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História A Sombra da Lua - Capitulo 18


Escrita por: Insanidade

Notas do Autor


Então sobre esse capitulo ao mesmo tempo que eu amei escrever foi bem difícil, então espero que vocês gostem, ele terá uma parte extra que vou postar em breve, por favor comentem!

Capítulo 21 - Capitulo 18


Sunagakure, quatorze dias após a guerra.

POV Shikamaru Nara.

 

Minha cabeça doía, minha visão estava embaçada e eu não conseguia ficar em pé. Ao meu redor tudo girava, apoiei minha mão na parede atrás de mim e foquei minha visão no chão tentando me manter o mais calmo possível para passar essa tontura e entender o que estava acontecendo.

Mia e eu estávamos lutando contra os ninjas ocultos, eu segurava um deles com o meu hiden enquanto ela fazia perguntas ao outro, então uma cortina de fumaça se formou e uma explosão aconteceu.

Eu fui arremessado para trás batendo minha cabeça na parede, mas não fiquei inconsciente.

Minha visão estava voltando ao normal então levantei a cabeça para olhar ao redor. Meu coração saltou no meu peito e me faltou ar para respirar, o ninja que antes eu estava prendendo no meu jutsu estava morto, caído no chão em cima de uma poça de sangue que aumentava a cada segundo, os outros ninjas que foram derrubados antes também estavam todos mortos. Tive receio de olhar para o outro lado, afinal Mia estava lá, mas quando olhei não a vi lá. O ninja que ela interrogava estava na mesma posição e o sangue esguichava da sua cabeça.

Ao redor deles tinham kunais com selos de explosão, alguém quis matar eles, provavelmente outros ninjas ocultos que não queriam que informações vazassem.

Olhei novamente ao redor e não tinha nenhum sinal da Mia. Será que eles levaram ela com eles? Meu corpo tremeu com esse pensamento.

Me forcei a andar, ainda estava tonto então me apoiei na parede para não cair.

-Mia!

Chamei, sem nenhuma resposta. Andei até o corpo do ninja que ela estava interrogando, tinha muito sangue ali.

Era difícil me manter em pé, meu corpo formigava e doía, mas continuei.

-Mia!

Chamei outra vez, e novamente não tive resposta. Estava com medo de algo ter acontecido com ela, seria culpa minha, afinal eu deveria ter protegido ela.

Olhei um pouco a frente e pude voltar a respirar.

Mia estava caída no meio da rua mais a frente, seu corpo imóvel não tirou a preocupação do meu coração. Me forcei a correr, mas meu corpo não correspondeu. Fui o mais rápido que consegui ir até ela.

Quando me aproximava tentava chamar por ela, mas minha respiração acelerada fazia minha voz falhar, meu coração batia muito rápido, e o medo gelava o meu corpo.

Uma poça de sangue se formava a seu redor, ela tinha que estar viva, tinha que estar.

-Mia...

Me joguei no chão ao lado dela. Ela tinha vários cortes pelo corpo, principalmente nas pernas, seu kimono que antes era branco agora estava vermelho, manchado com o seu sangue. Seu cabelo estava espalhado pelo chão e cobria parte do seu rosto, com cuidado afastei os fios do seu rosto. A sua pele extremamente clara já não estava mais assim, sua boca estava levemente aberta e seus olhos fechados.

Coloquei meus dedos no seu pescoço buscando por uma pulsação que demonstrasse que ela ainda estava ali. Meu coração se aliviou quando senti uma leve pulsação da sua jugular. Era uma pulsação fraca, que demonstrava que a vida dela estava em risco, precisava tirar ela dali.

Mas pra onde levar ela? Não poderia levar ela para um hospital, afinal não sabia quem era confiável e quem não era, era obvio que alguém matou os ninjas ali então a qualquer momento podiam voltar, Suna não era segura, mas no estado em que estávamos não podia me arriscar muito.

Peguei Mia no colo com o máximo de cuidado que pude ignorando completamente a dor que percorria o meu corpo. Me levantei do chão cambaleando e escorrei em uma parede, eu ia levar ela para o meu quarto no hotel onde eu tinha um kit de primeiros socorros e poderia cuidar dela mesmo que pouco, mas o problema era que o festival era bem na porta do nosso hotel, e apesar dele já ter acabado e o horário já ser avançado poderia ter pessoas nas ruas, principalmente os ninjas que o Kazekage colocou para vigiar a vila, ninjas que por sinal não se encontravam ali, só pude supor que não eram confiáveis também.

