História A Sweet Disaster - Capítulo 13 - I know you are trouble!

Eu estava quase me permitindo aquele beijo quando uma imagem de Justin se passou pela minha cabeça e eu o empurrei, empurrei Joe há um braço de distancia. Ele me olhou confuso e em seguida um ar de decepção tomou conta de sua feição. Eu tentei me aproximar, mas ele deu um passo para trás.

 – Me desculpa, eu não quis fazer isso. – ele ia se virar e eu peguei em seu braço.
– Hey, calma ok? Não foi nada demais, foi só um beijo, não é? – ele me encarou incrédulo.
– Um beijo? Só um beijo? Demi, desde aquele dia na cafeteria, eu tenho sentido algo diferente, eu vi minha namorada horas depois e eu só conseguia pensar em você, em como você era sincera e espontânea mesmo pela situação que estava passando. – eu não estava acreditando que esse garoto se apaixonou por mim com 10 minutos de conversa.
– E você fez o que com a sua namorada? Terminou com ela mesmo sabendo que poderia nunca mais me ver?
– Eu não terminei com ela. – como assim? Ele traiu a garota comigo? Meu Deus, que garoto idiota.
– E como você tem a cara de pau de dizer isso seu idiota? Acha que uma garota gostaria de saber que foi traída? Até porque, pra vocês homens, esquecer uma mulher é a coisa mais fácil não é?
– Calma criatura, eu não terminei com ela, ela terminou comigo. – dessa vez o ar preencheu todo o meu pulmão, amém, só metade da coisa estava errada.
– Você tem que começar a falar as coisas por inteiro, não deixar pela metade e me fazer tremer desse jeito.
– Não é minha culpa, você me interrompeu. – ele cruzou os braços, acalma-se Demetria, sem histeria.
– Tudo bem, me desculpa, eu estou agindo que nem uma adolescente ingrata.
– Ah, finalmente você voltou. Quem era aquela Demi hein? – eu mostrei a língua para ele. – Tudo bem, agora me explica por que me odeia tanto?
– Eu não te odeio, eu só não sinto a mesma coisa que aparentemente você sente por mim. – Joe abaixou seu olhar e voltou a caminhar sem rumo. – Ei, espera, não acabamos.
– Você esta enganada, você acabou sim comigo.

Joe foi embora e eu fiquei olhando-o até que virasse na esquina. Eu já não conseguia compreender, como ele poderia ter se apaixonado por mim? Nós mal conversamos, eu só pedi um café e foi só o tempo do mesmo ficar pronto, isso não existe, ou ele não aprendeu que amor (de uma pessoa) à primeira vista não existe? Olhei para casa e entrei, peguei meu celular no bolso, tinha uma mensagem de Marissa e em seguida, como se o destino estivesse querendo me mostrar algo, Justin me liga.

– Oi Justin. – falei em um tom normal.
– Nem um “oi meu amor” ou “oi homem mais bonito do mundo” ou sei lá, “oi, cadê você na minha cama?” – sorri com Justin falando aquelas coisas.
– Não, oi Justin já é de grande satisfação para mim. – ele bufou do outro lado do telefone.
– Larga de ser marrenta garota, estou te ligando, considere isso muito importante, não ligo pra qualquer uma.
– O que quer ó ser que me ama tanto? – rimos juntos dessa vez e eu me joguei no sofá.
– Demi, precisamos conversar, agora.
– Nossa, que interessante, achava que estávamos fazendo isso nesse momento.
– Andou lendo site de piadas? Tá tão engraçadinha.
– Fala logo meu bem. – minha mãe apareceu e se sentou, colocando meus pés em cima de suas coxas.
– Nossa, chegamos ao nosso ápice, “meu bem” foi o mais romântico que conseguiu chegar hoje, mas enfim, Demi você assim, gostaria de namorar comigo? – o que? Um pedido de namoro por telefone? Ele perdeu o juízo?
– Justin, deixa eu te perguntar uma coisa, quantas namoradas teve antes de mim?
– Namorada nenhuma, agora mulheres, peguetes e vadias na minha cola, eu tive muitas.
– Ah tá. – meu tom de voz saiu debochado. – É de se perceber, por que qual ser nesse mundo pede uma garota em namoro por telefone? – olhei para minha mãe e ela arregalou os olhos.
– Ué, é normal isso hoje em dia, a tecnologia esta ai pra isso.
– Justin, se você chegasse com fogos de artifícios pra mim formando um pedido de namoro seria tecnologia, se você projetasse um pedido de namoro na Times Square seria tecnologia, se você aparecesse através de um portal tecnológico e chegasse ajoelhado na minha frente com um anel seria tecnologia, mas pedido de namoro por um telefone, não Justin, isso se chama falta de vergonha na cara. – os meus nervos se elevaram tanto que joguei meu celular o mais longe possível e o vi se esbarrar no sofá e cair no chão, não aconteceu nada demais, só a bateria que saiu, o que fez a minha ligação com Justin finalizar.

