Meu coração parecia um tambor, cada escolha que eu fiz havia sido pensada, milhares de vezes, para que tudo fosse realizado com mútuo sucesso, e tudo parecia estar saindo impressionantemente bem.
– Por que ninguém pode saber que você é gemea dela? – perguntou o garoto que se chamava Armim. – Quer dizer, por que ninguém sabia que você era gemea dela?
– Uuhh... veja bem... é que, eu não passei muito tempo em NY, e quando cheguei, as pessoas já conheciam-a. – disse eu usando o meu sorrisinho de “dei mancada”.
– Ei, podemos te pedir uma coisa? – perguntou Kentin antes de olhar para os garotos buscando aprovação. Eu assenti com a cabeça. – Pode nos dizer o verdadeiro nome dela?! – eu achei que fosse morrer naquele momento.
– Se... – comecei balbuciando. – Selenya. – eles pareceram um tanto impressionados.
– A sua irmã era da pesada, não? – indagou Castomate. – Quer dizer, ela morreu de overdose, então é claro que era envolvida com esse mundo, das drogas. – eu apertei as minhas unhas nas palmas das mãos, sim, a minha irmã era da pesada, quando tinha a minha idade.
No período depois do intervalo conheci algumas garotas, e descobri que eu tinha uma matéria com a minha querida irmã. Essas “garotas” a estavam paparicando quando eu entrei na classe acompanhada de Armim e Alexy, que descobri serem gêmeos. Eles me olhavam de um jeito estranho e quanto bateu o sinal para entrar, eles me chamaram e disseram que não podiam nem imaginar pelo que eu estava passando, e que não conseguiam idealizar a dor de perder um irmão, eu finge ser consolada pelos gestos deles, e comecei a sentir pena deles, e por um instante, me peguei desejando realmente ter uma gemea, para que não estivesse mentindo na história toda.
– Rosa!! – gritou o garoto de cabelos azuis, para alguma das meninas que estavam reunidas envolta a minha irmã. – Vem cá! Você tem que conhecer alguém!
Eu ainda estava atrás do Armim, que não saia de perto do seu console. Uma garota de cabelos brancos apareceu na entrada da classe. Então me encarou e voltou o olhar para dentro da classe, e me olhou de novo.
– Gêmeas!! Como assim outro par de gêmeas na escola?! Eu não consigo lidar com pessoas iguais!
– Não somos gêmeas! Ela é um ano mais velha! E sinceramente, não somos nem sequer parecidas – exclamei eu irritada.
– Depois falam que EU, é que estou de TPM! – disse Castomate atrapalhando meu cabelo de um jeito nada fofo. Dei um tapa na mão dele.
– Se você fizer isso de novo, eu arranco a sua mão! – disse eu encarando-o com o meu “olhar mortal” como diria Faerye.
– Não quero nem imaginar para fazer o que... – insinuou ele, entrando na classe, uma professora ruiva e baixinha parou na nossa frente e disse “depois de vocês”.
O último período chegou antes do esperado, aquela professora, alguns minutos depois de entrar na sala, chegou perto da lousa e começou a escrever um monte de números e letras. Eu diria álgebra, mas depois percebi... cálculo, eu odeio cálculo, mas ninguém pode negar que eu peguei toda essa parte no colegial, a minha irmã é péssima em calculo, enquanto eu, só tiro a nota máxima.
Tive vontade de morrer ao ler o nome da última matéria do meu dia escolar, aliás, a minha última matéria de todos os meus dias escolares. Música, estava escrito ali, com todas as letras, quando perguntei ao Armim o fundamento daquela matéria na minha grade escolar, ele simplesmente disse que aquela era uma matéria recente.
Quase morri ao entrar na classe e dar de cara com ele. Caio, estava parado na frente do piano, e quando eu entrei ele mandou um “você está atrasada”.
– O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI?! – gritei eu.
– Sabe, eu acho que você deveria fazer aulas de etiqueta, não é educado gritar com os professores. – uma garota parou ao lado dele, com um celular nas mãos antes de ele começar a sorrir, e ela tirar uma foto. Depois da selfie ela olhou pra mim e deu um grito tão esganiçado ao derrubar o celular que eu achei que os meus tímpanos fossem estourar naquele instante.
A garota foi levada a enfermaria porque desmaiou, o resto do início da aula as amigas delas ficaram cochichando e me encarando.