Pense Shikamaru.

Eu ia levar ela com calma e cuidado até lá, poderia ir me escondendo pelos becos e sombras da vila, tinha que dar certo.

Apertei o corpo da Mia contra o meu e comecei a andar, me escondendo nas sombras e usando os becos para cortar caminho. Meu corpo doía muito e era difícil respirar com toda essa dor, Mia era leve, mas a condição não favorecia para ir mais rápido.

O sangue dela escorria pelo meu corpo e isso me deixava cada segundo mais preocupado. A dor era até suportável, mas ver ela naquele estado me dava uma sensação horrível no peito. Eu não sabia muito sobre ela, não convivi muito tempo com ela, racionalmente falando era impossível ter criado laços com ela, mas a forma como meu corpo ficava com ela por perto, a forma como eu me sentia em relação a ela, fugia de qualquer racionalidade que eu poderia ter.

Mia era o maior enigma que eu já tive, e as sensações que ela me causava o meu maior problema sem solução.

Eu finalmente pude ver o hotel, já não tinha mais ninguém no festival, apenas algumas pessoas que estavam desmontando as barracas. Em cima dos prédios tinham alguns ninjas, o que era preocupante. Tinha que agir com cuidado para não ser visto por eles.

Olhei para Mia no meu colo e ela não pareceu demonstrar qualquer sinal de que iria acordar, ela estava perdendo muito sangue eu não podia ficar mais tempo ali, tinha que cuidar dela.

Coloquei Mia no chão por um momento e peguei uma kunai dentro do meu colete, amarrei nela um papel explosivo e atirei ela em uma das barracas mais afastada. Peguei Mia novamente no colo e então vi a explosão da barraca. Todos os ninjas ao redor se dirigiram para lá, inclusive os donos das outras barracas.

Aproveitei a distração e forcei meu corpo a correr, mesmo em protestos de dor consegui correr até a lateral do hotel onde eu pude ver a janela do meu quarto. Concentrei meu chakra nos meus pés e subi até a janela, apoiei Mia no meu ombro esquerdo liberando minha mão direita para abrir a janela.

Entrei no quarto e coloquei ela na cama. Verifiquei se a porta estava trancada e fechei a janela e as cortinas, só então acendi a luz. A visão dela ensopada de sangue, doeu em mim mais do que qualquer machucado que eu tivesse no meu corpo agora.

Fui até ela e tirei com cuidado o kimono que estava completamente vermelho agora, usei uma kunai para cortar seu short e sua blusa sem que a machucasse mais, e tirei suas sandálias shinobi. As feridas eram fundas e estavam por todo o seu corpo. Tirei as ataduras das suas coxas, junto com a bandana de Getsugakure. Parei por um momento para olhar para ela, meu coração se apertou, e eu senti meus olhos queimarem, lagrimas se formaram ali, e a raiva me atingiu.

O mundo finalmente estava caminhando para a paz, mas a ganância estava dentro dos homens e a guerra nunca iria acabar. Sempre iria aparecer alguém que quisesse o poder, o controle, e que estaria disposto a tudo para isso. Esse é o mundo em que vivemos, nós lutamos em busca da paz, mas ela não existe.

Peguei Mia no colo e levei ela até o banheiro, abri o chuveiro e deixei que a água caísse sobre nós. O sangue e a terra foram saindo do seu corpo e misturando a água, peguei sabão e com cuidado fui passando pelo seu corpo, esperava que a água fosse acordar ela, mas isso não aconteceu. Seu cabelo branco estava manchado de vermelho, com cuidado lavei ele, até que eu pudesse ver ele branco novamente. As lagrimas de raiva, de dor e de medo escorriam quente pelo meu rosto.

Chequei novamente a sua pulsação e ela ainda estava fraca, mas pelo menos estava ali. Lavei suas feridas e desliguei o chuveiro. Levei ela de volta para a cama e peguei uma toalha, sequei seu corpo mas o sangue ainda insistia em escorrer. Rasguei a toalha em tiras e amarrei elas com força em cada ferida da Mia, para parar o sangramento.

