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História A Supernatural High School - Bye


Escrita por: LullababyGirl

Notas do Autor


Oi gente, eu voltei.

Capítulo 11 - Bye


Fanfic / Fanfiction A Supernatural High School - Bye

- Anneliese? Anne? - Eu estava encostada do sofá de cabeça baixa, Dean me chamou e eu o encarei, ele estava com cara de pena. Pena de mim. Eu devo estar acabada, cansada. Já é 1:30 da manhã. Estamos na sala do meu pai, junto com Gabrielle, Rebecca e Érica que chegou no quarto e viu todo aquele sangue e acabou desmaiando.

 

Elas estavam separadas, assim como eu. Sam estava em pé na janela com cara de indiferença. Bobby andava de um lado pro outro, como eu, não sabendo o que fazer.

 

- Anne, você precisa falar alguma coisa. Precisa comer e descansar. Você vai pra casa comigo, depois, se estiver melhor você volta. - Dean continuou me encarando e tentando chamar minha atenção. - Anne, fala alguma coisa.

 

- Ela... - Eu comecei a falar, mas me faltava força, minha voz estava rouca e falhada. - Ela disse que eu sou a garota escolhida. Disse que eu deveria renunciar o lugar do meu criador. Dean, o que foi que eu fiz? - Uma lágrima escorreu nas minhas bochechas. 

 

- Não é culpa sua, ela entrou em choque, foi isso. - Eu agora chorava sem parar. Dean me abraçou e eu me acolhi nos braços dele. - Hey, você precisa comer, princesinha Singer. - Olhei pra ele e vi seu sorriso consolador. 

 

- Dean, o vai acontecer agora? - Eu olhei para as meninas e elas estavam de cabeça baixa, Erica estava de costas, Becca estava soluçando, enquanto Gabriella estava com o queixo apoiado nas mãos e encarava o chão. 

 

- Seu pai quer mandar todos pra casa, até metade do ano letivo. Ele disse que vai pensar se vai continuar com a escola. 

 

- Como assim? - Sequei meus olhos borrados de rímel na blusa.

 

- Seu pai vai ficar na escola nessa semana, principalmente pra falar com os avós de Nora, ele precisa passar por uma investigação ainda. Vai ser trabalho de uma semana. Enquanto isso eu e Sam vamos pro ferro velho ficar com você. - Ele disse simples, mas autoritário, como se a decisão tenha sido dele e não de meu pai.

 

- Não, eu quero ficar aqui. Quero saber o que aconteceu com Nora. Dean, ela era minha amiga, ela morreu nos meus braços. Eu mereço pelo menos saber o porquê. - Eu me levantei do sofá mas Dean segurou minha mão, fazendo eu me sentar de novo.

 

- Isso não é você quem decide. E já está decidido. - Ele disse e foi interrompido por Sam.

 

- Arrume as suas coisas, saímos daqui uma hora. Você vai pro ferro velho com a gente. - Ele disse e tocou meu braço. Eu sei que ele não dá a mínima pra mim ou Nora, mas não é culpa dele. 

 

- Não, eu não consigo subir lá agora, eu não quero entrar naquele quarto, não me façam ir lá. - Eu sentei e enterrei minha cara na almofada que havia ali. - Eu não consigo, ela morreu, OK? Isso não é uma coisa que acontece com as pessoas todos os dias. 

 

- Eu peço pra Lauren arrumar sua mala, Rebecca, Érica e Gabrielle terão que ir, se despeça. - Sam disse e me jogou seu casaco, pelo que demonstrei eu estava com frio. 

 

Botei o casaco enorme e me senti melhor, pareceu mais que Sam estava tentando fazer eu me sentir melhor. Andei lentamente e de cabeça baixa. Meu pai havia saído sem eu perceber, só estava eu, Dean e as meninas na sala.

 

- Não falem nada, apenas... - Abracei elas e fechei os olhos, imaginando Nora ali no meio. 

 

- Vai ficar tudo bem. - Becca disse, agora sem sua natural beleza, ela estava com olheiras e olhos inchados. Gabi estava com o cabelo ruivo todo emaranhado de suor. Érica parecia que nada tinha acontecido, ela estava estática, paralisada, olhava para o tapete como se fosse a coisa mais linda e exuberante do mundo. 

 

- Vejo vocês depois... - Fui pro lado de Dean e nós saímos da sala, indo para o saguão da escola.

 

- Dean, me promete uma coisa? - Eu o olhei no olhos enquanto andávamos.

 

- Sim. O que é? - Nós paramos no meio do estacionamento, e ele me encarou. No último mês, Sam e Dean se tornaram pessoas especiais pra mim. Querendo eu ou não.