Ele só podia estar brincando, ou só querendo fazer algum tipo de piadinha comigo, eu só sei que estou querendo lhe dar uns bons tapas na fuça. Minha mãe olhou incrédula, como se lesse os meus pensamentos, mães. Ela me abraçou e eu retribui, então subi para o meu quarto com ela atrás.

– Quer comentar sobre o que se passou na frente de casa? – oi? Como assim?
– Como você viu?
– Eu fui ver na janela se você estava por perto, afinal a mocinha saiu sem avisar onde iria e me deparei com você beijando um estranho, quem é o garoto? Justin não era.
– Era o Joe. Eu o conheci numa cafeteria no dia em que Alex inventou tudo aquilo, depois da festa. – ela se sentou ao meu lado na cama.
– E isso é o bastante para beijá-lo? Demetria, você estava se resolvendo com um garoto e beija outro? Como consegue agir tão naturalmente perante isso?
– Eu não sou normal ok mãe? Eu estou tentando esquecer isso, eu estou tentando deixar isso passar e fingir que não aconteceu.
– E qual o motivo de querer esquecer aquele beijo? Estava escuro, mas ele parecia muito bonito.
– Bonito ele é, mas mãe, eu mal o conheço e ele chega dizendo que me ama, que esta apaixonado, ou ele tinha segundas intenções ou estava confundindo as coisas. – deixei meu corpo se bater contra a cama e minha mãe ficou me olhando. – Ah mãe, eu gosto de verdade de Justin, mesmo ele sendo idiota e me pedindo em namoro por telefone, e esse Joe, ele me beijou. – dei ênfase ao “me” – Eu nem retribui, não sei se viu, mas eu o empurrei.
– Tudo bem filha, acho que precisa de uma boa noite de sono e ir bem amanhã pra escola, você vai ter que aguentar.

Fiz o que minha mãe me disse e fui tomar um bom banho para cair no sono, mas fiz meu ritual de antes de dormir, mandar uma mensagem para Marissa dizendo o resumo do dia. E não demorou para que ela me respondesse perguntando sobre o beijo de Joe e sobre Justin se ajoelhar e tal. Respondi rapidinho e fui pro banho, voltei com a toalha enrolada na cabeça e com minha camisola. Minha mãe tinha trazido um lanche natural e um suco para mim, deixando numa bandeja em cima da cama. Comi tudo rapidinho, olhei meu celular e Marissa já não tinha mandado mais nada, me deitei para descansar e simplesmente cai no sono. Acordei 5 horas da manhã, com o pescoço dolorido e o sabor do lanche ainda em minha boca, meu Deus, eu não tinha secado meu cabelo. Corri pro banheiro, tirei a toalha e comecei a secar meu cabelo. Em seguida alguém bateu à porta, era minha mãe que acordou com o barulho do secador.