Então escutei ninjas se movimentando lá fora. Apaguei a luz do quarto e com calma abri uma pequena fresta da cortina na janela para que eu pudesse ver o que estava acontecendo.

“Dois guardas do Kazekage estão mortos.”

“Temos que informar eles.”

Escutei eles dizendo, corriam sobre os prédios em direção a saída da vila.

Fechei a cortina e fui até a minha mochila, peguei selos de proteção e coloquei na porta e na janela, ativei eles e então acendi a luz do quarto novamente.

As tiras da toalha que coloquei nas feridas da Mia, estavam sujas de sangue, mas pelo menos o sangue não estava escorrendo mais. Peguei o kit de primeiros socorros, e tirei com cuidado as tiras dos seus machucados.

Peguei álcool e com cuidado derramei sobre uma das suas feridas na coxa direita. Então eu senti a mão da Mia vindo até a minha e apertar ela com força. Mia se levantou em um susto sentando na cama, eu levei minha outra mão para a sua boca evitando que o grito que ela soltou pudesse ser escutado por alguém além de mim.

Ela estava assustada, seus olhos negros olhavam para mim cheios de lagrimas, ela levou as duas mãos para a minha mão que apertava a sua boca, a sua respiração estava ofegante, então as lagrimas começaram a escorrer e ela fechou os olhos.

Eu tirei minha mão da sua boca e a puxei para junto de mim, contendo seu choro no meu peito. Mia soluçava em completo desespero, suas mãos apertavam o meu colete molhado, e eu suspirei tentando conter as minhas próprias lagrimas.

-Mia...

-O-o que a-aconteceu?

A voz dela falhou em meio ao choro.

-Alguém jogou kunais com papel explosivo, matou os ninjas ocultos e atingiu a gente. Eu bati contra uma parede, mas você foi arremessada longe. Tem muitas feridas, precisamos cuidar disso.

Ela se soltou do meu abraço e limpou as lagrimas com as mãos. Então ela olhou para o seu corpo onde os cortes estavam expostos. Ela engoliu em seco e pressionou a mandíbula.

-Eu vi uma das kunais com papel explosivo, dei um impulso para sair de lá o mais rápido possível, mas pelo visto não consegui me livrar por completo da explosão.

-Eu tenho que passar álcool nas suas feridas Mia...

-Tudo bem.

Ela apertou o lençol da cama com força, e assentiu para que eu fizesse. Peguei o álcool e novamente derramei sobre as feridas. Mia fechou os olhos com uma clara expressão de dor. Apesar de não querer causar dor nela, fiquei feliz por ela ter acordado e estar sentindo as suas pernas e braços. Isso significa que ela não quebrou nada e não corre mais risco de vida.

Depois de passar o álcool sobre o seu corpo, comecei a enfaixar com ataduras, fiquei aliviado por ter levado ataduras extras. Quando terminei quase não tinha pele exposta, o corpo dela foi praticamente todo coberto por ataduras, e o sangue tinha parado.

Me levantei e peguei uma das minha camisas, estendi para a Mia e ela pegou e a vestiu com certa dificuldade.

Peguei um pedaço de algodão e molhei no álcool, me sentei ao lado dela na cama e segurei seu rosto com uma das minhas mãos. Mia mantinha os olhos negros em mim, eu evitei de olhar para eles enquanto passava o álcool pelos arranhados que ela tinha no rosto, então lagrimas voltaram a escorrer pelo seu rosto.

Deixei o algodão de lado, soltei seu rosto e olhei para ela. Eu não sabia o que dizer, ela desviou os olhos de mim encarando as suas mãos no seu colo.

-Onde está o kimono?

Ela perguntou com a voz baixa e tremula.

-Está ali, está muito sujo.

-Pega pra mim... Por favor Shikamaru...

Seu tom de voz cortou o meu coração, eu me levantei e peguei o kimono no chão e entreguei para ela. O sangue já estava seco nele.

Ela abraçou o kimono como se fosse uma pessoa que ela não via a muito tempo, ela fechou os olhos e voltou a soluçar.

-Mia, o que está acontecendo?

Ela não respondeu.

