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História A Sweet Destiny - Capítulo III


Escrita por: _ehkim_

Capítulo 5 - Capítulo III


''Vejo seu sorriso sumindo e seus olhos se alargando coma menção do nome, de repente não estou tão certo de que contar para ela foi uma boa idéia.

- O que?!''

Essas foram suas últimas palavras antes de cair em uma poltrona do meu lado, colocando suas mãos no rosto e ficando quieta.

Já faz uns minutos que estamos assim, na mesma posição, Hermione com as mãos no rosto e eu de cabeça baixa, sem ter coragem de falar algo. Não é como se estivesse arrependido de ter falado, porque por mais estranho que seja é a verdade, no entanto meu arrependimento é de ter falado justamente para ela. Ela é a pessoa em quem mais confio, mas também é alguém que sofreu demais com a família Malfoy.

Escuto alguns barulhos vindo de onde ela está e quando olho a vejo ainda escondida pelos braços,mas agora se balançando como se chorasse.

Por merlin, ela está chorando?

— Mione, não é para tanto, não precisa chorar, eu sei que isso não é certo, talvez daqui a algum tempo já tenha esquecido dele-

— NÃO! — Ela grita, levantando a cabeça e me possibilitando ver seu rosto.

— Você está rindo? — Pergunto incrédulo, a vendo soluçar e enxugar as lágrimas do seu recente ataque de riso.

— Desculpe Harry — Fala, ainda com dificuldade — Sei que não é motivo para rir, mas é engraçado, você passou todos esses anos em uma rivalidade com ele, para no final descobrir que era apenas paixão reprimida.

— Não é bem assim, comecei a sentir essas coisas por ele agora a pouco tempo, nossa 'rivalidade' — Faço aspas com os dedos — Era por ele ser um esnobe irritante e não por eu ser apaixonado por ele.

— Hum, sei — Diz sarcástica.

— É sério Mione!

— Se isso te faz dormir a noite. — Concorda, balançando a cabeça com condescendência.

— Você não ficou irritada por eu...você sabe, gostar do Draco?

Com um sorriso ela me puxa para seus braços, os passando pelo meu pescoço e acariciando meu cabelo de um modo maternal.

— Mas é claro que não, parei de tentar fazer tudo do meu jeito, essa é sua vida, você tem que tomar suas decisões e saber se elas são ruins ou boas e normalmente suas escolhas imprudentes no final dão certo, quem sabe essa também não dá? — Ela vai falando, ao mesmo tempo em que coloca minha cabeça em suas coxas e continua me mexendo em meus cabelos.

— Eu não sei, tenho certeza que ele me odeia. — Lamento, me lembrando de todas as vezes em que brigamos.

— Acho que não, pelo menos não depois do que você fez por ele no julgamento, fica difícil odiar quem lhe salva. — Ela diz calmamente. — E também tem a hipótese dele ter o mesmo problema de paixão reprimida que você.

Bufo indignado, mas no fundo espero que ela tenha razão.

Ficamos calados por um tempo, mas o silêncio é quebrado com sua pergunta enquanto se deita ao meu lado, ficando cabeça com cabeça.

— Então,quando soube que gostava dele?

— Não sei direito, só sei que um dia eu estava pensando quando me veio uma lembrança do sorriso dele e depois disso seu jeito não pareceu tão ridículo quanto antes.

— Conte-me mais.

— Virou psicóloga agora? — Brinco.

— Sim virei, agora me conte. — Diz em tom divertido. — No sexto ano, aquela perseguição com ele era por que você já estava sentindo algo?

— Sim, uma parte minha sabia que algo estava errado com ele e eu queria ajudar. No ano passado, na casa Malfoy, quando ele mentiu sobre não ter certeza sobre eu ser Harry Potter, tive certeza que estava apaixonado.

— Isso é fofo. — Comenta, rolando e ficando de bruços, me analisando.

— É sim, mas também é trágico. — Digo, enquanto me levanto e começo a andar pelo quarto.

— Por que? — Seus olhos confusos me seguem pelo quarto.

— Primeiro, ele não gosta de mim, seg-

— Ninguém sabe.

