvesse parado no tempo por um sentésimo de segundo, e, de repente, Naruto moveu a cabeça e por um único incontável momento pareceu que as safiras azuis dele haviam repousado sobre o moreno, mas então, bastou prestar atenção do que realmente era o seu foco. A lua, prateada que nascia aos poucos por entre as nuves.
   - Sasuke, o que houve ? - Ino perguntou retornando para perto do moreno. Ela sorriu subtamente. - Vai me dizer que amarelou ?
   Sasuke a olhou. Ela era pequena assim como quase todas as garotas, seios médios e rosto bonito. Ela também possuía olhos azuis, porém mais claros e brilhosos que os de Naruto. Mas ele não deveria estar comparando uma garota com um cara, certo ? Sasuke xingou-se em pensamento e passou a mão direita pela cintura bem feita dela.
   - O que você acha que aconteceu com a Sakura ? - Neji perguntou teclando no celular, se dirigindo a Gaara.
  - Talvez ela tenha percebido onde é o seu devido lugar.
  - Meu tio disse que os pais dela estão furiosos com o que aconteceu.
  - Foda-se. - havia uma certa alteração na voz de Gaara, uma irritação.
   Neji guardou o celular parando no local marcado.
  - Hinata ficou muito preocupada com a situação dela... Acho que deveríamos ao menos mandar comprimentos a família.
   - Não temos nada a ver com o que aconteceu! - Gaara explodiu em fúria.
   Ino deu um suave empurrão no peito de Sasuke que o fez parar de andar. Ela se aproximou dos dois rapazes.
   - Vamos ficar todos calmos. - ela entre olhou os dois. - O que aconteceu... - a voz dela também mudou. - Esqueçam. Hoje é um ótimo dia para apostarmos corrida no distrito 11!
   Sasuke queria perguntar do que eles estavam falando mas achou melhor ficar na sua. Quase um minuto depois, Kiba apareceu buzinando no Jipe, Ino sorriu satisfeita e logo correu para o carro, Neji foi em seguida depois Gaara e por último, ficando de pé, Sasuke.
   O Destrito 11 era realmente um destrito dentro de uma cidade, Sasuke ficou surpreso com a quantidade de pessoas indo de um lado para o outro, homens, mulheres, até mesmo algumas crianças. Bebida rolava solta para qualquer lugar que ele olhasse, a música rolava a solta, um rock pesado. Haviam grades de ferro que separavam as alas.
   Ele desviou de uma garota que vinha em sua direção com uma bandeja de bebidas, os seios dela saltavam para fora do sutian escuro que ela usava. O cheiro de fumaça o fazia querer tossir quase que a todo momento. Gaara estava longe havia muito tempo, ele tinha de gritar assim como quase todos para poder conversar com a garota de cabelos castanhos a sua frente.
...
  - Querido, você tem que conversar com a gente. - Kushina disse assim que ajudou o filho a colocar o aparelho no ouvido, algo que era desnecessário uma vez que ele sabia perfeitamente como o fazer. - Como foi o seu dia ?
   Nas paredes do quarto de Naruto estavam espalhadas pôsters de seus jogos favoritos, lembretes de atividades e principalmente, sobretudo, as consultas médicas da semana. Sempre que olhava as paredes daquele quarto, Kushina se sentia angustiada. A cama sempre arrumada, o computador sempre ligado e o video game pronto a ser usado.
   Naruto recolheu-se na cama, colocou o travesseiro entre as pernas e encostou as costas na parede fria.
   - Estou... Bem... Mãe. - ele podia ouvir o quão estranha a sua voz soava. - De verdade.
    Mas as palavras pareciam terem sido jogadas ao vento para Kushina. Ela cruzou as pernas sentada na cadeira.
  - Você sabe que pode me contar absultamente tudo.
  Naruto desviou o rosto e seus dedos se curvaram agarrando o travesseiro. A manga do casaco se moveu um pouco, os olhos de Kushina dobraram de tamanho subtamente e ela saltou da cadeira e partiu para cima do filho, tomou o braço dele, Naruto afastou-se dela deslizando pela cama e saindo da mesma.
   - Naruto! - Kushina chamou. - Seu pulso! Mostre-me!