-Olha eu sei que você não confia em mim, mas eu não vou te machucar Mia, eu estou aqui para te ajudar. O Hokage me mandou para Suna para investigar sobre os ninjas ocultos, sabemos que eles estão aqui e que também estão em Konoha, eles conseguiram entrar na biblioteca de Suna e saber sobre vocês, eu vim para descobri como eles fizeram isso, e para impedir eles. Eu sei que é isso que você quer também, senão não teria vindo até aqui e feito eles irem até você, mas tem mais coisas acontecendo, por favor me deixa te ajudar Mia.

-Como sabe se o Hokage é confiável? Você ouviu ele dizendo que eu não teria sorte confiando em gente de Konoha.

-Nós sabemos que eles estão lá, eles estão atrás do Naruto, mas eu confio no Kakashi, ele não se envolveria com eles. Ele quer a paz, quer proteger o mundo, eu confio a minha vida nele.

Ela olhou para mim com as lagrimas ainda caindo.

-E quanto vale a sua vida Shikamaru? Ele disse que eles conseguiram acesso a biblioteca graças a uma garota idiota, pelo que sei as únicas pessoas que tem acesso na biblioteca de Suna é o Kazekage e os irmãos dele, então quanto vale a sua confiança nas pessoas?

Temari... Ela não faria isso, faria?

Não respondi, então ela continuou.

-Eu não posso confiar em você, não posso esperar algo de você que eu sei que não vira. Você nunca vai lutar contra ela, você nunca vai contestar ela, e eu entendo isso, e não posso pedir que faça isso, então não posso depositar a minha confiança em você. Agradeço por sua ajuda e pelo que fez por mim, mas não posso ficar mais tempo aqui. Se você está realmente contra os ninjas ocultos continue com a sua missão, e tome cuidado Shikamaru.

Mia se levantou da cama mesmo com o seu corpo protestando, então o sangue voltou a manchar as ataduras. Eu segurei ela pelos ombros e fiz ela olhar para mim.

-Você está certa, eu não acredito que Temari tenha deixado eles entrarem na biblioteca de Suna, mas se isso realmente aconteceu não terei mais confiança nenhuma nela. A questão é que eu perdi muito na guerra, e eu não quero que isso se repita, nem pra mim, nem pra ninguém. Os Kages demonstram esse mesmo sentimento, por isso sei que posso confiar neles. Estamos agindo com cautela para que não aconteça outra guerra, mas isso não significa que não estamos do seu lado. Mia, desde que eu soube sobre você e sobre o seu clã eu não parei um dia se quer de me preocupar, quando eu te vi aqui sabia que algo assim iria acontecer, eu posso não ser alguém da sua família, mas eu entendo que você quer proteger eles e eu também quero, estou te pedindo para que confie em mim.

Mia se sentou novamente na cama, e abaixou a cabeça olhando para o chão. Ela voltou a soluçar e eu me agachei ao seu lado e segurei as suas mãos que apertavam forte o kimono de sangue.

-Eles invadiram Getsugakure...

A voz dela soou como um sussurro.

-O que?

-Os ninjas ocultos, invadiram a minha vila no primeiro dia após a guerra...

-Não fomos informados sobre nenhuma invasão de Getsugakure, apenas de alguns países menores.

-Eu pedi para o Rei não informar ninguém...

-Por que?

-Porque eles estavam atrás de nós. Quando eu e Shiro chegamos em casa estava tudo bem, eu pude voltar para a minha família, ver o quanto a minha irmãzinha tinha evoluído no domínio do kekkei genkai, conversar com a minha tia sobre a guerra, brigar com o meu pai por ter desobedecido ele e ver ele chorar por eu ter voltado para casa. Tudo estava bem, e ai na noite do dia seguinte teve uma explosão. Vários ninjas da vila se feriram. Meu pai mandou um grupo de ninjas especializados do nosso clã para ver o que estava acontecendo, nenhum deles voltou, então a nossa casa foi invadida por vários ninjas mascarados, nós lutamos contra eles, mas eles eram muitos. Eu consegui reconhecer jutsus característicos de Suna, mas ai eles começaram a pegar as crianças do clã e desaparecer como o jutsu de Shiro. Então um deles pegou a minha irmã, e eu, o meu pai e a minha tia corremos para proteger ela, mas ele sumiu com ela nos braços inconsciente. Eu fiquei sem reação, paralisada, por ter perdido ela, ai um deles lançou um justu de raiton em minha direção, eu poderia me defender, mas o meu pai entrou na frente, e então eu perdi tudo... A minha família, o meu clã e todo o controle e domínio que eu tinha sobre o meu chakra. Todos os ninjas ocultos que sobraram lá foram mortos, mas a minha perda foi bem maior...