 

- Nunca me deixe, por favor. Nunca vá embora, nunca, nem mesmo se eu der os melhores motivos. Nem você e nem o Sam, por mais que ele me odeie agora. Por mais que ele odeie a todos agora, mas... Eu não quero ficar sozinha, e por mais estranho que seja, vocês sabem pelo o que eu passei e até me entendem. E eu não quero ficar sozinha.

 

- Eu prometo. - Eu sorri e ele segurou minha mão. E eu acabei por ficar abraçada com ele até Sam e Lauren chegar com minha mala, 20 minutos depois.

 

- Até mais Srs. Winchester, Srta. Singer. - Dei tchau pra Lauren e ela se retirou. 

 

Meu pai vinha todo apressado e nervoso da entrada do castelo, falou algo com Lauren e ela concordou, depois veio até nós.

 

- Parece que ela teve um choque cerebral muito forte, mas não conseguem explicar o sangue saindo do nariz e da boca, parece que ela também teve uma hemorragia interna. Então eles não podem dar o diagnóstico, por que eles não tem certeza. - Ele disse e depois me olhou, eu não estava chorando, eu estava confusa, pra cacete. 

 

- OK, então por que você ainda precisa ficar aqui? Por que não pode dispensar os alunos e ir pra casa? - Eu disse arrumando o casaco de Sam que estava caindo do meu ombro.

 

- Porque eu preciso falar com os avós da Nora, e preciso explicar para polícia o tipo de coisa que ensinamos aqui. Não vai ser fácil, então eu prefiro ficar e terminar tudo. Depois eu volto pra casa e resolvo com vocês o que vamos fazer com a escola. 

 

- OK. Quando nós chegarmos eu ligo pra avisar. - Dean disse e deu a volta para o lado do motorista. 

 

Dei um beijo em meu pai e entrei atrás no carro, Sam entrou na frente e vi meu pai entrar no castelo. Dean deu a partida e nós saímos pelo grande portão de ferro.

 

- Pode dormir se quiser, vamos chegar a Dakota do Sul ao amanhecer. - Sam disse e eu acabei percebendo que poderia morrer de tanto dormir ali. 

 

Encostei minha cabeça no vidro e fechei os olhos, mas tudo o que vinha na minha mente era Nora falando com a gente com a voz que não era dela. Ela poderia estar possuída e nós nunca nem iríamos saber. 

 

Dean ligou o rádio e começou a mudar as estações até parar em uma. Eu já tinha ouvido a música em um filme antes, Donnie Darko, foi o primeiro filme que eu assisti e que me fez pensar em tudo, todas as possibilidades do universo, Deus, destino, amores, escolhas, viagens no tempo e até coelhos gigantes. E a morte. A doce morte.

 

"I find it kinda funny, I find it kinda sad, the dreams in witch I'm dying are the best I've ever had"

(Eu acho meio engraçado, acho meio triste, os sonhos nos quais eu estou morrendo são os melhores que já tive.)

 

A cada palavra, a cada frase, a cada melodia daquela música eu me sentia mal. Muito mal. 

 

Por não conseguir pedir ajuda, por mais que eu estivesse lá. Eu estava frustrada por não saber o que aconteceu direito, por mais que eu estivesse lá. Me dava muita raiva não saber do que ela estava falando, por mais que ela estivesse falando de mim. 

 

- Ela é a segunda pessoa a morrer na minha frente de um jeito estranho. O que isso quer dizer? - Eu abri os olhos e vi Sam virado pra trás e Dean olhando pelo retrovisor, os dois me encarando. 

 

- Significa que você agora faz parte do negócio da família. - Sam disse e virou para frente de novo. 

 

Eu não sei se o que ele disse era pra me fazer sentir melhor ou pior. 

 

- Essa família tem um carma muito, muito ruim. - Sam sorriu de canto e Dean resmungou algo do tipo "acontece com os melhores" 

 

Mais uma vez, eu não sei se o que ele disse era pra me fazer sentir bem ou não.

 

Mas eu ainda estava pensando em Nora, e no tanto que ela tinha pra viver, pensei em seus avós e em como eles iam ficar quando soubessem. E é uma dor que vocês não podem imaginar, mas eu quero tanto ficar bem. 


Notas Finais


Até dia 16
😊
Eu não queria postar esse capítulo, em vista do que acabou de acontecer com a Chapecoense, mas eu quero dizer que temos que ser fortes, não sei se algum de vocês eram relativos deles, mas isso é algo que afetou e muito a todos nós. Sinto muito por essa perda. ❤ #forçachape


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