História A Sweet Disaster - Capítulo 21 - Bring me peace!

P.O.V Justin Bieber

Eu segurei Demi, ainda sem reação, eu olhava para o grupo de garotos esmurrando, chutando Alex e ali, caída na minha frente estava à garota que eu amava e eu não conseguia fazer nada a não ser olha-la apagar. Foi então que tudo voltou, Marissa gritava ao meu lado, Matthew estava com os garotos batendo em Alex e Hanna olhava incrédula, com os olhos lotados de lágrimas. Eu ergui Demi em meus braços e seu sangue escorria, olhei para os lados e corri para o estacionamento, alguns correram atrás de mim oferecendo carona para o hospital, outros só queriam saber como ela estava e suas amigas corriam na minha frente procurando pelo meu carro. Eu a coloquei de qualquer jeito no banco de trás e sai correndo, o pneu cantou e corri para o primeiro hospital que aparecesse. O carro de Marissa tentava me acompanhar. Entrei no primeiro hospital que vi, tirei Demi do banco de trás e entrei correndo com ela, todos me olharam, ficaram parados me olhando e ninguém tomava alguma providencia, o sangue estava pingando e seu rosto estava ainda mais pálido.

– Vão ficar apenas olhando? Ela esta morrendo e vão ficar ai parados? – então uma enfermeira se agitou e trouxe uma maca para eu coloca-la, dois médicos vieram junto e a posicionaram, a enfermeira pressionou um pano sobre o ferimento de Demi.
– Meu jovem, você deveria ter coberto isso bem antes, isso só piorou o estado dela.
– Como você gostaria que eu fizesse isso sendo que eu vi minha namorada ser esfaqueada e pensar em algo minha senhora? – ela balançou a cabeça negativamente.
– Vocês jovens vivem a mil por hora, nesses momentos o melhor a fazer é manter a calma.
– É super fácil fazer isso não é? – ela desistiu de brigar comigo e foi pra dentro de uma sala toda branca, mas antes que eu tentasse acompanha-la me barraram, eu só consegui ver através da janela eles colocarem uma mascara de inalação sobre seu rosto e outra correr com um suporte com soro ao seu lado. Eu estava tenso e eu tinha medo em perde-la.
– Justin, vai ficar tudo bem, ela ficará bem. – Marissa afagou meu ombro, nós nunca tínhamos nos dado muito bem, era a primeira vez que estávamos “unidos”.
– Eu sei, eu só tenho medo de por um milésimo de segundo tudo mudar e ela ficar pior, eu briguei com a enfermeira por não ter colocado algo pra estancar o sangue, mas a verdade é que isso só agravou o estado dela.
– Eu concordo, agora parando pra pensar, eu penso em como fomos idiotas por não ter pensado nisso, é quase uma coisa tola.
– Mas ficará tudo bem, eu vou acreditar nisso. – eu dizia, mas não que eu acreditasse no que eu dizia.

...

Já havia se passado horas e nada acontecia, nenhuma notícia surgia, a minha tensão só aumentava, eu não conseguia me manter parado no lugar, ficava indo de um lado para o outro enquanto a notícia não chegava. A mãe de Demi havia chego e estava desesperada, Marissa teve que acalma-la e Maddie chorava quieta no canto, o padrasto de Demi conversava com a recepcionista fazendo sua ficha já que Dianna não conseguia dizer uma palavra que fosse, estava sentada, fitando o chão como se estivesse imaginando o que poderia acontecer. Marissa agora falava com Maddie, Matthew consolava Hanna. A verdade era que aquela recepção estava cheia de tristeza, de ansiedade, de nervosismo, era muita gente com os nervos a flor da pele em um mesmo ambiente, até que o médico chegou e eu tenho que confessar ver todo mundo se levantar ao mesmo tempo quando ele apareceu.

– E então doutor, o que a minha filha tem? – que cena de filme.
– O caso dela é bem grave, a falta de experiência dos jovens agravou o seu estado, e quando ela chegou aqui estava com hemorragia interna e isso é bem grave, ela suava bastante e os batimentos cardíacos estavam acelerados.
– Mas ela ainda tem risco de morte?
– Ainda não sabemos se haverá alterações. A hemorragia interna é bem cruel e enigmática, é difícil você saber se houve algo mais, só com os exames.
– E já não fizeram o suficiente? Que hospital incompetente não faz tudo de uma vez. – falei me exaltando, mas Matthew me segurou.
– Justin, cale a boca, eu sei que esta todo mundo nervoso com tudo o que esta acontecendo, mas não precisamos nos exaltar.
– Eu sei meu jovem, você é o que da menina?
– Namorado, com todas as letras, namorado dela futuro noivo quem sabe. – acho que meus neurônios estavam começando a queimar com aquilo.
– Tudo bem jovem... – eu tapei os olhos.
– Por favor, sem essa de meu jovem, de jovem, o que seja, fala logo.
– Ela pode ter alguma alteração, mas nós não sabemos que hora isso irá ocorrer, ela esta nesse momento na UTI com um soro e como o sangue perdido foi muito, estaremos encaminhando uma bolsa de sangue e ela esta desacordada no momento pelos remédios usados para que sua pressão subisse já que teve a queda brusca.
– Eu vou vê-la. – eu disse sem nem pensar.
– Justin, não, Dianna é a mãe dela, ela merece ver a Demi nesse momento. – Marissa disse.
– Mas eu preciso vê-la, eu preciso Marissa.
– Justin, todos nós precisamos, mas ela é a mãe da Demi, ela que vai vê-la você querendo ou não. – eu assenti, mesmo contrariado era verdade o que ela dizia.
– Então senhora, é só me acompanhar. – o médico e Dianna sumiram no corredor e um aperto preencheu meu coração.