Ela suspirou, as lagrimas que caiam do seu rosto até o chão já estavam se misturando as minhas que eu parei de lutar contra.

-O Rei apareceu e levou eu e alguns membros sobreviventes do meu clã para o palácio, onde cuidaram dos nossos ferimentos. Eu fiquei inconsciente durante dois dias, quando acordei o Rei recebeu a carta dos Kages falando sobre o ataque dos ninjas ocultos, eu pedi para ele não informar nada, por que não dava para confiar em vocês enquanto as crianças do meu clã tinham desaparecido. A pedido do Rei e da minha tia eu esperei meus ferimentos se curarem e vocês agirem, quando fomos informados como seria feito o tratado de paz pedi para que o Rei entrasse na aliança shinobi, e então eu recolhi todos as informações que eu tinha sobre a aliança e sobre os ninjas ocultos e vim atrás deles. Antes do meu pai morrer eu prometi que seria a líder que o clã Hokaku merece, então o mínimo que eu podia fazer era assumir essa luta pelo meu clã e salvar eles e a minha Ivy...

Suspirei.

-Nós fomos informados dos ataques no primeiro dia após a guerra, nesse mesmo dia seu clã foi atacado e enviamos cartas para informar todos sobre os ataques deles, a carta chegou até vocês no terceiro dia após a guerra, dois dias depois dela ser enviada, dois dias depois dos ataques deles, e nesse mesmo dia eu escutei dois ninjas ocultos conversarem sobre capturar o Naruto e sobre o que o líder deles descobriu na biblioteca de Suna. Então eles tiveram acesso a biblioteca antes ou durante a guerra, sabiam sobre vocês antes ou durante a guerra, e estavam se preparando para quando a guerra acabasse eles pudessem colocar o plano em andamento. Capturaram membros do seu clã para extrair o kekkei genkai, por isso os ataques tinham parado, eles já tinham o que queriam, atacaram as outras vilas apenas para desviar a atenção. Tcs.

Sentei no chão e escorei a minha cabeça na cama, aquilo era muita informação, eles estavam a pelo menos dois passos na nossa frente.

-Isso já tem treze dias Shikamaru, eu perdi muito tempo, eu preciso encontrar eles, salvar eles...

Suspirei, a dor que ela carregava em si era maior do que eu poderia sentir. Ela precisa de mim e eu faria de tudo por ela.

Me levantei peguei o pergaminho que tinha escrito para o Kakashi e acrescentei que precisava urgentemente dele ali, coloquei selos extras de proteção e ocultação, para que apenas ele pudesse ler o que estava escrito.

Sentei ao lado da Mia na cama e a abracei, seu corpo estava frio e apenas as lagrimas que caiam do seu rosto eram quentes naquele momento.

-Eu entendo a sua dor, entendo o que você deve fazer, e te prometo que estou do seu lado para te ajudar Mia, custe o que custar. Você não pode fazer isso sozinha, mas pode fazer comigo.

Ela retribuiu o abraço algo que me pegou de surpresa.

Ficamos assim por um tempo até que o choro dela parou e ela adormeceu. Coloquei ela deitada na cama com cuidado, o sangramento tinha parado outra vez.

Peguei o pergaminho e desfiz os selos de proteção do quarto. Sai o mais rápido que pude do hotel, não tinha ninguém por lá e também não tinha ninguém nas ruas, fui até o mensageiro agradecendo por funcionar de madrugada. Paguei por um envio rápido, e quando vi a mensagem a caminho de Konoha voltei para o hotel.

Mia dormia tranquilamente na cama. Refiz os selos de proteção e fui até o banheiro cuidar dos meus ferimentos.

Kakashi tinha que receber aquela carta o mais rápido possível, e eu tinha que ir atrás de informações sobre a invasão da biblioteca de Suna. Agora tudo seria mais difícil com eles sabendo sobre nós, porém eu não iria desistir, afinal resolver problemas era a minha especialidade, ainda mais por ela e com ela. 



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