— Eu sei. Segundo, o pai dele deve achar preferível ele ficar com um trasgo do que comigo.

— Bom ponto.

— Terceiro, homossexualidade no mundo bruxo é aceita?

— Claro Harry, o mundo bruxo não tem esse tipo de preconceito, até mesmo Dumbledore era gay.

— Que? — Pergunto confuso.

— Parece que ele teve um breve romance com Grindelwald na juventude, não tem nenhuma prova concreta sobre isso, mas é algo muito evidente.

— Nossa, não poderia imaginar. — Realmente, nunca poderia imaginar.

Dumbledore gay. Por Merlin, eu deveria saber disso, não? Passei horas ao seu lado e nunca ele me falou alguma coisa sobre sua vida pessoal. Por mais que eu entenda a sua reserva em compartilhar lembranças íntimas e tristes com alguem, ainda sinto um pouco de raiva, já que ele sempre me forçava a encarar meus medos e erros, porém ele não fazia isso.

— Bom, também nunca poderia imaginar você e o Draco juntos. — Diz, dando uma risadinha.

— Não existe 'eu e o Draco juntos', isso não vai acontecer nunca.

— Mas pode vir a existir no futuro, um futuro próximo, talvez? — Continua, enquanto levanta as sobrancelhas maliciosamente, logo ela ri desviando dos travesseiros que jogo nela.

— Sabia que você é irritante? — Retrucou, mostrando a língua.

— Sabia que você é chato? — Repete o meu ato.

[…]

Passamos a tarde rindo, conversando e comendo. Tive que agüentar suas brincadeiras relacionadas a 'cobra anêmica' e a mim, apelido carinhoso que ela colocou no Draco.

— Você tem que ir? — Pergunto ficando triste, foi legal ter uma companhia além do Monstro.

— Sim tenho, mas eu volto uma semana antes do início das aulas e assim podemos falar mais sobre a sua cobrinha.

— Tudo bem, se lembra de não contar nada ao Rony sobre o Draco. — Aviso, ignorando seu comentário sobre o loiro.

— Claro, não vou falar, mas agora tenho que ir. — Diz, vindo até onde estou e me dando um abraço.

— Tchau.

— Você vai ficar bem? — Pergunta.

— Claro, não se preocupe, nos vemos depois.

— Tá, até logo!

— Até.

A vejo sair pela porta da frente e quando olho pela janela ela já não está mais lá.

Contar para Hermione foi uma ótima idéia e talvez eu faça o que ela falou a tarde, enquanto comíamos:

'' - Você nunca desistiu antes de tentar,você já enfrentou muita coisa e já derrotou Voldemort, você vai mesmo ficar parado enquanto o Draco encontra alguém e constrói uma família? Não desista, lute por ele, algo me diz que essa é uma ótima decisão."

Draco

O mundo lá fora estava cinza, com gotículas transparentes descendo em uma fina garoa. Pela janela do meu quarto podia enxergar as pequenas ondas que se formavam quando os pingos da chuva batiam na face do lago que ficava alí perto.

Lembranças vinham até mim, não as tristes ou amargas dá guerra, mas sim as doces de uma infância sem brigas, preocupações e decepções. Todos falam que os sonserinos são frios, calculistas e eu tenho que concordar, porque é verdade, porém por mais que meus pais fossem assim, eles deixavam esse lado Slytherin de lado, apenas para ficarem comigo. Se soubesse que tudo aquilo acabaria tão rápido, teria aproveitado mais. Aproveitaria o tempo em que minha mãe me ensinou a me comportar como um verdadeiro herdeiro Malfoy e seus sorrisos orgulhosos dirigidos a mim. Teria aproveitado também os momentos em que meu pai dedicou-se a me fazer voar em uma vassoura e até mesmo as broncas misturadas a carinhos que recebia depois de uma queda, ou apenas quando ele se sentava em uma cadeira do lado da cama e ficava me contando histórias enquanto eu não dormia. Era até mesmo divertido correr com os pavões, quando não tinha ninguém para brincar comigo.

É injusto você ter que crescer e se tornar algo que não quer, porque a vida de sua família está em risco. Ter de carregar a marca do maior bruxo das trevas, mesmo sem querer, não poder ser apenas um adolescente normal, mimado e esnobe e me apaixonar pelo garoto mais lerdo e contrário que me detesta, nada disso é justo.