   Ele balançou a cabeça negativamente pondo os braços para trás, ele mirou a porta e Kushina ficou na frente da mesma impedindo a possível passagem dele. Suas sobrancelhas se uniram furiosamente.
  - Agora! - ela gritou, tão alto que Naruto podia ver as veias azuladas saltarem do pescoço dela.
   - Não! - Naruto disse rápido, sua voz saiu terrível. Ele espantou-se com isso. Ele tentou falar novamente mas ele sabia que era impossível.
   Kushina tomou o pulso dele na mão e ergueu a manga. As linhas que ela viu no pulso do filho fizeram ela se sentir como se alguém houvesse lhe socado o rosto com força, não eram poucas, uma sobre a outra. Os dedos finos dela se agarram em torno do pulso dele.
   Novamente, naquele mesmo dia, grossas lágrimas rolaram pelos rostos dela.
   Naruto puxou seu pulso e balançou as mãos tentando chamar a atenção da mãe.
   '' Me desculpe mãe!''
   Kushina ergueu o rosto para ver o que o filho lhe dizia. Naruto cerrou os dentes. Ele podia ter um corpo maior que o dela mas, era como se ele fosse uma criança pequena que ela poderia carregar nos braços.
   '' Me perdoe por não ser o filho perfeito que você e o papai merecem.''
   Mais lágrimas desceram dos olhos dela, empalidecida.
    '' Eu queria não dar tanto trabalho assim para vocês. Eu sei que a senhora não dorme ás vezes preocupada comigo. Me desculpe por causar tantos problemas... Mas, as vezes... Eu só queria desaparecer e deixar vocês dois seguirem a vida que merecem.''
   - Isso não é verdade! - ela disse alto. Naruto ergueu o rosto. - Eu sou feliz com o filho maravilhoso que eu tenho. Você é tudo para nós dois, se você desaparecesse... Eu... - os ombros dela tremularam devido a compulsão do choro.
   Naruto a abraçou, tímido, ele também chorova por ser tão inútil. Embora aquelas palavras fossem ditas constanteme para ele, Naruto sabia que não passava de um peso na vida da mãe maravilhosa que tinha. Seu pai trabalhava feito um louco para pagar os aparelhos auditívos caríssimos e sua mãe quase não tinha mais vida. Sempre ocupada indo de médico em médico com o filho problemático.
  Ele chorou. Por ser defeituoso.
...
  - Esse lugar é fantástico!
   Era a segunda garrafa de bebida que Sasuke virava na boca com o seu grupo. Tudo ao seu redor era perfeito, uma bela garota em seus braços, música alta e festa! Ele estava completo agora, sem responsabilidades, sem compromisso, sem ter alguém a quem se prender.
   Seu corpo estava suado, embaixo dele, Ino crava as unhas nas costas largas dele as marcando como podia sem conter os gemidos de prazer que ele a fazia sentir. Ela arquejava as costas na parede onde ele a prensava enquanto tranzavam, ambos bêbados e cheios de luxúria. Os seios dela colavam-se ao peito largo dele.
...
   A casa de Naruto não era exatamente antiga, seus pais tinham grande apresso pelos tempos que se passaram e faziam de tudo para que a casa tivesse aquele toque do século passado, irônicamente Naruto gostava, as vezes ele sentava-se na poltrona verde no meio da sala e ficava a imaginar quem teria morado ali antes deles se mudarem no final do ano passado. Por vezes ele se imaginava como um velho daquela época, chegando em casa cansado com um charuto na boca e um enorme bigode e começava a rir de se mesmo.
  Embora a televisão estivesse ligada, não passava nada que lhe chamasse a atenção e ele já tinha terminado todos os deveres escolares e Kushina conversava com Minato na cozinha, talvez alguma fofoca sobre a vizinhança. Ele esticou a mão para pegar o controle remoto que estava estacionado sobre a mesa de centro de madeira quase na frente de sua poltrona, apontou para a telivisão e a desligou, guardou o controle no mesmo canto e levantou-se.
