História A sombra de um vampiro - I'm VIP

Eu estava no meu quarto curtindo Metallica quando ele chegou, eu estava mal humorada pra valer. Cada dia que passava eu ficava mais frustrada com ele. Então quando ele chegou, ele me pegou curtindo um rock pesado e cantando com toda a fúria do mundo.
Quando eu olhei para trás Sasuke estava me olhando.
- ah oi! – eu disse virando de costas pra ele pra esconder meu rosto que tinha ficado vermelho como um morango.
- olá Hinata, estava aqui avaliando se deveria interrompê-la ou se continuaria apreciando sua bela cantoria do Metallica. 
- engraçadinho... Mas me conta por que a sessão de... – fiz uns passos de sapateado profissional – chilique da Ino. 
- engraçadinha, eu prefiro não falar nisso Hinata.
Ele nunca me chamava de hina, só de Hinata completo. O que me fez pensar em como abreviar o nome da Ino?
- que tipo de curso você estava fazendo hoje, enfermeira?
Sasuke não sabia das minhas aulas de dança, nem de musica, eu garanto pra você que ele faria eu dançar pra ele, mas não pensem vocês que seria um jeito sensual de dançar pra ele, era apenas mais alguma coisa que ele iria procurar em transformar em um momento cômico. Foi então que eu reparei que eu ainda estava com a roupa do ensaio da próxima apresentação que vamos fazer, minha mãe estava tão orgulhosa, por mais que eu tenha impedido ela de me colocar em mais um curso, eu pelo menos estava me aprofundando nos cursos que eu ainda fazia.
- é, claro – menti para Sasuke.
Ele sabia que minha mãe me colocava em tudo quanto é tipo de curso, ai ele ria de mim e me chamava de garota-faz-tudo.  Por isso ele não se surpreenderia se eu fizesse curso de enfermeira. A roupa que eu estava usando era de aquelas enfermeiras meio que sensuais sabe? Como eu não reparei que estava andando daquele jeito na rua? Não é a toa que eu recebi uma chuva de cantadas grosseiras hoje enquanto voltava pra casa, pior ainda era Sasuke me ver vestida daquele jeito, ele sempre me vê vestida no estilo Joan Jett ou com o uniforme do trabalho ou com pijama – não é a toa que ele nunca tenha se apaixonado por mim – eu podia ver o choque no rosto dele, não que eu não tenha roupas lindas de garota no armário, só que eu guardo para usar em ocasiões especiais e sempre quando eu uso essas roupas ele nunca está presente. Eu até poderia me vestir igual a Ino – só que não – mas meu estilo Joan Jett – que eu gosto muito – também ajuda a disfarçar o motivo pra mim comprar roupas de garotos. É o jeito que eu encontrei pra dar roupas pro Sasuke.
- enfermeiras se vestem assim? – ele me perguntou curiosamente interessado.
- não, ah não me faça perguntas!
Eu me levantei e peguei qualquer roupa do meu guarda roupa e fui tomar banho. Quando voltei estava vestindo um blusão que chegava até a metade das minhas coxas e um mini-shorts e estava com o cabelo molhado.
- bom – joguei meu cabelo para trás e estiquei o pescoço – bon apetit.
Ele sorriu, me agarrou pela cintura e enfiou os dentes no meu pescoço. Eu não sentia a mesma sensação de quando era criança, eu sentia exitação, algo forte, uma paixão enlouquecedora que me consumia e eu tinha que manter a concentração para não soltar um gemido. Ah, como era bom... só que quando ele tirava os dentes da minha jugular, tudo morria, como se apaga uma luz. Depois ele lambia as feridas e faziam aqueles dois buraquinhos se cicatrizarem até desaparecer. Outro detalhe, cada vez que ele me mordia, qualquer machucado que eu tenha no corpo se cicatriza, ou seja, mordidas de vampiros faz bem a saúde.
Eu não sabia bem o que era isso que eu sentia, mas não me atrevia a perguntar a Sasuke e assumir que tivera quase um orgasmo enquanto ele mordia meu pescoço.
- você teve uma emoção muito grande hoje – não sei como, só com ele sugando meu sangue, ele sabia se eu tinha ficado triste, se eu tinha ficado alegre, se eu tinha algum problema. Enquanto ele sugava meu sangue ele sentia tudo o que eu senti no dia.
- nossa, estava demais hoje! Você conseguiu alguma coisa que queria faz tempo! O que?
Ser a dançarina principal na apresentação, pensei comigo.
- sim! Eu consegui voltar pra casa sem Naruto Uzumaki tentar me acompanhar até aqui.
- Hinata, eu estou falando sério – ele disse frustrado – o que é?
Pense, pense, pense!
-tudo bem – eu respondi ainda pensando – eu consegui... entrar em um curso de guitarra – tive que contar uma meia verdade a ele.
- que ótimo! Finalmente você poderá utilizar sua guitarra pra algo produtivo – ele disse empolgado de verdade por mim, mal sabia ele que eu já estava quase terminando o curso – quando vai tocar pra mim?
Viram só o que eu disse sobre ter que mostrar tudo o que eu sei a ele? Ele sempre faz isso, desde que eu resolvi mostrar a ele meus passos de balé a onze anos atrás. Por isso não conto sobre meus cursos.
- quando eu souber tocar alguma musica...talvez.
Ele sorriu.
- claro que você vai tocar, ai eu digo se você é boa!
- e o que você entende sobre guitarras?
- eu sou um bom roqueiro, eu posso escutar uma nota desafinada!
- claro, claro, senhor roqueiro que curtia broz!
- você tem o que a dizer sobre o ragatanga? E as suas aulas de balé?
- ah, você não se lembra como foi foda aquela apresentação de balé gótica? Balé é super fodastico!
- mas e o ragatanga?
- menina tem o historico mais limpo sobre escutar porcaria, eu escutaria broz até por que eles eram tão bonitinhos, mas eu nunca ouvi um garoto que parava o mundo só pra escutar o Matheus dando uma entrevista na TV.
- isso não é verdade!
- claro que sim! Você esqueceu que um dia você quase me matou asfixiada por que eu não calava a boca enquanto o seu Matheus falava?
- meu Matheus? SEU Matheus, vem cá – ele me agarrou – eu te mostro seu Matheus.
Ele me agarrou e começou com um ataque de cócegas, coisa que eu tenho fobia! Ele conseguia fazer eu assumir que era uma baranga encalhada pra ele parar de me fazer cócegas.
Bom, esse lance de beber sangue? Eu sou exclusiva! Ele não bebe o sangue de mais ninguém, só o meu! Ele não bebe muito, só o suficiente pra ele beber todos os dias sem me matar. Quando ele bebe demais ele não bebe por dois dias.
Bom, a Ino pode ser o que quiser dele, mas ela nunca vai sentir o que eu sinto quando EU dou a vida pra ele. E ele sempre moraria comigo!
Bom, isso era o que eu pensava até que um dia...