Uma coisa eu aprendi: nada na vida é justo.

Um sentimento ruim se apoderou de mim, uma vontade de chorar, mas não podia, não quando faltava pouco tempo para voltar a um lugar onde emoções é sua maior fraqueza. Precisava guardá-las, mantê-las longe de pessoas intrometidas que habitavam o castelo, me livrar de tudo para botar a máscara a qual vivi durante anos.

Achei que seria difícil me despedir, porém ir embora está sendo um alívio, afinal se despedir de pessoas que é difícil e não de uma casa. Parece que o Sr.Malfoy não gostou muito da minha decisão de voltar a Hogwarts, saiu de maneira tempestuosa semana passada, quando o comuniquei e ainda não deu notícias. Só não estou preocupado, porque sinto que ele está bem.

{Flash back On}

Eu queria lhe dizer que vou voltar a Hogwarts, partiria próxima semana. — Falo depois de lançar um alohomora na porta.

Seu olhar vai de surpreso a indignado em segundos, suas mãos se fecham em punhos dos lados do corpo e seu rosto magro endurece.

— Você não vai. — Diz com seu olhar frio fixado no meu.

— O senhor não decide isso. — Digo, firme.

Por mais que eu ame meu pai, não posso fazer isso. Sei que esse ano vai ser difícil, mas não posso ficar aqui sem terminar meus estudos e uma parte também é pela necessidade de ver Harry, e por mais que eu saiba que nada entre nós vai mudar, eu preciso ficar perto dele.

— Esse é meu último ano naquele colégio e eu preciso respirar um pouco antes se voltar a ficar trancado dentro dessa casa.

— Você já sabe mais que qualquer um daquele colégio, não precisa estudar mais nada. — Resmunga, sentando-se no canto dá cama, perto de mim.

— Essa não é a questão.

— E qual é?

— Eu quero ir, não é por que preciso aprender, é por que eu quero. — E também porque preciso vê-lo, mas isso não vem ao caso.

— Você não percebe o quão perigoso é?

— Não entendo, Hogwarts é o lugar mais seguro que tem.

— Mesmo? — Se levanta, começando a andar pelo quarto. — Que escola 'segura' abriga um basilisco, que tem uma floresta como jardim onde tem várias aranhas gigantes vivendo lá? Ou onde bruxos das trevas entram lá a todo instantes, como aconteceu no seu primeiro, terceiro e quarto ano? Não, Draco,você não vai e está decidido. — Fala por fim, voltando a se sentar.

— O basilisco já foi morto, não irei entrar na floresta e quem seria louco para atacar o castelo, todos alí lutaram na guerra e sabem do que são capazes.

— Por que você não pode aceitar que alguém de lá pode fazer algo contra você? Alguém da sua própria casa, caso não se lembre os que estão na Sonserina são filhos de comensais da morte que foram condenados e a gente não.

— Mas nós somos comensais dá morte.

— Não, um dia tentamos ser igual a eles, mas nosso lugar não era aquele, por isso querem a nossa morte, somos traidores.

— Pa...

— Não! Qual parte de ''você não vai'' que você não entendeu?

— Estou cansado, sabia? Cansado de sempre obedecer vocês, de nunca poder fazer nada do que eu quero, de não poder ser um garoto normal, de estar preso, não só nessa casa, mas em mim mesmo. Estou cansado de sempre colocar a vontade dos outros acima das minhas, então sim, eu vou! — O encaro decidido.

De repente ele está a minha frente, seu rosto branco a apenas alguns centímetros do meu, seus olhos de gelo me encarando fixamente.

— Faça o que quiser, só não conte com minha aprovação, pois não a terá. — E com um movimento de varinha, ele some.

— Ótima saída, papai.

{Flash back off}

Então é isso, até logo casa e mesmo que seja um alívio partir, sentirei saudades.

    Assim, com um rápido movimento de varinha e um pensamento em hogsmeade, apareço no vilarejo, onde uma carruagem de Hogwarts me espera para me levar até a escola.


Notas Finais


Até o próximo capítulo


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