P.O.V Dianna De la Garza

Eu estava aflita, meu coração palpitava em vê-la, eu precisava saber como o meu anjinho estava, como era o seu estado. Quando entrei no quarto da UTI eu mal reconheci a menina em cima da maca, ela estava pálida, quase transparente e respirava fundo.

– Minha nossa, ela está muito pálida, esta branca.
– Ela estava mais pálida, sua pressão estava baixa e agora está se regularizando, os batimentos estão diminuindo e ela já não soa como antes.
– Se isso é melhor, fico feliz de não ter visto antes, acho que eu iria me assustar. – me aproximei de Demi e passei os dedos pelo seu cabelo. – Quando ela vai acordar?
– Não vai demorar, logo ela acorda, são só os efeitos dos remédios e se por essa noite tudo ocorrer bem, ela será levada para o quarto normal.
– E no quarto todos poderão ir vê-la?
– Sim, mas temos um limite de pessoas dentro de um quarto e pela quantidade de pessoas que tem lá em baixo, vão ter que dividir as visitas. – eu ri, realmente, era bastante pessoa.
– Ainda tem minha outra filha, Dalas, ela deve chegar logo para ver a irmã, são muito ligadas uma a outra.

O médico riu e me deu um tempo com a minha filha, eu sussurrava em seu ouvido coisas como “você vai ficar bem” e “estão todos ao seu lado”. Eu só queria saber quem foi que fez isso, quem foi cruel o bastante para simplesmente esfaquear a minha filha. Me deitei ao seu lado, a minha garotinha, eu me culpava por aquilo, por todas as vezes que brigamos ou que exigi algo, parece que toda vez que alguém está prestes a partir, a culpa nos preenche e tudo o que fizemos de errado vem a tona, eu só queria que ela acordasse e pudesse ouvir tudo o que eu queria dizer. Eu iria descobrir e essa pessoa iria pagar por isso. O médico entrou e me avisou que o tempo havia acabado, me despedi dolorosamente de Demi e voltei para a recepção onde todos estavam e parecia que havia triplicado a quantidade, mas não eram pessoas que eu não conhecia, alguns garotos que eu já tinha visto na faculdade de Demi, mas eram todos mal-encarados e que te olhavam como se fossem acabar com você.

P.O.V Justin Bieber

A sala de recepção começou a ficar cheia, mas não era por causa de Demi, era por causa de Alex, parece que algum tempo depois ele foi levado para o mesmo hospital, os meninos capricharam nas investidas contra Alex, ele apanhou tanto que estava em caso grave. Chris e Chaz chegaram logo depois que a recepção começou a encher e Ryan veio logo depois. O grupinho de Alex estava todo ali, inclusive Cameron. Enquanto Chaz e Chris conversavam comigo esperando noticias sobre Demi, três do grupo inútil de Alex se aproximou de nós.

– Acha que levou vantagem, Bieber? Você deu sorte de ninguém estar perto dessa patifaria.
– Patifaria? Você acha mesmo que isso tudo foi uma palhaçada? O seu querido amiguinho, o seu digníssimo amigo enfiou a faca na minha namorada e você acha que ia ficar numa boa? – eles arregalaram os olhos, só sabiam falar, mas nem deviam saber do que Alex fez.
– Mas esse lance da faca ninguém sabia. – eu ri da cara deles.
– Pois é, ninguém sabia que ele iria tacar a faca na minha garota, até porque antes disso, ele iria enfiar a mesma em mim, não na Demi, mas ela entrou na frente.
– Disso a gente sabia, Alex estava louco para acabar com a sua raça e tinha colocado a faca na bolsa fazia um bom tempo, o plano já estava armado, se a sua namoradinha não tivesse entrado na frente. Mas isso não importa, o fato é que que anjo você arranjou hein?
– Como assim seu idiota?
– Pra entrar na sua frente? Essa te ama. – ele riu como se fosse uma piada.

Pela primeira vez naquele dia eu tinha notado a grande coragem de Demi em se enfiar na minha frente, era para eu estar naquela maca, com todos aqueles problemas, não ela, ela só se meteu na minha frente para me proteger e aquela prova de amor foi de longe a mais sincera e bonita que eu tive, era triste saber que ela estava quase morrendo por minha causa, o peso na consciência me dominou e ver aquele idiota fazendo piada com a minha Demi, quando vi, meu punho já estava estralando no nariz do idiota e os outros tentavam nos separar.