História A Sweet Disaster - Capítulo 22 - Im back, baby!

Narrador ON

Demi Lovato começara a se mexer em sua cama, a enfermeira que separava seus medicamentos a olhava atenta e bruscamente a garota começou a se mexer de forma brusca o que a fez cair no chão, sua cabeça foi a primeira entrar em contato com o chão, seus olhos se abriram e no lugar apenas a branquidão, a enfermeira chamou por ajuda, com o impacto no chão, Demi estava entrando em convulsão. Como sua cabeça foi a primeira a entrar em contato com o chão de uma queda brusca e agitada, ocorreu a convulsão, os médicos chegaram e uma série de precauções começaram a ser realizadas, as movimentações bruscas que a fizeram cair ainda era inexplicável e todos estavam trabalhando para que tudo se acalmasse, a queda fez com que os pontos se arrebentassem e logo o sangue começou a aparecer na gaze que cobria o ferimento. Pelo menos 3 médicos estavam ao seu lado, prontos para qualquer reação contrária. Mas ao conseguirem parar a convulsão, ela se aquietou e ficou como se fosse um anjo, como se nunca tivesse acontecido nada, a não ser pelo corte em sua mão por conta da caída o cabo da bolsa de sangue preso a sua mão rompeu e lhe causou um belo ferimento. Era como se tivesse adormecido. Um dos médicos desceu para avisar a família.

– Então doutor, ela já foi para o quarto? – disse Dianna toda animada.
– Infelizmente não, Demi teve uma reação estranha e caiu batendo forte com a cabeça no chão, ela teve uma pequena convulsão e agora se algo grave aconteceu, só saberemos depois dos exames que vamos fazer imediatamente. – Dianna abaixou a cabeça e começou a chorar, Justin ficou ainda mais agitado.
– Como a deixaram cair da maca? – perguntou Justin alterado.
– Foi espontâneo sr. Ela começou a se mexer bruscamente na maca, devia ser algum sonho, algum modo do corpo reagir para acordar e infelizmente só agravou o caso de Demi.

Todos ficaram muito abalados, agora o que restava a todos, era esperar.

P.O.V Demi Lovato

Eu escutava ruídos, eu estava em lugar estranho, não havia nada, somente eu e a sensação era de estar caindo, mas para onde eu estava caindo, de encontro com a escuridão plena, não havia nada e aquilo era horrível, eu via vultos e de repente voltava a cair, escutava Justin gritando, minha mãe falando comigo, mas quando eu abria a boca para falar, era como se tivessem cortado a minha voz e nada saísse, como se tivessem colado minhas pálpebras de modo que eu só conseguisse ver a escuridão. E a sensação de estar caindo continuava, na escuridão e de repente eu comecei a enxergar algo branco, como um piso de porcelana e aquilo começou a se aproximar, e eu queria parar, mas como frear no ar? Então quando fui me chocar contra o chão eu pulei e a escuridão sumiu, eu estava num quarto de hospital, com uma maquina ligada em mim, presa ao meu dedo, uma bolsa de sangue ao meu lado, mas não estava conectado ao meu corpo e sim, uma bolsa de soro, eu me sentei e uma enfermeira me acalmou e pediu para que eu me deitasse.

– Você precisa ficar calma. – percebi que o barulho daquela maquina aumentou e os intervalos daquele apito diminuíram.
– Onde eu estou? Cadê a minha mãe? – olhava para os lados e então vi o grande curativo em minha cintura e outro em minha mão. – O que é isso?
– Você foi esfaqueada querida, não se lembra? – eu não podia acreditar, como eu fui esfaqueada? Balancei a cabeça negativamente.
– E isso? – apontei para o curativo em minha mão.
– Isso foi quando você caiu aqui no quarto, estava com uma bolsa de sangue presa na mão e quando caiu isso foi rompido. – senti o local latejar agradecendo por estar desacordada na hora, imagine a dor de ter a pela rasgada.
– Eu não consigo acreditar. Quem me esfaqueou? – ela sorriu.
– Fique tranquila, logo poderá conversar com sua mãe. – eu sorri e pedi para que ela viesse naquele momento.
– Quanto tempo faz isso?
– Você ficou desacordada durante uma semana e meia. – arregalei os olhos e me sentei na maca, a enfermeira arrumou para que eu ficasse melhor sentada.
– Eu preciso ver a minha mãe, agora. – ela apertou um botão atrás da maca e em segundos uma outra enfermeira apareceu, ela pediu para que fosse chamar a minha mãe e outra pessoa que eu não ouvi.

