Rafael (Cellbit) P.O.V
Estava a espera da van ou de Marina às onze horas em ponto, mas nenhum sinal de qualquer um dos dois aparecerem.
Às onze e cinco da manhã vejo o Onix branco de Marina estacionar a frente do hotel, vou até lá e paro ao lado da porta do passageiro apoiando meus braços na janela aberta.
- O que aconteceu com a van? – Pergunto curioso.
- Sem querer, te passei o horário errado. Era pra estar aqui em baixo às dez e meia. – Ela diz soltando um sorriso como quem diz “Foi mal aí”. Reviro os olhos e adentro o carro.
- E por que cacetes azuis não me avisou? – Pergunto tranquilamente.
- Eu tentei, mas você não atendia o telefone.
- Quê? Você nem me ligou! – Exclamei certo de que ela não havia me ligado.
- Liguei sim! – Ela exclamou se opondo a minha afirmação. – Olha aí então vacilão. –Ela diz rindo. Pego meu celular no bolso da frente da calça jeans e logo vejo “10 ligações perdidas de Marina” (Sim, eu tinha conseguido o numero dela, foi um sacrifício, mas eu consegui). A olho e digo:
- Opa... – Ela ri. – Foi mal, tá no silencioso.
- Tudo bem – Ela continua a rir. O caminho era longo, teríamos que atravessar uma avenida.
(Na avenida, ou melhor, no congestionamento)
- Ah! Que tédio! – Exclama ela e liga o rádio. “Summer” do Calvin Harris se fazia presente na programação da rádio daquele momento. Ela me olha, e eu, já conhecendo seu estilo, pensei “ela vai dançar”. Começo a rir e ela começa a dançar. – Dance comigo Rafa! – Ela pede sem parar de dançar. Começo a dançar como ela, ou seja, desajeitadamente.
Depois de passar pelo congestionamento e nossas performances, chegamos ao nosso destino e o evento foi ocorrendo normalmente...
Edmundo P.OV
Estava com Lauren em minha casa, estávamos deitados em minha, mas agora nossa cama enquanto assistíamos a um filme qualquer do qual eu nem prestei atenção, pois só conseguia olhar ela e beijá-la.
- Amor... – Ela diz carinhosamente, mas para de falar de repente.
- Amor? – Pergunto estranhando. Não havia tido coragem de pedi-la em namoro para ela me chamar assim.
- Érr... Desculpe. Eu não devia ter te chamado desse modo. Nós nem namoramos...
- Ei – Chamo-a atenção – Tudo bem, pode me chamar de amor se quiser, com a condição de você aceitar uma coisa... – Digo por impulso. É agora...
- Aceitar o quê? – Ela me olha.
- Quer namorar comigo? – Pergunto a olhando nos olhos. Ela fica de boquiaberta e solta um grito pulando em cima de mim.
- É CLARO QUE SIM! – Ela começa a me dar selinhos seguidos. – PENSEI QUE NUNCA ME PEDIRIA! – Ela continua a dar selinhos em mim. Quando ela vem me dar outro selinho, seguro sua nuca e começo um beijo intenso e apaixonado.
- Te adoro sabia? – Digo olhando nos olhinhos verdes dela que brilhavam como nunca antes.
- Eu também te adoro, meu amor. – Ela diz e volta a me beijar intensamente. Ao meio do beijo, meu celular faz um barulho de mensagem. Ela sai de cima de mim e se deita ao meu lado novamente. Pego meu celular e olho de quem era a mensagem, era da Marina, minha irmã.
- Quem é Marina? – Ela pergunta com ciúmes.
- Minha irmã. – Ri com seu ciúme bobo.
“Eii mano, tenho uma puta duma novidade pra te contar!!!” Era o que a mensagem dela dizia. Logo a respondi.
“Eu também, mas me fala a sua primeiro.” Depois de alguns minutos ela me responde.
“Você sabe que eu assisto uns vídeos no YouTube e eu sou fã de uns youtubers né?” Leio e mando outra mensagem em seguida
“Uhum, o que isso tem haver com a ver com a novidade?” Pergunto curioso
“EU CONHECI O CELLBIT!” Ela responde quase na hora.
“Sério??? Que bom mana! Feliz por você” Respondo-a.
“Só que tem um probleminha nisso...” E lá vou eu servir de psicólogo para minha irmã.
“Qual é?” Pergunto.
“No dia que o vi, passei um dia maravilhoso com ele, só que ao fim do dia, rolou um selinho. Tipo foi acidental, mas mexeu comigo, e eu acho que com ele também. Só não tenho certeza... Acho que estou me apaixonando por ele Ed. O que eu faço???” E com essa mensagem concluímos, ela é uma louca apaixonada, de novo.
“Bem, só deixe rolar... Você vai perceber se ele gosta de você ou não com o tempo. Só espere. Eu sei que você se machucou muito da ultima vez que se apaixonou de verdade por alguém, mas você ainda tem um coração que ainda é capaz de se apaixonar e você sabe disso. Arrisque, talvez doa, mas de qualquer forma, você tentou, fez sua parte. Permita-se mana.” Mandei o texto e Lauren, que observava toda a conversa, disse:
- Ai amor, que lindo! – Ela me dá um beijo na bochecha.
- Eu sou um bom psicólogo eu sei. – Solto um riso.
Fiquei conversando com a Marina por um tempo até que o Mark manda uma mensagem perguntando se podíamos ir à casa da rua 13 amanhã. É claro que eu concordei e Lauren também.
Depois de um tempo, conversando com a Marina e com o Mark, com Lauren dormindo em meu peito acabo adormecendo gradativamente.
