Eu tinha 14 anos na época. Era uma garota educada e muito amiga de todos. Digamos que eu era um "pequeno anjo". Todos me amavam, e minha vida era feliz. Mas por causa dele eu mudei.
*FLASHBACK ON
- Mãe, a gente pode ir na festa do Noel?
- Bem, eu até deixaria você ir, por que eu não gosto de festas, mas o Noel já é adulto e as festas dele não são para garotas da sua idade.
- Oh. Então está bem.
*FLASHBACK OF
Sempre aceitei o fato de que minha mãe nunca deixou eu ir nas festas do Noel. Ele era meu vizinho, assim a como tudo antes... ERA... Era especial para mim, mas a mamãe dizia que era perigoso, que ele era perigoso. Então eu nunca discuti, ela sempre terá razão no final.
*FLASHBACK ON
- Filha, o que está fazendo?
- Sempre sonhei em ir à uma festa dele. Então estava sentada na janela do meu quarto observando. - Eu só estou olhando.
- Me desculpe por não deixar mais uma vez você ir. É que... O Noel é muito misterioso e, as vezes, eu tenho medo dele fazer algo de ruim para você.
- Não tem problema. Acho que vou dormir.
*FLASHBACK OF
Noel, era meu vizinho adulto, talvez nem tanto. Ele tinha 18 anos, e eu o conhecia pois ele estudava na mesma escola que minha irmã mais velha. Logo depois, ele se mudou e então, viramos amigos. Era um fato que ele sempre foi calado, mas ele era divertido e também éramos amigos. Ainda mais porque ele sempre me ajudou e cuidou de mim como... Um irmão mais velho. Mas naquele dia foi diferente.
*FLASHBACK ON
sábado de manhã
- A casa estava calada, o que é um milagre, pois mesmo sendo só eu, minha mãe Alice, e minha irmã Margô, esta casa nunca fica silenciosa. - Mãe!! Mãe, onde você está?! - Eu desci as escadas e avistei um recado na porta da geladeira. "Desculpe minha filha, aconteceu algo noite passada e então eu tive que sair, depois te explico. Beijos. Alice". - O que será que deve ter acontecido? Bem, vou tomar meu café. - Eu tomei meu café e fiquei esperando minha mãe voltar. Depois de umas meia hora ela chagou com minha irmã.
- Ah, oi filha.
- Mãe?! O que aconteceu? Eu li o recado mas não entendi.
- Pela barulheira de madrugada achei que já sabia.
- Não, eu não soube e nem escutei nada.
- Ontem à noite estava acontecendo a festa do Noel. Depois que você foi dormir, uns quarenta minutos depois "apareceu" um amigo do Noel em frente a casa dele.
- E o que isso tem de mais? Era uma festa.
- Melissa... A pessoa estava... Morta.
- O quê? Como assim.
- Pois é. O Noel disse que a capanhia tocou e ele abriu a porta, e quando viu o corpo estava no chão. Logo ele ligou para a polícia e a festa acabou. Mas quando a polícia chegou e foi investigar, foram encontrados vestígios de que quem matou o garoto poderia ter sido o próprio Noel.
- Mas isso é impossível. O Noel nunca faria isso.
- Então eu fui chamada na delegacia para informar se eu sabia de algo.
- Eu sempre soube que ele era estranho. Nunca confie em um rostinho bonito.
- Margô, não fale isso. Ele não é assim.
- Até que se prove ao contrário, ele é um criminoso.
- Cala aboca sua...
- Eii vocês duas!! Chega! Não quero ver que minhas filhas estão brigando por causa desse assunto.
- Mas mãe...
- Chega Melissa.
- Aii. Onde ele está agora?
- Ele foi detido e está na delegacia.
- Obrigada.
- Aonde está indo mocinha?
- Ver ele. - Eu pego um casaco e uma bolsa que estão sobre a mesa e saio para a delegacia.
- Ei volte... Aqui. - Antes que eu termine a frase ela sai.
*FLASHBACK OF
Eu não acreditei que o Noel... O meu Noel tinha feito aquilo. Então eu precisava de respostas e fui atrás dele. E naquele instante foi quando eu conheci uma pessoa estranha. Mas que mudou algo, e até hoje eu penso nisso.
*FLASHBACK ON
- Noel?! O que aconteceu com você?
- Aqueles policiais ridículos acham que eu o matei. Eu nunca mataria meu melhor amigo. Você acredita em mim? Acha que eu fiz algo do tipo?
- Ver a voz de desespero dele me deixa triste. Logo ele que sempre foi uma pessoa que me ajudou e cuidou de mim desde pequena. - Calma, olha, eu acredito em você. Acredito que você é inocente.
- Por isso que eu te amo. Você sempre acreditou em mim e me apoiou.
- Aquela foi a primeira vez que ele disse que me amava. Eu sabia que eu sentia o mesmo e já estava na hora de admitir. - Noel... Eu-eu também te amo. E já tem muito tempo, não disse nada antes por que eu tive medo.
- Então eu espero logo sair daqui para podermos ficar juntos.
- Seu tempo de visita acabou senhorita Melissa.
- Um guarda veio avisar sobre o horário, então eu me despeço e vou embora contente e ao mesmo tempo triste. Eu estava na porta da delegacia quando vi um garoto vindo em minha direção junto a um livro.
- Olá. Meu nome é Jebediah. Mas pode me chamar de Jeb. E eu só queria te avisar que suas escolhas estão totalmente erradas Melissa. E isso te causará uma decepção no futuro.
- E quem exatamente é você para falar o que eu devo fazer? E como você sabe meu nome?
- Uhm... No futuro você saberá.
- Eu saí sem entender e voltei para casa.
*FLASHBACK OF
Desde aquele dia eu nunca esqueci seu nome... Jebediah. E até hoje eu acho que tudo o que ele me disse é uma total besteira. Infelizmente, 4 anos depois, a inocência de Noel não foi provada e ele ainda está preso. Naquela época eu fugi de casa e comecei a trabalhar em uma lojinha de conveniência. Aluguei um apartamento e até hoje com 18 anos moro nele. Sempre que Noel saía da cadeia nos feriados e datas comemorativas nós dois saiamos escondidos e até hoje é assim, também somos namorados, mesmo estando distante eu amo muito ele, e sinto que ele sente o mesmo. Minha mãe e minha irmã nunca deram notícias. Mas eu também não estou nem aí. Então hoje, essa é minha vida. E eu espero que daqui para frente tudo dê certo.
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