Não demorou para que batessem na porta, meu coração palpitou, para mim foram horas desacordada, mas para a minha mãe tinham sido dias de pura tensão, eu não conseguia imaginar como ela estaria, eu queria muito vê-la, contar que ouvi sua voz e de outra pessoa que não me recordo, mas eu preciso vê-la. Ela abriu a porta do quarto, colocou a cabeça para dentro e sorriu para mim, retribui o sorriso e ela entrou, vindo para o meu lado, logo em seguida, aquele garoto que me tirava um suspiro entrou, mas que sempre me deixava tão irritada.

– Oi mãe. – ela me abraçou, ou melhor, me espremeu.
– Oi meu amor. – ele se aproximou e beijou o meu rosto, me deixando corada, o fitei confusa. – O que foi? Estava sentindo sua falta, não vi a hora de poder te beijar novamente. – Com certeza minha mãe havia ficado sem graça, eu fiquei com vergonha.
– Eu ouvi sua voz em meu sonho, você gritava. – disse para ele.
– É, e o que eu gritava?
– Algo para me ajudar, eu não lembro muito, não me recordava de quem era essa voz, mas agora que te vi, sei que era você. – sorri e ele retribuiu.
– Quando for para casa, vamos retomar nossa vida ok? Prometo mudar dessa vez.
– Dessa vez?
– É, eu vou mudar dessa vez, fazer o que sempre quis.
– O que eu sempre quis?
– É meu amor. – eu o olhei desconfiada.
– Me desculpa, mas por que eu retomaria minha vida com você?
– Ué, porque estamos juntos.
– Estamos? – ele riu, mas quando eu não sorri retribuindo, seu sorriso sumiu. – Me desculpa, mas é que eu nem me lembro do seu nome.

P.O.V Justin Bieber

Foi como espetar uma faca no coração, doeu e era sufocante como se você visse sua vida indo embora. Ela não se lembrava de mim e eu mal conseguia agir sobre isso, eu não esperava encontra-la sem se lembrar de mim, e nossos momentos? Nossos beijos? Estariam perdidos apenas nas MINHAS lembranças? Eu não conseguia acreditar, aquilo foi o fim, eu queria sair daquele quarto e pular de uma janela ou quem sabe só me beliscar para ter a certeza de que não estou sonhando, ou melhor, tendo um pesadelo.

– Você não faz ideia de quem sou eu? – me debrucei sobre Demi.
– Me desculpa... – ela pareceu chateada por aquilo.
– Demi, minha filha, esse rapaz é o seu namorado, Justin, vocês estão juntos há quase dois meses, se não já se passaram dois meses.
– Mãe, eu preciso descansar, eu vou me lembrar, eu sei que vou, mas eu preciso pensar. Mas antes, quem me esfaqueou? – eu olhei para Dianna, se ela não se lembrava, seria melhor que não se lembrasse.
– Minha filha... – eu olhei para Dianna e balancei a cabeça negativamente.
– Mãe, eu preciso saber.
– Não se torture assim.
– Mãe, eu não consigo me lembrar do meu namorado, eu ao menos mereço saber quem me esfaqueou, mesmo que eu não me lembre quem é.

P.O.V Demi Lovato

Meus olhos se encheram de lágrimas, primeiro um cara que era incrivelmente bonito e que me amava dizia ser meu namorado e eu não me lembrava dele, apenas de sua voz. Agora eu não poderia saber quem me esfaqueou? Quem fez eu me esquecer do “possível” homem que amo? Eu preciso saber, mas eles não entendem, eu já estou cansada de não me lembrar das pessoas.

– Não é necessário que saiba, o cara esta nos momentos finais dele. – o tal Justin disse.
– Como assim momentos finais?
– Depois que ele enfiou uma faca na sua barriga, um grupo de amigos meus começaram a bate-lo, enquanto eu te socorria ele ficou lá, apanhando e apanhando. Ficou gravemente ferido e agora esta aqui nesse mesmo hospital praticamente morto na maca. – aquilo me chocou completamente, era muita coisa para saber em pouco tempo de consciência.
– E minhas irmãs?
– Estão lá embaixo, esperando você ir para o quarto para que elas possam vir te visitar.
– Eu quero vê-las.
– E sua melhor amiga?
– Minha melhor amiga? – eu tentava buscar no fundo, lá no fundo o nome de minha melhor amiga, Larissa, Mariana, Marissa. – Marissa?
– Isso, consegue se lembrar dela.
– Vagamente. – Justin parou na minha frente e ficou me olhando, em seguida me beijou e aquele sabor, aquele fervor na carne, o corpo tremer, aquilo eu já havia sentido.
– E agora? Se lembra de mim? – ele ficou me encarando e eu não ousei desgrudar os olhos dos dele.