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História A Suspeita - Reações


Escrita por: ChokoMilkii

Capítulo 2 - Reações


Fanfic / Fanfiction A Suspeita - Reações

Minha mãe foi me buscar na clínica pela manhã,não conversei com ela no caminho de volta,mesmo ela tentando puxar assunto.Eu ainda estava com raiva,por ela ter permitido que me levassem para aquele lugar,sabia que eu tinha muitos problemas,mas eu não tinha matado Erick,eu não sou uma assassina,mas parecia que todos achavam que eu tinha enlouquecido, e o único motivo para eu não estar presa eram as provas óbvias de que eu não fizera nada.As provas do crime não tinham minhas digitais,e a perícia supôs que minha mãos não ficaram sujas a ponto de eu ter matado ele com elas, mas que talvez eu tivesse tentado me proteger,e que fiquei desacordada por causa de uma pancada na cabeça e que o trauma fez com que eu não me lembrasse.Mas nada disso impediu que me colocassem em um hospício para tratamentos com psicólogos que mais tentavam me fazer mostrar algum indício de que fiz algo do que me ajudar. Eu não conseguia lembrar sozinha do que havia acontecido,mas pelas histórias,Erick correu atrás de mim entrando no quarto junto comigo e alguém trancou a porta em seguida,pois se fechou assim que entramos,mas quando conseguiram arrombar a porta só tinha eu e Erick lá dentro.Queria muito saber o que tinha acontecido com Harry e Joann,mas principalmente com Jack que havia apanhado muito.

Minha mãe estacionou o carro na garagem e eu sai antes dela.Quando cheguei na porta de entrada exitei um pouco,fiquei pensando se deveria bater ou simplesmente entrar.Logo percebi que parecia uma retardada parada na frente da porta da minha própria casa e entrei.Tudo estava praticamente como antes,passei pelo corredor e abri a porta da cozinha.Minha vó estava ocupada na frente do fogão e não percebeu que eu tinha entrado,então virei para trás e voltei o corredor até as escadas e subi em passos rápidos,não via a hora de ver meu quarto.Aparentemente minha mãe havia aproveitado a oportunidade para faxinar meu quarto por inteiro,eu odiava quando ela fazia isso.Em cima da minha cama ela havia colocado uma colcha de casal branca,e fronhas da mesma cor com babados rosa claro nas beiradas.O quarto estava extremamente claro e harmônico,quase me sentia em um manicômio outra vez.Esperava que pelo menos eu pudesse usar um celular.

Escutei minha mãe abrindo a porta de baixo,que maravilha minha vó já ia descobrir que eu estava aqui em cima.Ouvi as duas conversando extremamente alto e nada discretas como sempre faziam.

_O que?Onde ela está?Nem ouvi vocês chegando.

_Acho que está no quarto,ela não quis conversar o caminho inteiro.Acho que está meio chateada. _Minha mãe respondeu para minha vó.

Chateada?Você só deixou que me levassem para um hospício.

_Mãe?É sério o que disse? _Aquela voz...a droga,Carlos meu irmão.Não queria que ele me visse assim.

_Cath?

Ele estava subindo as escadas.Fui ficando nervosa.

_Eu não acredito!Cath que saudades,como você está? _ele já estava me tirando do chão com um abraço de urso.Quando ele me pôs de volta no chão não sabia o que dizer.Fazia tanto tempo que não tinha uma conversa descente com alguém que tinha esquecido direito como se fazia aquilo.Eu queria começar a chorar ali mesmo.Ele me olhou com aqueles olhos cor de avelã,sentia falta daqueles olhos.Depois que fizera dezoito anos ele tinha se mudado para um apartamento com alguns amigos,um pouco antes de eu ter ido para Clivell. Ele era uma das poucas pessoas que eu gostava de estar perto,e que tinha sentido falta nos últimos cinco meses.

_Oi. _Eu disse finalmente.

_Oi linda,está com fome? Aposto que está,vem que a vovó quer ver você também. _ Ele foi me puxando para a cozinha,e não pude dizer não para ele.Lembro quando me levaram a clínica e ele não queria.

Vovó me recebeu na cozinha com um abraço forte e me disse que eu estava magrinha,o que eu sempre fui,assim como minha mãe e minha vó,mas eu sabia que ela só estava dizendo isso para eu comer,então eu comi pois estava com fome mesmo.Enquanto eu comia todos me cuidavam como se estivessem preocupados se eu ia me sujar e tivessem que me passar um lencinho, ou que a qualquer momento se eu precisasse de mais leite ou açúcar eles estariam ali para me passar rapidamente.Minha vó então cortou o silêncio.

_Cath querida,você esta fora faz um bom tempo,deve ter sido difícil ter ficado tanto tempo longe de casa,você não sente falta de alguma coisa ou quer fazer alguma coisa? Qualquer coisa para fazer você se sentir melhor.

_Qualquer coisa. _ Disse Carlos em seguida.

_É,mas que seja inofensivo. _Disse minha mãe com um sorriso envergonhado.Eu poderia ter retribuído mas ela não merecia.

_Qualquer coisa que não seja esfaquear alguém é claro! _Eu disse começando a ficar com raiva daquela conversa.

_Não,não,não Cath! _minha mãe respirou fundo e continuou. _Eu quis dizer ir ao centro,comprar algo legal no shopping que você goste...

_Posso ter um celular?

_Anh,não Cath,por enquanto não. 

Era ridículo ela desconfiar até de eu ter um celular.

_Hm,OK. _respondi ficando em silêncio em seguida.Na verdade tinha uma coisa que eu havia pensado enquanto passava um tempo fora.

_O que você esta pensando?_Meu irmão quis saber.

_Nada,é que,eu acho que já sei o que vou querer.

 

Depois do almoço,fomos eu,minha mãe e irmão comprar o que eu queria,e para a surpresa dos dois eu comprei uma tinta,era algo com loiro e acobreado.No caminho de volta minha mãe ficou pedindo várias vezes se eu tinha certeza que queria pintar meu cabelo,e eu disse que sim.Em casa segui os passos das instruções que vinham com a tinta,fiquei 45 minutos com a tinta agindo no meu cabelo em um coque  e depois fui tomar um banho.Depois que sai e sequei meu cabelo com o secador fiquei surpresa em quão diferente eu ficava ruiva.



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