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História A sombra de um vampiro - Ramã


Escrita por: darkmoon15

Notas do Autor


Gente, eu vou criar outra fanfics com alguns fillers sobre "a sombra de um vampiro".
Nela vou contar mais a fundo sobre a primeira vez da Hina e sobre alguns pontos de vista de Sasuke.
Mas antes de eu começar, eu queria que vocês deixassem aqui algumas sugestões do que vocês gostariam de saber mais a fundo. Desde que não sejam spoilers dos próximos capítulos

Capítulo 15 - Ramã


Eu estava entorpecida, não conseguia sentir nada ou raciocinar nada, parecia um pesadelo onde você quer correr, mas suas pernas parecem estar pesadas.

Peguei minha bolsa e celular e me sentei no sofá aguardando a buzina do carro do meu pai, coisa que me tirou do entorpecimento assim que eu a ouvi. Corri porta a fora cheguei no portão quase me esquecendo de fechá-lo, por mensagem minha mãe disse que meu irmão precisava de 7 doadores de sangue e que seu estado estava critico. Ele tinha um golpe na cabeça, mas não estava com hemorragia interna, ninguém sabe como ele perdeu tanto sangue.

Ao chegar na porta do carro percebi que não era meu pai quem estava no volante. Naruto foi explicando logo que viu meu espanto.

- eu me ofereci para vir te buscar, seu pai está muito abalado.

- você estava com ele no hospital? – perguntei hesitando na porta do carro.

- eu estava por perto quando seu pai me ligou pedindo para doar sangue.

- fazendo o que perto do hospital as 3 horas da madrugada?

- tem um bar alemão ali perto que é muito legal... qual é o problema? Quer entrar no carro?

- você é um ramã... não é?

Vi a cor dele mudar para branco.

- quem te contou?

- um amigo?

- a gente conversa sobre isso no caminho, agora você precisa entrar no carro e vir comigo. Seu irmão, meu amigo, esta precisando de nossa companhia agora.

Eu havia acabado de ser torturada, então por mais que eu amasse meu irmão eu estava acima de tudo apavorada! Foi burrada ter revelado pro Naruto que eu sabia o que ele era.

- entra no carro por favor.

Entrei lentamente.

- confie em mim

Eu fechei a porta a contra gosto tremendo muito, não sabia se era de frio ou de medo, mas eu não conseguia controlar a tremedeira e eu não fazia idéia do que era um Ramã.

- olha – ele deu a partida no carro e foi indo o mais rápido que ele podia – eu não a julgo por ter medo de mim, mas não consigo aceitar que você consiga aceitar ser amiga de um vampiro. Você tem idéia do quanto eles são perigosos e manipuladores?

- eu cresci com ele, sentiu o cheiro dele também?

- Sasuke não é um vampiro muito prudente, não sei como ninguém nunca o encontrou ainda. Aposto que foi ele quem me dedurou.

- faz diferença?

Ele riu tristemente.

- é... não faz.

Secretamente fui pesquisando o que era um Ramã no Google para não ficar perdida na conversa.

“ Ramã é um dragão lendário e sanguinário que devorava virgens para manter seus poderes e imortalidade    “

- agora ta explicado! – disse amargamente, entendendo finalmente o porquê de Sasuke fazer aquilo e apagar minhas memórias.

- o que?

- o motivo de você viver me perseguindo – pensei numa resposta rapidamente, mas era algo que eu realmente entendi a agora.

- isso não é verdade – ele respondeu ofendido – nunca pensei em você como presa.

- ah não? – perguntei sarcástica.

- eu não crio laços com minhas vitimas, você cria laços com a vaca que você come no churrasco?

Olhei para ele ofendida, o tremor passando por que Naruto tinha criado esse efeito de me manter calma.

- vou te explicar melhor como as coisas funcionam para mim, eu bebo sangue de virgens para manter minha imortalidade e meus poderes, eu preciso fazer isso a cada 10 anos ou eu viro humano e morro.

- você envelhece.

- não! Eu morro! Morro e desapareço.

Fiquei em silencio ouvindo o que ele tinha pra dizer.

- eu tinha a possibilidade de apenas envelhecer e morrer como um humano normal a 7 séculos atrás quando eu tinha 21 anos e comecei a matar, mas agora se eu parar... eu simplesmente viro pó. Eu não tenho alma, eu vendi a minha para ser imortal.

- por que você vendeu a alma?

- para ser imortal com a minha família, acontece que todos morreram...

- por que você continua aqui?

- por que eu gosto de viver. Por que a cada século que passa as coisas mudam tanto, algumas para melhores e algumas para piores, muitas pessoas passam pela minha vida e eu sei que nunca mais vou encontrá-las e eu, quando morrer, eu simplesmente vou desaparecer.

Eu pude sentir a dor dele, pensar naquele Naruto alegre e brincalhão carregando um peso tão pesado nas costas me fez perdoar ele um pouco por ser um assassino.

- você se aproximou de mim por...

- eu te conheci sem querer, procurei um emprego e te encontrei, eu ainda tinha um ano, claro que eu poderia acabar com aquilo logo de uma vez e mudar de cidade, mas naquele primeiro dia de trabalho eu conheci o suficiente de você para não conseguir te matar, como eu expliquei, eu não faço laço com minhas vitimas, eu simplesmente as encontro e as mato, a maioria delas eu não sei nem o nome.

- você não quis me matar?

Ele suspirou e disse.

- naquele primeiro dia eu vi que você tinha um pai amoroso, um irmão zeloso, uma amiga que contava com você, já sabia seu nome e sabia que você era uma boa pessoa. Eu tinha acabado de me instalar na cidade, não queria ter que me mudar tão cedo outra vez e claro, no fim do dia, me apaixonei por você, quando vi você indo a pé para casa saltitante com fones de ouvido, como se o mundo a sua volta não fosse um caos. Ele surgiu atrás de você e eu vi o que ele era, você não parecia coagida por ele, fiquei impressionado pois os vampiros apenas se relacionam com humanos para impor medo. Fiquei mais curioso sobre você, acompanhei sua vida no seu ritmo, vi você dançar e vi como você se entregava e fazia o mundo ficar mais alegre... seus olhos brilham tanto quando...

- matou outra pessoa quando já me conhecia... quem era?

Ele se baqueou um pouco, mas logo respondeu.

- um garoto... não sei qual era o seu nome.

- em nenhum momento eu vi você pra baixo ou se sentindo culpado, na verdade, essa é a primeira vez que eu te vejo sem um sorriso.

- com o tempo você se acostuma, você não cria laço com as vítimas, então você segue a vida normalmente.

Aquilo era um pouco demais para mim.

- Desculpa Naruto... eu sei quais são os seus sentimentos em relação mim... mas não posso corresponder... não conseguiria ficar com você sabendo que em algum dia, você vai estar matando outra pessoa enquanto eu vou estar seguindo a vida normalmente.

Eu olhei para ele brevemente e vi aqueles olhos desolados e perdidos, eu tive que olhar para o outro lado.

- tudo bem. Eu entendo você. Só me diga por favor que você não perdeu sua virgindade como uma coisa qualquer com medo de que eu pudesse ferir você.

- não foi por isso – eu não tinha certeza de como, mas tinha certeza de que ele podia saber que eu não era mais “pura”.

O resto do caminho foi silencioso, Naruto me deixou na frente do hospital e depois se juntou a mim e ao resto dos amigos do Neji calado.



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