Rafael (Cellbit) P.O.V
Enfim, a BGS chegou ao fim. A van iria me levar assim como todos os outros youtubers, portanto estávamos esperando o automóvel em frente ao local do evento. Me afasto um pouco dos outros e vou para o sentido contrário dos outros e simplesmente fiquei lá. Algum tempo depois o carro de Marina para à minha frente.
- Quer uma carona? – Ela pergunta.
- Claro que eu quero! – Digo entrando no carro.
- Vamos para onde Sr. Lange? – Ela pergunta como se fosse uma taxista.
- Para o Hotel, por favor. – Continuei a brincadeira e começamos a rir.
- E lá vamos nós para o trânsito denovo... – Lamentou ela.
- A melhor parte disso é que vou passar mais tempo com você – Disse baixinho, mas ainda sim ela ouviu.
- Ãn? – Ela me olha meio incrédula no que havia escutado.
- Nada não. – Digo nervoso logo ficando vermelho.
- Tá né... – Eu sabia que ela havia entendido o que eu tinha dito. Ela liga o rádio na tentativa de quebrar o silêncio feito entre nós. A musica Pacify Her da Melanie Martinez tocava, afinal ela ouvia o CD Cry Baby da artista. – Pacify her. She's getting on my nerves. You don't love her. Stop lying with those words... – Ela cantava.
- Você canta bem... – Comento e ela solta uma risadinha.
- Obrigada – Ela diz sorrindo sem tirar os olhos da estrada congestionada.
- Você poderia cantar pra eu dormir qualquer dia. – Proponho a olhando.
- Só que não né? Só canto pro meu irmão menor pra ele dormir... – Ela me olha.
- Ah – Lamento. – Por que não? – Pergunto fingindo estar desapontado.
- Porque... – Ela para de falar e fica com um ar tristonho e um olhar vazio voltando a olhar pra frente – Porque cantar me lembra pessoas que eu não posso lembrar. Por mais que doa... – Ela solta sum suspiro.
- Está tudo bem? Quer desabafar? Eu estou aqui para te ajudar. – Coloco a mão em seu ombro e depois acaricio o rosto dela. Ela solta um suspiro como se estivesse se preparando para falar.
- Como você sabe, meus pais morreram a 5 anos, e desde então eu e meu irmão mais novo fomos morar com meus tios paternos. Eles me tratavam muito mal, mas em compensação tratavam Gustavo como um príncipe. E como sempre, se ele está feliz, eu também estou... Bem, como todo bebê, havia dias que ele não dormia a noite e chorava muito e como diziam meus tios “Você é a irmã mais velha, tem que saber como fazer ele parar”, e então cantava a musica que minha mãe cantava pra mim quando era criança e tinha pesadelos... – Ela solta um suspiro como se estivesse triste, e realmente ela estava. – E... – Ela segura o choro e continua falando olhando para frente – Agora que ele não precisa mais que eu cante pra ele dormir, prometi que não iria cantar pra mais ninguém porque isso me machuca... – Ela suspira e eu também. Não tem como eu consolar ela, o que eu falo?! O que eu faço?! Tudo o que eu consegui fazer naquele momento foi passar minha mão pelo rosto dela de leve sentindo que ela se arrepiou. Ela me olha e eu lanço-a um sorriso confortador fazendo-a sorrir de volta pra mim.
- Quer fazer alguma coisa? Tipo, tomar um sorvete, ou sei lá, o que quiser fazer... – Ela pergunta desviando o olhar para não chorar.
- Para tudo! Tu tá me chamando pra sair?! – Digo tentando imitar uma menina que acabou de ser convidada para um encontro pelo cara que ela gosta. – Aí meu Deus! Eu não tô acreditando! – Continuo minha imitação fazendo ela rir.
- Bobo! – Ela me xinga rindo. Sabia que ela não me xingaria seriamente, então isso é bom. Sorrio com isso.
Decidimos que iriamos tomar um sorvete e seguimos o caminho de uma sorveteria da qual ela julga ótima. Fomos o caminho todo conversando, quando chegamos ela estacionou o carro e saímos. Entramos na sorveteria e ela pediu um açaí grande com MUITO leite condensado e leite ninho, e eu pedi uma bola de sorvete de cookie e a outra de bis. Era pôr do sol e daquela sorveteria conseguíamos ter uma vista muito linda daquele momento. Marina não tirava os olhos daquele pôr do sol, e eu não tirava os olhos ela. Abaixei minha cabeça para pegar mais um pouco de sorvete e acabei deixando escapulir:
- Você fica linda à luz do pôr do sol...
- Hãn? – Ela me olha um pouco indignada com o elogio – Obrigada bobo. – Ela sorri pra mim.
- Então bobo é meu novo apelido? – Pergunto já sabendo a resposta.
- Isso aí, bobo. – Ela ri voltando seu olhar para pôr do sol. Aquela luz alaranjada batendo em seu cabelo ruivo a deixava tão linda...
- Ei... – Chamo-a. – Se eu te desse um beijo agora você ficaria muito brava? – Pergunto.
- Hãn? – Ela diz, mas antes mesmo que pudesse formular uma frase, inclino-me pra mais perto dela selando nossos lábios com um beijo calmo e apaixonado. Peço passagem para que minha língua entrasse em sua boca e explorasse cada canto de sua boca e ela sede, e assim o fiz. Minha língua entrou em sua boca e explorou cada cantinho. Depois nossas línguas “brincaram” de pega-pega o nos fez rir no meio do beijo, mas não o parar. Por fim, demos um fim no beijo com selinhos e ela me olhou e disse:
- Já descobri o que mais gosto em você...
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