  Eram quase 23 horas, ele assim como os demais teria de acordar cedo amanhã. Pelo tom de voz de Kushina quando ele passou perto da cozinha para poder chegar á escada que o levaria para o andar de cima, Naruto soube imediatamente que se tratava de algo quente. Mas aquilo não o interessava. Fechou a porta quando entrou novamente no quarto e ascendeu a luz do abajur e foi para a cama.
   Ele não era um sadista e muito menos um louco, ele queria apenas se sentir melhor, um pouco mais vivo e não uma casca sem voz ou lembrança. Naruto sem que percebesse passava a ponta dos dedos pelas linhas brancas das cicatrizes que tinha no pulso, ele não se orgulhava, mas por alguma razão ele se sentia bem com aquilo.
  Ele iria tirar os aparelhos auditivos dos ouvidos se não tivesse escutado uma pancada forte vindo do  lado de fora, ele baixou imediatamente as mãos e correu para a janela e subiu o vidro. O vento frio foi o suficiente para levar seus cabelos louros para trás e o fazer apertar os olhos, ele colocou as mãos no parapeito da janela. O carro de Kiba estacionara e o seu grupinho desceu conversando alto para acordar os vizinhos, completamente bêbados, Naruto concluiu sem demorar muito e baixar o vidro e se jogar na cama.
...
   Eles riam alto, conversavam sobre ontem a noite e como seus pais ficaram furiosos mas eles, triunfantes, mandaram todos seu foderem, ao menos para Neji e Gaara isso era um tipo de vitória. Todo o grupinho ficou parado próximos ao carro de Sasuke, Ino fazia questão de segurar a mão do garoto sendo que ele mal notava a sua presença e para não deixá-la desconfortável, ele resolveu retribuir o aperto e tragar o seu cigarro enquanto o sinal não tocava anunciando que logo seriam aprisionados nas salas de aula.
   Gaara iria dizer alguma coisa sobre a garota com quem ele ficou ontem mas a sua atenção foi roubada quando Naruto apareceu do outro lado da escola, andava destraidamente com as mãos nos bolsos e focando o portão atrás do grupo, o ruivo bateu com o cotovelo no estômago de Kiba, o outro entendeu o recado.
   Gaara ajeitou a mochila verde nas costas e passou a caminhar na direção do louro, Naruto não precisou ser um grande gênio para saber que ele viria o impertinar hoje também, visto que as pessoas abriam caminho para ele e Kiba como se fossem membros da realeza. Os olhos esverdeados de Gaara se apertaram e brilharam encarando Naruto.
   - Bom dia... - ele disse com aquela voz rouca e arrastada, os dentes alvos a mostra. - Consegue me ouvir ou simplesmente está fazendo de conta que não está escutando a minha voz ? Ah, esqueci, você também não fala...
  Naruto trincou os dentes e uniu as sobrancelhas. A platéia apenas assistia o pequeno confronte calada.
  - Sabe, acho que está na hora de mudarmos as coisas por aqui. - Kiba disse aproximando-se de braços cruzados na frente do peito largo, conseguido de muita atividade física nas horas vagas. - Que tal... - ele passeou os olhos em Naruto de cima á baixo. - Você parar de se fingir de surdinho ãn ? Olha, esse teatro, essa coisa toda já chegou aode tinha de chegar...
   Sasuke tirou o cigarro dos dentes e o jogou no chão apagando-o com o sapato. Ino se jogou nos braços dele pondo a cabeça no peito dele como se para o prender.
   - Vocês não estão indo longe demais não ? - ele perguntou assim que Neji foi se juntar ao grupo para cercar Naruto.
   - Não, ele está tendo o que merece. - Ino fechou os olhos manhosa. - Ele é só mais um filho da mãe desgraçado que precisa de atenção, nada com que se preocupar.
  - Vocês já conscideraram a ideia dele realmente ser deficiente ?
   Ino se pois a rir como se Sasuke houvesse dito algo extremamente engraçado.
  - Quem se importaria se ele realmente fosse deficiente ? - ele deu de ombros. - Ele não tem a quem recorrer certo ?
  - Talvez vocês devessem o deixar em paz.
   - O quê ? - o tom de voz dela se alterou duas vezes mais. - Espere, acho que não ouvi direito, você quer que nós deixemos aquele merdinha em paz ?