– É o seguinte! – começou Caio. – Eu não tenho o ano inteiro para dar aulas de música... sem dar as aulas de música, então, por favor silêncio. E hoje, nós vamos trabalhar música. Então eu preciso de um voluntário, e de uma voluntária. Alguém aqui tem canto como hobby ou desejo de futura profissão? – percebi que Lysandre baixou a cabeça como eu querendo, e falhando, não ser identificado, assim como eu. – Sereny e... – eu sabia que Caio queria a todo custo revelar a verdade sobre o que NÃO tinha acontecido, mas, se alguma daquelas garotas do fundo da sala me escutasse cantando elas teriam um infarto.
– Professor... eu tenho uma objeção! – disse eu levantando a mão.
– Você não pode se negar a cantar, Sereny.
– Espere, ela é uma novata. Como você sabe o nome dela, e exatamente quem ela é?! – perguntou uma menina alta no fundo no mutirão de pessoas.
– Nos encontramos no intervalo, e nos apresentamos. Qualquer que me cortar agora vai direto pra diretoria. – ele parecia estar com essa mentira na ponta da língua o tempo todo. – Continuando. Sereny e... Lysandre. É esse o seu nome não é garoto da era 30? – Lysandre levantou os olhos. – Subam no palco, hoje o teste é sem microfone, e vocês vão ficar com a minha trilha favorita da antiga banda que eu tinha, vocês podem escutar a música três vezes, se não a conhecerem. – por favor, essa não, por favor não “ Somewhere in a fairy tale”! É demais pra mim. – O nome dessa música é “somewhere in a fairy tale”. Vocês também podem seguir a letra com essa impressão dela.
Ele entregou uma folha para cada um naquela sala, inclusive a mim e a Lysandre.
“Somewhere in fairy a tale”
Male: Once upon a time
In a castle of ash and ruins,
She was there, she was living in a withe dress
With her feelings in off.
Female: Running in a destroyed world, with a destroyed heart.
He walks alone, enjoying of his-self company, never need someone like me.
Together: But they know, even they never were seed, one is for other, and other is for one.
And they feel, they need stay together, need be forever, somewhere… here or in fairy tale.
Even need be in a fairy tale, they never will give up.
Male: She lefts in her neck, a neckless with my heart, but she doesn’t know.
Female: He thinks about me every time in his life, but he doesn’t know.
Together: Doesn’t know! We need some other, even when we want said not!
Somewhere… in a fairy tale, I will stay with you, you will stay with me… promise
I never will let you go, I love you. No doubts? You’re my!
Female: I never see the flowers in spring, but I see the snow in the winter, is it the same thing?
Looks like… I ever feel the fire in my heart, but never see the water in the tears form. Is it the same thing? Looks like?
I was ever kissing lips of my knights, but never his lips… Is it the same thing? I don’t know.
Male: I saw a thousand girls in that party.
But I never want they, and I don’t know why…
Together: Somewhere in a fairy tale, we will life together.
Somewhere, in roses and ruins we will dead together… don’t matter what. Don’t matter what.
Somewhere in a fairy tale. In a fairy tale. We will kiss our lips, and will be irresistible we know.
Somewhere… in a fairy tale.
“Somewhere in a fairy tale”, é uma música curta, de um minuto e cinquenta e três segundos. Originalmente composta por mim, e cantada em um dueto por mim e por ele. Que era, originalmente o baterista. Foi a primeira faixa do único CD que nós publicamos. Era basicamente uma história sem noção, de um cara e uma garota que não se conhecem mas sabem que devem ficar juntos, independentemente de onde eles morem ou quem sejam, bizarro.
– Tudo bem, vocês terão que apresentar uma música por semana, cada semana vai ser uma dupla, mas, dependendo do próximo bimestre podem ser músicas solo. – afirmou Caio, eu fiz uma careta.
– Eu conheço essa, não preciso escutar mais duas vezes, e você Sereny? – perguntou Lysandre com um sorriso irônico, ele deveria estar pensando algo como “é claro que você conhece, é da sua irmã”. Enquanto eu estava torcendo pra que a versão que ele conhecia não fosse a original. Sorri pra ele do mesmo jeito que ele fez pra mim. E subimos no palco.
– é claro que eu conheço. – eu subi no palco depois de lançar um olhar mortpifero para o Caio.
E começamos.
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