Capítulo 1: Armazém 546
- Quem está aí? - Katarina, com olhos atentos, se levanta com um pouco de dificuldade, e se afasta de sua fogueira, caminhando vagarosamente até a parte mais escura da sala em que estava , até que escuta alguma coisa metálica caindo no chão e fazendo um barulho irritante.
- Quem está aí? … fale agora ou atirarei. - Fala alto, desta vez com um tom de voz mais ameaçador.
Nada responde, um silêncio profundo, só se escutava a névoa. Até que Katarina afirma para si mesma “Não deve ter sido nada de mais, acho que foi o vento”, se vira e volta lentamente para a fogueira, olhando para o chão, tira o cinto da arma de seu ombro, e joga-a no chão, depois se deita em seu colchonete, Pyrah olhou toda aquela reação de Kath, como era comumente chamada por seus colegas de guerra, e perguntou:
- O que foi? Não era ninguém?… Graças a Deus que não, quero ter um pouco de descanso, hoje o dia foi longo, aqueles mutantes tentando nos dilacerar la na rodovia 44 foi realmente apavorante.
- Pyrah seu maldito, por que me fez o favor de lembrar-me daquela cena horrível, agora vou ter pesadelos quando for dormir – Fala Katarina com tom sarcástico e um sorriso sutil no rosto.
- Está fazendo papel de mocinha agora? … Não vai me dizer que nunca viu um mutante matando alguém?
- Já, Já vi sim, uma criança nas montanhas de Augsburg, foi horrível, nunca esquecerei aquela cena. - Katarina fala com um cara inexpressiva que ao mesmo tempo demonstrava um profundo sentimento de tristeza, Então mudou sua expressão, ergueu sua coluna e ficou sentada na beliche com os pés próximos a fogueira, olhou para Pyrah e voltou a falar:
- Mas o mundo é assim, a dois anos estava tudo em paz, então a Coreia do Norte começou a guerra, e estamos no estágio atual, mutantes… militares malucos, e gangues loucas por recursos e em busca de garotas como eu.
- Vai ficar falando isso quantas vezes? É a terceira vez que você fala isso hoje, esquece o mundo já era Katarina, não tem mais solução. - Pyrah, fala olhando para Kath em um tom bastante sério e fora do normal para sua personalidade.
- Não, eu acredito que em algum lugar, há alguma esperança, eu quero mudar tudo isso, quero paz novamente – Katarina fala estas belas palavras, enquanto prende o seu longo cabelo ruivo, e se deita lentamente na cama, olha bem para Pyrah com seus olhos verdes e fala.
- Tenha Fé Pyrah, mas agora é hora de dormir, pois amanhã temos que sair deste armazem para ir em busca de alguns suplementos, e talvez achar algum sobrevivente… - Boa noite.
Pyrah olha para os lindos olhos de Kath que mais pareciam esmeralda, enquanto pega sua Vodka e toma um gole, - Boa noite, vou tentar dormir e esquecer um pouco este inferno.
Passou-se algumas horas, o sono de Katarina e Pyrah já estava no ápice, até que um clarão imenso e um barulho estrondoso, acordam eles, rapidamente os dois se levantam, pegam suas AK-47 no chão e vão em direção a janela, eles só vem um grande cogumelo de fumaça e o clarão se dispersando mais ainda no horizonte. Com as lágrimas quase caindo dos olhos, Kath pergunta a Pyrah.
- Foi outra não foi?
- Foi, Kath, Foi… - Responde Pyrah com um cara de decepção.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.