   Sasuke permaneceu inexpressivo.
   - Só estou dizendo que o que vocês estão fazendo é ineceitável com alguém que não pode se defender, isso é crime.
   Ela riu novamente, mas logo a sua expressão se tornou assustadora.
   - Não venha querer me dizer o que é certo ou errado! - ela bateu com o dedo no peito dele. - Vi o relatório que entregaram na escola sobre você. Um péssimo aluno, respondão que bate nos ''indefesos'' como você mesmo diz. Não só isso, mas que fura os pneus dos carros dos professores para se vingar e que me diz, da vez em que você rasbicou toda a casa de uma professora depois ter transado com ela ? Isso não parece coisa de alguém certinho como você possa fazer não é ?
   Sasuke segurou o braço dela numa velocidade sobre-humana, seus dedos se apertaram em torno do braço macio dela o deixando vermelho instantaneamente.
   Ino olhou para trás. Os amigos ainda conversavam com Naruto.
  - Além disso, Naruto é... Gay.
  - E daí ?
  - Como e daí ? - ela puxou o braço mas ele não o soltou. - Ah, entendi, você também é uma bixinha não é ?
   Sasuke sentiu uma vontade imensa de lhe socar o rosto mas ele não o faria. Jamais bateria em uma mulher, mesmo que ela lhe tirasse toda a paciencia. Ele a soltou e a empurrou para trás, Ino praguejou em pensamento afagando local vermelho no braço.
   - Seu estúpido. - Gaara dizia rodeando Naruto como se ele fosse algum tipo de presa e ele, o caçador.
   Neji segurava os braço de Naruto para trás, Naruto tentava se soltar mas era impossível uma vez que Neji era campeão escolar em luta. Kiba se preparava para socar o estômago de Naruto com força, ele erguera a manga da camisa para o fazer, Gaara estava com a câmera do celular gravando tudo.
  Kiba o acertaria agora se uma mão fria não o tivesse parado agora.
   Naruto esperava por ser socado fortemente mas como isso não aconteceu, ele abriu os olhos que nem havia percebido que tinha fechado devido ao medo. E quando ele viu Sasuke socando Kiba no chão foi como se o chão housse sofrido uma grande rachadura, e os gritos das pessoas se espalhavam pelos ares e Gaara também sendo socado por Sasuke que se movia rápido, Naruto não pôde fazer nada quando Sasuke tomou sua mão direita e o arrastou para longe da escola abrindo passagem sem o menor esforço por entre os outros alunos.
   Sasuke soltou a mão de Naruto somente quando chegaram a praça central perto de uma biblioteca e de frente para uma sorveteria, pessoas iam e vinham, algumas atrasadas para o trabalho, outros para um compromisso. Havia um vendedor ambulante numa das calçadas, uma mulher que acalentava o filho no braço. Sasuke se jogou no banco pondo a cabeça para trás, Naruto não sabia bem o que fazer, tirou o celular do bolso. A respiração de Sasuke era pesada, quando ele abriu os olhos de novo deu de cara com o par de olhos safira de Naruto.
  - O que foi ? - Sasuke ajeitou-se no banco e Naruto se afastou. - Você está bem ?
   Naruto assentiu positivamente, mostrou a tela grande do celular para o Uchiha.
   '' Por que fez aquilo ? ''
 Sasuke leu e piscou irritadiço, mais irritado consigo mesmo do quê com Gaara e seus lacaios.
   - Eles eram impertinentes e você nem podia se defender deles! Mas não vá pesando que eu fiz aquilo exatamente por você, fiz porque me senti estranho...
   As palavras saíram antes que ele se desse conta. Mas era verdade. Foi como se seu corpo houvesse sido arrastado com força para aquela briga. Só agora Sasuke sentiu o gosto de ferro na boca, um soco de Kiba acertara seu lábio em cheio.
   Naruto digitou em letras enormes para Sasuke: '' Obrigado mesmo assim''. Naruto deu um leve sorriso e enfiou o celular no bolso da calça e rumou para longe a passos calmos, sabe-se lá para onde e Sasuke permaneceu sentado naquele banco. Ele não tinha cabeça para a escola hoje, quem sabe amanhã.
   



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