– Ficou louca minha filha? Essa hora da madrugada.
– Eu dormi com a toalha, você me mandou ter uma noite de sono boa e olha como estou. – ela sorriu, tomou o secador de minhas mãos e começou a passar a escova, amaciando cada fio, fazia tempos que ela não fazia isso.
– Você ainda tem mais 4 horas de sono, então fica tranquila, você consegue dormir mais um pouquinho e acordar pronta pra faculdade.
– Deus te ouça minha mãe. – ela acabou de secar meu cabelo, escovei meus dentes e ela pegou a bandeja em cima de minha cama. – Boa noite mãe. – beijei sua testa e ela foi embora para seu quarto.

Me joguei na cama e eu simplesmente pisquei, meu celular já estava tocando avisando a hora de acordar para a escola. Me levantei sonambula e fui pro banheiro, tirei a camisola e me enfiei debaixo do chuveiro procurando um jeito de acordar. Fechei o chuveiro que ajudou a me despertar, mas as olheiras continuavam ali. Me entupi de maquiagem e coloquei minha roupa que havia escolhido antes de entrar no banho. Desci as escadas e minha mãe me esticava um copo de café. Sai correndo e minha mãe resolveu me levar para a escola. Quando cheguei no campus, procurei por Justin, eu vi seu carro no estacionamento, então ele devia estar por ali, fui até a sala onde passava metade do meu dia, mas nada dele lá. Fui para o refeitório, foi ai que notei Justin e meus olhos se encheram de lágrimas.

P.O.V Justin Bieber

Eu cheguei no campus e estacionei meu carro de qualquer maneira, hoje eu estava da maneira mais largada possível, do meu jeito de ser como sempre gostei. Corri para a sala de aula e não achei Demi, ela sempre chegava antes de mim. Fui procurar no refeitório, e encontrei com Natalie, uma antiga noitada minha. Aquela menina era linda, porém, vadia. Depois que levei-a pra cama, recomendei à Ryan e ele recomendou para outros garotos e digamos que ela não negou nenhum deles, então, vadia. Ela se aproximou de mim e digamos que eu nunca tinha visto uma saia mais curta que a dela, ela malhou um pouco e acho que com as varias vezes que dormiu na cama de um amigo meu diferente, seu corpo estava mais volumoso e com um par de seios grandes, antes eu teria lhe beijado sem ao menos um motivo, arranjado um cantinho para que eu pudesse tirar uma casquinha daquele corpo, mas agora eu só tinha olhos para Demi e por incrível que pareça, a minha mente trabalhava em comparar Natalie com Demi, suas feições e cada detalhe de seu rosto.

– Fala piranha! – ela se aproximou e beijou minha bochecha de forma bem sexy.
– Quantos elogios, você não mudou nada. – ela passou a mão em meu braço delicadamente.
– Perdeu a noção do perigo se aproximando assim querida? – ela sorriu safada e eu retribui o sorriso, mas estava mais para um sorriso irônico.
– Se for para você me atacar, – ela passou a mão por meu abdômen, passando entre meus gomos com sua unha afiada. – eu deixo ser presa por você.
– É o seguinte vadia máster, eu estou numa agora muito boa e eu estou até sentindo algo por ela, e eu nunca fiquei apaixonado por uma garota e enfim, dispenso.
– Me desculpe Justin, mas ninguém nunca me dispensou. – aquela garota simplesmente agarrou meu pescoço, cravou suas unhas nas minhas costas e me deu um beijo, me beijou ou simplesmente enfiou sua língua na minha boca.

Eu não pude conter, eu sou homem poxa, ajo de acordo com os meus instintos, mesmo que eu amasse Demi e que nesse momento eu me imaginava beijando-a e não Natalie, aquela garota não parava de me beijar. Quando consegui segurar em sua cintura e afastá-la de mim, olhei para os lados e me deparei com Demi nos olhando, com seus olhos entreabertos e forrados por lágrimas, um rosto de expressão confusa. Eu afastei ainda mais Natalie e dei um passo em direção à Demi, mas ela saiu correndo e eu a olhei até que não fosse mais possível, o que eu tinha feito?